Know your place

Um conto erótico de schoolSmut
Categoria: Gay
Contém 1695 palavras
Data: 10/08/2020 17:43:45
Assuntos: Gay, Sadomasoquismo

Keiji só tinha um objetivo naquele fim de tarde: comprar uma paleta de sombras que, há semanas, queria testar no namorado. Não era nada fora do comum, só precisava escolher entre duas edições da mesma marca, mas seu olhar estava focado em outra coisa. No caso, na atendente que flertava descaradamente com Kei perto do caixa.

Nunca foi ciumento, tinha a mais plena confiança no que era seu, do mesmo modo que conhecia o namorado o suficiente para saber que ele se aproveitaria de qualquer mínima situação para tirar-lhe do sério. Suspirou, escolhendo a edição limitada antes de caminhar até os dois, largando a paleta sobre o balcão sem alterar a própria expressão.

— Só isso, senhor? — a moça perguntou, sem desgrudar os olhos do loiro de sorriso provocativo.

Afirmou silencioso, pagando e saindo da loja sem dizer uma única palavra, juntando a nova sacola com a das outras coisas que havia comprado naquele dia. Tsukishima caminhava ao seu lado, e de alguma forma o mais baixo sentia que ele estava prestes a falar alguma coisa irritante. Era quase como um radar, polido por anos de convivência com Bokuto e Kuroo.

— Ela era agradável, não? — Como esperado, Kei estava falando merda. — Nem consegui passar meu telefone, com toda sua pressa.

Akaashi ergueu o olhar brevemente, não se dando ao trabalho de abrir a boca. Não valia a pena, nem um pouco, ainda mais que ele apenas continuou com piadinhas idiotas durante todo o caminho de volta até o apartamento em que dividiam. Se um dia pensou que Tsukishima era a pessoa com mais neurônios em seu círculo de amizades da época da escola, agora que estavam juntos via que não poderia estar mais errado.

Ainda teve a paciência de aturá-lo enquanto deixava as sacolas sobre a mesa da sala, ajeitando seus óculos quando terminou. De braços cruzados e sobrancelha erguida, virou-se para o rapaz atrás de si, esperando pelo pico de sua idiotice — que, sabia bem, era perfeitamente calculada para fervilhar seus nervos.

— Quando vamos voltar lá, mesmo? — Kei sorria de canto, quase como se antecipasse o que quer que estivesse por vir.

— Nunca — respondeu, simples.

— Ciúmes? — O mais alto ainda provocou, soltando uma exclamação quando teve a gola da camisa agarrada, tornando-os bem mais próximos.

— Coloque-se em seu lugar, Kei.

— E por que você não me coloca?

Desafiado, Keiji apenas riu baixo, arrastando o outro até o quarto sem dificuldades. Jogou-o na cama e encarou-o de cima, acomodando seus joelhos nos lados do corpo maior. Segurou-o pelo queixo e apertou seus dedos contra a pele clara, aproximando suas bocas até que dividissem o mesmo hálito de cigarro mentolado.

— Você acha que pode fazer e dizer o que quer… e sair impune? — indagou, apertando-o mais um pouco e tirando os próprios óculos com a mão livre.

— Até agora não me aconteceu nada… Então é, acho sim.

Com isso, Akaashi uniu seus lábios com certa agressividade, adentrando a boca alheia sem esperar nem um segundo a mais. Durante o beijo bagunçado e carregado por dominância da parte do moreno, este deu jeito de tirar o próprio cinto, usando-o para unir as mãos de Kei sobre a cabeça dele, prendendo-as à cabeceira da cama como pôde.

— O que há com essa expressão necessitada? Foi só um beijo, até a garota da loja poderia te proporcionar isso — disse, afastando-se como quem não queria nada, apenas fazendo questão de firmar as amarras do cinto antes de descer da cama.

Tsukishima respondeu com um riso seco, apreciando a posição em que se encontrava, mesmo que a expressão voltasse a ser o menos submissa possível. Os olhos dourados acompanharam cada movimento do mais velho, que abriu o armário e procurou por algo entre as prateleiras, voltando com duas coisas já conhecidas em suas mãos: um vibrador lilás com diversas ondulações perversas e o tubo de lubrificante quase finalizado.

— Não se garante mais a ponto de ter que usar isso? Que triste.

— E por que eu colocaria meu pau em você se tem outras pessoas em mente? Você não merece mais do que um pedaço de plástico.

— Pois um pedaço de plástico ainda pode ser melhor do que você, Keiji.

Foi a vez do moreno rir seco, malícia brilhando nos olhos esverdeados. Voltou a subir na cama e, sem receber resistência, retirou as calças alheias junto da cueca, jogando as peças no chão. O silêncio de Tsukishima era agradável e via a cor subindo pela face dele facilmente, mamilos despontando contra a camiseta de tecido fino.

— Abra as pernas — pediu, estranhando a obediência imediata.

As pernas longas foram abertas sem pudor algum, o membro dando alguns sinais de vida conforme era encarado de maneira tão crua. Diante disso, sentiu suas calças apertarem, um sorrisinho surgindo no canto dos lábios pela primeira vez desde que chegaram. Puxou o ar com certa excitação, deslizando a ponta do vibrador desligado pela coxa com marcas sutis de uma outra ocasião.

Subiu o objeto frio pela pele clara, erguendo a camiseta com uma das mãos, de modo a trilhar o abdômen igualmente marcado até o peito de mamilos perfeitamente eriçados. Sem dizer nada, tocou em um deles com o vibrador, ligando-o em uma velocidade média, que foi o suficiente para arrancar um arrepio forte e um gemido mais alterado.

— Qualquer coisa parece boa pra você, pelo visto — comentou, movendo o aparelho de um mamilo ao outro, ignorando por completo a ereção crescente e cada vez mais molhada. Ele ainda não merecia atenção ali, afinal.

— Hn… Só confirma que i-isso… consegue ser melhor que isso.

O pé de Tsukishima tocou o meio das pernas alheias, sendo afastado com um tapa fraco. Com uma ideia simples em mente, Akaashi parou de atiçar os mamilos rosados, trazendo o aparelho para si outra vez. Desligou-o por ora, usando o lubrificante para preparar a entrada do loiro, apenas o suficiente para que pudesse encaixar o vibrador ali.

Foi rápido e fundo, ouvindo gemidos engasgados em prazer; ligou na potência mais baixa, tirando a pulseira combinando que usavam diariamente para amarrá-la no pau tão necessitado, apertando cuidadosamente, sabendo que ele não gozaria nem que quisesse.

— O-onde você vai…? — Kei perguntou ao ver o namorado levantando e endireitando as próprias roupas, agindo como se nada estivesse acontecendo.

— Comprar a janta. Talvez eu demore. Mas como esse vibrador é muito melhor do que eu, tenho certeza que você vai se virar. — Aproximou-se novamente apenas para beijar a testa alheia, deixando o celular dele desbloqueado sobre a cama. — Vou deixar a ligação ativa, qualquer coisa, você sabe o que falar.

— É claro que sei… M-mas você tá enganado se pensa que isso é suficiente pra m-me… desgastar. — Não era a primeira vez que faziam aquilo, mas Tsukishima apreciava o cuidado que recebia. Gostava de ser punido por suas provocações, do contrário, nem as faria.

Riu, aceitando a própria ligação antes de sair. O restaurante ficava na outra rua e, com os fones devidamente conectados, teve um caminho agradável até ele, tendo alguma dificuldade em controlar o próprio pau diante de todos os gemidos e xingamentos que recebia.

Apressou o passo na volta, retirando os sapatos na entrada e deixando as sacolas com a comida na cozinha. Lavou as mãos na pia e desligou o celular, deixando-o sobre o balcão para, enfim, seguir até o quarto. Encontrou Tsukishima no mesmo lugar, saliva escorrendo pelo queixo e lágrimas descendo pelo rosto avermelhado, o pau a ponto de explodir, enquanto o vibrador continuava com seu zumbido e movimentos baixos.

— Ora, parece que o pedaço de plástico não está te satisfazendo… — disse, malicioso, abrindo a camisa preta que usava botão por botão. — Uma pena que não temos nada melhor que ele por aqui, hm?

— É… N-não tem… — Kei permanecia firme em sua provocação inicial, ainda que o prazer quase o matasse àquela altura. — Mas acho que posso me contentar… com esse seu pau…

— E por que eu te daria ele? — Riu, tirando a camisa de vez e posicionando seu corpo entre as pernas novamente abertas. — Pede direitinho, Kei.

Tirou o vibrador do interior lambuzado, desligando-o e jogando-o aos pés da cama. Tocou a região com seu pênis enfim liberto, trocando um longo olhar com o loiro que, depois de alguns instantes de silêncio, resolveu ceder.

— Ugh. P-por favor… Me dá seu pau… M-mete ele em mim de uma vez — falou, olhar desviado para uma parede em um revirar debochado, enquanto sua entrada piscava de maneira indecente.

— Viu só? Você é até bonitinho quando é honesto.

E, então, Keiji enfiou-se no corpo alheio, ouvindo-o gemer arrastado, finalmente soando satisfeito. Retirou a pulseira do membro do loiro assim que estava completamente dentro, vendo-o gozar quase que de imediato, arfando e contorcendo-se em gemidos baixos.

Inclinou-se sobre o corpo de Kei e tirou os óculos dele, podendo então beijá-lo outra vez, segurando-o firme pelas laterais e deixando que as pernas agarrassem seu corpo, aumentando a proximidade e fazendo com que fosse mais fundo a cada nova estocada. Sentia-se suar e a sensação de que gozaria logo começava a surgir em seu abdômen.

O fez após mais alguns beijos trocados, despejando-se dentro do loiro em jatos densos e bem aceitos por gemidos contidos. Ao fazê-lo, beijou não só a boca dele, como o nariz, a testa, o rosto inteiro. Em um suspiro longo, retirou-se de dentro de Tsukishima e, antes de qualquer coisa, soltou os braços dele do cinto, acariciando as marcas vermelhas cuidadosamente.

— Bem? — questionou, afastando os fios claros e bagunçados da face suada do namorado.

— Boa sorte me levando pro banho. — Kei sorriu cansado, confirmando que estava perfeitamente bem, apenas um pouquinho esgotado fisicamente. Mas fazia parte e, fora isso, não poderia estar mais satisfeito.

— Eu me garanto.

E se garantia sim, pois não encontrou dificuldades para levar o maior para o banheiro, ajeitando-o dentro da banheira de água morna e juntando-se a ele em um banho relaxante e demorado.

Depois disso, ainda ajudou Tsukishima a se trocar e puderam jantar no sofá da sala, com um filme qualquer passando na televisão.

Porque se o lugar de Kei, naturalmente, era abaixo de si, o lugar de ambos costumava ser ali; juntos e descansados após mais uma situação prazerosa e iniciada por provocações baratas.

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