Sambando na benga do negão

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Homossexual
Contém 10175 palavras
Data: 11/09/2020 14:56:54

Sambando na benga do negão

Início do verão de 2010, férias, elas finalmente haviam chegado. Quando a expectativa, cultivada desde as últimas semanas, de ficar coçando o saco foi por água abaixo, assim que meu pai me avisou que eu teria que ajudar a família de seu irmão que acabara de ter um enfarto, na mercearia da qual viviam numa cidade do interior do Paraná, esbocei aquela revolta típica da minha geração. Nascido nos últimos anos do que veio a compor a geração dos millennials, ou geração Y, ou os nativos digitais, como a porrada de estudiosos nos definia, eu carregava a pecha de ser preguiçoso, narcisista e mimado, isso nem tanto pelas características com as quais os estudiosos nos definiam, mas segundo a definição do meu próprio pai.

- Você vai dar uma força para sua tia e os garotos na mercearia enquanto o Claudio se recupera, são apenas algumas semanas, não vão te arrancar um braço. O máximo que pode acontecer é você abrir sua mente para algo que não seja um on-off de algumas dessas geringonças nas quais você passa horas com a cara enfiada numa tela. Ao menos vai ser útil uma vez na vida. – despejou, ao me dar a notícia e, aproveitando a ocasião para também me censurar.

Pensei em revidar com uma porção de argumentos que me vieram à cabeça enquanto ainda ele falava. Porém, nosso relacionamento andava meio tumultuado nos últimos tempos, e eu cheguei à conclusão de que não seria prudente travar mais uma batalha com ele, especialmente, pelo estado de saúde do irmão preferido estar comprometido, deixando-o menos propenso a aturar outros dissabores. Ao menos, ele me deixou levar o carro, o que só acontecia no caso de uma viagem, se ele estivesse presente, ou se fosse no interesse próprio, como era o caso, pois não confiava nas minhas habilidades ao volante numa estrada com a carteira de motorista recém-conquistada.

Parti no primeiro dia de férias. Eu conhecia bem o trajeto, uma vez que costumávamos visitar meu tio com muita frequência desde que me entendo por gente. O dia de céu azul, temperatura agradável, pouco movimento nas estradas e, o desejo de usufruir de um pouco de autonomia, me encheram de ânimo, apesar de saber o que me esperava assim que chegasse ao meu destino.

Meu tio, assim como meu pai, era um batalhador. Ele e a esposa haviam montado uma mercearia diferenciada, quase um supermercadinho, com uma sessão de produtos importados muito requisitada na cidade onde nasceram e, que vinha passando por um boom de crescimento na última década. Afora as muitas horas de trabalho, eles não tinham do que se queixar, uma vez que os negócios iam de vento em popa. Meu tio era tão avesso a delegar funções e responsabilidades aos outros quanto meu pai. Não sei o que se passava nessa família, se não fossem eles mesmos a realizar as tarefas, nada era de seu agrado, estava sempre ficando a desejar. Meu tio tinha apenas dois funcionários para ajudá-lo, além da esposa e dos dois filhos ainda adolescentes. Era um staff enxuto demais para as demandas da mercearia, mas trabalhando feito um mouro, ele dava conta do recado. Como era a primeira vez que não podia estar no controle de tudo, viu-se em apuros e recorreu ao irmão. Concluindo, sobrou para mim.

Assim que cheguei à cidade fui visitar meu tio que ainda estava internado no hospital. O enfarto era recente exigindo cuidados especializados. Meio dopado, ele abriu seu sorriso largo quando me viu, agradeceu minha disponibilidade, mandou que eu transmitisse seus agradecimentos ao meu pai e toda aquela lengalenga. Eu gostava muito dele, por isso já havia me arrependido por ter pensado em me livrar dessa obrigação.

No dia seguinte, logo pela manhã, lá estava eu abrindo as portas do estabelecimento junto com a minha tia e meus primos. Os dois funcionários já nos aguardavam à porta, o Miguel e o Jairo, e me cumprimentaram festivamente quando minha tia disse a eles a que eu tinha vindo.

- É bom saber que tem mais um bom par de braços para ajudar! Vá se preparando, o trabalho não é moleza! – exclamou o Miguel, um carinha que devia ter mais ou menos a minha idade.

- Olá! Benvindo! – cumprimentou o Jairo, menos efusivamente, um mulato bem encorpado e, já homem formado, a quem imputei uns trinta, trinta e dois anos, devido à parcimônia de suas atitudes.

O movimento começou tão logo as portas foram abertas e, foi se intensificando ao longo do dia, mal me dando tempo de assimilar a enorme quantidade de coisas que iam me sendo apresentadas. No meio da tarde, eu já havia começado a contar as horas que faltavam para fechar a mercearia, pois meu corpo não passava de um trapo surrado pedindo arrego. Contudo, afora o cansaço, até pelo fato de eu nunca ter me embrenhado numa jornada trabalhosa, o contato com os clientes e, aquele burburinho do entra e sai eram uma coisa fascinante. Minha tia tinha uma paciência de fazer inveja até a Jó, ou qualquer outro santo distribuído pelos altares das igrejas. Ela foi me mostrando como tudo funcionava, quais eram as prioridades, que cuidados tomar para evitar problemas e prejuízos; enfim, com frases curtas e objetivas, me ensinou o que eu precisava saber para poder ser útil. Tomei suas instruções como uma brincadeira e, mais rápido do que imaginei, estava dando conta do recado, e até sendo elogiado pelos clientes. Depois dos primeiros quinze dias, até a fadiga no final do dia parecia não existir mais. A ajuda do Miguel e do Jairo também estava sendo providencial para eu aprender rápido as peculiaridades do negócio.

Nesse quesito o Miguel se mostrava mais interessado do que o Jairo. Talvez por este último ser mais reservado com as palavras, mas não menos interessado em mim, embora eu não soubesse definir que tipo de interesse seria esse. Tanto que o Miguel logo tentou levar a nova amizade para a esfera familiar, convidando-me a almoçar em sua casa já no segundo domingo da minha chegada à cidade. Ele é um cara bem legal, podia ser mais, não fosse a mania que logo me chamou a atenção, de querer me catequizar. De família adventista, estava tão engajado, ou talvez fosse melhor dizer, passado por uma lavagem cerebral, que havia tomado para si a incumbência de salvar o mundo com os preceitos religiosos que lhe incutiram. Não vinha trabalhar aos sábados, justamente o dia mais movimentado na mercearia, o que parecia ser muito conveniente sob a premissa de guardar o sábado como apregoava sua religião; alimentava-se de produtos naturais numa dieta mais do que esquisita, sob a justificativa de ser uma heresia comer carne de porco e seus derivados, valer-se de qualquer gororoba que fosse constituída à base de soja, e tantas outras bizarrices que nem vale à pena mencionar. Confesso que aquilo tudo me irritava um pouco, pois eu tinha a minha religião e minhas crenças, embora não fosse nenhum rato de sacristia ou deixasse que esses dogmas providencialmente criados para dominar as mentes das pessoas regessem a minha vida. Era a simpatia do Miguel que me fazia passar por cima desses detalhes sem importância, e aceitar seus convites para conhecer a cidade e um pouco das distrações disponíveis para a galera jovem.

Com o Jairo rolava algo bem mais circunspecto. Atribuí à nossa diferença de idade a maneira mais distante com a qual me tratava, afinal ele devia ser uma década ou pouco mais velho do que eu, assim como a sua origem. O fato de ser mulato parecia deixar esses indivíduos menos à vontade numa sociedade branca formada basicamente por imigrantes estrangeiros como era o caso da cidade, colonizada por poloneses e ucranianos. O Jairo não fugia à regra, embora fosse um homem feito e independente. O que despertou a minha atenção nele foi seu físico atlético e o imenso volume que ele carregava entre as pernas e, que chegava a formar uma saliência em seus jeans, onde uma mancha mais desbotada no tecido evidenciava que o local ou era manipulado com frequência, ou roçava, devido a projeção, em tudo no que ele se encostava. Todos usavam um jaleco azul com o emblema da mercearia bordado no bolso do peito. Foi numa manhã, enquanto se trocava numa área nos fundos do estabelecimento destinada a servir de vestuário e banheiro de funcionários, que eu o vi pela primeira vez com o tronco musculoso totalmente nu. Uma imagem perturbadoramente sensual que não saiu mais da minha cabeça. E, desde então, eu também me mostrava mais reservado em relação a ele. Não por sua origem, nem por sua idade, mas por pura intimidação. O Jairo era o tipo de macho que nos atrai e, ao mesmo tempo, nos faz sentir um frio na barriga. Era assim que eu o via e, ele parecia estar perfeitamente ciente disso.

Ao longo da minha primeira semana na mercearia, percebi que eu não era o único a me sentir perturbado com aquele mulatão introverso e sensualmente pecaminoso. Um entra e sai de garotas que demoravam um tempão para escolher algum item barato nas prateleiras, enquanto não desgrudavam os olhos do Jairo, foram a primeira dica de que ele era cobiçado pela mulherada.

- É aquele ali, olha! Do jeitinho que minha prima descreveu. – ouvi uma aspirante à puta novinha cochichar com a outra, enquanto disfarçavam diante da vitrine refrigerada de iogurtes.

- Minha santa virgem! Ele é bem grandão mesmo! Chego a ficar toda molhada, só de pensar no que a tua prima te contou. – retrucou a outra, praticamente tendo um orgasmo enquanto seu olhar acompanhava os movimentos do Jairo à certa distância.

- Ela me disse que ficou com um rombo tão grande no meio das pernas que parecia terem cavado um túnel dentro dela. Falou que o troço é tão grande que chegou a entrar no útero dela. Você consegue imaginar? – continuou a primeira, instigada pelo tesão refreado e pelo desejo de deixar a amiga sonhando com a verga do Jairo.

- Posso ajudar em alguma coisa? – perguntei, depois de constatar que as duas futuras putinhas estavam impedindo o acesso de outros clientes à vitrine, e não se decidiam por nada.

- Será que você podia chamar aquele funcionário, eu estou com uma dúvida? – perguntou a que estava deixando a amiga ensandecida.

- Não será preciso! Eu posso te esclarecer qualquer dúvida sobre os nossos produtos. – respondi enfastiado.

- É que eu já estou acostumada com ele, se não se importar! – exclamou ousada. Chamei o Jairo mais para que elas desocupassem o lugar do que propriamente para ser gentil com uma cliente, coisa que eu sabia que não eram, pois acabariam levando um item barato, ou até, sairiam sem nada.

- Esse também é um gatinho! – ouvi a outra cochichar, assim que virei as costas.

- Vamos no que é certo, depois a gente vê o que esse aí pode render. Minha prima disse que com aquele a coisa é garantida, e eu estou louca para saber como é. – ponderou a prima vadia da puta que tinha espalhado a notícia.

Observei o Jairo atentamente, de esguelha, enquanto dizia às duas que a marca do produto que estavam procurando estava em falta. Algo que elas mesmas podiam ter constatado e, que eu também podia ter lhes dito. Acabei vendo esse comportamento em outras três vezes naquela semana, com clientes diferentes, sempre garotas, ou mulheres nitidamente interessadas numa rola de negão, afamados pela lenda de serem bem-dotados. Não eram donas-de-casa ou mães de família que o procuravam, mas garotas com as veias encharcadas de estrogênio e progesterona, ainda em idade escolar, que faziam boquetes ou se deixavam bolinar nas bucetas assanhadas pelas mãos pervertidas da molecada tarada. Bem como, mulheres mais rodadas que estavam mais a fim de uma boa pica do que de um relacionamento afetivo. O Jairo agia discretamente nessas ocasiões, empostava ligeiramente a voz num tom mais grave, esboçava um sorriso educado que punha à mostra uma fileira de dentes grandes muito brancos e bem alinhados, e examinava o material que estava diante si como quem avalia a qualidade de um produto que esteja desejando sem demonstrar um interesse imediato. Aquilo tudo nem saia da minha mente, nem acabava com a curiosidade que começava a me atiçar. Qual seria o tamanho da benga daquele mulato? Será que a prima da putinha falou a verdade, ou só contou vantagem? Como eu podia descobrir se isso era real? Foi assim que começou aquele estranho sentimento que se apoderava de mim toda vez que o Jairo chegava perto.

Muitas das minhas noites passaram a ser povoadas por sonhos eróticos, não especificamente com o Jairo, mas com caralhos. Flutuavam diante dos meus olhos cerrados, picas imensas cheias de detalhes anatômicos que me faziam acordar suado e de pau duro, enquanto o cuzinho curioso era atormentado por uma coceirinha sensual. No estágio onírico mais profundo, eu ouvia as palavras da putinha ressoando nos meus ouvidos quase como um trombeta - ELA ME DISSE QUE FICOU COM UM ROMBO TÃO GRANDE NO MEIO DAS PERNAS QUE PARECIA TEREM CAVADO UM TÚNEL DENTRO DELA – e era isso que me fazia acordar em polvorosa imaginando um daqueles cacetes descomunais perfurando meu cuzinho.

Quase como uma obsessão, passei a observar e vigiar o Jairo como se fosse um detetive, só para conferir se a jeba dele correspondia à fama que lhe imputavam. Mulatão de ombros largos e tronco forte, onde pelos encaracolados se distribuíam fartamente, alto, sexy e realmente gostoso, o Jairo despertava o que podia haver de mais concupiscente numa mulher ou num gay. Eu fazia questão de estar presente quando ele se trocava ao chegar à mercearia, corria até o banheiro atrás dele para ver se o flagrava com a pica nas mãos caso estivesse mijando, ou qualquer oportunidade que se apresentasse onde a chance de ver aquele bagulho fora da calça pudesse me esclarecer a verdade. O que não consegui fazer, foi ser tão discreto quanto um detetive deve ser, pois não demorei a notar que o Jairo desconfiava das minhas intenções, passando a olhar para mim como quem tenta desvendar o motivo daquela curiosidade explícita. Numa dessas ocasiões, quando cheguei ao banheiro tarde demais, pois fora retido atendendo um cliente, encontrei-o já fechando a braguilha depois de ter acomodado o cacetão, com uma pergunta que me deixou desconcertado. Em outra, fui mais feliz, pois dei um tempo depois de ele ter entrado e se demorado um pouco mais que o normal para uma simples mijada. Entrei sorrateiro, pisando leve, e me deparei com o que jamais podia imaginar. Ele estava diante de uma das pias, com o caralhão na mão, batendo uma punheta. A cada esticada na jeba o sacão, totalmente livre, dava saltos, num espetáculo que deixou meu cu piscando. Ele arfava baixinho, sem notar minha presença. De repente, os sons que saiam de sua boca semicerrada ficaram roucos e, da cabeçorra da pica jorrou um primeiro jato potente, leitoso, que se perdeu na pia. Outros se seguiram com mesmo destino, enquanto ele soltava suspiros de alívio. Eu parecia petrificado junto à entrada quando, distraidamente, soltei algo parecido com um gemido, fazendo-me notar por ele que, imediatamente após ejacular toda a porra, enfiou apressadamente o cacetão no jeans.

- Você implantou silicone na bunda? – ele soltou a pergunta, assim, na lata, objetiva e direta, do nada, como para tentar disfarçar o que eu acabara de presenciar, enquanto uma expressão libidinosa na cara dele aguardava pela resposta.

- Como é que é? Claro que não! Como você pode imaginar um absurdo desses? – devolvi transtornado.

- É que eu nunca vi uma bunda tão grande assim num cara. – retrucou, ainda objetivo e, aparentemente, sem deixar se abalar por minha estupefação. Eu corei, por dois motivos. Um, ele reparava em mim por alguma razão. Dois, ele foi despertado justamente pela parte do meu corpo da qual eu mais me envergonhava, a bunda exageradamente grande e rechonchuda, objeto de gozação desde a minha infância. Saí do banheiro chispando, felizmente havia matado a minha curiosidade. Mas agora, também tinha virado alvo dos olhares de luxúria do mulatão.

Sair com o Miguel já não estava mais sendo tão legal assim. Além de querer me arrastar para os encontros bíblicos de sua igreja, quando não aos cultos, seu papo havia se tornado enfadonho. Era santidade demais para um cara jovem como eu querendo apenas me divertir de forma saudável. Passei a recusar seus convites, o que me deixava sem opções de divertimento nas horas de folga, uma vez que não conhecia nada na cidade e, não tinha outros conhecidos com a minha idade.

- Gosta de samba? – perguntou-me o Jairo, percebendo que eu dava desculpas para não sair com o Miguel e, às segundas-feiras, relatar que tinha passado o final de semana em casa.

- Gosto. – respondi, embora detestasse. Mas, havia percebido que talvez isso me levasse a sair para me distrair.

- Se estiver afim, podemos marcar num sábado desses de você conhecer um lugar legal onde rolam umas rodas de samba bem divertidas. – continuou ele, me deixando mais curioso do que propriamente afim dessas músicas que não tinham nada a ver comigo.

- Legal! Só me dar um toque que eu topo. – sem saber, eu estava para entrar na maior enrascada da minha vida.

- Falou! Acho que esse sábado vai rolar, mas eu te aviso até lá. – devolveu, com a mesma satisfação de um pescador que lança a isca e fisga um peixe incauto.

Eu já havia me esquecido do assunto quando, no próprio sábado ele voltou a tocar no assunto. Foi pouco antes de fecharmos a mercearia, que combinamos de nos encontrar.

- Passa lá em casa às 08:00 horas, para irmos juntos, ok?

- Ok! – depois disso, a ansiedade em mim só fazia crescer.

O último cliente deixou a mercearia pouco depois das 19:00 horas, quando costumeiramente cerrávamos as portas às 18:30 horas. Mesmo assim, eu teria tempo de tomar uma ducha, vestir uma roupa legal e seguir para o endereço que o Jairo havia escrito num papelzinho e posto no bolso do meu jaleco quando acertamos tudo. Minha tia ficou contente por me ver saindo outra vez para me distrair, pois tanto ela quanto meu tio se penitenciavam por estarem empatando minhas férias de verão com os problemas deles.

- Fique tranquila, tia. Não esquenta com isso. Eu estou curtindo a temporada na mercearia. – afirmei sincero, pois o trabalho estava realmente me dando prazer.

Cheguei ao endereço com ligeiros cinco minutos de atraso. Tratava-se de uma casa simples num bairro periférico da cidade, numa rua bem tranquila com casas praticamente do mesmo estilo encravadas em pequenos quintais, mas todas bem cuidadas e conservadas. O botão da campainha ficava num muro baixo de alvenaria que mal chegava à minha cintura, junto ao portãozinho de ferro que rangeu quando o Jairo, da escotilha da porta da frente, me mandou entrar. Dois gatos se esfregaram nas minhas pernas quando ele abriu a porta, trajando nada mais do que um short folgado de tactel que deixava o tamanho da rola bem evidente. Senti um calafrio percorrer minha coluna quando meus olhos viram aquilo e, esbocei um sorriso tímido ao cumprimentá-lo.

- Pensei que estava muito atrasado, mas vejo que você ainda não está pronto. – afirmei, na tentativa de encobrir meu nervosismo por estar a sós num lugar onde ele estava tão seguro quanto um filhote de lobo no covil.

- Você caprichou no visual! Bom, muito bom! – foi tudo o que ele respondeu.

Pelo silêncio que reinava na casa supus que não havia mais ninguém. Ainda nervoso, perguntei se ele morava com mais alguém. A resposta foi negativa. O frio na minha barriga só fazia aumentar. A maneira como o Jairo olhava para mim era a de um lobo que acabara de trazer a presa para sua toca; e isso era apavorante, principalmente, por que ele falava pouco, criando vácuos enormes no nosso diálogo embaraçoso.

- A que horas começa a roda de samba? É longe daqui? – eu tinha a impressão de que se ficasse calado ia acabar tendo uma síncope, uma vez que sentia meu coração batucando forte no peito.

- Não! É bem perto. E, pode começar a qualquer momento, é só a gente querer. – caralho, que tipo de resposta é essa?

- Não entendi! – agora, além de estar tremendo da cabeça aos pés, eu já estava gaguejando.

- Será mesmo que não entendeu? – outra pergunta sem sentido. Que raios estava acontecendo ali?

- Não, não entendi! Para ser sincero, estou achando tudo isso meio estranho. – um pouco de coragem parece que voltou a se criar em mim.

- Talvez isso aqui te faça sacar o que está rolando! – exclamou, pegando na benga que, nesses poucos minutos, parecia ter aumentado de tamanho. Se eu já havia olhado para aquilo com espanto ao entrar, agora a expressão no meu rosto era de puro pavor, de indignação, de tesão, de uma possibilidade premente de matar definitivamente a minha curiosidade sobre aquele caralho. – Você não estava louco de vontade de ver o meu cacete? – questionou inabalável.

- Eu? Eu não! – balbuciei

- Relaxa! Pode se abrir, seja sincero! Sei que está de olho no meu pau. Tenho certeza que essa tua bundinha e meu cacete vão formar uma dupla mais do que perfeita. – exclamou.

- Como assim? – a pergunta escapou, sem passar pelo crivo do raciocínio, pois eu sabia muito bem que tipo de dupla aquele cacete e minha bunda podiam formar.

- Está assustado? É virgem, não é? Até agora sua homossexualidade só te levou a imaginar as coisas, sem pô-las em prática, estou certo? – cada pergunta difícil de responder.

- Sim. – era melhor deixar tudo em pratos limpos logo, pois aquela situação estava me matando.

- Legal! Fique tranquilo, vou ser bem legal, contigo! Você vai gostar, tenho certeza. – ainda bem que alguém naquela sala pouco iluminada tinha certeza de alguma coisa, pois eu mal seria capaz de lembrar do próprio nome àquela altura do campeonato. Quem raciocinava por mim era o meu cu, e esse não era nenhum prodígio intelectual, só um depravado cheio de curiosidade. – Mas, você não vai ficar aí parado feito um poste, vai? Anda, tira essa roupinha de bacana para eu ver esse rabão de viado! – me intimidei com o linguajar dele, porém não dava para não admitir que eu era viado, depois de ficar dias correndo atrás dele só para tentar botar os olhos no caralho dele.

Como eu não me mexia, parecendo estar em transe, ele se aproximou e botou a mãozona no meu pescoço, com força, me puxou para junto dele. Para não me desequilibrar, espalmei as mãos sobre o peitão quente dele. Em segundos, o Jairo tascou a língua na minha boca, num beijo depravado e animalesco, antes que eu me recuperasse do susto, ele já estava sugando a minha língua com luxúria, me fazendo perder o fôlego, embora eu lenta e delicadamente começasse a retribuir sua impetuosidade, aceitando excitado a primeira investida de um macho. Ele puxou minha camiseta pelo pescoço e encarou meus peitinhos.

- Você parece trabalhado no silicone, moleque! Essas tetinhas são suas, originais de fábrica? – questionou, ao acariciar meus mamilos.

- Por que você fica me perguntando essas coisas? – devolvi, sem achar graça nessas observações.

- É que eu nunca vi um garotão todo preenchidinho feito você. É bunda, é teta, tudo muito perfeito, cheinho e rechonchudo! Tem muita mulher gostosa que não tem a metade do seu rabo e nem é tão tetuda quanto você, seu viadinho gostoso! – afirmou, acabando com o pouco de dignidade que ainda me restava.

O pior foi perceber que ante o olhar cobiçoso dele, meus biquinhos começaram a enrijecer. Ele abriu um sorriso lascivo, apertou-os entre os dedos potentes até me fazer sentir dor e gemer. Meu pau estava duro dentro da calça, impossível de disfarçar.

- Tu está gostando, não é bichinha safada? – indagou, sem soltar os mamilos já machucados pela brutalidade dele.

- Está me machucando, Jairo! – gemi, começando a desconfiar das palavras dele de que seria legal comigo.

- Para dar conta de satisfazer um macho é preciso um pouco de sacrifício! Já está pedindo arrego, antes mesmo de começarmos?

- Não, não é isso. É que .... – ele não deu abertura para lero-lero, voltou a grudar a boca na minha e começou a tirar minha calça.

Quando suas mãos ásperas apalparam minhas nádegas macias, deu para sentir o frenesi que se apoderava dele, bem como a ereção roçando minha coxa. Ele amassava meus glúteos com força, e foi me suspendendo no ar, à medida que o tesão aumentava por me ter em suas mãos e, à sua mercê. Com as nádegas apartadas e suas mãos sedentas me explorando o reguinho, comecei a gemer pendurado no pescoço dele. Os mesmos dedos potentes que haviam machucado meus mamilos agora beliscavam minhas pregas anais. Eu gani de tanto tesão ao sentir como ele se apoderava de mim. O caralhão dele já não cabia no short, armado feito uma barraca.

- Chupa minha pica, viadinho! – ordenou. O que eu tanto esperava estava prestes a acontecer, ver aquela jeba de perto, ao alcance das minhas mãos.

Ele me soltou devagarinho, o que me fez escorregar pelo corpo trincado dele, até ficar de joelhos a seus pés. Um pouco do short havia descido também e uma parte do tufo de pelos crespos da virilha estava exposto. Só precisei de um leve puxãozinho para terminar de tirar o short, e a benga saltou feito um animal fugindo da jaula. Engoli em seco, diante do que estava na minha frente, um cacetão animalesco, taurino, paquidermal. O medo voltou a me apoquentar, só de imaginar aquilo entrando no meu cuzinho. Seria catastrófico como a puta havia afiançado para a prima, um túnel ficaria escancarado no meu cu arregaçado. Ainda dá para fugir, pensei com meus botões, antes de sentir suas mãos agarrando minha cabeça e a trazendo para dentro da pentelhada crespa que circundava o caralhão.

- Vai ficar fazendo firula ou vai mamar logo esse cacete? – questionou impaciente.

Achei por bem não deixá-lo irritado, pois as consequências certamente sobrariam para mim. Minha mão se fechou ao redor do tronco carnudo e pesado, em riste, que babava a centímetros do meu rosto, espalhando um aroma másculo.

- É enorme! – deixei escapar baixinho, o que o fez abrir um risinho debochado.

- 25 cm para ser exato! Pode conferir, se quiser! – exclamou orgulhoso e impávido.

Àquela altura eu não queria conferir nada que não fosse o sabor daquela carne latejando na minha mão. Tive dificuldade de abocanhar a cabeçorra da rola, mas me empenhei ao máximo em fazê-lo. Quando a tive entre os lábios e movia minha língua ao redor dela, o Jairo deu uma estocada bruta e a atolou na minha garganta. Entrei em desespero, pois não conseguia respirar ao mesmo tempo em que sentia engulhos. Precisei tossir com a engasgada e a jeba saiu da minha boca, meus olhos lacrimejavam e ele me puxou pelos cabelos fazendo-me encarar seu rosto impaciente.

- Vai mamar ou não, viadinho?

- É muito grande, Jairo! - respondi

- Você não estava afinzaço de uma piroca? Tá aí uma todinha para você se deliciar, sua putinha! – me xingar não estava me ajudando em nada a recobrar a confiança, mas nisso ele não parecia interessado.

Ele pincelou o cacetão babando na minha cara, bateu nela com aquele bagulhão pesado até ver minhas faces enrubescerem, e então voltou a socar aquilo na minha boca até onde deu. Eu tentei em vão afastá-lo, empurrando suas coxas com as mãos espalmadas, assim que percebi que ia vomitar, mas ele não permitiu. Com as lágrimas escorrendo pelo rosto avermelhado, eu respirei fundo pelo nariz e comecei a chupar aquela carne quente. Ele gemeu, e eu finalmente compreendi que estava fazendo a coisa certa. Ele ainda controlava minha cabeça, agarrando meus cabelos com uma das mãos e me fazendo encará-lo, enquanto a outra guiava a caceta garantindo que não escapasse da minha boca.

- Aí, putinha, viado! Aprendeu rápido! Caralho de boquinha aveludada, mama, mama gostoso. – exclamou, delirando de prazer. Mesmo naquela situação vexatória, eu estava gostando de sentir os sumos viris daquele macho escorrendo pela minha garganta.

Mais controlado, encasquetei que ia fazer aquele macho nunca mais se esquecer da minha boca, e trabalhei com afinco até ouvir que seus gemidos guturais se transformavam em sons delirantes. As bolonas peludas estavam entre meus dedos trabalhando hábeis numa massagem sensual, estimulando-o a expulsar tudo que haviam produzido.

- Você está me deixando doido, Breno! Vou acabar gozando na sua boca, viadinho! – nunca meu nome soou tão excitante na voz rouca do Jairo, um sinal evidente de que fosse lá do que me xingasse, meu nome já estava cravado em sua mente, e ficaria mais, a depender de mim.

Quando ele quis tirar a piroca da minha boca para tentar postergar o gozo, fui eu quem não permitiu, agarrando e tracionando seus testículos, minha boca não soltou da rola, chegando a mordê-la antes de ele reclamar com um gemido. Distraído por alguns segundos, seu corpo e o tesão que estava sentindo terminaram o trabalho, e a porra jorrou na minha cara. Posicionei a boca para capturar os jatos que se seguiram, e engoli um a um, com um prazer com o qual jamais havia sonhado. Eu tinha feito um macho gozar, podia haver sensação mais poderosa do que essa?

- Ah moleque, viadinho! Tá gostando de porra de macho, não está, safado? – grunhiu ele de tesão, enquanto despejava sua gala morna na minha boca, com a mesma fartura que o tinha feito naquele dia em que o flagrei no banheiro da mercearia. Enquanto lambia o restante da porra que havia escorrido pela pica, eu dirigi um sorriso tímido na direção dele, respondendo à sua pergunta. A satisfação estampada na cara dele era inegável.

O Jairo me puxou para cima, para dentro de seus braços, voltando a me beijar com tanta força que meus lábios chegaram a ficar entorpecidos. A língua sempre metida dentro da minha boca, se movia predatoriamente, ao mesmo tempo em que ele sugava minha saliva e me deixava sem fôlego. Aquelas mãos pesadas voltaram a agarrar minhas nádegas e deslizavam sobre elas numa demonstração de posse e domínio, que me provocava espasmos por todo o corpo. Eu gemia feito um louco, enroscado naquele tórax vigoroso, toda vez que seus dedos gananciosos beliscavam minhas preguinhas.

- Vou estuprar esse brioco, sua bicha! – ameaçou, enfiando o dedo devasso cada vez mais fundo no meu cu. Eu gania a cada socada forte que ele me dava, ora com um, ora com dois dedos, testando a elasticidade daquele buraquinho convulsionando de tanto tesão.

Dava para perceber que ele não estava totalmente satisfeito apenas com aquele boquete que eu havia feito, que seu corpo estava exigindo mais, que uma masculinidade animalesca ainda precisava ter seus anseios realizados. Confesso que essa sensação era assustadora, uma vez que a presa dessa necessidade seria o meu cuzinho, no qual estava fissurado. Ele chupava e mordiscava a pele alva do meu pescoço, dos meus ombros, deixando vergões avermelhados com uma espécie de marca de seu assédio. Voltei a ter um dos mamilos consumido por seus dentes, o que me fazia gemer toda vez que a dor se tornava insuportável.

- Geme minha putinha, geme para o teu macho, geme! – rosnava, entre uma mordida e outra.

Se aqueles dedos no meu cu já estavam laceando minhas preguinhas, o que seria de mim quando ele resolvesse meter aquele caralhão em mim? Não estivesse eu tão apertado em seus braços, tentaria fugir dali, pois sabia que não daria conta de relaxar os esfíncteres o suficiente para deixar aquilo entrar em mim. Mas, essa possibilidade não existia. Ele não me soltaria antes de tirar a minha virgindade, custasse o que custasse.

Ele me debruçou sobre o encosto do sofá, colocou umas das minhas pernas sobre o apoio de braços enquanto a outra mantinha meu pé no chão garantindo meu equilíbrio. A bunda devassada agora estava toda à sua disposição. Ele abriu meus glúteos e seu olhar brilhou ante a visão da rosquinha rosada piscando dentro do reguinho imaculadamente alvo e lisinho. Desvairado, ele caiu de boca sobre ela, exercendo seu domínio de macho, linguando minhas pregas e enfiando a língua enorme no meu cu. Eu nunca senti nada parecido, um prazer de enlouquecer, um desejo de me submeter à luxuria desenfreada daquele macho, e comecei a gemer e a rebolar o rabo feito uma cadela no cio. Ante aquela minha submissão permissiva, ele começou a morder a pele do entorno da rosquinha rosada e as preguinhas da maneira mais primitiva e animalesca.

- Delícia de preguinhas de virgem! – exclamou, antes de enfiar com força o dedo no meu cu. Instintivamente, dei uma travada aprisionando o dedo impudico. Gemi de dor. Ele esboçou um risinho másculo e sacana, demonstrando ter gostado.

Em seguida, posicionou-se com as pernas ligeiramente abertas, segurando a pica gigantesca numa das mãos, enquanto a outra abria um pouco mais o meu rego, facilitando o acesso daquele mastro babão que passou a pincelar ao redor da fendinha piscante. Eu voltei meu olhar suplicante para trás, demonstrando meu medo e, tentando apelar para sua piedade.

- Por favor, não me machuque, Jairão! – balbuciei, inseguro e trêmulo, inconscientemente pronunciando seu nome no aumentativo, a partir da introjeção do tamanho daquele caralhão roçando a portinha do meu cu.

- Já virei Jairão? Você não estava louco para sentir uma pica de macho no cu? Vai começar com mimimi antes de eu te foder, viado? – questionou, entre o sorriso sarcástico.

- Eu estou com medo! – me pareceu que deixar o que estava sentindo à claras seria mais enfático.

- Deixa de frescura, bicha! – exclamou, antes de esticar o braço e pegar o controle remoto do equipamento de som onde até então, tocava uma sequência de sambas, para aumentar o volume.

A cabeçorra babava sobre a minha rosquinha quando ele deu uma arremetida, jogando o quadril contra a minha bunda e fazendo a cabeçorra entrar com força no meu cuzinho, dilacerando as pregas que não conseguiram se distender tanto a ponto de deixar aquela verga grossa atravessá-las. Eu dei um grito ensurdecedor, superando o do som dos batuques do samba. Instintivamente, tentei tirar o cu da reta, mas ele não permitiu, agarrando minhas ancas com ambas as mãos e me reposicionando diante da jeba dura feito um poste.

- Aaaaaiiiii, meu cuzinho, Jairão! Cadê a camisinha, cadê a camisinha? Por favor, não mete esse troço sem capa em mim. – berrei desesperado.

- Uma bichinha virgem como você tem que ser arregaçada no pelo! Quero te inseminar com a minha porra, sua puta tesuda! Relaxa esse cu, anda! Relaxa, senão vou te arrebentar. – não era uma ameaça, mas uma constatação.

Eu nunca me senti tão humilhado, tão menos homem do que qualquer outro, à medida em que ele enfiava o caralhão no meu cu, arrebentando minhas pregas sem dó nem piedade. Simultaneamente, porém, voltei a sentir aquele poder de há pouco. Eu estava na posição de submisso, de passivo, mas era exatamente nessa aparente desvantagem que residia o meu poder; o poder de deixar aquele macho tão obcecado pelo meu cuzinho acolhedor que ele seria capaz de mover montanhas pelo direito de estar engatado nele.

- Tá sabendo agora o que é ter um macho de verdade engatado no cu, viado? – indagou, fazendo a rola colossal deslizar mais fundo até seu tufo de pentelhos se fazer sentir no reguinho, e as bolas baterem contra as nádegas. Arregaçado e totalmente preenchido, eu só gritava, sentindo as lágrimas de dor rolando pelo rosto.

- Ai meu cuzinho, seu bruto! – gritei entre ganidos. O safado deixava escapar um risinho gutural, que expressava algo de prazeroso, másculo e mórbido ao mesmo tempo.

Fiquei à sua mercê gemendo e gritando, enquanto ele me bombava num vaivém torturante. Metade do cacetão saia do meu cu antes dele voltar a socá-lo com força para dentro. As estocadas abrutalhadas atingiam minha próstata e espalhavam choques no meu períneo. Eu gritava, sentido que me faltavam as forças e, que podia desmaiar a qualquer momento.

- Eu não estou aguentando, Jairão! Para! Ai, meu cu! Para! – implorei aos berros, sem ser ouvido.

- Isso, implora pro teu macho, minha cadelinha! Implora, viadinho safado do caralho! – grunhia ele, ensandecido pelo tesão, fazendo o caralhão rasgar minhas pregas detonadas.

Meus esfíncteres mastigavam a rola dele, fortemente apertada na caverninha úmida e quente, o que o estava deixando maluco, fazendo-o rosnar feito um urso. As estocadas foram perdendo a cadência e, se transformaram em socadas abruptas, lentas e espaçadas, devido ao retesamento de sua pelve. Um grunhido gutural emergiu do fundo do peito dele e, ele começou a gozar. Enquanto minhas pernas e minha bunda presa em sua virilha tremiam incessantemente, ele despejava o esperma cremoso e grudento nas minhas entranhas, até eu sentir que estavam completamente encharcadas. Aqueles jatos tépidos escorrendo pela minha mucosa esfolada fizeram valer todo o sofrimento, toda a dor que aquele macho me fez sentir. E, eu só me dei conta do prazer que aquilo havia me causado, quando notei que tinha esporrado todo o encosto do sofá, sobre o qual meu pinto fora esfregado enquanto ele me lanhava o rabo. Quando ele puxou lentamente o caralhão para fora do meu cu sangrando, eu senti um vazio enorme, como se minhas entranhas pudessem se esvair pelo rombo que ele deixou. O Jairo voltou a me tomar em seus braços, dessa vez com um cuidado e uma delicadeza sem igual. Eu espalmei minhas mãos naquele tronco largo e o acariciei, beijando e lambendo seus lábios, sua mandíbula, sua orelha e seu pescoço, que ele ia franqueando à medida que minhas carícias avançavam.

- Ah, moleque! Você quase acaba comigo desse jeito! – sussurrou, voltando a apertar minha bunda com suas mãos ásperas e procurando um dos meus mamilos, onde passou a sugá-lo vigorosamente e a morder o biquinho como um animal, até me ouvir gemer de dor. – Vem comigo, precisamos dar um jeito nesse rabo cheio de sangue! – eu continuei pendurado ao pescoço dele, enquanto ele caminhava para o banheiro.

Como eu continuava acariciando o peito dele debaixo da ducha, sem tirar o olhar do rosto dele, tentando adivinhar o que se passava na cabeça daquele macho depois do que havíamos feito, foi ele quem voltou a abrir as bandas da minha bunda, deixando a água escorrer pelo reguinho ferido. Eu não disse nada, não reclamei, não o censurei pelo que tinha feito, apenas debruçava um olhar doce em sua direção. Isso o perturbou de alguma maneira, dava para sentir, mas ele também se manteve calado não expondo o que se passava dentro dele. Só voltei a soltar uns gemidinhos quando ele tornou a enfiar o dedo profundamente no meu cuzinho, o que o deixou excitado, pois o caralhão começou a empinar. Ele meteu a língua na minha boca e me deu um longo beijo, enquanto dedava meu cu.

- Agora trate de dar o fora daqui, bicha gostosa! – exclamou, depois que me enxuguei e, ele enfiou um absorvente íntimo no meu cu, para reter outro eventual sangramento.

- Quero ficar com você essa noite! – afirmei, enfiando a mão dentro da cueca dele.

- Nada disso! Você vai é direitinho para casa! – devolveu, um pouco ríspido.

- Não quero ir a lugar algum. Quero ficar com você!

- Quer levar uns tapas para aprender a obedecer seu macho, viadinho? Faz o que eu estou mandando! – o tom de voz subiu, e a cara não era das mais simpáticas.

- Mas, porquê? – insisti.

- Não tem mais, nem menos! O que eu tinha para fazer com você, já fiz!

- Você é um bruto, sabia? Eu estou todo machucado e você está me mandando embora. – reclamei.

- Ah, moleque! Tá difícil! Umas bofetadas nessa sua cara de viadinho safado vão te ensinar a fazer o que o macho te manda fazer. – rosnou. – Até porque sou capaz de perder a cabeça se você ficar por aqui me bajulando com essas carícias. Se isso acontecer, não respondo por mim! – emendou, quase num resmungo, para que eu não ouvisse. Contrariado, eu fui. Eu quase podia jurar que ele não teria coragem de me bater. Mas, por via das dúvidas e, por não saber nada sobre machos como ele, achei melhor não abusar da sorte.

- Posso ao menos te dar mais um beijo? – perguntei, sem esperar pela resposta. Ele me apertou em seus braços e me deixou sugar sua língua, enquanto fazia o mesmo com a minha. – Tchau! – balbuciei, ao me despedir dele à porta, caminhando trôpego até o carro. Não precisei me virar para saber que o olhar dele estava grudado em mim, tão intenso era o que partia dele.

A dor no meu cu e nas minhas entranhas só fazia aumentar à medida que a noite avançava. Não consegui pregar o olho. Um tanto temeroso, achei que aquele caralhão podia ter me ferido por dentro e, que disso adviesse alguma complicação. Durante todo o domingo a dor persistiu, roubando-me o apetite, as energias e, principalmente, a coragem de dar alguns passos, pois parecia que algo se rasgava no meu ventre ao fazê-lo.

- Você voltou cedo ontem. Conseguiu se divertir? Gostou de sambar? – indagou minha tia, assim que desci para o café da manhã.

- É, foi legal! Não curto samba, mas desse eu gostei. – respondi, só imaginando o que ela, ou qualquer outra pessoa diria se soubesse que eu havia perdido a virgindade sambando numa baita pica de um mulato.

Apesar de ainda estar com o rabo sensível, na segunda-feira não vi a hora de encontrar com o Jairo. O sorriso que ele me abriu quando me viu não se equiparava a nenhum dos que já tinha me dirigido. Ele estava tão contente em me ver quanto eu a ele.

- Oi! – murmurei, bem próximo a ele.

- Oi! Passou bem o domingo? – perguntou, embora não fosse isso que estava querendo saber.

- Mais ou menos! Senti sua falta! – sussurrei, pois alguém se aproximava.

- Não é isso que eu quero saber! Não se faça de bobinho, bichinha safada!

- Se você não tivesse sido tão bruto, não estaria preocupado agora! – devolvi.

- Foi você quem estava doido para virar minha fêmea, sua puta safada! Eu só te fiz sentir o que é um macho de verdade, bichinha gulosa! – revidou. Dava para sentir como ele estava feliz, por isso não o provoquei mais.

No final de semana seguinte, a coisa se repetiu. O pedido, ou melhor, a ordem partiu dele, o que só me confirmou que o tarado estava fissurado no meu cuzinho. Como eu estremecia cada vez que via ele passando a mão na jeba e, continuava a segui-lo até o banheiro toda vez que ia mijar, também sonhava com o fim de semana, quando podia me esbaldar naquele cacetão.

- Desse jeito vou acabar te engravidando com a minha porra, viadinho! – deixou escapar entre os dentes, enquanto lançava os jatos no meu cuzinho, numa das vezes que se seguiram. Ele disse isso com a voz enternecida, talvez motivado pelo desejo de que isso pudesse acontecer de verdade.

- Gosto de sentir teu sêmen impregnado em mim, meu macho. – devolvi, fazendo-o pirar.

- Putinha safada! Você é a putinha mais gostosa e apertadinha que eu já descabacei! – esse cara sente prazer comigo dando uma de machão insensível, malandro descarado, pensei com meus botões.

Nossa única divergência se resumia ao fato de ele nunca me deixar passar a noite com ele, sempre alegando que perderia a cabeça se eu ficasse atiçando-o com a minha bundinha, e com todo o tesão que sentia por mim, que acabaria não só me arregaçando, mas arrancando meu cu fora.

- Como assim, arrancar meu cu para fora? – questionei-o certa vez, quando depois de muita insistência minha e, já perdendo a paciência, ele me fez a ameaça.

- Já ouviu falar em prolapso retal?

- Não! O que é isso?

- É quando parte do reto sai pelo cu.

- E o que isso tem a ver com o fato da gente transar?

- Tem que numa forçada minha um pouco mais descontrolada posso arrancar seu cu para fora. Você é um viadinho muito inexperiente, e é bom que saiba dos riscos que está correndo. – afirmou.

- Você já fez isso com alguém? – subitamente eu tive medo dele

- Concentre-se no que eu disse, e deixe de ser curioso!

- Fez, por isso está me falando isso. – concluí – Foi com homem ou com mulher?

- Foi com uma putinha nova como você. Mas, esse assunto não te interessa. Anda, vá para casa agora. – respondeu me dispensando.

- É essa sua benga de cavalo. Só que eu já estou viciado nela, não adianta querer me amedrontar.

- Se não quiser nunca mais sentir ela entrando no seu rabo, some daqui agora, ou pode esquecer de voltar a brincar com ela. – de uma forma ou de outra, ele sempre acabava vencendo o bate-boca.

Passei a me contentar com as horas que passávamos juntos todos os finais de semana. Era o que ele tinha para me oferecer, era o que eu ia usufruir. As semanas passaram mais ligeiras do que eu havia pensando quando meu pai determinou que eu viesse ajudar meu tio. Ele estava em franca recuperação. Já dava umas caminhadas pelo quintal da casa, tinha até passado uma manhã inteira na mercearia, apesar das recomendações médicas, em contrário, e da bronca da minha tia. Estávamos em meados de fevereiro e meus últimos dias no Paraná batiam à porta.

Despedi-me do Miguel no fim do expediente da sexta-feira. O Jairo também se despediu de mim, pois eu viajaria no dia seguinte. Ele estava desde o final de semana anterior sem meter aquele cacetão em mim, e essa carência, aliada ao fato de não nos vermos mais, estava estampada na cara dele. Eu nunca havia me iludido com a esperança de um dia me envolver emocionalmente com ele. Porém, à véspera da partida, eu sentia uma opressão no peito e, uma tristeza inexplicável. Apesar daquele jeito abrutalhado dele, de ser uns bons anos mais velho do que eu, de me chamar de tudo que é pejorativo, de não ver em mim nada além de um cuzinho apertado e gostoso onde pudesse despejar sua porra, notei que a despedida também não estava sendo fácil para ele. Obviamente, não deixou transparecer nada. Só que ignorou que eu havia aprendido muito mais do que apenas trepar com um macho, eu havia passado a compreender a alma, a essência do que era um verdadeiro macho. E, era nessas entrelinhas, que estava descrito o quanto ele ia sentir a minha ausência, e a inocência com a qual lhe entregava meu carinho.

- O que está fazendo aqui? – perguntou, se fazendo de bravo, quando veio abrir a porta, cerca de duas horas depois de havermos nos despedido na mercearia.

- Você não fica me chamado de viadinho, de putinha, de bichinha e mais um monte de palavrões, então, eu vim dar para você, não é isso que putas e viados fazem? – questionei.

- Você devia estar fazendo suas malas, e não correndo atrás de macho!

- Devia, mas não estou. Estou aqui para ser seu. – revidei.

- Vai para casa, moleque! Você já brincou demais com o que não devia.

- Quer mesmo se livrar de mim, como se nunca tivesse curtido transar comigo?

- Isso não importa!

- Nem isso? – questionei, começando a acariciar sua jeba totalmente solta dentro de short folgado.

- Ah, safado! Nem pense que vou me abalar por conta dessa safadeza! – exclamou, embora sua pica tivesse uma opinião totalmente diferente, e começasse a ter uma ereção. Eu sorri para ele e deslizei meus dedos nos pelos crespos do torso pelado dele.

- Tem certeza? – a resposta veio na forma de uma pegada forte que me trouxe para mais junto dele e, de um beijo devasso que começou com a apreensão dos meus lábios e continuou com sua língua metida na minha boca. Eu me entreguei.

Depois do beijo libidinoso, ele tirou o caralhão pesado para fora e bateu com ele no meu rosto. As primeiras gotas do pré-gozo foram lambuzando minha cara que o encarava devotamente. Levei minha mão sobre a dele e assumi o controle da pica, colocando-a na boca e iniciando um boquete que o fez soltar gemidos e mais daquele sumo viril e cheiroso que se mesclava à minha saliva. Eu me empenhava para que ele gozasse na minha boca, mas parecia não ser o que ele queria, pois arrancava o cacetão de mim toda vez que estava prestes a gozar. Deixei-o me desnudar e pulei em seu pescoço assim que as pernas estavam livres da calça, enroscando-as em sua cintura. Enquanto me carregava para o quarto, ficou dedando e beliscando meu cuzinho com força me fazendo gemer. Ordenou que eu ficasse de quatro na cama, abriu meu reguinho e intercalava lambidas com sua língua úmida com dedadas profundas que me faziam ganir de tanto tesão. Quando me virei para trás vi que estava dominado pelo tesão, que o caralhão mal se movia de tão duro e, para atiça-lo ainda mais, gemi seu nome no aumentativo.

- Ai, Jairão! – entonei baixinho, ao mesmo tempo em que movia suavemente as ancas numa rebolada sensual que punha à mostra a rosquinha rosada e sedenta.

Ele se aproximou e encaixou minha bunda na sua virilha, esfregou rapidamente a pica dentro do meu rego e meteu de uma só vez a cabeçorra para dentro. Eu gritei como em todas vezes, pois aquele bagulhão nunca entrava sem me rasgar. Fiquei naquela posição até não aguentar mais. As socadas eram tão brutas, tão profundas que atingiam minha próstata e me faziam sentir tão empalado e preenchido que imaginava aquela cabeçorra aflorar na minha boca se a impetuosidade continuasse tão desenfreada. Ele acabou por jogar o peso de seu corpo sobre o meu, veio lamber e mordiscar minha orelha e minha nuca, amassava meus mamilos entre o polegar e o indicador. Eu gemia e gania deixando aquele macho me possuir sem nenhuma reserva. Gozei duas vezes sobre a toalha que ele havia estendido sobre a cama; na primeira mais consistentemente, na segunda, uma porrinha mais rala. Contudo, ambas lambuzaram minha virilha e meus pentelhos ralos. O Jairo gozou pouco depois, como sempre, de forma taurina. Jatos abundantes, espessos e mornos iam escorrendo para as profundezas do meu rabo, enquanto eu rebolava e mastigava sua rola colossal. Seus urros contidos não disfarçavam a satisfação e o prazer que meu cuzinho lhe proporcionava.

- Quem foi que disse que não ia se abalar comigo? – provoquei, enquanto ele matinha a caceta atolada no meu cu, esperando que amolecesse um pouco.

- Sua piranhazinha safada! Sabe que não dá para resistir a essa bundinha, e sabe se valer dela para tirar um macho do sério. – rosnou, ainda mordiscando e beijando minha nuca.

- Só uma vez, me chama pelo meu nome. – pedi, tão carinhosa e solicitamente que o desconcertei.

- Enquanto você estiver assim, com meu pau no teu cu, seu nome é viado, bicha, putinha, piranha. – respondeu, só para não dar o braço a torcer.

- Estúpido! Ogro! Bruto! – revidei, entristecido por ele não ter um pingo de consideração com o carinho que eu lhe dedicava.

- Está na hora de cair fora! Seus tios já devem estar preocupados de você desaparecer na véspera da partida. – sentenciou, tirando lentamente o caralhão do meu rabinho detonado.

- Eu vou ficar! Já avisei lá em casa que passaria a noite fora.

- Outra vez essa história? Eu já não falei que.... – não o deixei concluir, simplesmente agarrei-me a ele e o beijei, o beijei tão intensa e voluptuosamente que ele nem teve tempo de ver o caralho amolecer.

- Deixa eu ficar. Só dessa vez. Quero adormecer nos teus braços. Quero me sentir seguro no seu peito viril. Quero sentir seu esperma se diluindo devagarinho nas minhas entranhas. Deixa, Jairão. Deixa eu te dar todo meu carinho pela última vez. – enquanto fazia meus pedidos, minhas mãos deslizavam sobre sua barba espinhenta. Ele não respondeu, só me apertou em seus braços e, pouco a pouco, comigo de ladinho, foi enfiando o pauzão no meu cuzinho, deixando-me ganir de dor e prazer, enquanto socava fundo em mim.

Acho que ele nunca havia feito sexo com alguém tantas vezes seguidas. Dava para sentir que uma espécie de compulsão havia se apoderado dele, fazendo-o ter inúmeras ereções e, com elas procurar avidamente pelo meu casulo macio e úmido. Tal como eu nunca mais o esqueceria, ele também se lembraria de mim até o último de seus dias, estava escrito em nossos destinos.

- Adeus, Breno! – sua despedida soou dolorida. Ele havia pronunciado meu nome.

- Adeus, Jairão! – foi tudo que consegui verbalizar antes de sentir meus olhos marejados, e depositar um beijo carinhoso no canto de sua boca.

Conheci um cara, na praia onde tínhamos uma casa, alguns meses depois, durante um feriadão quente que passamos juntos antes de o inverno chegar. Maurício era o nome dele. Ele se sentiu atraído por mim, não por coincidência, pelas coxonas lisinhas e bunda carnuda e, provavelmente, pelo sorriso afetuoso que lhe devolvi depois de vê-lo caminhar pela praia com um amigo tão atlético e gostoso quanto ele. Depois dos breves papos no litoral, sentados sobre uns rochedos a um canto da praia, enquanto a lua banhava as cristas das ondas com um prateado brilhante e, alguns beijos e amassos, passamos a nos encontrar em São Paulo. Seu jeitão másculo, a voz grossa e os braços musculosos deixavam meu cuzinho piscando. Depois de alguns encontros, estávamos na cama. Eu não esperava um pau descomunal como o do Jairo, pois sabia que não os havia em abundância circulando por aí. O cacete dele estava na medida padrão, nem grande, nem pequeno. Desencanado com medidas, eu estava mais focado no que um homem atraente como o Maurício era capaz e fazer com ele do que propriamente com o tamanho da estrovenga. Em nossa primeira vez, no quarto do apartamento dele, com as pernas abertas apoiadas sobre seus ombros, ele mergulhou o cacete no meu cuzinho me encarando cheio de tesão, enquanto movia a pelve fazendo a jeba deslizar num vaivém delicioso. Eu acariciava seus bíceps e me deixava foder numa entrega plena, até ele abrir a gaveta da mesinha de cabeceira e tirar um plug anal de dentro dela. O objeto bizarro me distraiu por alguns segundos.

- Enfia isso no meu cu! – disse ele, sem parar de me foder.

Eu peguei aquela coisa na mão de forma desajeitada, pois nem sabia como se usava um troço daqueles. Depois de ele mesmo levar o plug até o cu, pediu que eu terminasse de enfiar nele. Assim que aquilo entrou no rabo dele, ele passou a gemer mais alto do que eu, a rebolar e a se sacudir todo sobre mim. Eu não sei onde foi parar o tesão que eu estava sentindo até então, só sei que aquele cacete no meu cuzinho parecia ter encolhido. Pouco depois, ele tirou um vibrador da mesma gaveta. Acionou a geringonça e tirou o plug o cu substituindo-o pelo vibrador. Fiquei tentando entender o que estava acontecendo ali, já sem nenhuma vontade de continuar a transa. À medida que o vibrador gingava no cu dele, uma espécie de convulsão tomou conta de seu corpo. Ele se agitava sobre mim como se estivesse recebendo uns choques. Seus ganidos preenchiam aquele quarto que havia perdido totalmente o encanto para mim. O tesão do cara estava em seu cu e não na pica dentro do meu cuzinho. O que o fez gozar em mim não foi o prazer do meu rabinho apertado, mas aquele vibrador zumbindo no meio dos urros dele. Encontrei-me com ele mais umas três ou quatro vezes, em programas que não envolveram sexo, pois disso eu queria fugir em se tratando dele. Minha decepção foi tamanha que, por um bom tempo, não me arrisquei a me envolver com outro cara. Se um homem como o Maurício, jeitão de macho, era chegado num bagulho no cu, certamente não era o que povoava os meus sonhos, especialmente depois de ter conhecido o Jairo.

Superado o trauma, conheci o Roberto, através de uma amiga da faculdade que namorava o irmão mais novo dele. Ele havia se divorciado recentemente, num casamento que mal teve tempo de esquentar. O motivo da separação não ficou claro para mim, nas explicações cheias de floreios com as quais me contou a história. Embora fosse baixinho para os meus cento e oitenta e oito centímetros de altura, fazia o tipo garanhãozinho faminto. Assim que me viu, começou a se engraçar, fazendo observações libidinosas e jogando verde para ver se colhia maduro. A falta que meu cuzinho sentia de uma rola, me fez achar graça de tudo nele, até de seu atrevimento em ficar me palpando. Começamos a sair juntos. Um cineminha não servia para assistir a um filme novo que acabara de sair, mas para ele ficar me apalpando na escuridão. Qualquer oportunidade em que ninguém pudesse nos observar, ele aproveitava para se esfregar em mim, agarrar minhas nádegas e me encoxar. Meu tesão só fazia crescer. Finalmente um macho de verdade, pensei comigo, enquanto abria a guarda e me fazia de difícil só para ver aquele olhar de cobiça brilhar de tanto desejo. O dia não tardou a chegar, com ambos eletrizados e ansiosos por uma trepada. Por questões que também não entendi, ele quis ir a um motel. O lugar pouco importa, pensei eu, o que importa é finalmente ter acesso aquele cacete que ficava duro por qualquer passada da minha mão sobre ele. Fiquei nu antes dele, uma vez que minhas roupas foram arrancadas assim que ele trancou a porta da suíte. Como um lobo esfomeado, ele partiu para cima de mim, impulsivo, tarado. Meu cu agoniado não via a hora de sentir o macho entrando nele. Quando tirou o pau para fora e me mandou chupar, o primeiro senão apareceu. De onde vinha todo aquele fogo que assolava o baixinho maçudo e peludinho feito um ursinho? Da pica é que não era, pois aquele negocinho não tinha potencial para tanto. Mas, mais uma vez, desencanei. Vamos nos concentrar no que ele vai fazer com isso, e esquecer que um dia já tive 25 centímetros de uma rola grossa me arregaçando. Afinal, o Roberto parecia um garanhão sedento por sexo. O pau até que era bonitinho, reto, começando com uma cabeça pontuda que ia engrossando, sem nenhum exagero, até chegar ao saco pentelhudo. Colocá-lo na boca não representava nenhuma dificuldade e, metade dele cabia tranquilamente na minha boca permitindo que eu o chupasse com a mesma desenvoltura que chuparia um pirulito. Nas estocadas que ele dava, segurando minha cabeça firmemente diante de sua virilha, a rola chegava confortavelmente na garganta. O Roberto era do tipo apressado, havia urgência em tudo, as carícias preliminares não podiam se estender demasiadamente, a chupada não podia ser demorada demais, mal a língua dele pincelou minha rosquinha, já era hora de enfiar o caralho nela. Engatado no meu rabo, enquanto eu empinava minha bunda contra sua virilha, ele me estocava num vaivém frenético. Mesmo com um cuzinho apertado e praticamente inexperiente como o meu, não era necessário gemer muito, uma vez que só algumas estocadas desencadeavam uma dorzinha aguda e ligeira. A passagem pelos esfíncteres também rolou numa boa, a pica fina passava por eles sem detoná-los. Eu não estava menos a fim ou sentia menos tesão por conta disso tudo. Pelo contrário, estava deitado debaixo dele, afagando seu rosto levemente suado enquanto ele me bombava a todo vapor como uma antiga locomotiva movendo o pistão naquele vaivém cadenciado. O Roberto urrava alto, sem parar, muito além da impetuosidade que nos movia, como se estivesse para atingir o maior orgasmo de sua vida.

- Eu vou gozar, eu vou gozar, vou gozar! – repetia alucinado, enquanto eu mastigava o pintinho que tinha no rabo, à espera da tão almejada porra que ele despejaria em mim.

Cinco minutos depois, ele ainda ameaçava gozar, sem que nada mudasse, a não ser o suor que lhe escorria pelas têmporas e que encharcava seu tronco. Eu o estimulava de todas maneiras imagináveis, procurando ser criativo, testando tudo que me vinha à cabeça e que poderia satisfazer um homem na cama. O vou gozar, vou gozar, continuava feito uma ladainha, testando a minha paciência. De repente, os urros. Urros não, gritos roucos que faziam tremer as paredes e agitavam seu tronco. A cessação das estocadas, com a última cravada o mais profundamente que o pintinho permitia devido ao seu tamanho e ao volume das minhas nádegas, foi precedida pelo gozo; dois espirros, de uma porra rala, que se perderam na umidade da minha mucosa anal, quase imperceptíveis. Toda aquela performance não me levou ao orgasmo, se quisesse gozar, teria que me contentar com uma punheta. Mais uma vez meu castelo de sonhos desmoronou. Dispensei-o depois disso com uma desculpa qualquer.

Apesar dos pesares, ainda não aposentei as chuteiras, sou jovem demais para isso. Minha procura por um macho de verdade continua. Sei que ele está por aí à procura de carinho e aconchego, que tenho aos montes para oferecer ao que elegerei como meu homem-macho. Não precisa ser um homem feito o Jairo, com uma benga de jumento, até porque, na prática, ela deixa marcas na gente difíceis de lidar. Mas, um homem-macho que faça de mim seu homem-fêmea na cama, um parceiro para todas as horas e situações. Quem sabe ele não é você, que leu esse relato de um virgem carinhoso descobrindo a vida, e que compreendeu o que procuro?

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Comentários

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Só de ler pelo titulo já sabia que não iria ter final feliz, dificilmente você dá um "final feliz" para personagens negros ou passivos mais sexuais.

Mas a escrita está perfeita, mesmo esse conto sendo meio "vazio"

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faz mais conto de época. com incesto.

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Era pra eles terem ficado juntos então.

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Muito bom. Pena que o macho não ficou com ele, mas é bem vida real.

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Sem dúvida que você explorou muito bem uma parte da sexualidade subterrânea do ser humano e nisto concordo com Blizard. Não afirmei que a entrada nesta área significasse demérito do autor. Pasolini foi um mestre que se celebrizou ao enveredar precisamente pela exploração deste tipo de comportamentos obrigando os expetadores a confrontarem-se com as profundezas do nosso subconsciente. Por isso mesmo eu também nunca gostei de Pasolini....

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Ao contrário do outro comentário eu achei esse bem interessante, mas até certo ponto. O final cortou todo o barato do conto, apesar de ser realista, pois, nem todo sexo vai ser bom. Gosto quando você explora a lascívia dos seus personagens passivos, mostra que eles também são sem pudores quanto a sexualidade e podem procurar prazer sem ser com o príncipe encantado, porém, você acaba punindo eles por serem assim, eles nunca tem um final feliz quando são mais sexuais. Você devia tentar mudar um pouco isso, acaba soando um pouco moralista. É bacana quando você faz algo romântico e bonitinho mas na minha opinião, você tem um talento enorme pra escrever putaria, e isso é bem mais potencializado quando você deixa os seus protagonistas explorarem mais a própria sexualidade, os erros, deixa eles mais humanizados, não tem necessidade deles serem sempre tão corretos. Estou com saudades dos seus contos de várias partes, quero ler algo seu mais bem desenvolvido.

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Comecei a ler entusiasmado, não fosse você o escritor incrível que é. Mas confesso que neste conto não senti a menor identificação com nenhuma das suas personagens. A bichinha punha-me a léguas. O negão, do lado oposto do planeta! e os outros dois... pobre da bichinha....por este andar vai morrer desconsolada porque dificilmente encontrará outro negão à altura do primeiro! Os seus contos costumam ser bastante mais interessantes.

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