Minha Quarentena - Capítulo 10

Um conto erótico de StayyRayy
Categoria: Lésbicas
Contém 1242 palavras
Data: 02/02/2021 12:50:42

Capítulo 10

Júlia demonstrou uma certa chateação ou frustração quando eu respondi convicta de que eu resistiria a ela kkkk mas o que ela queria afinal? Que eu rastejasse por ela? Ah vá!

Eu queria muito essa mulher, mas teria que ser gostoso, leve e não de maneira que ela acordasse no outro dia se sentindo suja e culpada. Então eu resolvi respeitar o namoro dela e entreguei pro destino!

Eu decidi aceitar o convite pra dormir lá no quarto com ela, mas eu não estava com expectativas e eu jurei a mim mesma que eu não daria em cima. Júlia foi na frente e depois de uns minutos, eu fui atrás.

Quando entrei no quarto, ela estava sentada na cama, mexendo no celular e quando notou que entrei, imediatamente me olhou. Ainda com o celular nas mãos, ela perguntou:

- Você prefere qual lado?

- O que?

(Perguntei)

- Da cama, qual lado prefere?

(Perguntou ela)

- Eu durmo no meio da cama... Então acho que o lado não vai fazer diferença...

(Respondi)

Ela apenas me olhou e depois voltou a atenção pra tela do celular.

Me deitei na beirada da cama, de costas para Júlia; me cobri dos pés à cabeça e fiquei quietinha, esperando o sono voltar, pq ele foi embora momentos atrás, quando Julia insistiu pra eu vim pra cá... Oh céus!

Ela continuou no celular, parecia está teclando com alguém e aposto que sabia quem era 🙄

A chuva caía forte e estava fazendo um friozinho tão bom 😍 eu já estava quase pegando no sono, quando senti a Júlia levantar da cama; percebi que ela tentou não fazer movimentos bruscos para não me incomodar, mas meu sono é levíssimo e despertei no ato!

*O que será que essa garota tá fazendo?*

(Pensei)

Eu não quis olhar, mas nem precisei, pois ouvi a porta do banheiro abrir e deduzi que ela estava indo ao banheiro.

Estava tudo calmo, apenas o barulho da chuva e alguns relâmpagos...

Eu continuei deitadinha, ouvindo a chuva e esperando o sono chegar.

De repente deu um trovão tão assustador que clareou a casa toda, tenho certeza! Ao mesmo tempo senti algo cair sobre a cama; foi tão rápido e bruscamente que não sei se me assustei mais com o trovão ou com a 'coisa' caindo sobre a cama, bem ao meu lado.

No susto eu tirei o lençol do rosto e falei assustada:

- Ai meu Deus! O que é isso?!

(Meu coração estava quase saindo pela boca)

Olhei para o lado e vi que a 'coisa' que caiu sobre a cama, era Júlia, que estava toda encolhida, com o travesseiro no rosto com as mãos em cima, como se quisesse sufocar.

Puxei o travesseiro do rosto dela completamente assustada e sem entender nada.

- Você tá bem?

(Perguntei)

- Eu tenho pavor de trovão...

(Disse chorando)

Ela estava se tremendo toda e chorando mesmo! Eu fiquei assustada de ver ela assim, mas tentei acalma-la, cheguei mais perto dela.

Eu: Calma...

(Falei baixinho)

Júlia: Me desculpa ter me jogado na cama assim...

Júlia tremia e eu pude notar real seu pânico! Agora tinha entendido: na hora que deu o trovão, ela estava no banheiro e por medo, foi automático ela correr pra cama e tentar abafar o som com o travesseiro... Tadinha! Ter pavor de algo é horrível...

- Ei, tudo bem... Já passou...

(Falei calmamente)

Passei a mão nos seus cabelos, acariciando, tentando acalmar ela. Pus o cobertor sobre ela, deixando apenas o rosto pra fora; ela se virou para mim, que estava atrás dela.

- Obrigada...

(Disse ela)

- Relaxa, tenta dormir agora...

(Falei)

Ficamos em silêncio, olhando uma para outra, até que ela fala.

Júlia: É uma fobia sabe? Desde criança...

(Falou baixinho)

Eu: Algum trauma?

Júlia: Quando eu era pequena, meus pais saíram e me deixaram sozinha com minha irmã e daí caiu um temporal com raios e trovões... E eu não sabia o que fazer, foi horrível e..

(Falou já chorando)

Eu: Shii... Calma, passou, passou...

(Falei interrompendo, pois ela parecia transtornada)

Eu continuei com o cafuné na cabeça dela; ela pareceu se acalmar e ficou quietinha, apenas sentindo meus dedos entre seus cabelos. Eu queria mesmo era colocar ela no colo e abraçar, mas eu não queria me aproveitar do trauma que ela tinha...

Ficamos assim um bom tempo; a chuva continuava a cair intensamente; parecia que o mundo estava acabando! Júlia não conseguiu adormecer e muito menos eu, pois eu continuava acariciando seus cabelos, tentando faze-la dormir... Quem já estava quase dormindo era eu, quando vi um clarão e novamente um trovão, que parecia ter sido um raio caindo.

Júlia automaticamente me puxou pela gola da camisa que eu vestia, quase rasgando-a, me fazendo abraça-la; ela parecia que queria entrar dentro de mim kkkk pq me apertou tanto, se envolvendo nos meus braços e jogando o lençol por cima, nos cobrindo dos pés à cabeça.

Ela tremia tanto e seu coração estava quase saindo pela boca; ela estava colada a mim, quase que literalmente.

Eu: Calma, tô aqui.

(Falei no ouvido dela)

Ela ficou calada, apenas abraçada em mim, como se me usasse como escudo.

Agora estávamos abraçadas, coladinhas uma na outra, sentindo a temperatura do corpo, sentindo as respirações uma da outra, ouvindo os batimentos. Eu sentia que estava protegendo ela e essa sensação era incrível; ter ela nos meus braços daquela forma foi algo extraordinário!

Debaixo do lençol, grudadas, ouvindo a chuva cair violentamente; Júlia suspirou no meu pescoço, me fazendo sentir seu hálito quente. Isso me arrepiou e eu quis me soltar dela, pra eu poder me virar, pois tudo aquilo era tentador... Ela indefesa nos meus braços... Eu não podia me aproveitar e acredite, eu só queria beijar aqueles lábios quente e fazê-la esquecer que estava chovendo... Mas eu não podia!

- Por favor, fica aqui...

(Suplicou Júlia)

Ela queria que eu ficasse abraçada à ela; não era sacrifício ficar abraçadinha com ela, mas quando passou pensamentos impuros por minha mente, eu achei melhor me virar, se é que entendem! Ela estava tão assustada, que me fez querer protegê-la a noite toda; então só ajeitei ela no meu peito; ela ficou abraçada a mim, em silêncio.

Ficamos ali, abraçadas e a cada relâmpago ela se encolhia mais, se grudando mais em mim.

Depois de um certo tempo, a chuva continuava a cair, mas estava mais 'calma'. Júlia continuara com a cabeça sobre meu peito, com as mãos se segurando em mim e com as minhas sobre ela, como se ela fosse meu filhotinho que eu estava protegendo.

Ter ela alí respirando sobre mim, sentindo seu corpo tão perto do meu, era quase que uma tortura, só que boa, se é que existe tortura boa... Ah vocês entenderam! Enfim, eu poderia tentado beija-la e seduzi-la, pois ela estava completamente vulnerável, e ainda que eu quisesse beijar ela, eu também queria protege-la e então me comportei.

Não era só desejo sexual que eu sentia por Júlia... Aquela situação me fez enxergar com clareza que era muito mais que isso... Muito mais que beijos e pegação, amassos; eu queria cuidar dela, e ter ela aninhada no meu peito, foi muito gostoso. Sei que muitos queriam sexo e pegação, mas eu sou romântica acima de tudo! Fazer o que né! Sagitarianos também tem coração kkkkk (sou sagitariana)

Júlia e eu adormecemos abraçadinhas, grudadas e bem cobertas.

Continua.

E aí pessoal?! Tudo tranqui? Espero que não estejam me odiando, não é demora, é criação. Pensem nisso 😉 beijos e beijos 💋

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