Prólogo
Olá a todos.
A história que irei contar pode parecer absurda e fantasiosa. Mas cada detalhe do que será narrado será o mais real e preciso que a minha cansada mente me permitir lembrar.
Esperei tempo demais pra falar a verdade e agora esse movimento já apresenta ramificações no Brasil. E temo que possa ser tarde demais pra se tomar uma ação. Quadrinhos, vídeos eróticos, animações em 3D, todo tipo de coisa já está sendo feita e divulgada já.
Eu não darei esse meu relato como uma forma de aumentar o interesse de vocês no que aconteceu, mas sim como um meio de oferecer detalhes precisos dos locais e fatos. Quem sabe assim alguma boa alma possa me ajudar a descobrir o paradeiro dela.
Sim.
Dela.
Da minha amada.
Da minha Sarah.
Essa é a história verídica de como a perdi para uma vila tribal no coração da Mãe África. E dos eventos que de tão bizarros desafiam as Leis da Física e do mundo material.
Essa tribo possuía algo que a diferenciava de todas as outras.
O seu culto.
À Deusa Taweret.
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Capítulo 1 – Sarah
A minha esposa se chama Sarah, ela é uma professora de inglês e francês que durante anos trabalhou em comunidades tribais a pedido da ONU. Ela era enviada aos lugares mais inóspitos e selvagens da terra. Além de sua formação em Letras pela University of Cambridge, ela também era uma excelente pedagoga.
E essa capacidade de transmitir seu conhecimento e de tentar respeitas e entender as tribos as quais ensinava lhe renderam muitos prêmios de honra pela própria ONU.
(Artigo em jornal sobre a Sarah)
Então basicamente se houvessem cidades em guerra civil; uma comunidade sofrendo de ebola ou outras situações parecidas a Organização das Nações Unidades enviaria suprimentos e profissionais médicos voltados pra isso. E dependendo da necessidade, até mesmo tropas como foi feito no Haiti com tropas brasileiras. E por fim viriam os professores a ensinar nesses locais. Cada um com sua expertise de campo específica. Não adiantava saber física e ser um acadêmico, se você fosse enviado pra Faixa de Gaza teria que também estar fisicamente e mentalmente preparado pra conflitos, bombardeios e grupos terroristas.
Mas a minha Sarah era diferente.
Devido a essa sua capacidade de entender e se adaptar melhor às mais isoladas comunidades tribais com as mais diferentes culturas, os diplomatas e engravatados só a enviavam a lugares inóspitos e longe de conflitos econômicos e políticos. O foco da minha esposa era alfabetizar e conhecer as tribos mais distantes e isoladas possíveis da civilização e do homem branco.
E então durante anos e anos e um casamento marcado de preocupações e noite mal dormidas, ela finalmente virou mamãe. Achei que isso iria de alguma forma afastá-la daquela vida de educadora de selvagens.
Mas não.
Assim que nosso filho atingiu uma idade de independência mental e emocional ela pegou um avião e foi pro seu próximo trabalho. Havia uma certa vocação nela pra aquela vida que uma pessoa estática e mundana como eu jamais entenderia. A minha vida era uma vida de rotina e voltada para a realização financeira e felicidade da minha família. Já a Sara era fluída como a água e leve como vento. A sua alegria era ver a satisfação desses índios em diversos cantos do planeta quando ela ensinava uma nova letra do inglês ou um novo fonema do francês pra eles.
E foi assim que a Sarah saiu de seu lar rumo a mais uma comunidade tribal isolada.
Se eu soubesse o que o futuro a aguardava eu jamais a teria deixado partir.
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