A Deusa Taweret - Capítulo 3 - Comidas Novas

Um conto erótico de Bruna Camila
Categoria: Heterossexual
Contém 1145 palavras
Data: 15/07/2020 18:35:27
Última revisão: 01/04/2023 23:46:25

Capítulo 3 – Comidas Novas

BOOM.

BOOM!

BOOM! BOOM!!

No escuro os sons de batidas na porta se transformam em tambores retumbantes na escuridão. No breu eu só tinha aquele som como trovões potentes.

BOOM! BOOM! BOOM!

- Sarah!

Eu acordo suando na minha cama na Inglaterra.

Droga.

Era outro pesadelo.

Eu sempre tinha pesadelos de ansiedade quando a Sarah ia morar na tribo de selvagens. Só que eles nunca começavam tão cedo. E nem eram tão nítidos. Os sons e imagens dos meus sonhos anteriores eram só amontoados pitorescos. Eu via toda vez selvagens com máscaras assustadores e risos estridentes e malignos. Era algo que eu sabia que era produto do meu subconsciente juntando os filmes de terror da cultura POP com meus preconceitos reprimidos dos indígenas. Eu sabia que não era um paralelo da realidade.

Mas dessa vez não.

Porque esses tambores soavam tão reais? Não podia ser só uma lembrança de um tambor de um filme escroto que nativos cozinham turistas em um caldeirão de sopa. Era um som retumbante e profundo. Como se a minha mente estivesse sendo transportada e eu estivesse o escutando na vida real mesmo.

- Cruzes. Deixa pra lá. Vou chama meu filho e ligar pra Sarah.

___________________________________

Conectando...

Nada.

Caralho. No fuso horário daquele lugar na África já eram quase 11 horas da manhã.

Conectando...

Conectando...

E ela atende.

- Porra, Sarah. Você vai me deixar preocupado assim.

Sarah sempre atendia o Skype com seu longo cabelo loiro preso e uma pequena maquiagem de base. Ela não era delicada e patricinha, mas ela também não gosta de passar a imagem de um Rambo feminino na selva, toda suada e suja.

Só que dessa vez ela estava toda descabelada. Ela atendeu a ligação e devia ter acordado naquela hora. Tanto que a Sarah estava ajustando a camiseta de algodão verde musgo e eu vi que ela estava sem sutiã e quase com um dos seios pra fora da roupa.

- Oi, amor. Desculpa. dormir mais que a cama.

- Tudo bem, Sarah. Como foi a vila?

Ela dá uma bocejada tão grande que até eu bocejo junto.

- Foi ótimo. Como em toda vila eles me olharam maravilhados como se eu fosse uma Deusa ou uma alienígena. As crianças negras ficaram me tocando como se eu fosse radioativa, eles me tocavam no cabelo e tiravam as mãos assustados.

Fazia sentido.

Ela já foi enviada pra América do Sul; Sudeste Asiático e até Austrália.

Mas era o primeiro trabalho dela em uma comunidade tribal isolada na África, no caso na Zâmbia. Então pra um vilarejo longe de tudo e povoado só de negros nativos receberem uma loira com pai britânico e mãe japonesa na frente deles, com certeza a Sarah seria vista com admiração e estranheza.

- Entendi. Mas você foi dormir tarde?

- Pior que não. Depois desse momento de interação eles me levaram à casa do chefe da tribo. Ele é o único daqui que fala inglês. Ou melhor, uma mistura de inglês e africâner. Eu fiquei conversando com ele e conhecendo a tribo. Cultura, roupas e afins. E enquanto ele me falava tinha vários pratos com comidas coloridas e vários portes de barro.

- Era um banquete pra todos da tribo?

- Não. Curiosamente era só pra mim. Eu sentei a alguns metros do líder tribal do vilarejo. E em cangas pintadas de pele entre nós eles nos serviram essas comidas. Mas ninguém comeu. Nem mesmo o chefe. Ele disse que era a maneira deles de agradecer a minha presença ali.

- Agradecer? Tudo isso pra uma professora de idiomas do Comitê Linguístico?

- E não é? Então, eu comi agradecida e bebi a vontade. Toda vez que eu mastigava algo e bebia dando um gole nos chás (que eram todos iguais) eles celebravam e batiam palmas. Teve um momento que eu quase ri sem querer. Eu me sentia como uma rainha com meus súditos. Foi um pouco bizarro.

- Parece que eles realmente gostaram de você.

- Sim. Depois disso eles tiraram as comidas e eu vi as danças e as músicas locais em uma apresentação pra mim. Eu acho que comi demais. Porque eu comecei a me sentir cansada e Zabu me trouxe de volta pra minha casa.

Aquilo me soa estranho.

A minha mulher era o tipo de pessoa que dormia tarde de tanto trabalhar e acordava cedo pra pegar um voo pra Sibéria.

Como que ela ficou cansada no meio da tarde e acordou no dia seguinte quase ao meio dia?

- O seu guia te deixou na cama na sua casa e foi embora?

- Amor. Não começa com seus ciúmes e paranoia. Toda viagem é a mesma coisa. Ele deve ter uns 16 anos só. É claro. Ele me deixou aqui e eu desabei na cama de sono.

Enquanto ela falava eu desvio o foco dela e concentro a minha visão no fundo da imagem em transmissão. Vendo os detalhes da casa dela.

E ao fundo a porta estava aberta e escancarada.

- Tudo bem. Posso chamar o nosso filho pra falar com você?

A Sarah olha o GPS dela e a lateral do notebook.

- Eu vou começar a organizar a aula. Vou improvisar uma mesa ou quem sabe o Zabu pode me providenciar uma. De tarde darei a minha aula. Pode ser amanhã cedinho?

A minha preocupação virou dor de cotovelo.

A meu filho biológico com ela e eu mesmo éramos secundários pra ela.

Educar crianças tribais em terras inóspitas era o que ficava sempre em primeiro lugar pra minha esposa.

- Claro, beijos.

- Beijinhos, querido.

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Comentários

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O marido disse no prólogo, o quadrinho, os vídeos, até esse conto e outras mídias. Seriam como uma lenda inspirada esposa e ele está nos passando esse relato afim de tentar ajudar com seja lá o que aconteceu com a Sarah rs

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Agora estão servindo comidinhas. Que hospitaleiros, acham que o marido precisa se preocupar com algo?

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