A CURA - PARTE UM

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 1712 palavras
Data: 11/10/2020 22:30:56

Nikolay não se conformava; pediu para que Novak, seu serviçal e confidente, que lhe trouxesse dez das mais ativas e experientes rameiras do condado próximo ao castelo, e depois de levá-las, uma a uma, para a cama, viu-se decepcionado …, ele, simplesmente, não conseguia uma ereção! No início, tudo até parecia caminhar bem, mas, com o ardor elevando, o vigor fenecia, e o príncipe acabava sendo motivo de ironia das mulheres de vida fácil.

Ele estava em pleno desespero; como era possível, o príncipe, herdeiro de um dos reinos eslavos mais poderosos e influentes da região, não ser capaz de proporcionar prazer para si e para sua parceira? E se a notícia se espalhasse, certamente, ele cairia em desgraça, colocando em risco toda a sua linhagem, constituída de guerreiros fortes e poderosos; deu três bolsas de couro recheadas de moedas para que Novak se livrasse das rameiras, assegurando que manteriam sigilo sobre o acontecido.

Novak convocou três lanceiros e junto deles, escoltou as mulheres em uma carroça até os limites do reino; chegando lá, ele partilhou o conteúdo das bolsas, fazendo-as jurar guardar sigilo sobre o encontro com o príncipe e também que partissem para bem longe, sob a ameaça de, caso regressassem, seriam levadas à forca. As mulheres se entreolharam assustadas e nada cogitaram, partindo imediatamente, sem olhar para trás.

Todavia, uma delas, uma Celta de cabelos encaracolados cor de fogo, aproximou-se de Novak e lhe contou um pequeno segredo. “Se o seu príncipe quer curar-se do mal de que padece, sugiro que ele procure a anciã que mora em um casebre que fica nos arredores do bosque atrás do penhasco que dá para o mar …, ela, com certeza, terá uma solução para o problema de seu senhor!”, disse ela, dando-lhe as costas e partindo sem perda de tempo. Ansioso em dar a boa nova ao príncipe, Novak golpeou a barriga de sua égua lusitana e voltou para o castelo.

Depois de ouvir a narrativa de seu serviçal, Nikolay pôs-se a pensar naquela história um tanto insólita; ele sabia da existência da tal anciã, que muito antes do reinado de seu avô fora acusada de bruxaria, com excomunhão e sentença de cremação em praça pública, mas, que, por algum motivo desconhecido teve a sentença convertida em expulsão e fora levada para o bosque, onde esperavam que ela morresse de sede e fome, o que, ao que sabe, não aconteceu.

Mesmo quando ele questionou seu pai sobre essa história, o que ouviu foi um relato vago e repleto de inconsistências, que o Rei achou melhor ser esquecido e deixado nas brumas escuras do passado; o que deixava Nikolay ainda mais curioso, era o fato da rameira Celta dizer que a anciã teria uma cura milagrosa (ou satânica) para seu problema, já que ninguém ousava falar da anciã dentro dos muros do castelo e também ao seu redor.

Procurou por Akim, o sábio mago do oriente que estava a serviço do reino e este lhe narrou algumas coisas interessantes sobre a anciã; disse ele: “O nome dela é Mayla e sabe-se que é uma feiticeira poderosa …, as acusações de bruxaria, não condizem com a realidade, pois Mayla tem amplo conhecimento da Alquimia, dos segredos das runas e dos movimentos da natureza …, sei também que com o isolamento, ela se tornou extremamente ranzinza e, algumas vezes, agressiva …, se o Lorde pretende ter com ela, vá com cuidado!”.

Nikolay recusou-se a esperar mais um minuto sequer; montado em seu garanhão, ele cavalgou por toda a tarde, até chegar ao bosque, que agora, diziam, ser território de Mayla; apeou da montaria, e embrenhou-se pelo bosque frio, escuro e úmido, em busca do casebre habitado pela feiticeira; e após uma longa e extenuante caminhada, ele, finalmente, chegou ao seu destino.

O casebre, na verdade, era uma antiga habitação romana, com paredes de barro e madeira, com uma cobertura de telhas romanas mal remendadas, cercada por um piso de pedras irregulares, onde se via um enorme e frondoso álamo. Nikolay caminhou com cuidado, aproximando-se da moradia e esperando por algo inesperado. “O que você quer aqui, Príncipe Nikolay? O que o trouxe até mim?”, ouviu-se as perguntas por meio de uma voz rouca e ríspida.

-Procuro por ti, Mayla …, preciso de tua ajuda – respondeu o príncipe, com tom hesitante.

-Ah! Minha ajuda? Esqueceste que fui expulsa por teu avô? – respondeu a voz, sem que Nikolay pudesse identificar de onde provinha – Fui escorraçada como um animal, e agora, tu vens até mim, pedindo ajuda?

-Por favor, Mayla …, eu lhe suplico! – disse o príncipe com voz desesperada – Me ajude …, te darei o que pedires …, tudo que quiseres!

-Tudo que eu quiser? Hum, parece interessante – respondeu a feiticeira, surgindo como se estivesse invisível.

Nikolay olhou atentamente para a feiticeira examinando-a em detalhes; Mayla era uma mulher idosa, de mãos quase esqueléticas, rosto enrugado, dentes amarelados, nariz adunco e uma expressão mal-humorada; destacavam-se seus olhos cujo azul cintilante parecia refletir a beleza de um lago de águas cristalinas espelhando o céu. Trajava uma espécie de túnica de lã tingida de verde com capuz, e segurava um cajado em uma das mãos. O príncipe sorriu timidamente, esperando por uma manifestação da feiticeira.

-Sei bem qual é o seu problema, meu jovem! – retomou ela com tom irônico – E também sei do teu desespero …, não te preocupes, pois, eu tenho a cura …

-Tens, mesmo! Então diga-me, por favor! – interrompeu Nikolay em tom de súplica.

-Calma, jovem …, tudo a seu tempo …, primeiro vamos negociar – ela respondeu abrindo um sorriso estranho com seus dentes amarelados – Vou te proporcionar a cura …, mas, em troca, tereis que passar uma noite comigo …, e não há espaço para barganhas …, é pegar ou largar!

Nikolay engoliu em seco, recuando em gesto de autodefesa; olhou detidamente para a mulher que estava a sua frente e sentiu um arrepio percorrer a espinha; deitar-se com Mayla era algo inimaginável! Entretanto, o príncipe ponderou que esse seria o menor de seus problemas, caso ele continuasse a “negar fogo” em momento inadequado; respirou fundo e acabou por aquiescer com a proposta. Mayla deu um risinho maroto, antes de prosseguir.

-Muito bem, príncipe! Fizeste uma justa escolha! – disse ela, com tom irônico, prosseguindo – Bem, para sua cura, preciso de três itens: o primeiro é um fio de cabelo de um jovem, o qual tu deverá deflorar …

-O que? Estás louca? Sodomia? Isso é um crime, além de pecaminoso! – cortou Nikolay em tom indignado.

-Cale-se! Não se trata de perversão! – retomou Mayla com tom firme – Trata-se, sim, de compreensão, e tu entenderás momento certo …, o segundo, é um tecido com o gozo ressequido de uma virgem, sem que você tenha que deflorá-la …, e o terceiro …, uma maçã …, mas uma fruta que tenha recebido a primeira dentada de uma mulher adúltera …, quando estiver de posse desses itens, volte, e eu prepararei tua cura!

Sem esperar por uma manifestação do nobre, Mayla deu de costas, entrando no casebre; Nikolay permaneceu imóvel onde estava, ainda tentando discernir sobre aqueles pedidos esdrúxulos. “De nada adianta você ficar parado onde estás! Vá logo, se queres resgatar tua virilidade!”, ecoou a voz de Mayla dentro da mente do príncipe; imediatamente, Nikolay deu meia-volta e correu para sua montaria, retornando para o castelo.

Estava caminhando pelas dependências do castelo, meditando como realizar a primeira tarefa, quando esbarrou em Igor; o rapaz, de feições suaves e olhar insinuante, curvou-se perante o príncipe, desculpando-se pelo incidente; Algo na mente de Nikolay acendeu um alerta e ele viu que ali residia sua oportunidade …, ele bem sabia das inclinações incomuns do jovem Igor, e muito provavelmente, ele serviria ao seu propósito.

-Meu jovem …, quero ver-te mais tarde em meus aposentos! – disse o nobre em tom autoritário – E não se atrase!

Nikolay não encarou o rapaz, dele se afastando, esperando que ele cumprisse a ordem dada. Pouco depois do jantar, Nikolay recolheu-se aos seus aposentos, pondo-se a aguardar a vinda de Igor; as batidas na porta, confirmaram as expectativas do príncipe. Igor entrou, curvando-se perante seu senhor. “Dispa-se! Rápido!”, ordenou Nikolay; o rapaz, um tanto atônito, hesitou por alguns segundos, acabando por cumprir com o que lhe fora ordenado, ficando nu na frente do príncipe.

Nikolay olhou detidamente o corpo do rapaz, de pele alva e formas suaves, com uma sinuosidade incomum e um par de nádegas deliciosamente protuberantes; ele se aproximou de Igor e exigiu que o ajudasse a ficar nu; cumprida a ordem, Nikolay não conseguiu perceber a expressão de desejo estampada no rosto do serviçal.

Sem que algo fosse dito, ele abraçou o príncipe, repousando sua cabeça no peito largo de Nikolay; o movimento seguinte, aconteceu sem que houvesse a necessidade de palavras; eles se beijaram longamente, enquanto o nobre apalpava as nádegas firmes e roliças do jovem; foram para a cama, onde Igor levou o rosto até o membro rijo de seu senhor, sugando e lambendo com imensa sofreguidão, levando Nikolay ao êxtase com gemidos e suspiros, sentindo-se viril novamente!

Seguiu-se a isso uma sucessão de carícias mútuas, recheadas por beijos profundos e toques provocantes; ansioso e ofegante, Igor pôs-se de quatro sobre a cama, oferecendo-se em sacrifício ao seu senhor; Nikolay, inicialmente, hesitou, porém percebeu que estava em tal estado de excitação, que ao olhar para seu ventre, descobriu-se rijo e pulsante; ele regojizou-se do que vira e tomado por uma impetuosidade exasperada, tomou posição, penetrando o serviçal.

Igor gemeu e quase gritou, mas, com uma bravura indômita, manteve-se firme, enquanto Nikolay enterrava seu membro no pequeno orifício localizado no vale entre as nádegas, aprofundando com certo vagar, até o momento em que viu-se, inteiramente, introduzido em Igor; Nikolay fez uma pausa para que ambos se acostumassem ao novo momento, e, em seguida, começou a estocar com movimentos lentos e profundos, que tornaram-se cada vez mais frenéticos e ainda mais profundos.

Nikolay percebeu que o rapaz se tocava, denotando que também ele buscava outra fonte complementar de prazer …, e os golpes prosseguiram, cada vez mais veementes e viscerais, até atingir o ápice, com Nikolay sentindo seu corpo convulsionar, enquanto a respiração acelerava-se e os músculos contraíam-se, anunciando a chegada inexorável do orgasmo, que explodiu de forma volumosa, inundando as entranhas só serviçal que também chegou ao clímax em duplo êxtase, gemendo ofegante. E, por fim, restou aos jovens aventureiros o merecido descanso para repor energias fartamente dispendidas.

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