O Vizinho idiota - Capítulo 03

Um conto erótico de Gabs
Categoria: Homossexual
Contém 1282 palavras
Data: 28/07/2020 22:28:18
Última revisão: 29/07/2020 01:59:43

Estava no último horário de aula e eu pedi para ir ao banheiro. Era difícil ter que assistir aula sendo encarado por Eduardo o tempo todo. Estava viajando em meus pensamentos para longe e com muitas perguntas em minha cabeça… Me olhei no reflexo do espelho e me assustei quando vi Eduardo de canto me encarando, ele estava sozinho. Sem aqueles dois.

— O que você quer? — Perguntei com medo.

— Resolver o assunto de hoje. Sem ninguém por perto para te defender, sem diretora ou Yasmin. — Eduardo falava enquanto vinha para cima de mim.

— Mas eu já te pedi desculpas. Aquilo não vai mais se repetir, eu acho até exagero você fazer todo esse drama por causa de um esbarrão. Sério mesmo? — Perguntei com raiva de toda aquela infantilidade.

— Não tem desculpas, boiolinha. — Disse Eduardo enquanto me agarra pela gola do meu blazer e cerrou o punho para dar um soco. Já tinha fechado os olhos para o inevitável.

E então, ele começou a meter vários socos e, por fim chutou a minha barriga duas vezes. Estava com dor, não imaginava que ele estava falando sério. Não tinha feito nada para ele, foi apenas um esbarrão. Agora, o meu corpo estava dolorido.

Yasmin me perguntou o que tinha acontecido assim que entrei na sala de aula, também foi difícil não chamar a atenção de todos que estavam ali. Peguei as minhas coisas e pedi para ir embora, mas antes teria que passar na diretoria e assim eu fiz. Inventei que estava passando mal. Os meus óculos estavam quebrados também com toda a violência de Eduardo. Para mim, ele estava disposto a me infernizar o resto do ano.

O dia estava bastante frio, no caminho eu ia derramando lágrimas silenciosas. Quando cheguei em casa, abri a porta e entrei logo em seguida. Queria muito que tudo fosse diferente.

Quando eu estava me preparando para dormir um pouco, meu celular começou a tocar. Era a minha mãe:

— Oi, mamãe.

— Oi, filho! Como foi o seu primeiro dia de aula na escola nova?

— Saiu tudo perfeitamente bem, não precisa se preocupar. Até já fiz uma amiga, que por sinal, é muito simpática.

— Que bom, meu filho! Fico muito feliz que você esteja se adaptando bem. Só liguei para isso mesmo, filho. Tenho que desligar agora, beijo.

— Beijo, mãe. Bom trabalho!

Desliguei.

Assim que adentrei, fui fechar a janela da sacada. Enfiei a chave na fechadura para trancar, mas acabei notando que Eduardo estava em seu quarto me olhando, quando ele notou que eu estava ali o observando ele me olhar, deu um sorriso cínico. Tranquei a janela e depois puxei as cortinas com força.

— Idiota. Idiota! — e logo fui me deitar, depois de pronunciar aquelas palavras.

Acordei pela tarde e pedi alguma coisa para comer. Por hoje, os meus pais ficariam até tarde no trabalho, então, eu teria que me virar sozinho. Lanchei e depois fui tomar um banho. Fiz uma limpeza nos machucados e fui até o meu quarto, peguei um caso e verifiquei se estava com o celular no bolso da calça e saí.

A temperatura estava agradável. Nem muito frio e nem muito calor. Estava admirável para passear no parque que tinha perto de minha casa.

Caminhei sem direção e com vários pensamentos em minha cabeça, quando dei por mim, já tinha esbarrado em outra pessoa. Quando fui olhar para cima, na tentativa de ver o rosto do ser, me deparei que era Eduardo a minha frente. Depois de algum tempo em silêncio, resolvi me pronunciar:

— Que saco, garoto. Olha por onde anda! — Falei irritado.

— Dessa vez foi mais uma vez culpa sua, viadinho. — Ele começava a se irritar novamente. Garoto problemático.

— Você é muito problemático, sabia? — Perguntei com deboche. Mesmo sabendo no que poderia acontecer, resolvi arriscar.

— Até parece. O garoto que ama esbarrar em mim me chama de problemático agora. — Ele respondia a minha pergunta no mesmo tom de deboche. — Tá gostando de esbarrar em mim, hein? Você deve me achar irresistível, mas eu preciso de espaço, poxa.

Era perceptível que ele se irritava muito fácil e para a conversa não tomar um rumo mais difícil, resolvi mudar de assunto:

— O que tá fazendo aqui? — Perguntei com uma voz mais mansa.

— Só vim tomar um ar. — Respondeu com poucas palavras. — Porém, acabei estragando o meu passeio com a sua presença por perto.

— Eu já estou saindo. Pode ficar a vontade. — Falei por fim. — Ah, e manda um beijo para a sua irmã por mim. Adorei a companhia dela no jantar, ela é muito diferente de você.

— Calma aí! Vai me deixar aqui sozinho? — Eduardo insistia em pegar no meu pé sem motivos.

— Tenho que voltar para casa. Só vim aqui para passear e me distrair. Tchau, idiota! — Falei correndo enquanto o deixava para trás.

Corri vendo Eduardo dizer que aquilo não ia ficar assim. Mas no momento eu não estava nem aí para as suas ameaças. Até que foi divertido fazer aquilo. Cheguei em casa e uns 10 minutos depois, a campainha da casa tocou.

Quando fui abrir a porta, encontrei Eduardo ofegante e suado na entrada:

— Mas… Mas, o que pensa que está fazendo em minha casa? — Falei indignado com a visita indesejada. — Ou melhor, o que faz na casa do cara que você bateu pela manhã?

— Eu falei para você que aquilo não ia ficar assim, não? — Ele me perguntou num tom de deboche. — Acho que você ainda não me conhece direito.

— Qualquer coisa que você possa fazer, cuidado! Os meus pais estão na cozinha e eu posso gritar por ajuda. — ameacei-o.

— Você não faria isso. Ou faria? — perguntou.

— Quer pagar pra ver? Mãe, pai! Socorro!! — Falei gritando e Eduardo correu dali.

Foi engraçado ver a situação, até porque os meus pais nem estavam em casa. Mas, Eduardo não ia precisar saber daquilo necessariamente. Resolvi ir para o meu quarto e abrir as cortinas para ver se Eduardo estava em seu quarto e ele estava. Abri a janela e a dele também estava aberta, resolvi jogar um tênis pela janela, mas não para acertar ele e, sim para chamar a sua atenção.

— Ficou maluco? — Perguntou.

— Não. Agora, me devolve o meu tênis. — Respondi.

— Não, não e não! Agora eu vou ficar com isso, como punição. — Respondeu.

Bufei com tal ato do garoto e resolvi dizer:

— Já que não vai me devolver, vou aí para brincar de boneca com você e a sua irmã. — Respondi sorrindo e saindo da varanda.

Minutos depois eu apareço na casa de Eduardo. Quem abre a porta é a dona Carmen, eu disse para ela que Eduardo tinha um trabalho da escola para fazer comigo, assim ia facilitar a minha visita inesperada. Ela me disse onde ficava o seu quarto e eu fui até lá.

Entrei sem bater na porta mesmo, precisava pegar o que era meu por direito:

— Anda, me devolve logo!

— Ah, pega. Nem quero isso mesmo. — Respondeu fazendo pouco caso e continuou. — Da próxima vez, bata na porta antes de entrar, eu poderia está até pelado agora!

— Vi você vestido pela janela, por isso, resolvi entrar sem bater. — Revirei os olhos. — Já vou indo.

— Nada disso! Já que estamos aqui, que tal me fazer um agrado? — Disse colocando minha mão sobre a sua barriga e deslizando até o cós da calça. Dava para sentir os gomos de sua barriga lentamente. Confesso que fiquei surpreso com a atitude do rapaz, mas não poderia continuar a fazer aquilo.

— Espera! Isso jamais pode acontecer! — Respondi encarando os seus olhos. — E ainda mais com você… — completei tirando a mão de seu abdômen definido.

— O quê? — Eduardo perguntou surpreso. — Do que você está falando? — completou totalmente confuso.

— Nada! Esquece e eu tenho que ir para casa. — Respondi.

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Comentários

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Esses héteros de masculinidade fragulizada são foda, olha esse Eduardo é meio que um puta de um babaca.

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