Ma Petite Princesse (Minha Pequena Princesa) VII

Um conto erótico de A_Escritora
Categoria: Heterossexual
Contém 2260 palavras
Data: 12/12/2020 21:32:22
Última revisão: 05/05/2022 18:15:28

Sinopse: Com Eric em seus pensamentos, Nívea se entrega ao prazer solitário no refúgio do seu quarto.

Após ser agraciada com as primeiras boas notas das provas, uma tempestade cai na cidade e a jovem não encontra uma solução para sair do colégio após o fim das aulas, se vendo obrigada a ir para casa debaixo de chuva.

(⚠️Para aqueles que estão chegando aqui pela primeira vez, leiam os capítulos anteriores⚠️)

...

Certas coisas acontecem em nossas vidas sem explicação. E a minha amizade com Melissa foi uma delas. Após a noite de pizza, passamos o final de semana inteiro juntas: no sábado, passeamos pelo shopping. Entrávamos em loja de maquiagem, eletrônicos, experimentávamos lanches de lugares que nunca tínhamos ido anteriormente... Stories no Instagram, selfies de amigas. E em meio à isso, minha mãe me enviando mensagens para saber se eu estava bem.

▶️Sim, mãe. Eu e Melissa estamos bem. Não se preocupe. - era um dos áudios enviados.

▶️Como vocês vão voltar pra casa? Querem que eu vá buscar vocês?

▶️Não precisa, voltamos de Uber.

▶️Quando você estiver voltando, compartilha a viagem comigo ou com o seu pai. Você não está acostumada a sair sem a gente.

▶️Pode deixar.

E no domingo, praia. Estava um Sol de rachar então o clima pedia. Mesmo não sendo muito fã, Melissa insistiu tanto que acabei cedendo. Voltamos para casa logo no início da tarde e quando cheguei, meu pai estava sentado no sofá, atento ao seu celular e com a tv ligada em um canal qualquer. Me viu entrar e olhando por cima de seus óculos, fez suas típicas gracinhas:

- Regardez qui est arrivé!* Como foi na praia?

(Olha quem chegou!*)

- Bien* - sentei ao lado dele, cansada deixando minha bolsa de praia em um canto qualquer do chão - e a mamãe? Estranhei ela não me enviar mensagens toda hora. (Bem*)

- Foi ao bazar de caridade depois do almoço. Eu preferi ficar em casa para fechar uma compra de passagens aéreas.

- Vai viajar? - perguntei surpresa - não sabia...

- Vou. Eu teria dito antes se a minha filha querida não estivesse com a agenda cheia de compromissos - falou com leve sarcasmo.

- Mas você e a minha mãe permitiram!

- Oui, permitimos - me falava enquanto olhava atentamente para a tela - e vamos permitir sempre. Desde que você continue a ser essa filha maravilhosa que é com excelentes notas no colégio.

- Claro que serei - sorri pra ele.

Ele me olhou e sorriu de volta, me beijando na testa.

- Vai viajar quando?

- Demain*. Viagem à trabalho. Mas na terça-feira à noite eu já estarei de volta.

(Amanhã*)

- Ótimo.

- Deixei um dinheiro na sua conta para o que você precisar. Principalmente agora que terei uma princesse com vida social agitada.

Admito que não lembro de ter passado um fim de semana tão divertido quanto aquele ao lado da Melissa. E durante esses dois dias, não tive a oportunidade de conhecer sua mãe e o padrasto. Deduzi que ela deveria ser mais solitária do que eu, por isso quis se tornar minha amiga. Será que também não tinha amigos na escola onde estudava? Era tão extrovertida, tão comunicativa e tão bonita. O fato é que apesar das personalidades tão diferentes, nós duas possuíamos coisas em comum: pais ausentes e com cartões de débito cujo saldo era o menor dos problemas, se iria zerar ou não.

Corpo cansado e implorando por uma banheira com sais de banho, onde relaxei por quase meia hora. Depois, já no meu quarto e tirando a toalha, visualizei meu corpo nu e úmido diante do espelho. Minha pele estava em tom rosado devido à exposição ao Sol mesmo fazendo uso de um bom protetor solar.

Observava o meu corpo e deslizava devagar as mãos pelos meus seios, cintura... Me olhava de lado para ver o quanto o meu bumbum era grande e chamativo. Mordi meu lábio inferior, olhei na direção da porta e corri para trancá-la. Me deitei na cama, recostei minha cabeça confortávelmente no travesseiro. Minha mão esquerda percorreu o caminho por entre meus seios, passando pela cintura chegando até a minha bucetinha ainda molhada devido ao banho. E novamente ele surgiu em meus pensamentos e no meu coração. O rosto másculo, o peitoral imponente que eu tanto amava... A umidade vinda do prazer lambuzava os meus dedos que acariciavam de leve meu grelinho já inchado e melado. Minhas coxas se esfregavam uma na outra dando uma fricção gostosa junto à minha vulva.

Minha respiração ofegava. Enquanto me tocava, eu sonhava. Sonhava como seriam os seus toques, os seus beijos... A voz tão maravilhosa... O Professor Eric era o tipo de homem o qual eu estava entregando meu corpo, sem medo, naquele momento tão íntimo e particular. O bico dos meus seios já se encontravam rígidos. Eu estava tão excitada que dois dedos já estavam dentro de mim. Senti que o gozo estava vindo e pressionei mais minhas coxas contra a minha vulva inchada e pulsante. Meu coração acelerava e minha bucetinha pedia por alívio. E ele veio. Em forma de um néctar quente junto de um latente gostoso que dura breves segundos. Meu íntimo ensopado era a prova de que meu corpo intocado ansiava por algo mais gostoso e mais inesquecível do que toques.

...

Mais uma segunda-feira. No entanto, essa seria diferente. Era a segunda-feira em que eu saberia se de fato eu era uma boa aluna em Literatura Francesa. Foram dois meses estudando o período medieval e colocados à prova. No caso, em uma prova de seis folhas.

Estudei a vida inteira em um colégio de ensino estrangeiro que era um dos mais caros da cidade e mais exigentes com as médias. Por sorte, mérito ou inteligência, eu aparecia entre os alunos com as maiores notas. A nota 10 se fazia presente vez ou outra e também nunca tive nenhum resultado abaixo de 9,5. Todo final de ano letivo, meus pais recebiam um email do corpo docente parabenizando-os pela aluna excelente com médias espetaculares.

O clima quente de domingo repetiu-se no primeiro dia de aula. A mesma movimentação de alunos dentro da sala se fazia presente e eu já estava em meu lugar de sempre esperando ele chegar com o resultado da prova. Por que meu coração ainda batia em descompasso? Dois meses o encontrando semanalmente e a sensação era sempre a mesma. Aliada à ansiedade pela boa nota tirada ou não, tudo se tornara pior.

Meu olhar estava vago e direcionado para algum ponto da mesa, onde eu procurava respirar tranquilamente.

Bonjour à tous! - me dei conta de sua presença ao ouvir sua voz.

(Bom dia a todos)

Toda a classe respondeu normalmente como de costume e então o olhei. A pontada no peito nunca falhava. Observando-o fazer o rito de sempre em sua mesa, com o mesmo envelope da semana anterior contendo as provas corrigidas.

No entanto, algo me chamara a atenção: ele retirou apenas um bloco grampeado. Com ele em mãos, o professor se dirigiu à frente de todos.

- Eh bien, j'ai le résultat du test et je voudrais dire que j'ai été très satisfait des notes. Vous avez tous très bien fait.

(Bom, estou com o resultado da prova e gostaria de dizer que eu fiquei muito satisfeito com as notas. Todos vocês foram muito bem.)

Seu semblante parecia mais sereno enquanto falava e nunca pensei que o veria daquela forma. Não esboçava nenhum sorriso aparente mas também não exaltava a expressão rígida e séria de sempre.

- Et en plus - ele suspirou - J'ai été surpris par une note de tête.

(E além disso, eu fui surpreendido com uma nota máxima.)

- Quelqu'un en a-t-il eu 10? - uma das alunas perguntou.

(Alguém tirou dez?)

-Presque - ele respondeu tranquilamente - J'ai été surpris avec un score de 9,6.

(Quase. Fui surpreendido com uma nota 9,6).

Todos se entreolharam junto de murmúrios baixos. Foi quando neste mesmo instante, ele olhou atentamente na minha direção. Olhei para lado, pensando que o céu em seus olhos estivesse visando outro aluno.

- Félicitations - e me entregou a prova mantendo um olhar sereno sobre mim - Vous avez fait un excellent test.

(Parabéns. Você fez uma excelente prova).

Eu não estava acreditando naquele 9,6 escrito em caneta preta no alto da primeira folha. Fiquei tão perplexa que nem folheei o restante da prova para saber onde ele havia me tirado 0,4 da pontuação máxima. Perplexa por minutos suficientes em que não vi os alunos recebendo as provas. E quando voltei do transe, lá estava ele sentado em sua mesa, recostado na cadeira, mais uma vez me encarando sério. Como pode ser tão lindo? Meu rosto que já estava vermelho pelo Sol, certeza que havia se transformado em um pimentão. Meu Deus, que tipo de enigma ele acha que eu sou?

Levantou-se com um livro em mãos comunicando à turma que as notas já estavam no site do colégio para que os pais tivessem acesso. E também iniciando a aula do dia falando sobre o novo conteúdo a ser estudado: A Literatura Francesa no período Renascentista.

...

Duas horas de intervalo, fiquei quietinha em uma parte tranquila do colégio e enviei mensagens para a minha mãe e para Melissa contando sobre a excelente nota. Claro que o teor da conversa com minha amiga ruiva foi bem diferente.

- Mas ele te olha como? - ela me perguntou.

- Eu não sei, Meli - respondi - já não é a primeira vez que ele faz isso. Eu prefiro acreditar que é coisa da minha cabeça mas parece que ele tenta me decifrar.

- Certeza que ele te olha pq você é linda! - digitou junto de um emoji de risada.

- Ah, nada a ver! Eu fico quieta durante todo o tempo dele de aula e escrevendo muito, então não sei dizer se ele faz isso sempre.

- Entendi.

Enquanto conversávamos, o clima quente de Sol ficou mais ameno e rajadas de vento começavam a se formar.

- Eu to saindo do colégio agora e indo pro curso - Melissa estudava inglês duas vezes na semana - Você sai de tarde né?

- Sim, saio às cinco.

- Tá bom, a gente conversa depois, não fico com celular pela rua, Bjs.

Nos despedimos e fiquei passando o tempo no Instagram e vendo vídeos até o horário de aulas da tarde começar.

Recebi os resultados de outras disciplinas. 9,5... 9,7... Mas a minha nota de Literatura Francesa foi o melhor presente do meu dia e estava muito contente. Faltando quinze minutos para a última aula terminar, ouvimos o estrondo de uma trovoada que tremeu as janelas da sala. "Não acredito que vai chover" pensei indignada. Fim de aula e o céu desabava em forma de chuva. O jeito era ir para biblioteca que fechava às 18h e esperar a tempestade passar. Revisei as matérias do dia, peguei de empréstimo mais um livro indicado pelo professor Eric para a leitura bimestral. Tudo isso com o intuito de passar o tempo.

- Excusez-moi, nous fermons! - a funcionária da biblioteca veio até onde eu estava sentada me avisar.

- Oh oui, merci!

(Com licença, nós estamos fechando!)

(Ah sim, obrigada!)

A biblioteca, assim como o colégio, encerrava o expediente às 18h. Como as aulas se encerram às 17h, os alunos poderiam ter a ala literária à disposição por mais uma hora.

Guardei meu material, pus minha mochila nas costas e com o fichário junto ao meu corpo me dirigi até a saída. A chuva mais forte do que nunca.

- Meu Deus como eu vou embora pra casa? - fiquei agoniada. Peguei meu celular e enviei um áudio pra minha mãe:

▶️Mãe, você pode vir me buscar hoje? O céu tá desabando. Eu até poderia ir sozinha mas vou levar o dobro do tempo até chegar em casa!

Minutos depois, veio a resposta:

▶️Oi meu amor, eu sei, parece que o mundo vai acabar mas eu não posso sair daqui agora. As clientes confirmaram atendimento e eu só devo terminar tudo depois das 20h. Tenta um Uber.

- Tá bom, eu vou ver o que eu faço aqui. Um beijo, Tchau - digitei me despedindo e chateada.

Eu não ia pegar um Uber para fazer um trajeto ridículo pagando o dobro do valor habitual como acontece em dias chuvosos. Por sorte, meu guarda-chuva sempre ficava no fundo da mochila. Era rosa e bem grande. Não tinha jeito a não ser ir a pé. O abri, mantendo o fichário grudado ao meu peito e fui andando bem devagar, descendo com cuidado a rua de ladeira onde era a localização do colégio. Caminhava lentamente, com ambas as mãos ocupadas pelo guarda-chuva erguido e fichário, quando ouvi um barulho de buzina. Ignorei. E então, um carro todo preto com a janela aberta do lado do carona se aproximou de mim próximo à calçada.

- Ei, mocinha! - a voz me chamou.

Ao me virar e olhar, eu senti todo o meu corpo tremer, minhas pernas principalmente. Não acreditava em quem estava dentro do carro.

Continua...

Nota da autora: Agradeço de coração quem está acompanhando todo o conto até aqui, mesmo que não se manifeste deixando comentários ou as três estrelinhas de boa escritora rsrsr. Sei que estou parecendo prolixa mas as ideias vão surgindo a cada construção de um novo capítulo e eu as julgo muito boas para deixá-las de lado.

Espero que não me odeiem por ter finalizado o capítulo de maneira tão crucial. Enquanto vocês estão lendo esse aqui, já estarei escrevendo o próximo pois imagino que existam leitores ansiosos. Mas confesso que não será uma tarefa fácil pois não sei se me sinto capaz em construir um desenrolar dessa cena que é tão importante.

Abraços.

Contato: a_escritora@outlook.com

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