Coração Partido -- Final

Um conto erótico de Beto Cowboy
Categoria: Heterossexual
Contém 6507 palavras
Data: 13/07/2020 15:02:31
Última revisão: 27/11/2020 08:14:08

Parte Final...

Terminamos o almoço e eu ainda sob os olhares dos amigos do meu patrão, resolvi esperar o Véio lá na calçada do lado da caminhonete.

Pedi licença a todos e me retirei da mesa enquanto acendia um cigarro.

Já do lado de fora, pude ver pela vitrine do restaurante os velhos conversando e olhando pra mim, eu já sabia qual éra o assunto.

Uns15 minutos depois o Véio chegou e pediu para voltar ao hotel, pois queria tirar um coxilo, o que éra do costume dele.

Chegando ao hotel que não ficava muito longe de onde haviamos almoçado, o Véio me aconselhou descansar um pouco, pois minha cara estava amassada e as olheiras começando a aparecer.

Acompanhei meu patrão até o seu quarto, depois segui para o meu, com os pensamentos me atormentando e coração apertado de saudade por causa da menina.

Tentei dormir um pouco, mas nada do sono chegar, olhava a cada 10 segundos no relógio, e nada da hora passar. Regulava 15:30hs e ainda faltava uma hora e meia para eu me encontrar com a pequena que àquela altura deveria estar a caminho da cidade.

Resolvi me levantar e tomar um banho gelado, e tentar colocar as idéias no lugar.

Tomei uma chuveirada, estava calor e aquilo me ajudou a acalmar e relaxar os músculos, mas o coração continuava acelerado.

Banho tomado, barba bem feita, passei o perfume bom, chapéu novo e me arrumei como fosse a um baile. Eu queria estar apresentável para a minha gatinha, a saudade estava me matando e a sensação que eu tinha, éra que não à via a semanas.

Ahh ai ai ...coisas de quem está apaixonado!

Eu ja estava pronto e todo arrumado, fui acordar o Véio no seu quarto, afinal ja éram quase 16hs, e ao bater na porta, o Véio a abriu na sequência, estando pronto e de chapéu na cabeça, sorrindo me falou:

-- oh homi apressado, parece até que vai tirá o pai da forca... ti acarma Beto... to aqui com você rapaiz...vamo la fala com ela e medi a febre da tua potranquinha... quero vê s ela ta sentino o mêmu que você...

O Véio queria saber se a pequena estava mesmo disposta a ir embora comigo e deixar sua família para trás, pois seria um passo importante, tanto pra ela quanto pra mim.

Saimos do Hotel e eu acelerei a caminhonete indo para a chácara onde fiquei com ela o final de semana.

Chemamos no local e ainda faltava uns 15 minutos para as 17:00hs.

Estacionei bem na porteira da entrada e desci para fumar um cigarro, o Véio também desceu e foi analisar a propriedade, olhou tudo e elogoiu o bom gosto do "doutor", pai da menina.

Chegando bem perto, colocou a mão no meu ombro e me encarando com seriedade me falou de uma forma que só um amigo ou mais que isso faria :

-- Beto, a quantos ano nóis se conhece... nois trabaia junto...seus pais... conheço sua " famiage" toda... sabe do tanto que queru ocê bem rapaizim... nois ja cumemu puera junto em umas par de situação, e não seria agora que o Véio aqui ia largá ocê na mão.

Meus olhos encheram d'água na hora e não contive a emoção, e chorei ouvindo aquelas palavras daquele velho rabugento, mas de um coração de ouro.

E prosseguiu falando enquanto me apertava com força o ombro:

-- ocê sabe que é do meu gosto ucê se casa, eu até queria que ucê juntasse os pano de bunda mais a minha sobrinha, mas ucê num quis... eu respeito... mas quero que fique sabeno que essa menina tem que amerecê seu amor... e no que depender de mim, faço o possive pra vocês vive bem... e se for os causo, eu mêmu vo lá fala junto com você fala com o pai dela... e aí nóis ve no que vai dar...

Agradeci muito o Véio pelo apoio e amizade, enquanto me dava uns trancos e socos no braços, me mandava "tomar tipo de homem" e para de choradeira, pois senão, o que a mocinha ia pensa do peão aqui. Kkkkk....

É, meu velho patrão éra uma figura única.

Ainda tivemos tempo de fumar uns dois cigarros, quando ouvimos um barulho de carro chegando e meio ao poeirão que acompanhava o veículo que se aproximava de nós naquele finzinho de tarde.

Um carro verde estacionou e de dentro saiu a minha amada, linda como um anjo, mas com os olhinhos azuis rasos d'água, chorosa e quase sem forças, veio me dar um abraço.

Um abraço longo entre muitos beijos e apertões de quebrar costela, pois a menina éra pequena, mas tinha uma força enorme a danada.

Enquanto me beijava segurando meu rosto com as duas mãozinhas, na ponta dos pés me dizia entre um beijo e outro...:

-- que saudade de você meu cowboy... que saudade...que saudade... me beija... me beija... que saudade...

Ficamos por alguns minutos ali agarrados, nos beijando e matando a maldita saudade, querendo um se afogar na saliva do outro, quando... :

-- ahãrãmmmm... opa descurpa eu atrapaiá os pombim... maaaais... ta ficano escuro e eu tenho medo de onça... kkkkkk

Caio na risada o meu velho patrão, todo admirado com o nosso amasso ali na frente dele.

A minha pequena se soltou de meus braços e meio sem graça estendeu a mão para o Véio e disse:

-- prazer eu sou a J... , namorada do seu faz tudo...ele me falou muito do senhor, e o reconheci assim que parei o carro... muito prazer meu senhor. (Era muito educada a minha princesinha).

-- oia minima... prazerão mêmu viu...oia..óh...ocê já é de casa viu... ja tem um amigo aqui no Véio... to aqui pra nois ve se ajeita as coisa com vosso pai, com vossa famia tamem... num gosto de rolo... e quero bem esse rapaiz aqui... ele eu vi com o "imbigo verde"(criança) ainda... é um dos meus homi de confiança...

E o Véio falou, falou e falou até... esse éra meu patrão Véio... e como ele mesmo diria, " deve di tá lá em riba oiâno por nois cá embaxo".

A minha gatinha achou graça da forma como meu patrão falava, e desculpou-se por não ter nos convidado a entrar.

A pequena abriu a porteira, e com todos os nossas veículos devidamente estacionados , fomos entrando na varanda enquando ela abria a casa e acendia todas as luzes.

O véio ainda me cutucou e falou baixinho perto do meu ouvido:

-- oia Beto, ocê de bobo só a cara e o jeito de andá né... que muié linda rapaiz... mai é uma buneca mêmu... agora sei os porque da sua gastura meu fio... ahhh agora eu entendi kkkkkk.

Casa aberta, a pequena veio e je juntou a nós, resolvemos ficar ali no alpender, pois o calor dentro da casa éra grande e uma leve brisa soprava naquele horário ai pelo terreiro fazendo algumas folhas rolar.

Trocamos mais uns beijos e abraços e então a pequena tomou a iniciativa e perguntou o porque do meu patrão estar ali.

O Véio com calma explicou tudo o que estava acontecendo, disse que sabia sobre seu pai, sobre a briga, sobre o meu sentimento por ela, e por isso estava ali na qualidade de um padrinho para nós dois, uma vez que nunca tinha visto o Betão aqui daquele jeito, todo babão igual um boi com aftosa... e que se fosse do nosso agrado, ele nos apoiaria nessa empreitada.

Ela agradeceu e nos relatou tudo quanto havia se passado com ela naqueles dois dias. As ameaças do pai, a mãe que não tinha a saúde muito boa, suas incertezas, largar ou não a faculdade, fugir comigo, se casar... todas essas coisas qua passam na cabeça de jovens quando estão perdidamente apaixonados.

O Véio com toda experiência que tinha, tentou organizar e coordenar nossas ações, para que não saísse nada errado, e não acabasse em confusão.

Disse que se fosse possível, gostaria de marcar um encontro com o pai dela, para me apresentar a ele, não na qualidade de um peãozinho qualquer, mas do gerente da Agropecuária "Tal de Tal"... e que eu éra seu afilhado, e como tal, teria todo seu apoio.

A menina sorriu e disse que no outro dia seria possível , pois sabia que o pai estaria lá depois das 18:00hs.

O Véio disse que faria contato com o pai dela no outro dia, pois os dois tinham amigos em comum, e que não seria difícil um encontro mais formal.

Ela sorriu e me abraçando com lágrimas nos olhos disse que não estava acreditando em tudo aquilo, e não via a hora de tudo estar colocado em pratos limpos, e poder me namorar e depois casar... como mandava o figurino daquela época.

Apesar de toda moderninha, minha gatinha queria levar uma vida séria, constituir família e ter filhos..

Ainda saltitante, foi pro lado do Véio e deu um abração nele e um beijo na bochecha do meu patrão, que ficou sem ação com aquela demonstração de carinho.

Meu patrão éra cascudo demais, e so recebia carinho das "moças" que, gentilmente eram recompensadas por seus "servicinhos". E com aquela atitude, minha pequena derreteu o coração do Véio, que so disse uma frase enquanto nos olhava com ternura:

-- faço gosto demais de oceis se casa e mora numa das minhas fazenda... o Beto pode escoiê o presente, que eu sô o padrim do casório... nem precisa se preocupa que a festa eu tamém faço... eita que vai morrê boi até... e os fio docêis, batizo tudo eles... e ficou ali admirando a minha bonequinha e balançando a cabeça em sinal de aprovação.

A pequena pediu para eu ir passar um café, pois havia adorado a forma como eu fazia, enquanto ficava de prosa com meu patrão, e disse que enquanto isso, iria descobrir meus podres com o Véio... klkkkk

Me levantei, fui indo pra cozinha, enquanto ela sentou-se no chão na frente do Véio e pediu para ele contar mais sobre ele, sobre as fazendas, sobre bois e cavalos e sobre um tal de Cowboy que havia ido a um baile na cidade e acabou em uma festa... e riram muito daquilo... enquanto eu gritava da cozinha que estava ouvindo tudo...

Foi uma noite muito boa, aquela que foi a última noite em que vi a minha pequena.

Até hoje, narrando esse fato da minha vida, sinto uma pontada no coração...

Se tinha uma coisa que cativava a atenção do meu patrão, éra uma pessoa jovem querendo saber das histórias dele. O homem se espalhava, e contava tudo (o que podia) sobre como ainda mocinho em seus 13 pra 14 anos, deixou o Estado de São Paulo e partiu para o Mato Grosso com seu avô, pai e tios, pegando boi "marruá" (selvagem) no laço e juntando boiada, comprando terras e formando fazendas...

Aquele homem tinha história pra contar!!!

Café passado, fui servir o povo. Lembro do Véio me caçoar, porque levei café na xícara so pra minha pequena, e pra nos, servi em copos de wiskey.

Confesso que a única etiqueta que eu tinha éra a da minha calça, pois as das camisas eu passava o canivete pra não me "pinicá" a cacunda. Kkkkkkk

Bebemos o café, pitamos, contamos lorota e quando ja passava das 20:00hs , o Véio pediu para eu levar ele para o hotel, pois no outro dia teria a missão de falar com o pai dela e fazer o meio de campo para nós dois.

Se levantou, bateu o chapeuzão preto na calça tirando o pó... raspou a garganta e disse para ela olhando no fundo dos olhos da minha boneca:

-- óia menina, agradei demais da conta coce... vo indo pro hotel e depois o Beto vorta aqui pro ceis "prosea" um tiquim mais... mas num pensa que sô de acordo com esses namoro moderno não... esses namoro forgado... e se fosse minha fia eu num sei não... hamm.. gostei duce, e gosto desse porquêra aqui... e sei que a coisa é seria... deu pra ve no zoio dos dois... e vamo lá Peão... leva eu que to ficano com sono.

Minha gatinha olhou pra ele com carinha de menina levada que tinha feito arte, deu outro abraço no Véio e um beijo na bochecha dele dizendo :

-- faço muito gosto do senhor ser nosso padrinho, e padrinho dos nossos futuros filhos, agradeço por sua preocupação e por todo esse cuidado com esse cowboy aqui...

O Véio a olhou com um carinho, como poucas vezes vi ele fazer durante o tempo em que vivemos e trabalhamos juntos.

Ele foi para a caminhonete sem nada dizer, apenas sentou no banco do carona e ficou me esperando.

Minha pequena veio até mim, me abraçou e beijou com uma carinha de quem ia querer "festinha" mais tarde... e pediu para eu não me demorar, que a porteira ficaria encostada, assim como a porta da frente... iria tomar um banho e estaria à minha espera daquele "jeito" no quarto.

Dei mais um beijo nela e fui ligar a caminhonete apressado, querendo que aquela peste tivesse asas no lugar dos pneus.

A pequena abriu a porteira, sai em marcha ré pra estrada, dei um toque na buzina e sai levantando poeira, pé embaixo, e o Véio do lado me cutucando e tirando uma com a minha cara... :

-- Beto tá xonado... Beto tá iguár besta...Betão axô uma peoa que corto o coração vosso na espora... kkkkkk

E foi apelando comigo até chegar com ele no Hotel, onde nem desci, apenas estacionei na porta e me despedi do Véio dizendo que as 6:00 estaria ali na porta.

Ele me pediu calma, e disse que estava muito feliz por eu ter encontrado uma mulher como aquela.

Me deu um aceno batendo na aba do chapéu e gritou...:

-- corta esse trem na espora moço, ou vai deixá a menina esperanu lá suzinha seu bocó... kkkkkk

Uns 25 minutos depois eu estava lá na frente da porteira. Luzes apagadas do lado de fora da casa e so se enxergava uma luz acesa do lado de dentro vinda das frestas da janela onde passaríamos a noite.

Noite aquela que seria a última.

Caminhonete estacionada, porteira trancada, fui pra dentro da casa procurar minha gatinha.

Ouvi um barulho de chuveiro ligado, um cheiro de shampoo com aroma de frutas, e fui seguindo os rastros até me deparar com a porta do quarto aberta com as roupas que ela estava vestindo todas espalhadas pelo chão.

Me abaixei e recolhi tudo com cuidado, a última peça deixada no chão, de maneira proposital, éra sua minúscula calcinha que estava bem na frente da porta do banheiro.

Peguei e levei ao nariz aquela calcinha linda, e enquanto cheirava aquela peça impregnada com o aroma da minha amada, ela de onde estava me observava com um sorriso safado no rosto, enquanto se ensaboava com aquele cheiro gostoso de frutas vindo do boxe onde minha pequena se "refrescava".

Tirei meu chapéu e o joguei rodopiando no ar até cair próximo à cama. Desabotoei a camisa sem presa, e após retira-la, a joguei para dentro do boxe. A menina a pegou no ar, saiu um pouco da água so para levar a camisa contra o nariz... aspirar com força meu cheiro e dizer lambendo e mordendo os lábios...

-- que cheiro meu homem tem... te quero cowboy... vem...

Voltou para debaixo d'água, só que dessa vez com carinha de tarada, mostrando uma grande excitação.

Mais uma vez soltei as ataduras da mão, arranquei as botas, enfiei as meias dentro, soltei fivela, cinto... e com um tranco arranquei calça e zorba, tudo de uma vez, deixando a minha pequena doidinha com a visao do meu corpo nú.

Fui até ela e nos abraçamos e nos amamos ali embaixo do chuveiro. Nosso beijos eram tão intensos que pareciam pegar fogo nossos lábios.

O contato do meu pau na xaninha da pequena, éra seguido de tremores e arrepios. Como foi intenso tudo que aconteceu entre nos dois.

Depois de nos amarmos por mais de uma hora no banheiro, fomos para a cama.

Deitamos molhados e por ali ficamos horas e horas nos amando. Sei que aquela noite me perseguiu por muuuito tempo.

Carrego até hoje na memória o sabor daquele beijo, o cheiro daquele cabelo... shampoo de frutas...

Adormecemos abraçados e juramos nunca mais ficar distante um do outro. Ela havia decidido trancar a faculdade, pois não tinha certeza se éra aquilo mesmo o que queria fazer, e só não havia desistido ainda, por pressão dos pais.

Queria conhecer o que havia restado da minha família, queria morar na fazenda comigo e disse que seria um prazer prosear com o Véio todos os dias, pois nunca tinha conversado com um homem igual a ele, simples, cheio de histórias mas com uma bondade nos olhos sem igual.

Ficamos ali juntinhos até as 4:00hs, quando me levantei, fui tomar um banho e me arrumar. Ela ainda sonolenta veio até o banheiro toda descabelada e me perguntou se eu a amaria mesmo descabelada daquela forma. Kkkkk .

Rimos muito e disse que a amaria até depois dessa vida... e a abracei e fizemos um amorzinho gostoso no chuveiro para começarmos bem o dia.

A última vez que fiz amor com a minha pequena...

Era por volta de 5:30 da manhã quando me despedi da minha amada em frente a porteira daquela chácara pela última vez.

Ela também estaria indo para sua casa, pois precisava falar com seus pais.

Nos beijamos e trocamos um longo abraço, e saí dizendo um até mais tarde meu amor... buzinando e acenando a mão, enquanto ela com uma camiseta da turma de medicina da sua faculdade me acenava a mão me mandando beijinhos e dizendo:

-- vai com Deus meu cowboy... beijos amor... vai com Deus... até mais tarde... beijooooos...

E assim foi a nossa última conversa.

Essa foi a ultima vez que vi minha pequena.

Segui para o hotel e meia hora depois estava lá. Fui direto para o quarto do Véio e quando bati na porta, ele gritou dizendo que já sairia, e uns 5 minutos depois ele apareceu todo arrumado.

Abriu a porta do quarto e foi falando pra gente ir pra padaria tomar um café e encontar um amigo dele que também era amigo do pai da mocinha. Relatou ter feito o contato na noite anterior, e que aquela seria uma excelente ocasião.

Fomos à pé para a padaria, o movimento já estava aumentando na cidade, e 15 minutos depois, estávamos sentados em uma mesa tomando café e comendo um lanche. Não tardou chegou um homem aparentando uns 60 anos, vestido de termo e gravata, com uma maleta de couro na mão, daquelas típicas dos advogados.

Nos comprimentou e foi dizendo que a situação éra crítica, o meu "futuro sogro" éra um pouco fechado para certas idéias, e não queria saber de conversar com o Véio, muito menos comigo.

Mas por muito insistência da parte dele, o homem resolveu nos encontrar no escritório dele naquela manhã.

O Véio fez um beiço e coçou as orrelhas e virou pra mim dizendo :

-- mió que nada... vamo lá então colocá tudo nos conforme.

Acabamos de comer e depois do meu patrão acertar a conta, fomos até o escritório do amigo do Véio, que ficava não muito longe dali.

Viramos uma rua e quebramos noutra, e lá estavamos.

Assim que o amigo do Véio nos convidou a entrar, vimos um carrão importado estacionando na frente do escritório.

Confesso que senti um frio na barriga na hora em que vi o meu "futuro" sogro descendo do carro com cara de poucos amigos. O homem éra chic mesmo, mas nem deu muita pelota pra mim.

Apenas um bom dia a todos, e ficou afastado espando a secretaria abrir a porta para nós.

O Véio tentou quebrar o clima pesado com aquele seu jeitão, mas o homem parecia uma barra de gelo, não demonstrava nenhum sentimento.

Nos dirigimos a uma sala que, acredito que servia como local de reuniões, havia uma grande mesa, bem comprida, e umas 12 cadeiras em volta.

O pai da minha pequena sentou em uma ponta e nem retirou os óculos escuros. Ficou com cara de quem comeu e não gostou, e parecia estar ali a pulso.

O amigo do Veio pediu para sentarmos e assim fizemos. Fiquei do lado do veio na outra ponta da mesa, então o amigo e mediador daquela situação toda iniciou sua explanação.

Disse que queria resolver a situação, pois sabia de todo o ocorrido desde a última sexta-feira e esse éra o motivo para o tal encontro.

Nisso o pai da minha amada pediu licensa e foi falando:

-- antes de mais nada, devo dizer que acho isso tudo um absurso... onde se viu, eu ser obrigado a ouvir o que tem a dizer um sujeito como esse...

E apontou pra mim, que já estava vermelho igual um tomate, e continuou...

-- esse...rapaz foi até a minha casa, causou a maior confusão, bateu e aterrorizou os amigos da minha filha, que por sinal, também são filhos dos meus amigos... e não sei por qual cargas d'água ainda está em liberdade, pois lugar de valentão é na cadeia... isso é um absurso, e não sei o que estou fazendo aqui... isso é ultrajante para um homem da minha categoria.

O meu patrão acendeu um cigarro e ficou so analisando e deixando o homem falar.

-- não quero minha filha envolvida com um homem que não esteja à a altura do nosso nível social... acredito que já tenha transmitido o meu recado, e espero que tudo não tenha passado de um grande mal entendido... sou um homem razoável e estou disposto a esquecer esse incidente.

Meu patrão olhou pra mim, olhou para o pai da moça, para o advogado... e então se pronunciou :

--bao dotô, o senhor sabe o porque ta aqui, e sabe que foi por conta do meu pedido pra uns cumpadi meu, que conhece o senhor tamém. .. ou vo passa por mentiroso aqui?

O pai da moça concordou com um aceno de cabeça, e o Véio prosseguiu. :

-- nivel social, essas coisa aí que o doto falou, isso não que dize nada... eu não tenho estudo igual a voceis aqui, mas se o doto me prova que é mais homi que eu ou o meu "afiado" aqui... então quero sabe... é dotô? o sinhô tem três tento no picuá? (Três testículos no saco) se tiver então o doto é mais homi que nois aqui...

O pai da menina fez menção em levantar da mesa, mas o Véio deu um grito e mandou ele sentar.

-- o doto falo o que quis e agora vai escuta tamém... os dois tão se gostando, sua fia mais o meu afiado aqui... os dois se qué

bem , e eu dou o meu apoio... o Beto não é um jogado no mundo não e eu apoio ele no que ele decidi... e agora ele vai fala com o senho seu dotô...

E me deu um cutucão e mandou eu falar com o pai da moça.

Eu comecei falando e me desculpando sobre o acontecido na casa dele, contei que fui provocado, e que o caseiro poderia confirmar, falei que desde que vi a filha dele senti um amor muito grande por ela e que tava disposto a pedir a mão dela, e não seria pra namoro só, eu queria me casar com ela.

Ai a coisa desandou, o pai dela tirou os óculos e me encarando disse :

-- te enxerga rapaz, coloque-se em seu lugar...

O Véio também se irritou e ja mandou o pai da minha pequena tomar no cú, chamou ele de metido, janota, paiaço e tudo quanto mais... e a coisa ficou feia.

O advogado tentando acalmar todo mundo, eu sem saber o que fazer, o pai dela me xingando, meu coração batendo forte e a cabeça rodando... aquele sentimento horríve, e algo me dizia que nunca mais iria ver a minha pequena.

Sei que não deu em nada aquela conversa, e por fim o pai dela saiu da sala de reunião bufando de nervoso, o meu patrão falando que o certo éra eu roubar e fugir com a menina, bem à moda antiga.

O advogado tentou acalmar a todos e por fim pediu para eu levar o Véio pro hotel, e foi o que eu fiz.

O Véio tava uma arara de brabo, xingando e querendo dar tiro em meio mundo.

Ele ficou puto com a arrogância do pai da minha pequena, e disse com toda certeza:

-- hoje mais a noitinha ocê pega a vai na casa da menina e pega ela... e levamo ela pra casa com nois... e voceis vão vive junto e o pai dela que vai pra puta que pariu... e se fo homi vai la busca ela... e tira ela a força de lá... aí eu falo que o homi é macho mêmu...

Voltamos para o hotel e o Véio foi tomar um banho, pois tava suando igual um burro de arado.

Eu não conseguia atinar mais nada, so queria pegar a menina e sumir dali. Foi um turbilhão de sentimentos confusos, eu nunca havia sentido nada parecido. Era horrível sentir aquilo tudo e não ter a quem recorrer.

Ainda éra cedo e eu queria saber notícias da pequena, então resolvi pegar a caminhonete e ir até a casa dela.

Queria desfazer a má impressão da reunião que tivemos com o pai da moça, e quem sabe mostrar o quanto eu podia ser um bom homem para a filha dele.

Gastei não mais que 20 minutos para chegar à casa dela, e quando estacionei bem em frente à garagem, notei o portão aberto, o carro da minha menina éra o único que se encontrava parado ali, e saindo de dentro , vinha o caseiro com um olhar de pesar e meio cabisbaixo.

Desci apressado e fui ter com a pessoa que poderia me dar alguma informação sobre a pequena:

-- o meu amigo, tudo bom... e a menina, como ela está?

-- eh peão, a coisa não ta boa não, o patrão chegou aqui e a briga foi feia com a menina, a patroa também tomou partido do pai, ouvi que falaram de você e do senhor para quem você trabalha... foi o maior quebra pau... a patroa passou mal e saíram os três meio às pressas.

-- mas o amigo sabe pra onde foram?

Perguntei ao caseiro ja com aquela angústia no peito.

-- sei não peão, mas me parece que iam pegar um avião... mais vai saber pra onde foram?!

Nessa hora eu chorei demais... fiquei ali sentado na calçada olhando para a rua...

Acho que só havia chorado daquela forma no enterro do meu velho avô.

Lembro bem do caseiro tentar me consolar, me pedindo calma, e tentando me fazer reagir...

Naquela época eu tivesse celular, computador, rede social, quem sabe eu a encontrasse, mas a coisa não éra tão simples.

Mas de uma hora depois e um maço de cigarro queimado, juntei o que restou de minhas forças e voltei para o Hotel.

Nem sei como sai de lá e cheguei ao hotel, eu estava no "automático".

Já no hotel, fiquei estacionado na frente, sem saber o que fazer ou falar... meu chão sumiu, não tinha mais nada em mente, apenas minha pequena e linda J..., e chorei igual criança com fome.

Tenho recordações do Véio vindo me chamar e tentar me tirar daquele transe em que me encontrava . Me chamou e chacoalhou meus ombros e só conseguia ouvir a voz grave do meu patrão beeeem longe:

-- Beto, Beto... reage homi... que aconteceu... onde ocê foi... Beto...

Sei que a tempos atrás as coisas eram assim, os pais mandavam e determinavam o que os filhos iam fazer, e as ordens eram severas e geralmente eram cumpridas, mesmo que a contra gosto!!!

Aquela semana foi uma das piores da minha vida, pois eu havia encontrado uma pessoa que me queria pelo que eu éra, e também estava a procura de alguém que correspondesse seus sentimentos. Eu me apaixonei e amei aquela menina, não por ser de uma família rica e importante, não por ser dona de uma beleza singular, mas por ter um brilho nos olhos que, só quem amou e foi amado sabe do que esse velho peão de boiadeito aqui está falando.

As semanas seguintes forma de muitas idas até aquela cidade atrás de notícias da minha pequena dos olhos azuis. Sempre fui recebido com muito respeito pelo caseiro da família. As vezes eu ia até a chácara onde passamos momentos de muito amor e carinhos... eu chorava e sofria. Não tinha fome, só mágoas e muita, mas muuuuuuita saudade.

Tentei voltar a minha rotina normal de trabalho, mas todos perceberam minha mudança. Não tinha mais piada, mais sorrisos, passei a ficar quieto no meu canto. O Véio sabia o que eu estava sentindo, e não forçava a barra comigo. Não deixei de lado minhas responsabilidades que eram muitas, mas o mundo perdeu a cor, sabor... a graça...

O Véio me manteve por perto, já não me delegava ordens em que eu tivesse que me ausentar por dias como éra de costume.

Lembro do meu patrão sempre conversar comigo sobre o ocorrido, e tentava me animar dizendo que havia tentado me ajudar, mas não dependia so dele, e que uma hora as coisas poderiam se resolver... éra dar tempo ao tempo.

Passei a beber além da conta, fumava 3/4/5 maços de cigarro por dia, deixei a barba e o cabelo crescer, fiquei um lixo em forma de pessoa. Emagreci e algumas idéias ruins começaram a passar pela minha cabeça.

O Véio confiscou todas as minhas armas, e perdi a conta das vezes que parei em cima da ponte do rio Paraná e pensei em me afogar naquelas águas profundas e brilhantes, pois ninguém me dava uma notícia sequer da minha pequena.

Havia se passado uns dois meses e estávamos próximos a um feriado no mês de novembro, quando fui a uma fazenda perto daquela cidade onde eu havia deixado meu coração, olhar uma boiada com o meu patrão.

Chegamos na fazenda e assim que estacionamos, descemos andando até perto do mangueiro onde estava fechada a boiada e conforme fomos nos aproximando, ouvi um comentário que me fez arrepiar os cabelos e gelar meu estômago.

Haviam dois peões sentados de costas num banco de tábua comprido, bebendo tereré e ouvindo rádio, creio que por isso não perceberam agente se aproximando.

Um dos peões falava de uma forma nada discreta sobre o cowboy (eu) que trabalhava pro Véio que vinha olhar os bois, e no comentário que fez, citou à filha do tal doutor, que havia se envolvido com o tal peão, e tinha "pegado barriga" e por isso o doutor mandou ela morar fora do Brasil pra evitar a vergonha e o falatório do povo. Arrematou o comentário dizendo que a "fia do doto" devia de se uma safada bem da sem vergonha mêmu...

O Véio tentou me segurar, mas não deu nem tempo, peguei o vaqueiro bocudo pelo colarinho, joguei ele no chão. Dei uns chutes na barriga dele, socos na cara e mandei ele falar na minha cara quem éra safada e sem vergonha... deu o que fazer pra me tirar de cima do peão linguarudo.

Voltei na caminhonete e fui pegar o revólver que o Véio levava embaixo do banco , nisso veio o gerente e o capataz junto com o Véio tentando me segurar... foi uma baita confusão.

Sei que ninguém mais olhou boi e eu implorei pro Véio me deixar ir até a casa dela, pois eu queria saber aquela história.

Imaginei ela esperando um filho meu e enlouqueci...

A menina que eu amava, longe e grávida, éra muito pra minha cabeça.

O Véio topou e mandou eu sentar o pé e chegar o quanto antes na casa dela.

Um pouco mais de uma hora e encostamos na frente do casarão. Desci e toquei campainha, bati palmas, gritei e ninguém apareceu. O quintal estava cheio de folhas, e parecia que estava vazia a alguns dias.

Nisso apareceu um senhor bem grisalho saindo de uma casa próxima e me chamou dizendo:

-- o meu rapaz, acho que éra de você que o antigo caseiro do doutro "fulano de tal" me falou e pediu, caso você voltasse aqui e eu visse você , que éra pra te avisar que ele foi mandado embora e que se quisesse saber mais sobre um tal assunto, éra pra ir até o endereço tal falar com o antigo caseiro da família da menina.

Peguei o endereço do antigo caseiro e fui atrás de informações sobre o paradeiro da minha pequena.

Até o Véio tava ancioso e queria saber o que tinha acontecido, afinal ele também criou afeição pela minha amada, apesar de ter visto a pequena uma vez apenas.

Saímos do centro e seguimos para uma vilinha afastada que éra pros lados do aeroporto daquela cidade.

Chegamos em uns 20 minutos , e depois de pedir algumas informações chegamos ao endereço.

Vi o antigo caseiro da minha menina arrumando uma bicicleta na garagem de uma casinha bem simples.

Quando me viu parou e que estava fazendo e veio ao meu encontro com um ar de tristeza no rosto, e enquanto nos comprimentava foi falando:

-- o peão, como você está? desculpa não ter boas notícias, mas fui despedido pelo patrão pai da menina, ele achou que tive culpa no acontecido naquela noite por ter deixado ela sair com você depois da festa, discutimos e ele acertou as contas e me dispensou.

Eu e o Véio ouvimos aquilo e ficamos com pena dele, mas nada dissemos, so ouvimos seu relato:

-- pois é... eu soube que naquela tarde ele mandou a mulher e a filha pra capital e depois de uma semana mandou as duas para os "State"... e o patrão tava nervoso, e ainda ouvi ele no telefone com a patroa quando voltou de São Paulo falando que ela ia ter que tirar, que ele não ia aceitar um neto filho de um qualquer... e que a menina tinha acabado com nome dele na cidade....

Eu ouvindo e as lágrimas rolando quentes dos meus olhos... um pranto sentido brotou com força do meu peito.

O que teria acontecido com a minha pequena? Onde estava? Estaria esperando uma criança? Um filho meu... eram muitas perguntas sem respostas.

Ainda perguntei se ele sabia alguma forma de entrar em contato com ela, mas não sabia de nada o pobre homem, que ainda sofreu por minha causa.

Meu patrão como éra homem justo se prontificou a arrumar um novo trabalho para ele, e fez, no outro dia ele estava bem empregado no sítio de um amigão do Véio.

Saímos de lá e voltamos pra fazenda, eu estava tão sem chão que o Véio voltou dirigindo, pois eu estava sem forças pra nada.

Passou o novembro, dezembro... entramos em janeiro, fevereiro e em março daquele ano eu estava acamado. Tive uma gripe forte depois de dormir bêbado no gramado em frente a minha casa em uma noite de temporal. Eu queria ter morrido, mas o Véio e sua esposa não deixaram. Lembro dos comentários dos companheiros do lado de fora da casa:

-- é povo, o Beto perdeu mêmu a vontadi de vivê... o que num faiz um coração partido num homi igual ele...

Rezaram terços, trouxeram umas benzedeiras e até um velho peão paraguaio que havia trabalhado com meu pai nos velhos tempos das comitivas no Mato Grosso.

Lembro quando vi aquele velho bugre pantaneiro,com a barba grisalha e andando meio arqueado chegando perto da cama e falando com aquele sotaque carregado (estou aqui escrevendo e chorando ao lembrar aquela cena)

-- ei mininu Beto... que acontece homi... ou, alembra daquela veiz que ucê pulo nas oreia e nas guampa(chifres) daquele pantanero pra sarvá o véio Miguelito aqui... alembra? ucê quebro aquele berrante marelinho que teu finado avô compro daquela veiz que foi pra Uberaba pro cê... alembra???? onde ta aquele muleque namaradô... ei... se alevanta que eu vo fazê umas reza... e ucê vai miorá...

E fez umas rezas e queimou umas folhas dentro do meu quarto, me lavou e me fez beber uns chás amargos pra caralho.

Aquilo me ajudou muito, e o velho paraguaio ficou uma semana comigo até eu estar me sentindo melhor.

Depois disso resolvi seguir a vida e se um dia tivesse que ter notícias da pequena, eu teria...e tomei a decisão de cair no mundo de vez.

Chamei o Véio e disse que éra hora de eu cair no trecho, não suportaria mais ficar vivendo naquela região.

Meu patrão à princípio foi contra, pois gostava muito de mim e tinha confiança na minha pessoa.

E vendo que nada ia mudar minha cabeça, pois eu estava decidido a ir embora, me passou uma última missão.

Ele havia resolvido comprar umas terras no Pará, área grande com milhares de equitares quase toda formada em pasto.

E para encher aquela fazenda com boi, levariam alguns meses de trabalho duro.

Me incumbiu de formar duas comitivas e buscar bois no Mato Grosso e levar para a nova fazenda que não ficava muito longe da divisa dos Estados.

Não poderia negar esse pedido ao meu velho patrão, então aceitei a empreitada e duas semanas depois parti para o norte do Mato Grosso.

Foram transportes grandes de 45 a 60 marchas e no mínimo, agente levava 2500 bois em cada transporte, contando com 12 peões na comitiva.

Naquela época me deram o apelido de "cavaleiro da lua", pois eu sempre ficava na ronda da noite... dormia pouco e parece que não tinha sono nem cansaço no corpo.

E durante uma noite de lua cheia, paramos perto de uma aguada, lembro do gado estar arisco, querendo estourar... então repiquei o berrante de uma forma tão magoada,mais tão dolorida e triste que a peonada depois falou que os repiques do meu berrante pareciam mais um lamento triste de um urutau (ave tida como agourenta nos sertões).

E assim segui por alguns meses até lotarmos a fazenda do Véio com boi magro pra envernar (engordar).

Quem me acompanhou naqueles transportes deve se lembrar de quando eu repicava o berrante de forma magoada, a gadaria e a tropa parece até que me entendiam. Se acalmavam e me olhavam como que entendendo e sentindo o que eu estava sentindo!!!!!

Eu fechava os olhos e soprava e soprava o berrante... muitas vezes eu chorava. Um choro sentido, dolorido, com aquele nó na garganta e o estômago revirando

..pois na minha mente estava aquele rostinho lindo me encarando com aqueles olhos azuis brilhantes, e aquela boquinha vermelha linda...

E a vida seguiu e eu me tornei um homem diferente no trato com as mulheres.

E busquei em toooodas um pouco daquela menina que eu tive por tão pouco tempo em meus braços, mas que carregou meu coração com ela para longe...

Eeeeera boi... eeera... how how... vamu vamu... era boooooiiii... vamu vamu... owwaaaa... vem vem... ôhh boi...

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Comentários

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Pois é Marc, não foi fácil ter superado aquilo. Na minha juventude eu tive inúmeras paixões, mas essa moça foi diferente, dos tombos e coices que levei na vida, foi dos piores. Mas se você tiver coragem e paciência pra ler meus causos, vai ver que aprontei um bocado, e tive uma vida carregada de emoções e saudades. Posso te afirmar uma coisa, aproveitei muito!

Agradecido por vossa visita, e ainda mais por seu comentário respeitoso, tudo de bom procê...

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"Noite aquela que seria a última." PORRA, não quero continuar lendo ao mesmo tempo que quero....mas já com um nó na garganta....

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Pois é Lux, eu fiquei meio perturbado depois de tentar contar esse causo do meu passado. Algumas coisas nos marcam como um ferro em brasa.

Mas a vida véia tem que seguir!!!

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Disse tudo meu amigo... Inocentes, imaturos! Nem sei quantas vezes imaginei tudo difetente, ter feito isso pu aquilo... Como diz o caipira, o tal "si"... Nos resta vivermos com as lembranças, os sentimentos guardados... Vez por outra me lembro e a cicatriz ainda doi um pouquinho!!! É, realmente, a vida é feita de escolhas!!!

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Magnífica estória, meu amigo. Me atrevo a dizer que sua inocência foi maior que a minha vivida com a doce Helga, de olhos azuis como a sua. Você se atirou num turbilhão num período muito curto... de maneira muito ingênua. Um amor tão curto acaba por ser também o mais perfeito dos amores pois não tiveram sequer tempo de discordar. Sei o que voce sente. E compartilho da sua dor. Quando envelhecemos olhamos essas coisas e gostaríamos de poder revivê-las... imagino quantas vezes você imaginou voltar no tempo, naquela última noite, e não se afastar dela, emendar dali mesmo a fuga que quando tentou fazer ja era tarde e já estava sozinho. Eu tbm me martirizo pensando que se eu tivesse sido mais maduro, tivesse passado mais segurança pra minha Helga, se eu tivesse sido mais velho que meus vinte e poucos anos me permitiam ser... tudo poderia ser diferente. Mas no fim é isso que somos: Imperfeitos e fadados à sofrer com as nossas escolhas.

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Sim Bolado, outra época, outros lugares. Fim dos anos 90, e eu, me perdi em um amor impossível. Foi terrível o que passei! Obrigado por suas palavras. Palavras de muita cordialidade e educação!

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Bom, muito bom mesmo, faz a gente se transportar para uma outra época, um outro lugar e viver uma outra vida.

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O moça, agrdecido viu, pela vossa visita! Eu vou lee os teus aos poucos também. Eu as vezes tiro uns tempos para responder uns e-mail. E saiba, vc escreve bem demais da conta!! Um abraço e bjos 😘❤🌹

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Muito obrigada pela sua visita na minha galeria de relatos! Tô lendo aos poucos os seus causos, e tô adorando a sua narrativa, que lembra a forma que eu gosto de narrar - todos os detalhes para contextualizar os acontecimentos. Gosto muito dessa escrita, e ler os seus contos está sendo uma terapia pra mim. Esse, especificamente, é triste. Mas aquele da crente do cú quente, é das duas primas achei fantásticos. O causo da crente aliás, faz lembrar um causo que eu presenciei (mas não vivi).

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Ceci, obrigado por comentar. Eu tenho muitos e muitos causos, infelizmente, nem todos são animados e cheios de sacanagem, como se espera em um site de contos eróticos! Um bjo...😚🌹

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Eu chorei lendo essa última parte, você escreve muito bem, detalhista na medida certa e faz com que a gente sinta sua dor. obrigada por compartilhar suas histórias

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O "Loco"... imagina, quem me dera eu der talentoso igual a vocês. Eu conto uns causos, o corretor me ajuda um bocado, mesmo assim, eu me atrapalho pra escrever. E quanto ao que tento transmitir, é verdade, mesmo não sendo um craque na escrita, eu procuro falar do que eu sentia e ainda sinto sobre determinados assuntos. Muito obrigado por suas palavras!!!

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E aí gosto muito dos seus contos que como também sou do noroeste paulista poderia chamar de" causos" rsrsrs parabéns. Mereceu três estrelas

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Ou duda vaqueira kkkk . Sim, aquele peão velho trabalhou muitaa vezes com meu pai. Ele além de ser um bom vaqueiro, era rezador, fazia uns chás amargos que so o cão que curavam qquer coisa. Ele era mestiço índio e sabia muito sobre a natureza. Certa vez me salvou de levar uma picada de jararaca lá pras bandas do pantanal... eh fia, o Véio aqui tem causo!!!! Bjos e obrigado por me elogiar nos comentários.

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Me esclareça mais uma duvida! Aquele senhorzinho que foi ajudar vc quando caiu de cama doente, é o mesmo que vc cita em outros causos?

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É um causo cheio de mágoa, lendo as três partes consegui entender o que vc passou cowboy. Foi foda mesmo. Vc tentou mesmo se matar???? Prefiro que conte suas aventuras nos rodeios, nas viagens com as comitivas 😦😧😥. Nota 10

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