A GATINHA

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2137 palavras
Data: 26/12/2020 22:37:14

Sorensen era um aproveitador cafajeste! E ninguém tinha dúvidas disso …, nem mesmo ele! Como influente comerciante regional, tendo construído um pequeno império a partir da pequena cidade de Hoorn, tudo tornara-se fácil para ele, inclusive seduzir mulheres, o que fazia indistintamente. E aquelas que não conseguia pela sedução, fazia-o pelo assédio, chantageando, conspirando, comprando ou simplesmente tomando! Ganhou fama de ser um macho insaciável, como também um homem impiedoso e sem coração.

Por tais razões, jamais se casou, e prevendo o futuro, deixou com seu advogado de confiança um testamento, onde seus negócios seriam vendidos a quem pagasse mais e o resultado transformado em um fundo que seria administrado por banqueiros influentes e jamais partilhado com quem quer que seja; Sorensen sabia que, após sua morte, milhares de mulheres acorreriam aos tribunais, ansiando por obter um quinhão para seus filhos bastardos, já que ele jamais admitira a existência de tal prole.

Segundo ele, nenhuma delas obteria um centavo sequer de seu dinheiro, que era apenas seu e de mais ninguém. Comprovou-se, pois, que somava-se à sua qualificação a de sovina e mesquinho. Tudo isso parecia ter uma relação atávica com o passado do comerciante que em sua juventude apaixonara-se por uma linda jovem cigana, porém os pais dela jamais concordaram com a possível união fora dos costumes tribais que já haviam comprometido a moça com um dos seus.

Possivelmente, aquilo empederniu o coração do rapaz que tornou-se um aproveitador sempre frio e destituído de sentimentos, cultuando apenas o prazer pelo prazer; entretanto, um evento alterou significativamente o curso da história desse homem. E parece que não foi por mero acidente.

Certa tarde, após degustar café com biscoitos em sua doceria preferida, Sorensen retornava ao seu escritório quando foi abordado por uma velha de aparência humilde, vestindo trajes toscos e trazendo na mão uma pequena cesta, que lhe oferecia uma gatinha recém-nascida como animal de estimação; a primeira reação de Sorensen foi brandir sua bengala no ar de forma ameaçadora enquanto proferia despautérios para livrar-se da presença incômoda.

Curiosamente, ao ver o pequeno animal de pelagem alva como a neve e olhinhos cor de mel cheios de vivacidade e esperteza, Sorensen emudeceu, como se estivesse enfeitiçado pelo animalzinho; permaneceu em silêncio, sendo que sua interlocutora também não se pronunciava.

-O que queres em troca do animal? – perguntou ele, após um longo intervalo, como saindo de um transe.

-Apenas dez florins, meu senhor! – respondeu a velha com um tom ameno – Não é muito para um homem abastado como o senhor, não é?

Imediatamente, Sorensen meteu a mão no bolso, retirando um pequeno saco de couro, de onde retirou a quantia, entregando-a para a velha, que pegou o dinheiro e deu-lhe o animal. A tê-lo em suas mãos, o comerciante parecia uma criança com seu novo brinquedo!

-Ah! Apenas um lembrete, nobre senhor! – interveio a velha oportunamente com tom sisudo – Jamais deixe que ela tome teu leite …, leite de homem …, não vais gostar das consequências …

-Leite? Mas a que leite se refere? – perguntou ele em tom apreensivo e expressão atônita.

-Ora, meu senhor …, o senhor sabe! – respondeu ela com tom maroto – O leite que fertiliza as damas …, aquele que aquece suas entranhas e jorra com impetuosidade!

Nesse momento, ouviu-se o badalar dos sinos da igreja, chamando a todos para a missa de fim de dia; Sorensen olhou para a torre, lembrando-se que fora ele quem doara dinheiro para a aquisição daqueles sinos inoportunos; e ao voltar-se na direção da velha, viu com surpresa, que ela não mais estava ali …, desaparecera como um sopro de vento tardio.

Nos dias que se seguiram, Sorensen viu-se embriagado de carinhos e cuidados com a gatinha, cuja esperteza e singularidade tanto o cativavam que até mesmo os seus negócios foram postos em segundo plano. O animalzinho ganhara status de uma pessoa, com cuidadores que a paparicavam com tudo que o comerciante podia lhe oferecer, sempre do bom e do melhor. O privilégio era tal, que Kitten, a gatinha, ganhara o direito de dormir ao lado da cama de seu dono em uma cesta especialmente confeccionada para ela.

Uma noite porém, Kitten foi obrigada a dormir fora do quarto de Sorensen, pois ele trouxera uma companhia feminina para desfrutar de sua cama; tratava-se da esposa de um famoso tecelão que viera à cidade para negócios e acabara emborcado por bebida e mulheres, deixando a esposa aos cuidados do comerciante, que não tardou em passar-lhe uma lábia, conduzindo-a na direção da insofismável traição!

E foi uma noite e tanto! Sorensen não perdeu tempo em desnudar a mulher, deixando-a em seus braços dominada pelo desejo; ele sugou os mamilos intumescidos das mamas fartas da fêmea e não perdeu tempo em jogá-la sobre sua cama, mergulhando o rosto entre suas pernas e apreciando o sabor da gruta quente e molhada de sua parceira, que logo gemia como louca, experimentando uma sucessão de gozos caudalosos.

Sem perda de tempo, Sorensen arrancou suas roupas, exibindo, orgulhoso, seu dote masculino ante o rosto estupefato da parceira, que arregalou os olhos ao ver o membro avantajado do comerciante, chegando mesmo a salivar de desejo. Ele subiu sobre ela e penetrou-a com um único golpe, enterrando seu mastro rijo bem fundo nas entranhas da mulher que soltou gritinhos histéricos ao ver-se preenchida por um homem tão intenso.

Sucederam-se, pois, golpes e mais golpes pélvicos veementes, enchendo de doce tortura a fêmea que gemia e se contorcia recebendo uma onda de gozos irrefreados e enérgicos que a deixavam, inteiramente, à mercê do comerciante cuja volúpia era tão desmedida quanto sua cobiça. Atacando com volúpia e com vigor a gruta da fêmea, Sorensen não arrefeceu um minuto sequer e enquanto tinha um pálio de energia, manteve-se firme e rijo, estocando sem interrupções …, até que, após arfar profundamente, ele contraiu os músculos, rendendo-se ao seu gozo que explodiu, inundando as entranhas da mulher que reagiu contraindo-se e gritando ao receber a carga do macho. Vencidos pelo esforço a que tiveram seus corpos expostos, Sorensen e sua parceira, quedaram-se sobre a cama, sem que ele percebesse que algumas gotas de sêmen acabaram por cair no piso do quarto.

De madrugada, Sorensen percebeu alguém levantando-se da cama, enquanto outro alguém se deitava ao seu lado, aninhando-se carinhosamente entre seus braços; o comerciante sentiu um odor doce e delicado, mas ante o cansaço, ele prosseguiu em seu pesado sono. Pela manhã, ao acordar, deu por si que não estava só em sua cama; imediatamente ele se desesperou, imaginando que a esposa do tecelão ainda estava em sua companhia, o que certamente, acarretaria consequências indesejáveis.

Todavia, qual não foi sua surpresa ao perceber que não era a conviva noturna que estava ao seu lado, mas sim uma lindíssima jovem, cuja nudez era perturbadoramente cativante! Ela ainda dormitava, suspirando baixinho, com seu corpo colado ao dele; como estava de costas, Sorensen não conseguia ver-lhe o rosto, mas o que via e sentia era algo delicioso! As formas esguias com angulosidades insinuantes e o cabelo platinado curto concediam à figura um ar de perfeição concebida no paraíso.

Timidamente, Sorensen acariciou o corpo daquela jovem que desfrutava de sua cama, sentindo sua pele morna e aveludada cujo viço jovial era uma explosão extasiante de prazer; ao descer até as nádegas, percebeu algo incomum …, a jovem tinha um pequeno apêndice que se projetava um pouco acima do início do sulco que formava o vale entre elas e se parecia muito com um …, rabo!

Sobressaltado, Sorensen deu um pulo para fora da cama, fazendo com que sua acompanhante acordasse; a jovem tinha um rosto lindíssimo com olhos cor de mel e lábios rubros e seu sorriso inocente era um convite ao pecado …, porém, o comerciante lembrou-se do que a velha lhe dissera ao negociar a pequena Kitten …, jamais dar-lhe leite de homem …, e de alguma forma, ela sorvera o tal líquido que redundou em sua forma humana, dotada apenas de um detalhe anatômico incomum.

-Kitten? É você, minha pequena gatinha? – perguntou ele mal conseguindo proferir as palavras.

A jovem sorriu e limitou-se a acenar com a cabeça em afirmação, comprovando as suspeitas do comerciante. Sorensen estava simplesmente extasiado! Sua Kitten era uma linda jovem de formas exuberantes, sorriso cativante e um olhar provocante, como o de uma fêmea em eterno cio! Ela olhava para ele como se insinuando, esperando que ele agisse como se espera que um macho aja na presença de uma fêmea tão atraente …, e foi exatamente isso que aconteceu.

Tomado por uma fúria primal, Sorensen a tomou nos braços buscando seus lábios e cerrando um longo, quente e úmido beijo, enquanto suas mãos apalpavam as mamas de intrigante firmeza da jovem, beliscando seus mamilos e ouvindo-a suspirar de êxtase; sem que ele esperasse Kitten o empurrou até a cama, e assim que o viu deitado sobre ela, aninhou-se entre as pernas de seu dono, passando a lamber carinhosamente o escroto e em seguida o falo rijo do comerciante.

Jamais ele recebera uma carícia tão íntima, e ao mesmo tempo, tão doce e singela; Kitten saboreou o membro do comerciante até que excitação atingisse um auge que se revelava nas gotículas cristalinas expelidas pelo membro, certificando que o frenesi do macho estava mais que auspicioso. Neste momento, Kitten subiu sobre o corpo de Sorensen e pôs-se de cócoras, esfregando sua gruta quente a molhada sobre a glande inchada, em um torturante malabarismo sexual que o tornava irracional de desejo.

Num rompante, Sorensen segurou-a pela cintura, obrigando que descesse sobre seu mastro; foi extasiante sentir-se invadindo aquela grutinha quente e apertada, que se dilatava para agasalhar o enorme intruso, enluvando-o com uma perfeição que nenhuma mulher jamais conseguira fazer; ao ver-se dentro da fêmea, fez ele menção de conduzi-la nos movimentos, porém, Kitten mostrou-se mais que hábil.

Apoiando suas mãos sobre o peito do seu dono, iniciou ela movimentos combinados de pélvis, cintura e nádegas que pareciam engolir e cuspir o membro cada vez mais rápido e profundo, causando uma onda se sensações que chegavam a convulsionar o corpo de Sorensen, o qual via-se como um brinquedo sexual sobre o domínio de sua gatinha. E após muito tempo, com um assédio voraz sobre o corpo do comerciante, Kitten girou seu corpo sem permitir que o membro escapasse de seu interior, reiniciando os movimentos, agora, com a possibilidade do macho vislumbrar o lindo traseiro de sua fêmea.

E aconteceu um momento de tão perfeita sincronia que ambos atingiram o ápice ao mesmo tempo, com Sorensen balbuciando palavras desconexas e também fazendo juras de amor para Kitten prometendo-lhe desposá-la e dar-lhe tudo que ela quisesse na vida. Enquanto relaxavam, ainda com Kitten montada em seu dono, sentindo seu membro enorme murchar dentro de si, ela inclinou o rosto sobre o dele e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. Na tarde daquele mesmo dia, os advogados do comerciante foram chamados à sua casa e com ele tiveram uma insólita reunião, na presença de uma jovem quase nua que eles jamais viram antes.

Naquela noite, Kitten e Sorensen trancaram-se no quarto principal, entregando-se a um frenesi sexual que prosseguiu como se não tivesse fim …, a única testemunha do que aconteceu naquele quarto foi uma grande lua cheia despejando sua luz prateada no interior do quarto. Em alguns momentos, Kitten recebia a cobertura do seu dono que ao penetrá-la golpeava com incessante vigor, ouvindo-a gemer e quase ronronar a cada vez que seu corpo era sacudido por uma nova onda de orgasmos. Em outros momentos, era Kitten quem domava seu garanhão, cavalgando-o com extrema maestria, extraindo-lhe toda a vitalidade que ainda restava no corpo suado e exaurido de Sorensen.

Na manhã do dia seguinte, os empregados da casa foram surpreendidos quando adentraram ao quarto não encontrando nem Sorensen muito menos sua jovem acompanhante …, o que encontraram foi apenas um par de gatos: a mesma gatinha branca que fora adotada por Sorensen e ao seu lado um gato de pelagem cinza e inexplicáveis olhos azuis …, azuis como os de Sorensen!

Transcorrido o prazo e declarada a ausência do comerciante, seus advogados trataram de agir, cumprindo as determinações por ele impostas na reunião em sua casa; seus negócios passaram a ser administrados por um fundo com a intervenção de bancos e também da Coroa e todos os recursos eram destinados a obras de filantropia e também ao bem-estar das centenas de empregados que ativavam-se em sua organização. Por último, a residência do comerciante foi mantida intacta e cuidada pelos empregados, sendo que haviam algumas exigências, tais como sempre trocar as roupas de cama e também deixar no canto próximo da janela, uma tigela de leite e uma bandeja com os deliciosos biscoitos da confeitaria preferida de Sorensen …, dizem os supersticiosos que em noite de lua cheia, quando o recinto é banhado pelo luar prateado, pode-se ouvir gemidos, suspiros e gritos ensandecidos como se alguém estivesse desfrutando de imenso prazer entre aquelas paredes.

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