TRANSFORMAÇÕES - DE MENINO A ALUNA DO PROFESSOR E DE MARIDO A ESPOSA 11

Um conto erótico de Renata Flor
Categoria: Trans
Contém 3914 palavras
Data: 18/07/2020 17:42:44

No sábado após o jantar com todos já animados pelo álcool, Camila começa a falar e faz um discurso parecido com o que ela havia feito no escritório mas bem mais descontraído falando que todos se assustariam com a surpresa e que ela no começo também tinha ficado surpresa e chateada mas que naquele momento ela já tinha superado e tinha aceitado a situação. E disse que se eles fossem nossos amigos de verdade eles também iriam aceitar na boa e então me passou a palavra. Como em todas as vezes eu fui escolhendo as palavras pra minimizar a informação e o impacto mesmo estando altinho. Quando terminei a frase que eu estava em fase de feminização para me transformar em mulher o silencio reinou na sala, mas logo uma das meninas diz – Que legal Renato. Com esse corpo que você tem vai ser uma mulher muito bonita. Tanto quanto Camila. Sorri e agradeci aquela primeira manifestação. E pouco a pouco cada um deles foi falando e dando seu apoio e aprovação. Os homens ficaram por último. E um deles, que estava mais altinho pelo vinho que os outros disse – Eu já desconfiava, mas nunca tive certeza. E no final todos começaram a ficar mais desinibidos e de uma forma e de outra todos mostraram apoio. Mas no meio da bagunça escutei uma das meninas perguntado a Camila? – E você Camila como fica? Vai ficar sem marido? Nesse momento todos se calaram para ouvir sua resposta. – Sim, não vou ter mais marido, mas continuarei a ter do meu lado a pessoa que amo. Vamos continuar casados e viver um dia de cada vez e ver no que vai dar. E ao final ela foi aplaudida com a resposta e fui até ela e lhe dei um beijo. Então eu disse a todos o que iria acontecer em seguida e pedi a eles que no momento que eu voltasse e daquele dia em diante eles me chamassem de Renata. Fui para meu quarto me trocar e coloquei uma das lingeries bem básicas que havia comprado em renda branca. Coloquei um vestido florido, afinal estávamos em Floripa e era verão. E uma sandália Anabela de altura média. Ajeitei meu cabelo e fiz uma maquiagem sem exageros, apenas para ficar mais feminina e passei um batom vermelho, mas muito suave somente para realçar meus lábios grossos. Com o coração na mão, pois seria a primeira vez que Camila me veria como Renata a chamei. Assim que chegou ao quarto fechou a porta e quando me viu estalou os olhos. – Nossa Renata, você está linda. Uma mulher maravilhosa de verdade. Quantas mulheres no mundo gostariam de ter o corpo que você já tem e ele ainda vai ficar mais bonito daqui um tempo. Enquanto falava ia dando uma volta em torno de mim reparando cada detalhe. – Tem muito pouca coisa que posso te ajudar a melhorar. E eu vou te ajudar, mas são pequenos detalhes. Nossos amigos não vão acreditar no que estão vendo, como eu não estou acreditando. Com o salto eu havia ficado um pouco mais alta que ela já que tínhamos a mesma altura e ela estava descalça. – Te vendo assim é possível te compreender poque você sempre se sentiu mulher. Porque você é uma mulher. E eu só não vi isso antes pois eu não quis ver. E se chegou bem perto de meu rosto e me deu um selinho dizendo que me amava. Mas só um selinho para não estragar o batom. Ela falou que iria voltar rápido a seu lugar e que então eu poderia ir para a sala. Após esperar alguns instantes e assustada, mas pronta para o próximo desafio fui caminhando com elegância até chegar próximo a nossos amigos. As mulheres foram as que ficaram mais empolgadas e assobiavam, batiam palmas e gritavam dizendo que seu estava simplesmente linda. E brincavam dizendo que Camila precisaria tomar cuidado para não me perder. Elas já estavam nos considerando um casal lésbico mesmo sem Camila ter dito isso. E essa aceitação como um casal por parte delas me deixou feliz da vida. Os homens ficaram meio retraídos com medo de elogiarem um homem vestido de mulher, mas sempre tem aquele mais desbocado que disse: – Camila, me desculpe, mas seu soubesse que meu amigo era linda assim eu não teria perdoado. E todos caíram na gargalhada. Com embalo do vinho aquela noite havia sido mais que perfeita. Mas eu ainda temia que quando todos estivessem mais sóbrios, poderiam mudar suas formas de pensar.

Então a festa terminou e todos se foram. Ajudei Camila a dar uma boa organizada na casa e fomos para nosso quarto. Ela foi tomar banho e saiu enrolada em uma toalha. Quando eu ia entrar no banheiro, ela me disse que se eu quisesse dormir de calcinha e camisola eu poderia pois já não via razão por eu usar cuecas. E que como sempre ela dormiria de camisola e calcinha. Aquele seria o final de noite perfeito. Fui até o closet e escolhi uma camisola levemente sensual e uma calcinha que havíamos comprado. A camisola era cinza claro transparente e ia até o meio das coxas. A calcinha em lycra e renda um azul claro. Quando saí Camila já estava deitada de calcinha e camisola um pouco mais sexy daquelas que ela usava costumeiramente para dormir, mas nada exagerado. Tudo branco. Ela me olhou e disse que eu estava bem bonita e só o que não combinava era aquele volume na calcinha. Quando eu me deitei ao seu lado ela ficou de lado e me perguntou? – Como você fazia para esconde-lo e parecer que é uma bucetinha? Na verdade, curiosa ela se referia a meu tempo com meu professor pois eu nunca tinha contado detalhes. Falei do esparadrapo e então ela me surpreendeu e me pediu. – Não dá para você fazer uma bucetinha para eu ver como fica? Lá no banheiro tem esparadrapo. É claro que eu sabia onde ficava pois já tinha usado muitas vezes em minhas sessões de fotos. Fui ao banheiro, fiz o que ela pediu e quando voltei ela olhou diretamente para minha calcinha sob a camisola transparente. – Agora sim parece uma mulher. Vem aqui do meu lado. Vamos brincar hoje com você de menina para ver o que acontece. Vai ser uma experiência. Mas não se anime pois não sei se vou gostar. Eu dei um sorriso imenso e avancei para um beijo. E começamos a nos acariciar uma a outra como mulheres. Eu tentava ter em minhas mãos a mesma leveza de suas mãos. Nós apenas gemíamos. Encostei em sua bucetinha e comecei a acaricia-la primeiro por cima da calcinha e depois direto em seu grelinho. Peguei sua mão e a ensinei a fazer a fricção em meu grelinho por cima da calcinha. Era um sexo muito diferente do que nas vezes anteriores sem a penetração que tínhamos feito pois eu estava de mulher. Era mais calmo, sem pressa e com muito mais suavidade. Em minha cabeça aquele era o primeiro sexo gay de minha vida, pois antes eu era uma mulher com um homem, depois eu era um homem com uma mulher. E agora eu era uma mulher com uma mulher. E eu que sempre rejeitei a ideia de que poderia ser gay estava sendo naquele momento. Com o aumento de nossa excitação eu subi em cima dela para nos esfregarmos. E senti aquela que é uma das sensações mais deliciosas que conheço. A de nossos dois seios se esfregando. Eu já tinha sentido essa sensação com Camila antes, mas nunca sendo uma mulher. E confesso que a sensação foi muito melhor. Nossos seios se esfregavam somente tendo entre eles o tecido fino das camisolas e nossas bucetinhas também se esfregavam através nossas calcinhas. Ao ficar mais quente nossas caricias, eu sai de cima dela, fui até sua bucetinha, afastei a calcinha de lado e comecei a acariciá-la com minha língua. Fui deixando-a cada vez mais excitada e quando estava bem excitada e escorrendo em minha boca me virei em um sessenta e nove e pedi para que ela com os seus dedinhos, bolinasse meu grelinho por cima da calcinha. Eu a chupava gostoso arrancando gemidos cada vez mais forte e ela me bolinava. A sua excitação era tão grande pela novidade da situação que ela gozou rápido e logo em seguida eu gozei também. Satisfeita em todos os sentidos, me virei e me deitei a seu lado bem juntinho dela dando um beijo na bochecha e a agradecendo por aquela primeira noite maravilhosa de Renata, em todos os sentidos. Não quis forçar a barra, mas eu queria saber se ela havia gostado mesmo tendo mostrado por seu gozo que tinha gostado sim. Mas eu queria ouvir de sua boca e então perguntei: – Gostou? – Gostei sim. Gostei demais. Mas eu sei o que você quer saber. Gozei muito gostoso, mas apesar de você estar vestido como mulher não é uma ainda. E ainda não consigo, por mais que eu queira, me ver acariciando uma buceta que não seja a minha. Mas não tenha pressa. Quem sabe um dia isso mude. Não foi a resposta que eu queria ouvir, mas foi uma boa resposta. Nos limpamos e fomos dormir juntinhas e eu toda feliz com minha camisola e calcinha. Só tirei o esparadrapo pra não grudar demais.

No dia seguinte acordamos e nos levantamos e eu e ela continuamos com nossas camisolas. Após o café tivemos que arrumar nossas malas pra a viagem à Tailândia no dia seguinte para minha consulta prévia. Fiquei muito triste quando tive que colocar somente roupas de homem na mala. Camila até me disse que eu poderia usar calcinha por baixo, mas eu nunca quis fazer isso antes e não seria naqueles meus últimos momentos como Renato que faria. Não custava esperar até nosso retorno ao Brasil após uma semana. Porém Camila conseguiu melhorar meu humor. Após o almoço ela me disse. – Vamos tomar um sol na piscina. Eu te empresto um biquini e piscou pra mim sorrindo. Assim você não vai precisar ter vergonha como antes. Aceitei toda animada dando um abraço seio com seio nela que foi delicioso. Ela colocou um de seus biquinis com motivo geométrico que a deixava um avião. De lacinho no lado. E com o passar do tempo e seus traumas diminuindo, ela já estava usando biquinis bem menores que deixavam seu corpo ainda mais fantástico. Ela mandou eu escolher um que eu quisesse e não quis abusar. Escolhi um que eu sabia que ela não usava mais e bem larguinho na parte de baixo. Todo em preto e era lindo. Coloquei um esparadrapo em minha bucetinha e fui me sentar do lado dela na piscina. Sua pele, apesar de clara como a minha estava bem mais morena pois a minha quase não via sol. Ao me ver ela fez vários elogios e notou minha bucetinha. Mas antes que eu me deitasse ela disse. – Você está se esquecendo de passar o protetor em mim. E sorriu com cara de malandra, mas disse – Mas é só passar mesmo. A brincadeira vai ficar para outra vez. Passei o protetor em todo seu corpo, mas minha mão sempre escorregava para suas partes gostosas. Quando veio passar em mim ela me disse que estava diferente da outras vezes que ela havia passado o protetor. Primeiro pelo biquini, mas também porque ela sentia minhas formas mais arredondadas e minha pele mais lisa, mais feminina. E os pouco pelos que eu tinha antes tinham praticamente desaparecido por completo e minha pele estava como a pele de uma mulher e para meu azar, daquele momento em diante eu deveria me preocupar com celulites e estrias. E riu debochando. Porém concluiu que dificilmente, com o corpo magro e perfeito que eu tinha, teria celulite e deveria me preocupar mais com a estrias e deveria passar alguns cremes que ela me compraria. E ela sugeriu que nós duas quando eu tivesse sido liberada para atividades físicas após a cirurgia final deveríamos começar a fazer academia e caminhada juntas para dar um pouco mais de rigidez aos nossos corpos e evitar esses perigos femininos. Eu ouvia atenta tudo que ela falava e concordava e o fato de estar fazendo planos futuros comigo me deixava animada.

Ficaríamos uma semana fora, somente o tempo suficiente para ir até a Tailândia, fazer a consulta e os exames e dar uns dois dias de descanso pra então voltarmos. Não poderíamos ficar muito tempo fora, pois teríamos que voltar por um período mais longo quando o Doutor marcasse para que eu me submetesse à cirurgia definitiva.

A viagem foi bastante cansativa, mas quando chegamos em Bangcoc, tivemos um dia inteiro de descanso. No dia seguinte fomos à clínica para consulta e após o Doutor me examinar e dar todas as explicações possíveis fui para uma bateria de exames, com Camila sempre a meu lado. Uma explicação que ele deu tirou uma dúvida que eu tinha sobre a profundidade de meu canal vaginal. Eu já tinha lido sobre várias medidas, mas o Doutor explicou que ficaria em torno de 15 a 16 centímetros, mas ela poderia ganhar um pouco mais de profundidade se fosse necessário em relações sexuais. Dois dias depois voltamos para falar novamente com o Doutor que tinha meus exames em suas mãos e explicou que estava tudo em ordem com eles e que a cirurgia poderia ser feita após dois meses. E na próxima vez eu teria que ficar um mês ou mais na Tailândia para que eu tivesse tempo de me recuperar e ele pudesse me liberar para retornar ao Brasil. Até me assustei, pois eu pensei que teria mais tempo até a cirurgia acontecer e que não teria que ficar tanto tempo longe de meu escritório. E Camila, se fosse comigo teria que pegar uma licença de seu trabalho ou até fazer um pouco dele remotamente em seu laptop. E ainda me perguntou naquela consulta se minha cicatrização era boa e que tipo de vagina eu gostaria de ter. Da cicatrização eu expliquei que as cicatrizes de meus cortes desapareciam em minha pele pálida. E ele me respondeu que era uma ótima notícia pois o resultado seria muto melhor. Quanto à minha vagina eu disse, que se pudesse, eu gostaria que ela tivesse os lábios bem fechadinhos. Era meu sonho ter uma bucetinha igual a de Camila. E o Doutor respondeu que faria o possível para que ficasse do meu gosto. E também explicou todo o processo dos moldes vaginais que eu deveria ir trocando ao longo das semanas por um maior para a dilatação da neovagina que é como é chamada a vagina de quem faz a mudança de sexo ou redesignação sexual. Explicou que eu só poderia fazer sexo após três meses e que os inchaços só desapareceriam totalmente após um ano, mas com seis meses já estaria excelente. Não seria nada fácil minha vida após cirurgia e eu precisaria de muito apoio. Se despediu dizendo para mantermos contato com ele para ir informando quinzenalmente do Brasil como eu estava e que se eu não tivesse mantido contatos periódicos com ele anteriormente ele não poderia ter dado o prazo de dois meses para fazer a cirurgia. E o fato de eu já ter feito alguns exames no Brasil e enviado nos meses anteriores ficou tudo mais fácil. A última recomendação antes de sairmos foi para que eu continuasse, com acompanhamento médico e as doses de hormônio pois o resultado em meu corpo era perceptível e assim que eu fizesse a cirurgia e o inchaço passasse eu seria uma mulher perfeita. Ele era bem sério e em nenhum momento sorriu, mas eu até que gostei pois ele se mostrou ser bem profissional.

Saímos e aproveitamos o dia para conhecer o que não havíamos conhecido no dia anterior de Bangcoc. E fiquei impressionado com o grande número de prostitutas lindíssimas que havia nas ruas e que segundo nosso taxista eram quase todas, transgêneros que se transformaram em mulher. E falei para Camila que se eu ficasse daquele jeito eu estaria muito bem, e ela vira me dando um selinho e dizendo que eu iria ficar muito mais linda que elas. Ainda no taxi, planejamos tudo o que deveríamos fazer nos próximos meses. E a nossa próxima atividade antes de retornarmos seria comprar novas roupas femininas para mim pois havíamos decidido que após minha volta no dia seguinte, assim que chegasse ao Brasil, eu começaria a feminização publicamente me vestindo como Renata. De Bangcoc mesmo ela já marcou hora em sua cabeleireira e manicure em um horário especial no domingo no salão que seria aberto somente para mim. Lá eu faria um corte ainda mais feminino em meus cabelos cacheados e sofreria fazendo sobrancelhas. Felizmente eu não precisaria de depilação. E para completar eu faria as unhas dos pés e mãos. Tudo isso foi me explicado por Camila para terminar dizendo: – Terá momentos que você vai se arrepender de ser mulher e riu gostosamente e eu a acompanhei. Em Bancoc mesmo, na rua de roupas mais elegantes ela me levou para comprar muitas lingeries. Para mim e para ela pois era um grife famosa com lingeries lindíssimas de rendas, cetim e seda. Compramos muitas principalmente em tons pastéis para o dia a dia e uma ou outra preta, azul e verde. Gastamos horrores naquele dia, mas eu precisava começar a fazer meu guarda-roupa. E uma das coisas que Camila me chamou a atenção é que eu deveria comprar roupas bonitas, mas sérias pois na segunda-feira eu já estaria como Renata no escritório e daí para a frente eu seria obrigada pelo mundo feminino a não repetir muitas roupas. Compramos em Bancoc roupas para a minha primeira semana no escritório, mas ela disse que assim que saíssemos do salão no domingo nós já iriamos ao shopping comprar mais roupas e sapatos de trabalho e para o dia a dia. E com uma das roupas que já estávamos comprando em Bangcoc eu já poderia usar para ir ao salão e depois ao shopping, assim eu mesma experimentaria minhas roupas. Me assustei um pouco com a proposta, mas é claro que aceitei. Na viagem fizemos amor somente uma vez, pois como eu não tinha levado nenhuma lingerie e foi antes de eu comprar as lingeries novas, eu fiquei nua e ela ficou meio sem jeito tentando não encostar em meu pênis saliente. E daquela forma ela viu que não iria rolar e então ela se levantou, pegou uma calcinha e um sutiã pretos seus e me mandou vestir. E para eu aproveitar quando estivesse me vestindo no banheiro para pegar esparadrapo em nossa bolsinha de remédios. Quando voltei bem mulher ela falou – Agora está bem melhor, vem aqui. E transamos gostoso até ambas gozarmos. E aproveitei para dormir com sua calcinha e sutiã, mas no dia seguinte lavei cedinho no box quando fui tomar banho. Voltamos para o Brasil com as malas tão cheias de roupas que deu excesso de bagagem. Chegamos no sábado de manhã e após descansar comecei a arrumar com a ajuda de Camila meu novo guarda-roupa tirando as roupas masculinas e colocando as femininas, as calcinhas, sutiãs, meias e alguns acessórios. E mesmo com tudo que eu havia comprado ficou vazio. As roupas do Renato eu coloquei em caixas e as doaria.

No domingo de manhã fomos ao salão, eu com as novas roupas e lingeries que havia comprado em Bangcoc mas com uma sandália emprestada de Camila, pois não eu não tinha gostado de nenhuma naquelas lojas onde comprei as roupas. Me senti excitada com aquelas lingeries que usava, mas muito ansiosa e insegura pois seria a primeira vez que estaria em público totalmente como Renata. Porém com dicas e a ajuda de Camila tudo ficou mais fácil e fomos ao salão, embora eu sentisse que todo mundo estava olhando para mim, o que na verdade era só impressão minha. No salão, Camila passou tudo que deveria ser feito e eu aceitei somente com um pedido. Não quero nada exagerado. Nem nas cores dos esmaltes e batom e nem em tirar muita sobrancelha. Era só para igualar pois minhas sobrancelhas eram bonitas. E elas atenderam minhas recomendações e aproveitaram para melhorar a maquiagem que eu havia feito pela manhã. Quando fiquei totalmente pronta e finalmente deixaram que eu me visse inteira no espelho me senti uma mulher e estava linda como nunca antes eu ficara. Com todos os detalhes que fazem uma mulher ficar mais bonita. O cabelo ficou muito mais feminino. As unhas feitas mostravam mais delicadeza nos pés e mãos. Antes, o máximo que eu fazia nas unhas para ficar mais feminina era passar uma base neutra para não dar bandeira. E todas aquelas mulheres que haviam me ajudado a ficar daquele jeito me abraçavam e me elogiavam sem parar e uma delas falou algo que eu gostei – Aproveite sua vida Renata. E era o que eu pretendia. Fomos ao shopping e eu caminhava um pouco preocupada de que alguém pudesse me reconhecer ou desconfiar que eu não fosse mulher, mas passei por mulher em todos os lugares que fui, inclusive com as vendedoras das lojas. A voz era ainda a parte menos feminina de minha transformação, mas com os hormônios ela já tinha afinado bastante e parecia uma mulher com a voz um pouco fanhosa, mas feminina. Quase morri andando em cima daqueles saltos pelo shopping todo experimentando tantas roupas. Compramos muito, sandálias, sapatos para o trabalho e rasteirinhas para ficar em casa. Camila me fez também comprar alguns biquinis, mas eu dizia a ela que não sabia se teria coragem de já ir à praia entes da cirurgia e ela dizia que tudo bem, pois não estragariam. Mas eu comprei aqueles com a parte de baixo bem altinhas para minha estreia. Os biquinis menores como os de Camila ainda levariam um tempo. Enfim fizemos uma compra gigantesca e tivemos que ir três vezes ao carro levar sacolas pois não aguentávamos carregar. Teve até alguém que brincou conosco devido à grande quantidade de sacolas pelo fato de sermos mulheres. E uma hora fale: – Camila vamos parar, senão meu guarda-roupa vai ficar mais caro que a cirurgia. Ela gargalhando me respondeu para eu deixar de ser pão dura pois eu era privilegiada. Fiz carinha de quem tinha levado uma bronca e não reclamei mais, pois ela tinha muita razão. Em termos financeiros eu havia sido sempre uma pessoa bem privilegiada e isso me ajudou muito em vários momentos da minha vida.

Voltamos para casa e ainda mortas de cansaço pela viagem do dia anterior e pelas compras do shopping, tivemos que arrumar tudo em meu guarda-roupa e Camila já escolheu a roupa que eu iria para o escritório no dia seguinte. Era uma saia até o meio da canela em tecido esvoaçante em um verde água bem clarinho. Nada ainda que chamasse muita atenção para meu corpo. A blusa de manga longa na cor perola bem discreta sem decotes, por enquanto, ela disse. Uma meia calça cor da pele e um sapato com salto grande, não muito alto para que eu pudesse ficar bastante tempo em pé sem doer, se fosse necessário. As lingeries ela mandou eu mesma escolher, mas eram tantas as lingeries novas que eu queria usar todas. Então ela mesmo escolheu uma na cor nude, em renda muito linda e sexy que eu havia comprado na viagem. – Assim você se sente poderosa por baixo disse sorrindo de leve.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 27 estrelas.
Incentive DanielCa a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Katita⚘

Sinto um misto de tristeza e dor pelo casal,que já estavam indo tão bem

1 0
Este comentário não está disponível