O escravo cativo: Os olhos do Imperador

Um conto erótico de Duque chaves
Categoria: Gay
Contém 2099 palavras
Data: 23/10/2020 18:22:37

Depois daquele bendito show de manhã cedo, Daniel colocou sua roupa nova, que ele tinha ganhado de seu senhor. uma toga curta até os joelhos azul escura, ela tinha muito panos e um cinto de couro na cintura, Daniel aprendeu a usar lápis de olho e uma pintura nos lábios o deixando mais vermelho.

Aurelio estava usando sua toga roxa, seus cabelos estavam molhados, com o banho que tomou mais cedo, ele andava no palácio e vários empregados que o via começava a fazer reverência., Daniel quase riu mais alto, quando um soldado ouviu os passos pesados de Aurélio e se despertou e bateu na parede sua cara.

Aurélio abriu a porta grande e Daniel se viu numa sala enorme com saídas para o grande jardim de Nero, os olhos do menino se encheu com o que via na mesa, frutas maduras em cestas grandes, pães e cereais rodando a mesa, sucos naturais rodando a mesa e os olhos do garoto brilhavam mais ainda por causa de tanta comida. Mas logo que ele viu quem estava na mesa, seus olhos murcharam e sua animação foi para o ralo.

“Meu grande garoto, Helena está aqui furiosa por causa de um beijo e uma noite que teve”

Daniel encarou Nero sentado à sua frente na cadeira de costa alta, Nero era diferente do que o rapaz imaginava, ele tinha um nariz pontudo arrebitado, seus olhos eram carvão puro, seus cabelos eram curtos e bem penteados, em sua cabeça branca e oval, ele tinha uma coroa de louros enfeitando a cabeça. Ele tinha um sorriso torto, seus dentes eram amarelos e seus dedos eram grossos. Nero sentado tinha um corpo um pouco gorducho, ele usava uma toga tão cheia de panos que não sabia ao certo se ele conseguiria se levantar.

Ele era o imperador que matou todo seu vilarejo e pediu para trazer pessoas para serem os escravos. Rapidamente Daniel sentiu o medo invadir seu coração, e se todos os escravos iriam ser sacrificados? Deuses.

Aurelio andou graciosamente e firme até uma das cadeiras e se sentou, Daniel andou até onde mais duas meninas estavam, elas usavam a mesma corrente de ouro que era posta em seu pescoço, como símbolo de seres escravos do Burgueses.

Na mesa, estava a jovem que gritou com os dois, e fuzilou com os olhos Daniel. Ela estava tomando seu suco e comendo uma maçã, logo ao lado dela tinha uma outra senhora, dos cabelos negros como carvão, estava com efeites em seu cabelo num coque acima, usava roupas em tons de amarelo e verde, e joias adornando seus pulsos. Ela tinha o mesmo nariz arrebitado de Aurélio e os mesmo olhos, sua postura era perfeita e até a feição dura e ríspida da mesma fazia qualquer um dizer todos seus segredos.

“Então esse é seu novo escravo? - Perguntou Nero, sua voz era esganiçada e mais parecia que ele tinha engolido algo e afetado sua garganta. - Ele é um rapaz bem saudável.”

“Nada de seus joguinhos com meus escravos, papai. - advertiu Aurélio pegando um prato e se servindo.”

“Helena estava me contando que pegou você e seu escravo dormindo juntos, na mesma cama, não me importo com quem leva para cama para se saciar, mas está preste a se casar e deve manter o relacionamento de vocês dois em fagulhas, o povo quer ver um próximo imperador com a esposa do lado, não com seu escravo reinado. - Nero fala calmamente para seu filho, mas Daniel era inteligente o bastante que naquela frase toda, tinha uma advertência vedada, e ele sabia o que significaria.”

“Não sou o senhor ou minha mãe, que tem seus escravos e gostam de bancar na noite da lupercalia voltada a vênus, aquele ritual que todo ano vocês querem que eu participe. - Rebateu seriamente o herdeiro. - Sei de meus deveres meu pai e sei que estou caminhando para algo maior”

Nero era um senhor que deveria ter seus 50 anos ou mais, os cabelos brancos em volta da coroa de louros, poderia se passar por inofensivo, mas ele sabia o quão sanguinário aquele velho era, e de como ele gostava de se divertir no coliseu. Se ele pudesse, poderia matar ele ali mesmo. Daniel sabia de algumas técnicas que aprendeu com uma senhora, os pontos vitais do ser humano, ela era considerada como uma bruxa seguidora de Hécate, mas ele via que aquilo era ciência.

As veias de Nero em sua jugular pulavam, ele poderia matar ele apenas com um corte simples, ou até mesmo em seu calcanhar, como na história de Aquiles. Tinha tantas formas de matar aquele desgraçado.

Mas Daniel se controlou, mesmo ali, ele sabia que seria morto, e não se poderia dar ao luxo de falha em sair vivo de Roma, ele olhou para a garota que estava com vestes mais provocantes para Aurélio e ele nem ao menos ligando para Helena, que ficava frustrada a cada investida que dava no decorrer do café da manhã.

“Preciso ver como as tropas estão indo hoje, fazer algumas rondas e logo após tenho um conselho de guerra, estamos tendo notícias de todas as províncias que O imperador da china quer declarar guerra contra Roma - Disse Aurélio se levantando e querendo ir em direção a porta”

“Deveria passar mais tempo com Helena meu filho. - A voz da mulher parecia um ganso grasnando. - E Daniel rapidamente se beliscou para não ri. - Helena está quase a uma primavera aqui e você quase não está passando o tempo que precisa com ela. Claro que ela vai se queixar que você tem seus próprios brinquedos, mais sua noiva é um dos pilares. Ou acha eu seu pai iria governar Roma com punho de ferro, sem ter a minha ajuda?”

“Sua mãe uma flor como sempre. - Balbuciou Nero não gostando daquele comentário. - Mas sua mãe tem razão em algo, ela está aqui. Ou vai querer que um bárbaro a tome?”

Helena encarou com espanto Nero e sua esposa encarou rispidamente Nero.

“Ele não faria isso! - Protestou Helena com uma voz doce. - Ele me ama, e sei que serei uma imperatriz como a senhora, Pompéia. Minha mãe e meu pai são minhas inspirações mas cresci ouvindo como vocês foram o casal que a própria Afrodite abençoe e os deuses ajudam o império, e essa graça que quero ter.”

A garota pelo menos sabia bajular alguém, Daniel e Aurélio tinham que admitir isso. Aurelio esquadrinhou a garota a sua frente, e ela era uma víbora, a alguns meses ele vem a observando de longe, a garota é ardilosa como seu pai, e traiçoeira como a mãe, erra como criar uma cobra altamente venenosa, uma hora ela te mataria se você não tivesse mais serventia para ela.

Por isso Aurelio sabia como lidar com aquela Víbora, ele jamais iria ser dominado ou influenciado por uma garota que poderia matá-lo quando estivesse dormindo, para reinar com outro homem.

“Sim, sim. - disse Pompéia olhando para seu filho. - Uma mulher forte para meu filho majestoso. Sinto que os deuses ajudaram vocês.”

“Eu quero você nessa lupercalia que vai ter em alguns dias, Aurelio, isso é uma ordem de seu Imperador. - Disse Nero encarando o filho pelas costas, Aurélio ficou tenso e logo se voltou ao seu pai. - Você sabe que isso pode abençoar seu casamento com sua futura esposa, e sabe do que conversamos não? Eu ensinei você bem, mas ainda é um jovem inexperiente que está começando a ver como são as pessoas ao nosso lado.”

“Irei meu pai, faria esse gosto pelo que pode acontecer a frente. - Daniel sentiu que a contra gosto ele iria”

“Serão tempos difíceis a nossa frente meu Filho. - Nero se levantou de sua cadeira e rapidamente as duas escravas correram e ajeitaram suas roupas. Ele andou a passos leves, Nero não fazia barulho ao pisar no chão, e isso como Daniel sabia, era de alguém que confiava em si mesmo e sabia onde estava. - Sei que vai fazer o que precisa para seguir com nosso império, criei um jovem que pode reinar”

A pressão em cima de Aurélio se tornou esmagadora, Daniel percebeu que os músculos de seu mestre se contraíram, seu corpo ficou rígido e Nero encarou o garoto com orgulho, mas logo redirecionou o olhar para Daniel, o analisando, procurando em sua mente como seria divertido ter o rapaz por uma noite ou ate mesmo uma forma de tortura-lo.

“De qual província você veio? - a pergunta de Nero, fez o coração de Daniel acelerar.”

Minta, gritava sua mente, Minta em tudo que estiver aqui.

“Sou de um vilarejo, onde existia um oráculo meu senhor, onde dizem as lendas que o próprio deus Apolo abençoou como sua sacerdotisa, vivia perto da caverna de Trofônio. - Respondeu Daniel tentando soar o mais verdadeiro e mais sutil possível.

Aurelio encarou o rapaz e sorriu orgulhoso, mas Aurelio sabia que Daniel estava mentindo, ele sabia táticas de descobrir como pegar um mentiroso em sua mentira, mas ficou calado e observando alegremente seu escravo, querer enganar seu pai. E acho que tinha conseguido, pelo seu pai olhar alegremente para o rapaz.

“Meu pai Apolo abençoando mais uma vez nossa família, em trazer alguém que ajudaram nosso filho a ser um grande imperador. Você ja entrou nessa caverna de meu pai? - Perguntou Nero ainda mais interessado.”

Aurélio encarou Daniel esperando uma resposta concreta, ou algo que poderia ajudar ele a sair dessa.

“Não, o oráculo nunca deixou a gente entrar na caverna de Trofônio, mas ela me disse o que tem dentro, um grande trono de madeira de videiras, duas taças uma contém veneno e a outra o antídoto, que precisar ser bebido e ela disse que você ficar num estado de quase morto, sentava no trono e assim recebia sua profecia do próprio Apolo, Ela anotava e você sai com sua profecia, mas se não fosse forte bastante, você enlouqueceria ou morreria no processo.”

Nero encarou agora com mais clareza e Aurélio sabia no que o pai estava pensando.

“Temos que ir, meu pai, ande escravo vamos. - A voz de Aurélio estava quase saindo tremendo. Se Daniel mentiu ou não, agora estava na mira de seu pai.”

A barriga de Daniel roncou e Aurélio se voltou para o rapaz, que andava mais devagar.

“A quanto tempo você não come? - Era uma pergunta simples, mas Aurelio tinha outros pensamentos do que o seu pai, ele não seria como seu pai. Mas se fosse necessário…”

“Desde de que eu vim para cá, comia pouca coisa e nada que não tivesse que dividir. - Daniel encarou os olhos verdes de Aurélio e voltou-se para frente, para o corredor.

“Não posso deixar você morrer de fome, não agora. - Ele disse sério, mas Daniel não entendeu o senso de humor do herdeiro, e caminhou com ele até a cozinha do palácio. Assim que chegou os empregados se espantaram com a visita do herdeiro que não chegava nem perto de onde eles viviam. - Sabrina, coloque alguma coisa para meu escravo comer. Ele a alguns dias não come, preciso dele forte.

Sabrina era uma mulata de cabelos enrolados, e mesmo sendo uma mulata, ela usava roupas brancas, com seus bico do peito aparecendo, as empregadas cochichavam baixinho, algumas coisas que Daniel suspeitava o que seria.

Sabrina trouxe para o seu escravo, um prato com uvas, bananas, suco e pão fresco. Daniel pegou o pão e antes de colocar na boca, ele percebeu o que Aurélio queria.

“Que os deuses olimpianos abençoes essa refeição.- disse baixinho como uma reza”

Aurelio encarou novamente o rapaz e sorriu, mas Daniel não percebeu que aquilo era um teste, hebreus ou forasteiros, tinham seus deuses ou tinham seu Deus com D maior, Aurelio queria saber de onde aquele rapaz vinha, o vendedor não deu muitas informações e não foi de muita ajuda, mas tinha um povo em especial que ensinava algumas pessoas a ler e escrever, e tudo que precisava para ser um diplomata.

Ele comeu tudo e Aurélio se sentava com as pernas abertas ao seu lado, naqueles bancos pequenos e olhando as empregadas fazerem o almoço naquele dia, algumas empregadas e serviçais da casa quando entravam se surpreenderam pelo como estava tratando seu escravo, com respeito e não com cuspidas ou humilhações.

Aurelio arrumou os cabelos de Daniel e voltou o olhar para algumas mulheres que passavam em sua frente e disfarçavam em mostra seus seios e curvas, Daniel conseguia perceber isso porque Aurélio era mulherengo, e sempre ele desviava sua atenção rapidamente para as mulheres.

“Você está bem alimentado agora! - Disse ele não sendo uma pergunta, vamos. Precisamos fazer meus afazeres.” E saiu andando com Daniel ao seu percalço.

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