Segredos - Capítulo 4: Um dia depois do fim

Um conto erótico de Caio Ferreira
Categoria: Gay
Contém 4527 palavras
Data: 17/07/2020 19:12:08
Última revisão: 12/04/2022 17:17:13

Segunda, 04 de dezembro dehoras da manhã

NARRADO POR MICHEL:

Acordo com o celular despertando, hoje é a última semana de aula e tenho certeza que será a mais difícil. Hoje além da aula vou enterrar o meu melhor amigo, os pais dele optaram por marcar o enterro para depois da aula, não estou afim de ir hoje para a escola, mas como é a nossa última semana de provas não posso perder. Vou tomar um banho e a minha ficha ainda não caiu eu não consigo acreditar que o melhor amigo fui assinado de uma forma tão cruel, mas isso não vai ficar assim eu vou encontrar quem fez isso com ele e vou fazer essa pessoa pagar nem que seja a ultima coisa que faço na minha vida.

Quando saio do banho recebo uma ligação da Tiana:

- Oi. - Isso é a única coisa que consigo falar.

- Como vai ser hoje ? Como vai ser daqui para a frente? - Ela me pergunta.

- Não sei e tenho até medo de pensar, por enquanto vamos só viver o presente sem pensar muito no que vem pela frente. - Respondo.

- Ok. - Ela me responde triste.

- Você já está pronta para ir fazer as provas na escola hoje ? - Pergunto olhando o meu guarda roupa

- Temos que ir mesmo? - Ela me pergunta desanimada.

- Você sabe que não, Maria passa essa pano para a gente, mas eu não vou ficar em casa na depressão enquanto quem fez isso com ele vai estar vivendo a sua vidinha tranquilamente. - Aviso.

- Você acha que quem fez isso com ele é alguém da escola? - Ela me questiona.

- Tenho certeza Tiana pois é quase impossível ser só coincidência o fato das mesmas frases do vídeo estarem na bandeira, quem matou ele tem alguma coisa haver com a escola. - Falo.

- Eu pensei a mesma coisa. - Ela me confessa.

- Eu vou terminar de me arrumar e você deveria fazer o mesmo. Quando eu estiver saindo te mando uma mensagem, vou pedir para o meu motorista te buscar ai na sua casa para a gente ir junto ok? - Pergunto para a garota.

- Eu vou me arrumar e fico esperando sua mensagem, tchau te amo. - Ela fala

- Eu também te amo, até daqui a pouco. - Falo desligando.

Termino de me arrumar, desço para tomar café e encontro com a minha avó arrumando a mesa:

-Oi vó, bom dia. - Falo beijando ela.

- Oi meu amorzinho, conseguiu dormir bem ? - Ela pergunta me dando um abraço.

- Tomei um de seus remédios que me ajudou um pouco. - Respondo me sentando.

- Não gosto que você fique tomando esses remédios meu filho. - Ela me reprende.

- Eu sei disso, mas essa era a única forma de conseguir dormir depois de tudo vó - Falo lembrando de tudo e começo a chorar.

- Tudo bem meu filho. E eu posso saber onde o senhor vai uma hora dessas ? - Ela me pergunta me abraçando

- Essa é a ultima semana de aula e é justamente a semana de provas. - Falo meio desanimado.

- Mas você tem que ir mesmo depois de tudo ? - Questiona minha avó.

- É melhor do que ficar em casa sendo consumido pela tristeza. - Falo secando o olho.

- Se você quiser eu peço para Maria mandar suas provas e você faz em casa. - Ela da uma sugestão.

- Não precisa vó eu tenho que ir naquela escola. - Falo dando um gole no meu café.

- Só tome cuidado e nada de arrumar confusão. - Ela me pede

- Pode deixar vó. - Eu tento acalma-la.

Aviso minha avó que vou com o motorista e que ele vai passar na casa da Tiana para buscar ela, minha avó como era de se esperar não vê problema e acha até melhor do que eu ir de ônibus, mando mensagem para Tiana e aviso que já estou saindo de casa. Em pouco tempo para na frente da casa da Tiana que já me espera do lado de fora com o seu pai que acena para mim. Tiana entra no carro, senta do meu lado junta suas mãos com as minhas, mas vai calada o caminho todo até a escola. Acabamos de chegar na escola, juntos e todos automaticamente olham para nos, alguns vem até nós e prestam condolências, outros abaixam a cabeça quando passamos, seguimos até a nossa sala onde quase todos da turma já estavam lá, sentamos nos nossos lugares e Joe e Renato se juntam de nós, Marco entra na sala e vê Renato abraçado com a Tiana vem até nossos lugares para tirar satisfação com a namorada:

- Onde você estava e o que você está fazendo abraçado com esse estranho? - Questiona Marco.

- Primeiro que ele não é estranho e sim meu amigo que assim como eu, ele também está sofrendo pelo assassinato do meu primo e eu estava em casa, mas não consigo entender tanto interesse repentino já que ontem você cagou para mim! - Tiana responde deixando o namorado nervoso.

- Eu te liguei ontem, mas você que não quis falar comigo. - Marco tenta argumentar

- Você pensa que mesmo, depois de perder meu primo eu iria querer ficar conversando com você no celular? Ah me poupe e se poupe, o mínimo que você deveria ter feito era ter ido até a minha casa. - Tiana esbraveja.

- O que você estava fazendo na casa do Michael? Me contaram que vocês chegaram juntos no carro dele e juntos, você pode me explicar que história é essa? - Marco fala começando a alterar a voz.

- Ele foi me buscar na minha casa, não sei se você lembra, mas meus pais acabaram de perder um sobrinho e eu não queria vir de ônibus e como ele tem motorista e é meu melhor amigo aceitei e se você tem algum problema com isso não me importa. - Tiana fala peitando o namorado.

- Tenho problema sim, pois eu não quero minha namorada andando por aí com um macho que não seja eu. Agora venha para cá, pois quero você sentada do meu lado e longe desse babaca. - Ele ordena pegando ela pelo braço.

- Me solta. - Tiana grita.

- Solta ela moleque! Quem você pensa que é para aumentar o teu tom de voz e como ela bem disse eu não sou um macho qualquer, sou melhor amigo dela e tudo que ela precisar de mim ela vai ter. - Falo me colocando na frente da Tiana.

- Melhor tu calar essa boca porque eu não to falando com você. - Ele grita com o dedo na minha cara.

- Mas está falando alto com ela e na minha frente você não vai falar com ela dessa forma. - Falo sem medo nenhum.

- Vocês podem para por favor? Está todo mundo olhando para nós. - Agora ela que se coloca na minha frente.

- E outra coisa, eu não sou sua propriedade, estou namorando você, mas faço o que quero da minha vida e você não vai mandar em mim. - Tiana avisa o namorado.

- Não quero namorada minha andando com outro macho por aí. - Marco grita ainda mais.

- Você abaixa a voz para mim e me respeita. - Tiana pede começando a perder a paciência.

- Te respeitar como? Você tá parecendo um vagabundinha. - Esbraveja Marco.

Eu não deixo Tiana falar mais nada, apenas dou um soco com todo o meu ódio no Marco fazendo ele cair no chão, subo em cima dele e começo a socar ele e paro apenas porque os amiguinhos chegam e dele me tiram de cima dele, olho para ele com ódio e dou um recado:

- Você nunca mais na sua vida vai falar assim com a Tiana, não na minha frente! - Grito

- Você não tem nada a ver com a nossa vida, seu babaca, você vai vê o que vou fazer com você, isso não vai ficar assim. - Marco me ameaça.

- Eu não tenho medo de você e nunca vou ter, pois, tu sabes muito bem que não aguenta comigo, mas se você quiser tentar, pode vir que eu não te bati a metade que você merece. - O enfrento.

- Ta corajoso agora só porque o amiguinho morreu? Tu sempre viveu na sombra dele e agora que o viadinho ta morto ta querendo vir me desafiar? - Questiona com um tom de deboche.

- Você lava essa sua boca imunda para falar do Pedro, nós sempre defendemos a Tiana e isso não vai mudar agora. - Falo tentando me soltar para bater mais nele.

- CHEGA! - Tiana grita.

- Esse bacaca ai que começou. - Marco informa.

- Eu não quero saber mais de nada e nem de você, pois se tínhamos alguma coisa, acabou. - Tiana fala tirando a aliança e jogando na cara do Marco.

- Para mim tanto faz, quero vê quem vai querer ficar com você depois que souberem do seu segredinho. - Desdenha Marco.

- CALA A BOCA SEU DESGRAÇADO. - Tiana grita e da um tapa na cara de Marco.

Antes que qualquer um de nós pudéssemos fazer algo Maria entra na sala aos gritos:

- QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Pergunta, mas não obtêm resposta.

- Vou ter que perguntar mais uma vez ou alguém vai me explicar? - Agora Maria pergunta sem gritar.

- Esse babaca do Michael que me socou sem motivo e a Tiana para defender o amante começou a me atacar. - Marco mente na nossa cara.

- Sem motivo seu otário? Para de ser sonso garoto. - Falo querendo socar ainda mais a cara dele.

- Eu não quero saber quem começou essa palhaçada, quero que vocês sentem essas bundas em suas cadeiras, pois tenho alguns recados para dar. - Ordena Maria.

- Mas você que perguntou o que estava acontecendo Maria - Joe fala sem pensar muito.

- Vão ficar me questionando mesmo? - Pergunta Maria.

Nesse momento os filhos do diabo entram na sala as gargalhadas, todos agindo como se nada tivesse acontecido e isso deixa Maria mais enfurecida:

- Aonde vocês estavam? - Maria pergunta.

- Estávamos tomando um cafezinho na cantina. - Hanna informa a diretora.

- Já faz um tempo que o sinal tocou mocinhos. - Rebate Maria.

- Sim, mas eu não ia deixar meu café lá, qualquer coisa você reclame para aqueles incompetentes que trabalham na cantina. - Sugere Berenice.

- Você deveria respeitar mais as pessoas Berenice você é muito sem educação, mas graças a Deus eu isso não vai ser mais problema meu, pois daqui a pouco eu não vou ter mais que olhar para a sua cara e nem de seus amiguinhos. - Maria fala de uma forma que nunca ninguém viu.

- Nossa hein quanta grosseria, eu não sei o que está acontecendo com você. - Ironiza Berenice.

- Eu apenas encontrei o meu melhor aluno morto no poste bem no meio da quadra da minha escola, apenas isso está acontecendo, mas tudo bem para você né? Agora quero que você sente a sua bunda na droga da cadeira e cala a sua boca. - Ordena Maria.

- Você pensa que está falando com quem? Meu pai é o prefeito desta cidade e pode acabar com você. - Berenice ameaça Maria na nossa frente sem nenhum pudor.

- Do mesmo jeito que ele mandou acabar com o Pedro, pois tenho certeza que ele tem alguma coisa haver com o assassinato dele. - Falo enfrentando a Berenice.

- Você lave a sua boca para falar do meu pai seu merdinha, é um aviso para o seu próprio bem. - Agora ela me ameaça.

- Ai tão vendo pessoal, ela está me ameaçando na frente de todos da mesma foram que ela, sua família e seus amiguinhos faziam com o Pedro. Fique ciente sua dondoca de merda que eu não tenho medo de vocês e tomara mesmo que nenhum de vocês tenham algo a ver com o assassinato do Pedro porque se eu descobri que tem dedo de vocês, não vai sobrar ninguém para contar historia. - Ameaço.

Antes que Berenice me respondesse uma voz ecoa vinda do fundo da sala:

- Chega Berenice! Você precisa aprender a respeitar a nossa dor que inferno. - Gabriel grita chamando a atenção de todos.

- Agora até meu noivo vai ficar contra mim? - Ela pergunta fazendo uma voz irritante.

- Talvez seja porque você está sendo inconveniente com todo mundo e não respeita nem o noivo que tu enche tanto essa sua boca para falar que tem. Vá para o inferno sua egoísta. - Ele fala se levantando chorando e saindo da sala.

- Não fale assim comigo. - Ela fala tentando ir atrás dele, mas é impedida por Maria.

- Ninguém vai acabar com a vida de ninguém, Michel sente-se agora por favor e dona Berenice não tenho medo do seu pai nem de suas ameaças então guarde elas para você e pode deixar que eu mesma vou atrás do Gabriel. - Avisa Maria fazendo a sala ficar calada.

- Bom agora vou falar, vocês ainda vão fazer essa prova que é a última e depois vão passar por uma identificação com alguns agentes da polícia e que vão começar a colher os depoimentos de alguns de vocês em relação ao assassinato do Pedro. - Informa Maria.

- Mas a maioria aqui é menor de idade e precisa dos pais e advogados para poder dar depoimentos. - Lembra Hanna.

- Mas hoje eles só vão colher informações básicas e marcar o dia a hora dos depoimentos. Não serão todos os alunos, eu passei uma lista com nomes próximos ao Pedro e os respectivos responsáveis desses alunos já foram informados e todos estão liberados a conversarem hoje sem a presença deles ou advogados. - Maria explica.

- Ok. - Responde Hanna.

- Bom agora vou deixar vocês com o professor, boa prova e boa sorte. - Fala Maria ao deixar a sala.

NARRADO POR GABRIEL:

Estou dentro do banheiro na tentativa de me esconder de todos, principalmente da minha noiva. Eu não sei como vou conseguir ficar aqui sem ele, Pedro mesmo de longe ainda era a pessoas que eu mais confiava na minha vida, viver sem ele aqui vai ser complicado.

NARRADO POR MICHEL:

O professor entra na sala, pede silêncio a todos e começa a distribuir as provas, estava fácil e o difícil mesmo era só se concentrar em alguma coisa agora, cada aluno que acaba a prova o professor libera para ir embora e eu vou ficando entre os últimos, mas logo concluo a minha prova, entrego e assim que saio da sala sou vejo três mulheres conversando com Tiana e Joe e logo trato de saber quem são elas:

- Oi gente tudo bem por aqui? - Pergunto aos meus amigos.

- Ta sim, essas são as policiais que a Maria falou que iam vir conversar conosco. - Responde Tiana.

- Ah sim! - Digo.

- Vou indo e acredito que elas vão querer falar com você. Renato está esperando a gente na cantina, vai lá depois. - Tiana fala levando Joe junto dela.

- Você que é o Michel? - Pergunta a policial.

- Sim. - Respondo estendendo minha mão para ela.

- Olá me chamo Heloísa (uma mulher negra, por volta dos quarenta anos, alta, com os cabelos cacheados cor de mel), sou delegada e essas são Julia (uma jovem mulher branca, com os cabelos pretos) e Tônia (negra, com a idade próxima a da Heloísa, com os cabelos curto e olhos, cor de mel) e nós vamos investigar a morte do seu amigo Pedro. - Explicou apertando minha mão.

- Vão tentar a achar os culpados pelo assassinato dele, é você quis dizer? - Pergunto.

- Isso mesmo, queremos te fazer umas perguntas e marcar o dia do seu depoimento, podemos? - Pergunta a delegada.

- Sim. - Respondo.

Ela me pergunta coisas como o meu nome, minha idade e qual era a minha relação com o Pedro e marca meu depoimento para quinta-feira e vão embora pelo que pude perceber eu era o último, vou até à cantina me encontrar com os meus amigos, chego na mesa e todos estão em silêncio, até que começo a falar:

- O que eles perguntaram para vocês? - Pergunto.

- Meu nome, minha idade, minha relação com o Pedro e marcaram meu depoimento para quinta-feira pela manhã. - Responde Tiana.

- O meu também foi marcado para quinta, porém vai ser de tarde.- Responde o Joe

- O meu também é quinta e eu ainda preciso de advogado. - Informa Renato.

- Peço para o meu ficar e acompanhar vocês. - Aviso meus amigos.

- Vou aceitar, obrigado. - Joe me agradece.

- Eu também quero. - Roberto me avisa.

- Tranquilo galera, mas vocês quem eles chamaram? - pergunto.

- Pelo que percebi foi a Hanna, Berenice, João, Roberto, Marco, Paulo e Gabriel. - Joe me conta.

- Todos os filhos do satanás. - Falo.

- Maria e Edgar também foram chamados para depor. - Tiana nos conta.

Não pergunto mais nada, arrumo minhas coisas para ir embora para casa, questiono Tiana para saber se ela vai comigo ela aceita, mas avisa que tem que ir para casa ficar com os pais, estamos saindo juntos e vejo uma aglomeração na frente da nossa sala, vamos até lá tentar entender o que está acontecendo e quando entro na sala de aula vejo que tem diversas fotos do Pedro morto, coladas na lousa, na frente delas a Hanna está ajoelha, gritando e chamando as pessoas para verem as fotos e rezarem pela alma do Pedro, Tiana corre até ela e a empurra no chão com um chute, eu e os meninos vamos até a lousa começamos a rasgar as fotos, olho para trás e Tiana está descontrolada batendo a Hanna, vou até elas e separo às duas, abraço minha amiga que chora compulsivamente, Edgar, nosso vice-diretor entra na sala e manda todos irem embora para casa menos eu, meus amigos e Hanna que somos encaminhados para a sala da Maria. Assim que entramos na sala da Maria ela nos questiona:

- Pensei que vocês já tivessem ido embora, o que vocês ainda fazem aqui e o porquê a Hanna está com a boca sangrando? - Maria nos pergunta.

- Essa doente me atacou Maria. - Responde Hanna chorando.

- Porque você fez isso Tiana? - Pergunta Maria.

- Espalharam um monte de fotos do meu primo morto na nossa sala e essa garota estava ajoelhada na frente das fotos gritando e chamando as pessoas para olharem, me descontrolei e peço desculpas. - Responde Tiana de cabeça baixa.

- Fizeram o quê? - Pergunta Maria sem acreditar.

- Maria tinham várias fotos como aquela que mandaram no grupo da sala coladas na lousa. - Responde Renato.

- Meu Deus! - Exclama Maria.

- Isso mesmo! Só Deus para salvar a alma deste menino pecador e desses amigos depravados. - Avisa Hanna.

- Se ela não calar esse boca nojenta dela vou socar a cara de garota Maria. - Tiana informa Maria tentando avançar na Hanna.

- Tiana sei que não é fácil, mas tente ficar calma e você Hanna pode ir para que vou conversar com a Tiana e ela será punida, agora vai embora e fique quieta. - Ordena Maria.

- Vou orar pela alma dele e pela de vocês também. - Debocha Hanna.

- VAI EMBORA HANNA. - Grita Maria.

- Maria não se exalte meu amor. - Pede Edgar.

- Você também Edgar, me deixe conversar com os meninos em particular por favor. - Pede Maria

- Mas sou o vice-diretor, tenho o direito de estar presente nessas conversas. - Questiona Edgar.

- Sou a Diretora e sua superior e estou pedindo que você saia dessa sala, feche a porta e vá se certificar que todos já estão indo embora por favor. - Maria pede quase perdendo a calma.

- Ok, já estou indo. - Edgar fala saindo e batendo a porta.

- Bom meninos eu só queria pedir uma coisa para vocês, pode ser? - Pergunta Maria.

- Pode Maria. - Responde Joe.

- Se controlem, não caiam nas provocações dos outros sei que é difícil, mas tentem, já é a segunda briga do dia que vocês estão envolvidos. - Maria nos pede.

- Me desculpe Maria, mas não vou permitir que façam isso com o meu primo. - Avisa Tainá.

- Eu te entendo por isso não vou fazer nada. - Avisa Maria.

- Não vai fazer nada? Você nunca aceitou nenhuma forma violência aqui dentro. - Lembra Joe.

- Hoje é o último dia de vocês aqui na escola então qualquer punição não vai adiantar muito. - Revela Maria.

- Como assim? - Pergunta Renato.

- Vocês todos estão dispensados, não há motivos para vocês continuarem vindo. Com tudo que aconteceu achei melhor cancelar as provas que faltam e agora só vejo vocês no enterro do Pedro que foi me informado que só vai ser amanhã e depois somente na formatura. - Avisa Maria se segurando para não chorar.

- Como assim amanhã, não to sabendo de nada? - Tiana questiona Maria.

- Seu tio me mandou uma mensagem agora pouco informando que ouve um atraso na liberação do corpo por isso mudaram para amanhã. - Maria nos informa.

- Mais um dia de tortura. - Joe fala de cabeça baixa.

- Nada depois de ontem vai ser fácil para nenhum de vocês e eu mais do que ninguém sei disso, mas vocês precisam ser forte e se apoiar, pois, vocês vão precisar e muito um do outro. - Maria fala se levantando e vindo nos abraçar.

- Obrigado por todo carinho sempre Maria. - Falo enquanto abraço a diretora.

- Podem ir para a suas casas, sem brigas e até amanhã. - Se despede Maria com os olhos marejados.

Resolvo dar carona para todos os meus amigos como a minha casa era a última depois de todas, passo sozinho pela casa de Pedro e só consigo chorar. Cheguo em casa e minha avó está deitada na sala, aviso para ela que vou ter que depor e peço para ela ligar para os advogados da nossa família para que alguém possa me acompanhar e também aos meus amigos e ela me avisa que já falou sobre mim, mas que vai entrar em contato com eles para avisar dos meus amigos. Dou um beijo nela e subo para tentar dormir.

NARRADO POR HELOÍSA:

Hoje marcamos os primeiros depoimentos sobre a morte do Pedro e já estou de volta na delegacia terminando meu almoço e pensando na crueldade que fizeram com esse menino, mas sou interrompida nos meus pensamentos:

- Helô? Saíram os laudos da perícia em relação à morte do Pedro, vamos dar uma olhada? - Pergunta Tônia.

- Vamos sim parceira. - Respondo a acompanhando.

Chego na nossa sala e encontro Julia junto do médico legista com os resultados dos exames feitos com Pedro:

- E ai pessoal, o que descobrimos sobre a morte desse garoto? - Pergunto aos dois.

- Bom a causa da morte foi o tiro que ele levou no peito como nós já suspeitávamos. - Responde o médico.

- Nós precisamos de alguma coisa nova doutor, algo que nos ajude a ter um fio para iniciar as investigações. - Pede Antônia.

- E temos. Fizemos diversos exames nele e foi constatado que ele sofreu um estupro que imaginamos que tenha sido praticado por mais de uma pessoa e ainda existem marcas de espaçamento, além das pernas queimadas, mas isso é tudo que tenho por enquanto. - Conclui o Médico

- Então além de quase ter sido queimado vivo e levado um tiro no peito esse menino foi estuprado por mais de uma pessoa? Meu Deus que crueldade. - Se choca Antônia.

- Exatamente. - Confirma o médico.

- Conseguiu coletar alguma coisa para que eu possa usar para descobrir quem o estuprou? - Pergunto.

- Já sabendo que você iria pedir isso tomei a iniciativa e mandei o material para comparar com os dados que temos aqui, mandei começar pelos alunos e funcionários da escola, mas esses resultados vão demorar para chegar. - Avisa Julia.

- Fez muito bem, pois tenho quase certeza de que alguém daquela escola tem algo haver com isso ainda mais depois do que nos falaram sobre o vídeo. - Informo.

- Eu também tô com a mesma desconfiança Helô agora estou indo pedir as imagens das câmeras da escola e dos locais mais próximo, até mais tarde. - Avisa Antônia saindo.

- Julia tente fazer com que esses resultados cheguem o mais rápido possível, vou avisar que já acabamos de fazer tudo que tinha que ser feito e que se quiserem já podem liberar o corpo. - Peço para Julia saindo da sala.

- Pode deixar Helô. - Responde Julia.

Mais tarde naquele mesmo dia na cidade vizinha.

Acordo morrendo dor de cabeça, depois da festa de sábado passei mal o final de semana todo de repente escuto um barulho vindo da cozinha e corro até lá e vejo minha avó caída no chão e percebo que ela estava falando no telefone, coloco no ouvido e a outra voz na linha me surpreende:

- Dona Josefa, a senhora está aí, esta tudo bem? Me responde. - Pergunta a voz na outra linha me fazendo sentir um ódio.

- Vai para o inferno quinto dos infernos. - Desligo.

- Vó acorda pelo amor de Deus! - A chamo dando tapinhas de leve no seu rosto, até que ela acorda.

Ela me fala várias coisas, mas só compreendo algumas, até que me fala uma coisa que me deixa em estado de choque, vou até computador e procuro algo sobre o caso, encontro e agora eu não sei o que fazer, até então ele era indiferente para mim, mas ultimamente estávamos próximos e agora ele está morto e com toda a certeza quem fez isso com ele se enganou, era para ser eu e não ele, ajudo minha avó se levantar a levantar dou um copo com água para ela tomar, começo a me arrumar, eu não vou aguentar vê ela assim, chamo a filha da vizinha e peço para ela ficar com a minha avó. Vou ir dar um rolê, mesmo sabendo que é perigoso, que todos podem me ver e me reconhecer e acabar com o plano, mas tenho muita coisa para pensar, pego meu carro e sigo para a cidade vizinha.

NARRADO POR MICHEL:

Acordo depois de uma boa tarde de sono, olho meu celular e vejo várias mensagens sobre a morte do Pedro, confirmo que não era um pesadelo e sim a realidade, levanto, escovo os dentes, visto um casaco e saio para dar uma volta, percebo que minha avó ainda está acordada, ao passar pela sala ela me questiona:

- Onde você vai? Já escureceu meu filho. - Pergunta.

- Vou dar uma volta, não quero ficar na cama o dia todo chorando a morte de Pedro, ele não ia querer isso. - Respondo de cabeça baixa com uma vontade enorme de chorar.

- Mas tenho medo que algo te aconteça meu filho ou que você faça alguma besteira. - Diz minha avó vindo me abraçar

- Não vai acontecer nada vó e meu telefone está carregado, vou só ir até a pracinha tomar um ar pode ficar tranquila, qualquer coisa a senhora me liga. - Falo dando um beijo na testa dela.

- Se cuida meu filho, vou me deitar e quando você chegar tente comer alguma coisa. - Pede minha avó subindo as escadas. ,

- Pode deixar, até mais vovó. - Digo saindo e mandando um beijo.

- Que Deus te acompanhe e de proteja. - Consigo ouvir ela falar.

- Amém. - Grito para ela poder me ouvir.

A pracinha é em um cruzamento liga vários lugares da cidade, como a cidade não é muito grande resolvo ir de bicicleta e pego meu fone de ouvido coloco a playlist que eu tinha feito com o Pedro e com a Tiana chamada "amorizade" e todas aquelas músicas falavam muito sobre nós e nossa amizade, choro o caminho todo até chegar na pracinha, sento no nosso banco preferido e penso em tudo que passamos juntos. Fico horas na pracinha até que percebo que tem alguém me observando de longe, me levanto para ir atrás, mas a pessoa corre, sigo ele correndo máximo que posso, consigo alcança-lo e jogo ele no chão o viro de frente e entro em estado de choque, Pedro estava ali na minha frente, começo a analisar ele e antes que eu pudesse falar alguma coisa ele me empurra e acerta a minha cabeça com alguma coisa, eu apago.

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Comentários

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Mds, essa reviravolta foi a melhor de todas, confesso que tava muito difícil de ler seu conto pq sentia muita tristeza e dor, a história é muito boa e graças à Deus Pedro tá vivo, porém alguém morreu, tá tudo tão estranho, será que ele tem um gêmeo?

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Cara essa historia esta bom para cassete e vc demorando para postar os capitulos? Não faz para o meu coração que não aguenta tanta emoção

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