Antiherói - Capítulo Quinze

Um conto erótico de _alguemsolitario
Categoria: Homossexual
Contém 3073 palavras
Data: 13/05/2020 23:20:31
Última revisão: 14/05/2020 17:15:48

— Filho, se acalma! - pedia meu pai ao me ver soluçar em seus braços. - Me conta o que aconteceu? Sua mãe disse que você iria voltar apenas na segunda! O que houve?

— Eu... - tentei formular o que ia dizer com cautela. Meus pais ainda não sabiam sobre minha sexualidade. Por diversos motivos sempre adiei essa conversa, seja por sempre nos desencontrarmos por conta dos nossos horários ou até mesmo por medo da reação que eles poderiam ter. Porém, acho que já era hora deles saberem dessa parte da minha vida e o momento era esse. Enxuguei minhas lágrimas e saí do abraço dele. Se eles me amavam iriam me apoiar. — A mamãe está em casa? - perguntei passando a mão sobre meu olho, aparando as lágrimas.

— Está trabalhando! Por que está chorando, Oli? Você brigou com o Pedro? - questionou-me meu pai preocupado. Respirei fundo tentando formular as palavras.

— Pai... Eu te amo... - tentei iniciar o que ia dizer, mas a vontade de chorar veio novamente. Eu tinha de ter coragem para falar — Eu... Eu sou gay... - em um tom quase inaudível eu disse. Eu esperei ele se soltar de mim e me dizer coisas horríveis, mas não. Ele apenas me abraçou mais forte.

— Oh, meu filho... E você brigou com o Pedro por isso? - perguntou alisando minhas costas como forma de carinho.

— Não! É que... Eu terminei meu namoro! - me sentia estranho em dizer aquilo para o meu pai, mas ao mesmo tempo livre, como se eu tivesse tirando um peso das minhas costas.

— Como assim você me escondeu isso? - indagou ele.

— Me desculpa! Eu não queria decepcionar o senhor. - não tinha coragem de olhar em seus olhos e tudo que eu falava era com a cabeça baixa, encostada no peito dele.

— Está tudo bem, filho! Eu te amo independente de qualquer coisa. Mas por quê não falou antes?

— Eu estava confuso! Não sabia o que eu era e também tinha medo de o senhor me expulsar de casa. - digo sincero.

— Não! Eu nunca vou te deixar na mão! - era um alívio poder contar toda a verdade e mais aliviante ainda saber que eu podia contar com ele. — Sua mãe já sabia?

— Estou contando primeiro para o senhor! - ele ri.

— Ah, caramba! Sempre soube que você gostava mais de mim! - comemorou ele. Sorrio de leve, só o meu pai para me trazer um pouco mais de alegria — Agora, sobre seu namoro, não fique para baixo! Tudo na vida são ciclos e infelizmente alguns chegam ao fim. Dói se despedir, mas é necessário! Agora suba, tome um banho e desça para comer o almoço feito pelo papai aqui - ele me dá umas tapinhas nas costas e me afasta. Eu encaro-o e sorrio, me dando conta do cheiro maravilhosos de comida caseira que estava no ar.

— Pelo cheiro deve estar muito gostoso. - digo.

— Tudo o que eu faço, fica gostoso! Olha para você... - responde fazendo minhas bochechas ruborizarem.

— Pai, para... - peço constrangido e ele gargalha.

— Só queria te animar um pouco. Mas vai lá.

Depois da nossa conversa fui para o meu quarto desfazer minhas malas e tomar um banho. Precisava me recompor. Do bolso da minha mochila, pego meu celular e percebo as inúmeras mensagens e ligações perdidas. Alguns de números desconhecidos e outros que eu já conhecia bem.

— Oli? Caramba, onde você está? - perguntou exasperada assim que eu disquei o seu número. Pude ouvir outras vozes no fundo.

— Estou em casa! - respondi - Aconteceu um imprevisto e precisei voltar. - menti. Odiava ter que fazer isso, mas a Júlia não iria saber o real motivo de eu ter abandonado nossas férias.

— Imprevisto? Que imprevisto? Você está em um hospital? - assustou-se, mas logo tratei de tranquilizá-la.

— Não, Ju! Eu estou bem! Apenas... - tentei argumentar, mas rapidamente ela me interrompeu.

— Sair de madrugada sem avisar a ninguém não se faz, Oliver! Todo mundo ficou preocupado com você e um dos peões falou que tinha te levado ao aeroporto! Achei que estivesse numa emergência médica e que precisava ir para algum hospital da capital, já que você passou mal ontem! Não tenho nem mais clima para ficar aqui, já até comprei minha passagem de volta também. - disparou ela indignada. Realmente não foi certo sair de uma hora para outra, mas eu não via mais motivação para aquela viagem.

— Desculpa ter estragado nossas férias! Mas eu precisava voltar...

— Tudo bem, Oli! Mas assim que eu chegar no final da tarde você vai me explicar tudo - percebi que alguém a interrompeu pedindo para falar comigo. — Espera aí - disse ela e após alguns segundos de silêncio, ouço outra voz.

— Oliver? - era o Pedro. — Caralho moleque, você surtou? Quer matar as pessoas de susto agora? - meu sangue ferveu. Quem ele pensava que era para falar comigo daquele jeito?

— Mano, vá se foder! Você é um puta de um mentiroso e não tem moral nenhuma para me cobrar alguma coisa. - respondi na mesma agressividade.

— Do que você está falando seu doido?

— Ainda se faz de tonto. Qual o nome que se dá a uma pessoa que diz tem sentimentos por você, mas no outro dia aparece namorando uma garota racista e preconceituosa? - meus nervos estavam a flor da pele.

— O quê? Você entendeu tudo errado, seu porra! - gritou ele do outro lado da linha, o que me assustou. Mas tentei parecer firme.

— Eu não entendi nada errado! O fato de você um dia depois de ter se declarado, dizer para seu primo que tinha feito uma besteira e precisava consertar, explicou tudo. Para você é demais gostar de um homem. Eu fui um idiota quando cogitei por um segundo, que talvez você pudesse gostar de mim de uma outra forma! - as lágrimas começaram a cair de novo — Só me esquece! Não me liga, não me procura, finge que eu morri. - e antes que ele dissesse algo que me deixasse mais triste, desliguei.

Não havia outra interpretação. O Pedro, era hétero, e o quanto antes eu o esquecesse melhor. Levantei-me e fui ao banheiro, liguei a ducha e deixei a água correr pelo meu corpo junto as minhas lágrimas. O que me deixava ainda mais triste era saber que uma amizade de anos, poderia ter acabado por causa de um momento.

— Filho? - ouvi meu pai chamar junto a algumas batidas na porta. Percebo o quanto meu quarto estava ficando escuro, lá fora o sol já começava a se pôr. Eu simplesmente havia adormecido após o meu banho. Vou até a porta e a abro e me surpreendo com a Júlia ao lado dele.

— Acho que vocês precisam conversar! Vou descer para preparar o jantar! - disse meu pai, se retirando em seguida.

— Quer me contar o que aconteceu? E por quê o Pedro gritou com você no telefone? O que você entendeu errado? - perguntou já entrando em meu quarto. Ela sentou-se na minha cama e me esperou dizer algo.

— Eu... terminei com o Marcos! - falei.

— De novo, Oliver? Meu deus do céu! - ela suspira — Mas isso não explica você voltar para casa, ainda por cima com seu ex junto. Você brigou com o Pedro e eu quero saber o motivo. Foi por causa dele que você e o Marcos terminaram? Eu sei que o Pedro sempre teve implicância com ele, mas para ter feito vocês terminarem, algo muito sério deve ter acontecido. - eu não queria contar a verdade para ela. Sei que ela é uma das minhas melhores amigas, mas ainda não me sentia pronto para contar sobre o que estava sentindo.

— Não aconteceu nada demais! O Pedro tinha suas implicâncias com o Marcos, mas não terminei por causa dele. Você mesmo sabe que eu estava confuso em relação a termos voltado, então eu pedi mais um tempo. - embora o término tinha sido para valer, não queria que ela me fizesse mais perguntas. — Ele quis voltar para casa por isso, mas eu não queria que ele viesse embora, então falei que se ele fosse, eu viria junto, pois também tinha ficado sem clima para diversão. - menti novamente.

— Ai, Oli! Sinceramente! Ele estava tão feliz, quando viemos juntos ele não parava de falar de você. - quando ela disse aquilo me senti ainda mais mal. — Imagino como ele deve ter ficado! E quem termina namoro em plena férias? Não podia ter esperado? - fico em silêncio. Sabia que estava errado, principalmente por fazer o Marcos sofrer.

— Ele falou que me amava - digo de cabeça baixa e a vontade de chorar veio de novo, minha voz embargou. — Eu fiquei assustado, porque eu soube que eu não estava na mesma intensidade dele e eu não queria machucá-lo ainda mais. - apesar de tudo, minhas palavras eram sinceras. Eu gostava do meu ex-namorado e não queria vê-lo sofrer.

— Amigo... Saiba que pode contar comigo - ela me abraça compreensiva. Era bom tê-la por perto. Depois disso, ela não me fez mais perguntas, foi embora pouco tempo depois e eu desci para jantar. Meu pai já estava na mesa e a mamãe provavelmente só estaria em casa amanhã, já que seus plantões eram de quarenta e oito horas. Meu pai ficaria em casa pelas próximas duas semanas. Dou-lhe um beijo em seu rosto e me sento ao seu lado, ele me observa.

— Você dormiu a tarde toda! Nem veio almoçar... - falou enquanto levava o garfo com comida a sua boca.

— Estava muito cansado! - respondi servindo meu prato.

— Eu imagino! E então? Tudo certo com a Júlia? - perguntou ele.

— Ela está ótima! Quase se formando igual a mim! E o senhor? Como vai lá na empresa?

— Vou bem! Talvez eu compre uma parte das ações.

— Caramba, pai! Está tão rico assim? Desse jeito vou desistir de fazer carreira e esperar o senhor morrer para fazer minha vida com o dinheiro da herança - ele gargalha.

— Que nada! São apenas uma economias que eu tenho, coisa que você também tem. Mas independente, o que é meu é seu de qualquer maneira. Eu só queria que sua mãe descansasse, mas ela ama o que faz.

— Acho que sem trabalhar, ela fica triste. É nobre o que ela faz, mas tem que entender que está ficando velha.

— Que isso garoto, chamando sua mãe de velha? Fala isso perto dela para você levar uma tapa. - ele sorri novamente e me encara e percebo que seus olhos estavam marejados — Você é meu orgulho, viu? Nunca se esqueça disso. Só lembro de você pequenininho, eu querendo te proteger. Hoje nos vemos tão pouco - algumas lágrimas rolaram pelo seu rosto.

— Não, pai... - me levanto da cadeira e vou até ele para o abraçar.

— Eu juro que vou me aposentar e me dedicar a vocês! - prometeu.

— Não precisa! Você também ama o seu trabalho e se hoje somos isso, foi graças ao seu esforço e o da mamãe. Eu sempre vou ser grato por tudo, até pelas ausências, mas mais ainda, pela presença de vocês. A distância só faz nossos momentos terem mais valor. - e era verdade. Por mais que passássemos muito tempo longe um do outro, sempre que nos víamos tratávamos de aproveitar cada momento e vivê-los com mais intensidade. Eu era grato pela minha família.

Depois que jantei voltei para meu quarto. Pouco se tinha para fazer, então fui para a varanda olhar estrelas. Naquela noite não tinha lua. Fiquei pensando sobre a vida e tudo o que tinha acontecido comigo. O que me esperaria no futuro? Peguei meu celular e ignorei, como fiz o dia todo, as mensagens e ligações. O conectei a minha caixa de som e coloquei para tocar, a minha playlist favorita. A música era a única coisa que me transportava para uma realidade onde só eu podia entrar, onde só eu existia.

Há um tempo atrás...

— Oli, advinha para onde a gente vai hoje? - perguntou meu amigo entrando no meu quarto com seu jeito expansivo de sempre. Eu estava deitado, todo coberto por meus lençóis, ainda era cedo, mas eu não estava me sentindo muito bem, por isso resolvi ir para a cama.

— Não vou sair hoje, Pedro! - digo com a voz rouca. Meu corpo doía e eu sentia muito frio, a ponto de eu não conseguir me mexer.

— E quem disse que você tem escolha? Levanta daí e vai se arrumar! - ordenou. Mas naquele momento não estava no clima para nada.

— Eu já disse que não! Se quiser ficar aqui tudo bem, mas eu vou dormir!

— É sério, Oli? - pergunta se sentando em minha cama — Eu estava todo empolgado para gente sair hoje.

— Eu não estou me sentindo muito bem! Acho que estou com febre! - digo.

— O que? Deixa eu ver... - ele se aproxima e coloca a sua mão em minha testa. — Oliver, você não está com febre, você está pegando fogo! - Seu tom de voz preocupado me assusta. — A gente tem que ir para o hospital agora. Cadê a tia Carmen?

— A mamãe está no plantão, mas está tudo bem, não se preocupa. - amenizo, mas ele se nega a acreditar que meu caso era leve. — É só eu dormir que passa.

— Não, Oliver! Você está ardendo em febre. Isso não é normal! - Ele vai até minha gaveta procurando por algo — Onde tem um termômetro?

— Eu não sei! Nas coisas da mamãe, eu acho! Não esquenta com isso.

— Está sentindo alguma dor? - ele pergunta parando em minha frente.

— Só no abdômen e nas costas, mas logo passa eu já disse. - mas ele me ignorou.

— Vem, eu vou levar você! - eu realmente não queria ir, achava desnecessário, mas ele conseguiu me convencer somente para que me deixasse em paz. Tinha certeza de que não seria nada demais. Vesti um moletom e seguimos para o seu carro. Na estrada ele dirigia rápido, ignorando os limites de velocidade e fazendo ultrapassagens. Eu sentia que a dor a cada minuto ficava mais forte.

— Vai devagar ou então a gente vai morrer em um acidente. - falei, mas ele não me deu ouvidos. Em pouco tempo chegamos ao hospital. Ele desceu do carro e foi me ajudar a sair.

— Quer que eu peça uma maca? - perguntou.

— Não é para tanto! - respondo, mas assim que firmo meu pé no chão, sinto uma fisgada dilacerante e a ideia de ser carregado, não me pareceu tão ruim.

— Calma! Enfermeiro, ajuda aqui... - gritou ao ver uns profissionais na porta da entrada. Eles vieram até mim e ajudaram Pedro a me levar para dentro. — Chama a Dra. Carmen, é a mãe dele! - falou para outra enfermeira que vinha me ajudar.

Eles me carregaram e me levaram para a triagem, checaram meus sintomas, coletaram meu sangue, me medicaram e me encaminharam para um quarto até que saísse os resultados. Não demorou muito e logo veio o diagnóstico, eu estava com uma infecção urinária já se desenvolvendo para um caso grave. A bactéria já havia atingido os meus rins. Eu precisaria ficar internado para ser submetido a um tratamento intensivo com antibióticos. Aquela notícia me pegou de surpresa.

— Meu deus, meu filho! Como que você chegou a esse ponto? Como não percebeu os sintomas? - perguntava minha mãe, entrando em meu leito com meus exames.

— Mãe, falando assim parece que eu tô morrendo. - digo em referência a forma dramática que ela se dirigia a mim. — Eu sentia umas pontadas na barriga, mas achava que era normal.

— Ainda bem que o seu amigo te trouxe a tempo ou isso poderia ter terminado na pior. Não faça isso com a sua mãe não, que se você morrer eu morro junto! - ela alisa meu rosto.

— Que exagero! Não é só tomar remédio? Então, eu tomo! - respondo.

— Não é só tomar remédio, tem que se cuidar para evitar essas coisas. Agora descansa vai, que de madrugada venho te acordar para tomar outra dose do remédio. - ela se aproxima e dá um beijo em minha testa. — O Pedro está aí fora, vou pedir para ele entrar. - tinha que reconhecer que se não fosse por ele, talvez, eu estaria na pior.

— Corno safado! Não me mata de susto! - disse me dando um leve soco no braço.

— Sem drama! Ainda estou vivo! - sorrio.

— Por minha causa! Nem para pedir obrigado? - reclama.

— Muito obrigado! - digo em tom irônico. Mas no fundo estava agradecido. — A Júlia não está aí também não, né? - pergunto.

— Eu que te salvo e você quer saber da Julia? Realmente, muita falta de consideração! - diz fingindo estar decepcionado. — Mas para sua informação, ela ia vir agora, mas eu falei que ia ficar com você e que o pior já tinha passado. Já que você já foi diagnosticado e está sendo medicado. Ela vem amanhã.

— Ainda bem, porque tudo o que eu não preciso é de plateia. E você não precisar ficar não! Vai para casa, para tia Isa não ficar só.

— Eu já avisei a ela que o idiota do meu amigo tinha fissurado o ânus e perdeu muito sangue e estava agora na sala de cirurgia e que eu iria dormir no hospital aguardando por notícias.

— O quê? Você não fez isso? - perguntei incrédulo.

— Não falei, mas tinha que vê sua cara agora. - ele gargalha e sinto a raiva subir. Tentei me levantar para bater nele, mas senti novamente uma fisgada na barriga.

— Ai!

— O que foi? Você tá bem? - sua expressão mudou para de preocupação, mas eu apenas me limito a xingá-lo.

— Vá se foder! - ele ri novamente e me abraça.

— Sabe que não vivo sem você! Agora vai mais para lá, que eu não vou dormir naquela poltrona dura ali não. - ele sobe em minha cama e se deita ao meu lado. Por o leito ser pequeno, ele me abraçou, de forma que coubesse nós dois. Ele colocou a cabeça em meu peito e meu coração disparou.

— Só não vá ter um ataque cardíaco. - diz ao perceber o aumento nas batida. — Você está quentinho. - sorrio disso. E com ele ali, abraçado comigo, fechei meus olhos até que lentamente eu adormecesse, agradecendo aos céus por ter um amigo como ele.

Voltando ao agora...

Sentado no parapeito da varanda do meu quarto, encostado na parede e com os olhos fechados, minhas lágrimas desciam ininterruptamente. Já havia perdido as contas de quantas vezes já havia chorado aquele dia, cada lembrança era uma facada. Eu não queria que a nossa amizade fosse abalada, mas é sempre assim, nunca dá certo esse negócio de ter sentimentos por seu melhor amigo, e ainda mais quando ele é hétero. Sempre alguém vai sair magoado e nesse caso quem saiu fui eu. Só queria esquecê-lo, talvez nem ser seu amigo eu conseguiria ser. Não porque ele me magoou e sim porque não iria suportar a ideia de não sermos mais que aquilo.

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Comentários

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Maravilhoso esse conto, espero que tenha sido uma confusão mesmo e que o Pedro realmente não tenha sido um escroto. O pai do Oli é maravilhoso, torcendo muito pelo Oli, imagino que barra ele tá passando

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O MUNDO NÃO GIRA AO SEU REDOR. PEDRO NÃO É OBRIGADO A CUMPRIR AS SUAS EXPECTATIVAS E SE VC FOR MADURO O SUFICIENTE A AMIZADE DEVE CONTINUAR A MESMA. CRESÇA; VIRE HOMEM E NÃO UM SACO DE BATATAS OU UM RATO.

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Pedro vai assumir essa relação sexual aflitiva com Oli?

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E aí, pessoal? Tudo bem? Estamos na metade da narrativa e muitas reviravoltas irão acontecer. Quero agradecer também pelas leituras e pelos votos, e a quem tiver wattpad, sigam pelo user @_alguemsolitario. Boa noite.

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