Verdade secretas 70

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 1274 palavras
Data: 28/04/2021 17:52:43
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 70

Os olhinhos verdes e redondos de Alice brilharam quando viu a avó. A menina abriu os bracinhos e correu em direção à Andréia. Abraçou-a nas pernas.

_ Vovó! Vovó!

Mesmo revoltada, Andréia entregou o bolo a Victor para tomar a menina nos braços e beijou o seu rostinho.

_ Como você está, meu amorzinho?

_ Eu tô muuuuito feliz porque "moçê" e o meu papai Ivan tão comigo.

Ivan pagou o entregador para que esse fosse embora.

_ Entre, mamãe!

Andréia entrou séria, contendo a fúria para não assustar Alice.

_ Vovó, olha o meu "biquedo ".

Alice mostrava com alegria o seu ursinho de plástico, que dançava quando apertavam a sua barriga. A menina imitava o ursinho fazendo uma dança parecida.

Andréia sorria para agradar a menina, mas internamente, era consumida por um ódio devastador.

Victor estava extremamente envergonhado. Faltavam palavras para tentar contornar a situação.

_ Mãe, eu sei que você está chateada, mas...

_ Eu não estou chateada. Eu estou pu..._ Andréia respirou fundo e desistiu de completar o palavrão por respeito a pequena.

_Isso foi uma das traições mais baixo nível que você pode cometer. O que deu na sua cabeça, Victor?

Víctor abaixou a cabeça em silêncio.

_ Deu na cabeça dele que a gente se ama e queremos ficar juntos.

Andréia olhou furiosa para Ivan.

_ Eu não estou falando com você, seu bandidinho do colarinho branco. Víctor, Eu estou muito decepcionada contigo. Com certeza você se deixou ser seduzido por esse psicopata. Ele está te manipulando.

Alice olhava a confusa.

Andréia temia perder o equilíbrio na frente da menina. Beijou-a no rostinho e a entregou a Victor.

_ Eu me recuso a estar no mesmo ambiente que este aí. Você fez a sua escolha. Só me resta a sair da sua vida.

_ Não, mãe! Pelo amor de deus! A gente pode conversar.

_ Não há mais nada para conversar. Tchau, meu amorzinho._ ela dizia em tom sério e suave, beijando a neta.

A tristeza de Víctor era nítida em sua face, quando a mãe se retirou. Ele temia que ela rompesse relações.

Preocupado com o marido, Ivan foi atrás da sogra na tentativa de persuadí-la a não abandonar o filho por culpa dele.

Encontro-a próxima do elevador.

_ Andréia, nós precisamos conversar.

_ Saia da minha frente, antes que eu perca o pouco do equilíbrio que me restou.

_ Você tem toda razão em ter raiva de mim. Eu errei muito! Mas não pode virar as costas para o seu filho.

Ela o lançou um olhar penetrante de puro ódio.

_ Quem você pensa que é para me dizer o que devo ou não fazer, seu merdinha? Você é um psicopata, que quase matou o meu filho. Ficou pagando de bom moço! Você tem noção de como ele ficou por sua causa? Das crises de pânico e ansiedade que teve? Das noites que acordava desesperado por ter tido pesadelo com um maldito agressor, que não fazia ideia de quem era?

_Eu sei de tudo isso! Mas, eu me arrependi amargamente!

_ Você tentou matar o meu filho! Deixou ele quase morto sozinho naquele ponto de ônibus! E agora volta como se nada tivesse acontecido! Usa uma criança para seduzir o meu filho! Você é doente, Ivan! É tão louco e psicopata como a assassina da sua mãe! O seu sangue é ruim!

_ Você não sabe o que está dizendo! Eu não usei a minha filha para me aproximar do Víctor! Nós voltamos porque nos amamos! Você querendo ou não essa é uma realidade! O Víctor é um adulto e tem o direito de tomar as próprias decisões! Ele decidiu me perdoar e isso basta!

_ O que você quer com tudo isso, seu doente?

_ Eu quero o Víctor.

Andréia arregalou os olhos. Sentiu tanta raiva, imaginando que Ivan queria transformar o seu filho numa de suas vítimas.

Perdendo o controle de si, a mulher ergueu a mão e lançou uma bofetada no rosto de Ivan.

O moreno conteve a raiva para não revidar.

_ Você pode me bater o quanto quiser. Isso não vai mudar o fato de que eu amo o seu filho e vou lutar por ele.

Andréia lançou outro tapa, que fez o rosto de Ivan girar para o lado.

_ Seu desgraçado! Eu vou acabar com você!

_ Eu me arrependi, Andréia. Mas, se você se recusa a entender eu tô pouco me fodendo! Quem deveria me perdoar já me perdoou. Eu só espero que você respeite a decisão do seu filho. E pode ficar tranquila! Eu sei que você tem medo de que eu o ataque novamente. Mas, eu não vou fazer isso. Eu amo Victor. Eu vou cuidar dele e serei o melhor marido que eu puder.

Lágrimas escorriam pela face de Andréia.

_ Se você encostar um dedo no meu filho para fazer mal a ele, eu te mato, Ivan! Te mato da forma mais cruel possível!

Ela entrou no elevador arrasada.

Ivan retornou para o apartamento revoltado. Respirava fundo e tinha uma expressão séria.

_ Filha, vá lá para o quarto brincar que eu preciso falar com o seu pai.

Alice pegou o coelhinho e o ursinho e obedeceu Ivan em silêncio. Ela não estava acostumada a desobedecer os adultos, devido à violência que sofreu. No entanto, a menina foi contrariada, pois desejava comer a pizza.

_ Víctor, eu fui mais paciente possível. Te entendi e te respeitei. Mas, agora não dar mais para viver desse jeito. Eu tenho o direito de viver com a minha família, porra! O seu lugar como meu marido é ao meu lado.

_ Você tem que me entender! Não é fácil depois de tudo que você fez, eu chegar para a minha família e dizer que voltamos!

_ E por que não? O que você quer? Manter o nosso relacionamento as escondidas como se tivessemos fazendo algo errado? A sua mãe já sabe a verdade!

Víctor sentou no sofá, apoiando a cabeça nas mãos.

_ Eu sei que para eles é difícil aceitar, mas eles não podem ditar a sua vida, caralho! Você me ama e quer voltar pra casa! Mas, se contém para não desagradar os outros?!

_ O que você quer que eu faça? Que desacate a minha família? Foram eles que tiveram do meu lado quando tudo aconteceu!

_ Em nenhum momento eu disse para você desacate a sua família! Pra que que existe diálogo, porra? O que eu não aceito é viver deste jeito. Eu quero chegar em casa e encontrar o meu marido. Quero dormir e acordar do seu lado, quero criar a minha filha contigo e dividir a minha vida com você.

_ No momento, eu não posso. Você tem que me entender.

_ Quer saber, Victor? Eu não tenho que entender nada! Você é que precisa crescer e se impor! Já tem 19 anos e é pai, se comporte como tal. Eu não sou o seu amante ou casinho. Eu sou seu marido e pai da sua filha e quero ser tratado como tal.

'Eu não vou vir mais aqui. Se quiser me ver terá que ser na nossa casa e não como visita, e sim como morador. Você sabe onde fica o nosso endereço. Quando crescer, é só me procurar. '

_ Ivan, você não pode fazer isso comigo. Eu te amo! Eu só preciso de um tempo.

_ Eu já disse o que tinha para dizer.

Ivan pegou a carteira e a chave do carro.

_ Meu amor, por favor...

Víctor implorava quase chorando para que Ivan ficasse, mas ele se recusou, saindo da casa irredutível na sua decisão.

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Comentários

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Gente, ontem eu não tive tempo para escrever. Por isso, não teve capítulo. Mas, eu disponibilzei o meu perfil no Instagram @arthurmiguel5203, lá eu sempre aviso quando posto capítulos novos e quem me segue ficou sabendo que ontem não teria capítulo.

Daniel Lyon, muito obrigado 🥰

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Para se feliz, tem ser livre, para ser livre tem fazer escolhas e isso requerr sabedoria, discernimento e equilíbrio emocional.

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É fedeu. O Victor tem que largar a saia da mãe. Para viver esse amor com o Ivan.

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