Os Três Surubeiros - Prólogo e Capítulo 1 [Trabalho Comissionado]

Um conto erótico de Bruna Camila
Categoria: Heterossexual
Contém 2258 palavras
Data: 06/02/2021 22:19:25
Última revisão: 29/03/2023 18:55:07

Os Três Surubeiros

Prólogo

Então, olá a todos.

Eu me chamo Dalto Daltagnan e vocês podem me chamar só de Dalto. Foi minha mãe que viu algum filme de época eu acho e pensou nesse nome composto, isso nem é nome de família.

Eu sou só um homem de 25 anos e que trabalhava no Bairro de São Cristóvão em um posto de gasolina da Petrobras na parte da loja de conveniência chamada BR Mania.

E o relato que darei a vocês agora poderá parecer um conto cômico, mas todos os detalhes serão reais.

Essa história será sobre como eu conheci três malucos no trem.

E como isso mudou completamente a minha vida.

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Capítulo 1 – Alessandro Faramis e o Primeiro Presente

Olha, como eu disse antes, sou só um cara que trabalhava em um caixa de posto. Não sei escrever direito e tals. Eu vou só tentar falar o que me aconteceu e tentar deixar o relato mais leve e tals.

Bom, minha rotina consistia em ir para o trabalho no posto e pegar o trem expresso Santa Cruz em Bangu e descer em São Cristóvão, e de lá eu ia para o meu trabalho. Tudo de boas. Rotina diária. Eu não tenho filhos e minha grana eu gastava nos meus rolês de moto nos fins de semana.

E nessa viagens. Caralho, vocês nem fazem ideia. Eu ficava sempre de pau duro vendo as novinhas das escolas de ensino médio. Era foda, irmão. Tipo, eu entrava e elas tinham uns uniformes de FAETEC, CEFET, e tals. As mais da hora eram as adolescentes secundaristas do Pedro II, porque elas usavam saias e tals.

E eu sempre tentava ficar em um canto longe. Meu pau não conseguia se controlar e eu ficava de pau durasso sempre. Tudo que eu não queria era ser acusado de abusador e tals.

E foi em uma dessas voltas pra casa que eu vejo um grupo de adolescentes do CEFET/RJ.

Esses eram os mais sem graça de ser ver entre todos do 2º grau que pegavam trem. Elas usavam uns jalecos de cursos técnicos e as curvas do corpinho delas ficavam escondidas. Então essas eram as que eu mais ignorava. Fora que eu sentia uma forte inveja, porque eu fiz um ensino médio merda em escola pública estadual e não tive as oportunidades que essa garotada teve.

E esse grupo vai descendo até só sobrar um casal final.

E só agora eu vejo que a última que sobrou era linda para um cacete.

(Um pouco menor as tranças, mas era assim mesmo a novinha)

Era uma japinha linda demais, com um cabelo cortado médio e bicolor, a parte da frente era menor e a de trás um pouco maior. Ela era não só gostosa, mas parecia refinada e de família de engenheiros não sei. Sei lá. Nata da nata. Acho que do tipo que eu ficaria sem graça e sem ter papo caso eu sentasse para conversar.

Eu desço em Bangu e não consegui ver qual era o ponto que eles desciam.

Eu nem sei porque eu estava fixando muito nessa novinha na minha cabeça.

Amanhã eu nem vou saber quem é ela e tals.

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Dito e feito.

No dia seguinte tem tanta gente que eu nem reparo mesmo nessa jovem. Eu só fico em pé vendo a janela e deixando a viagem e o tempo passar.

E até que em algum momento eu meio que (quase que como mágica) vejo realmente a mesma garota.

Ela dessa vez estava sozinha e se deslocava para a escola dela no mesmo carro que eu. Com certeza devia ser aquela parada de esperar no mesmo ponto da plataforma e entrar no mesmo vagão. E além disso eu não sou burro, isso também dizia que ela entrava na escola dela no mesmo horário que eu devia pegar a batente lá no posto.

Caralho, Dalto. Esquece a porra dessa mina, brother. Com certeza ela é menor de 18 e tu já tá no segundo dia não tirando os olhos dela.

E foi quando eu já estava bem pertinho de descer que eu vejo que um senhor sentado não tirava os olhos dela.

Velho tarado, não pode ser.

Nem era tão velho. Era um homem entre 50 e 60 anos. Que estava sentado na frente dela e ocasionalmente levantava a vista para expiar os peitos dela. Era foda porque tipo, ela estava com um jaleco roxo do técnico e como ele estava desbotoado era só esse veio pervertido que tava vendo algo.

- Eu vou tomar uma atitude que é melhor.

Eu desço em São Cristóvão, obviamente. A gata lá do segundo grau também desce lá, o que também era óbvio.

E o velho, ai nem sei se era porque ele trabalhava lá ou tava stalkeando a garota.

E eu espero meio que o movimento seguir, e quando o velho tava meio atrás eu passo o braço em volta dele como se fosse um assalto em calçadão e falo.

- Koe, leki. Tá doidão? Eu vi tu secando a novinha lá do CEFET, vem com essa não. Fica na sua seu veio se não quiser que sobre pra você, morou?

Eu achei que o senhorzinho ia se tocar e pedi desculpa.

Mas no lugar disso ele vira pra mim e me responde.

- Olá, eu me chamo Alessandro Faramis. Pode me chamar só de Faramis. Que bom que percebeu, mas não é o que você está pensando. Aliás, posso te acompanhar até o seu BR Mania? Quando eu chegar lá eu te explico melhor.

Eu tiro o braço e fico meio chocado. Eu pensei que era eu que tava enquadrando ele, só que meio que o veio que viu meu uniforme e me enquadrou sei lá porque.

- Cara, foi tu que fez algo. Senhor, vem com essa não. Desculpa aí e valeu.

Eu aperto o passo, tava com medo, me cagando. Nem sabia o porquê. Nem devia ter me metido.

Tenho que cuidar da minha vida e parar de meter os pés pelas mãos.

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Eu chego no meu trabalho e já vou no banheiro, bebo uma água e me preparo para ir atender e começar o meu turno da manhã.

- Olá, Dalto. Para que correr de mim? Eu sou só um velho doente. E eu ainda queria conversar contigo sobre aquilo.

O velho me seguiu até o meu trabalho!

- Tá. Vem comigo.

Eu aproveito que eu apertei o passo e tinha uns 15 minutos de adianto até o horário normal de abrir e vou para onde ficava o calibrador de pneus e onde eu fumava em um canto isolado perto da porta de alumínio do banheiro externo de clientes.

- Posso falar? Meu caro Dalto?

O velho era todo formal. Era bizarro eu estar falando com ele ali, mas eu queria era escutar logo o velho e dar um fim nisso.

- Claro, fala Faramis.

- Lembrou do meu nome, que adorável.

- Eu não sou idiota. Fala logo.

- Então, eu estava vendo aquela menina. Eu acho ela muito bonita e perfeita mesmo. E eu vi que você estava vendo ela também.

Esse Alessandro Faramis era sagaz e reparou em mim também.

- Sim, eu tava olhando ela. Ela é uma novinha muito bonita.

- Que bom que o Dalto também tem bom gosto. Eu vou ser direto ao que eu queria falar com você e parar de enrolar. Eu tenho um sonho que envolve aquela menina. E eu queria que você participasse também. Eu tenho mais dois amigos que já toparam. E com você fechará o grupo completo necessário.

PORRA??

Isso é parar de enrolar?

(Tu só tá enrolando mais ainda!!)

- Você fala e fala e eu entendi bulhufas. Você e esses dois amigos seus querem o que com ela?

O Faramis olha para os lados e via se tem mais alguém.

E depois fala baixinho pra mim.

- Eu quero fazer uma suruba com ela. E você é o último membro.

Suru-

O QUE???????

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Se eu tivesse fumando na hora eu teria engolido o cigarro no susto.

- Caralho! Se tá maluco seu velho!

Faramis fica meio sem graça e dá uma recuada.

- Não vou discutir com você. Ficar me esgrimando com você. Se quiser topar, eu vou deixar um presente pra ti.

E o Faramis me passa um cartãozinho de médico.

- Aqui. O primeiro presente seu será um cartão. Meu telefone está aí. Se aceitar, entre em contato que meus companheiros irão entrar em contato com você.

E ele entrega um cartãozinho e vai embora.

E no cartão de médico eu via.

Ortopedista: Doutor Alessandro Faramis.

CRM: 37**-****, telefone: (21) 9****-****

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- Aiko, já deu o intervalo. Vamos lá comer algo no posto.

Eu sempre demoro muito anotando todos os slides, hoje meu namorado não veio para a escola e disse que estava com febre, e eu fiquei mais com as outras garotas.

- Claro!! Vamos lá!

Eu as acompanho para comer alguma besteira lá no BR Mania. Eu era muito influenciada a deixar de comer e almoçar quando não estava com meu namorado. Ele agia como se fosse uma babá minha. Era até ligeiramente chato agora que penso um pouco mais nisso.

E agora eu aproveitava a mesada e o dinheiro do dia (eu recebia 30 reais por dia para almoçar) e agora estava comprando um hamburguer de microondas, uma coca-cola e vários doces.

- Aqui. Deu 43,25. Credito ou débito?

- Débito.

Deu um pouco mais caro, mas eu sabia que dinheiro na conta não era um problema pra mim.

E eu saio do caixa sem nem olhar bem para quem estava me atendendo. Não sou grossa, nem nada. Mas assim como eu tenho as minhas coisas para fazer e mais de 20 matérias (técnico e médio) para estudar, basicamente as outras pessoas eram como NPCs na minha rotina, a moça da pipoca, o moço do busão, o jovem da loja de conveniência do posto.

- Vamos comer aqui ou voltar pro CEFET, migas?

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Caralho.

Era a terceira vez encontrando ela. A segunda no mesmo dia.

Ela me passou o cartão de débito e nervoso eu consegui bisbilhotar o primeiro nome dela impresso em relevo naquele retângulo de plástico com microchip antes de botar na maquininha e passar pra ela digitar a senha dela.

Aiko.

Eu não sabia nada de Japão. Mas aquele era um nome oriental, BR que não era na certeza, leki. E assim que ela saiu e eu vi o cabelo esvoaçando daquela japinha eu senti o sangue descendo pra minha rola.

E eu lembro do Faramis falando de suruba.

- Então é essa a garota que ele quer fazer aquilo. O nome dela é Aiko. – Eu rumino baixo pra mim com a boca fechada.

Enquanto ainda estava no trabalho eu mexia no celular. Era fácil. Eu deixava o aparelho mutado e escondido atrás de um pote de chiclete.

E agora eu digitava e salvava o número do cartão dado de presente do ortopedista Faramis e depois abro uma conversa de Whatsapp com ele.

- Faramis, eu aceito. Eu vou fazer parte desse seu time.

Prontamente (como se fosse um velho desocupado [o que não necessariamente era {era sim, quem nesse horário responde 2 segundos depois?}]) o Faramis responde.

- Show. Agora você precisa conhecer os dois últimos membros.

- Sim, e como faço isso?

E o Faramis finaliza.

- O próximo membro se chama Matheus Mathos, ele prefere ser chamado de Mathos. Eu vou informá-lo que você está dentro do esquema e o próprio Matheus achará um momento para falar contigo.

E só isso.

Eu pensei em digitar mais e tals. Mas meu coração disparava, meio que antevendo que tava fazendo bosta e eu fico mega ultra nervosão, saca? Será que eu podia ser preso só por isso? É errado só planejar essa doidera de suruba com essa novinha chamada Aiko? Já poderia ir em cana?

Se aquilo não era errado eu tinha a impressão de que uma hora seria.

Tô fudido pra caralho.

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Comentários

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Depende, esse foi um trabalho encomendado. Darei uma parada nele e postarei Bella. A continuação de Ramona rs

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Esse foi um conto encomendado por um fã que pagou. Bom, espero que tenham gostado. O próximo aqui no site será a continuação da Ramona. E o nome é Bella.

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