Geografia feminina

Um conto erótico de Kadu
Categoria: Heterossexual
Contém 650 palavras
Data: 11/11/2020 20:00:06
Assuntos: Heterossexual, Sexo

Gosto de explorar o corpo de uma mulher. Aos 40, já percorri quilômetros de silhuetas, derrapei em muitas curvas, quase todas sou capaz de lembrar. Dora por exemplo, eu no auge dos meus 20 anos me apaixonei pelas curvas de uma loba de quase 50. Esguia, de peitos tão aveludados quanto um pêssego, tinha o corpo rijo de uma adolescente. Minhas mãos perdiam-se em suas curvas, a pele clara ficava rubra de prazer. Há anos casada com um homem que só lhe oferecia o trivial na cama, se rendera ao fogo da minha idade. Depois Ana, tímida, escondia atrás do óculos fundo de garrafa um fogo quase inapagável, perdera a virgindade tarde por isso buscava matar a sede de prazer a cada toque; Ana gostava de aventuras, de fetiches de transas saídas de romances quentes. Bia, a ruivinha sapeca, aos 40 descobri o quanto é bom a geografia de um corpo de 18. Uma menina no corpo de mulher, fogosa, insaciável, me levando por terras nunca pisadas, uma tempestade no céu azul. E por fim Lila. O corpo perfeito, marcado pelo sol, marquinhas excitantes, um tsunami nas camas agitadas dos motéis mais badalados, a menina com ar angelical e corpo de mulher diaba que enlouquece homens na idade do lobo. Mas houveram outras, aos 15 lembro de Tiana, a babá dos meus irmãos menores, aos 18 agradava aos pais e ao filho. Com ela dei minha primeira gozada. Me gabava de transar com ela no quartinho dos fundos quando meus pais saiam e as crianças dormiam, um dia descobri que na ausência da minha mãe ela dava para meu pai, trepava na ampla cama da suíte em posições que jamais fizera comigo. Depois veio a Aninha, minha namoradinha virgem, a santinha liberava o cuzinho com medo de engravidar. Com o tempo descobri que não era o único, ela dava para meus melhores amigos,,,só o cuzinho pra não engravidar. Iasmar, Laurinha, Kaká...gostosinhas demais, Malu, gostava de DP, era eu e mais um. Iara. Não era nenhuma sereia, mas tinha uma boca que levava qualquer marmanjo á loucura.

Durante 16 anos só tive olhos para Luana. Lembro até hoje da primeira vez, eu todo cuidadoso com a noivinha virgem. Aos poucos se tornou uma mulher quente, parceira, a primeira grávida que fiz sexo...uma delícia por sinal. Cada filho uma novidade. Depois de 15 anos juntos o fogo foi diminuindo,,,eu já pulara a cerca com a mãe de um coleguinha do meu filho do meio, ela já transava com um garotão anos mais novo. A separação foi a saída. Somos amigos até mesmo para matar a saudade na cama.

Quantos cheiros, quantos gostos....ia esquecendo a Núbia, uma morena linda da época em que eu era professor, uma ninfetinha cobiçada por todo o corpo docente masculino, saímos algumas vezes, gostosinha demais tinha uma voz rouquinha. Dia desses nos encontramos no mercado, irreconhecível na fila do caixa. Um rapaz moreno, bonito me cumprimentou com muito entusiasmo, estranhei a atitude, apesar de ter um rosto que não me era estranho não conseguia me lembrar de onde o conhecia algum tempo mais tarde se identificou como minha antiga aluna Núbia. Achei interessante a experiência.

Há alguns meses sentado no consultório do meu dentista conheci Alicia. Logo que a vi meu coração disparou, era diferente de todas as mulheres que eu já me relacionara, era um tipo comum, simplesmente uma mulher, logo no primeiro contato percebi algo diferente. Levamos uns dois meses para marcarmos uma saída e para nosso azar inicio da pandemia. Estamos nos conhecendo aos poucos, no muito horas ao telefone e uma certa intimidade virtual, ela é um roteiro de turismo em uma ilha desconhecida. Alicia também é divorciada, estamos descobrindo o mundo e um ao outro de forma diferente. Enquanto não nos encontramos pra valer ando recorrendo aos velhos hábitos da adolescência decorando a geografia do revestimento do banheiro.

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