Prof: Claudia, agradeço suas respostas nos dois contos, no anterior e neste. Educadamente se esclareceu. Sua escrita é impecável, gosto do seu teto, da narrativa. Também sou escritor. Eu queria explicar duas coisas. Não quero ser nenhum juiz de comportamento, até porque não sou santo, mas eu tenho uma preocupação cada vez maior com o que escrevemos, vejo aqui no site escritores colocando para fora seus fetiches, taras, desvios, parafilias. E para regozijo dos leitores que adoram os traidores, os que fodem com violência, os que humilham, e por aí vai. Isso me preocupa muito, pois temos uma sociedade de abusadores, feminicidas, traidores, que reclama contra a desonestidade, contra a corrupção, contra os ladrões de colarinho branco, querem um país melhor, mas ficam aqui endossando, se lambuzando na desonestidade e falta de caráter, de respeito e de dignidade dos personagens. Isso reflete o que está por trás de cada um ou por dentro. Por isso, como autor, e como defensor de uma atitude liberal e honesta entre os casais, nas suas relações, eu me sinto violentado quando vejo histórias onde a traição e a falsidade ganham a dimensão que esta ganhou. O relacionamento que você, com seu marido, têm, é da vossa conta. Não me cabe ser contra ou a favor. É o vosso relacionamento. Mas eu estou preocupado justamente com AS ATITUDES que nós autores promovemos nos nossos contos. Espero que tenha me entendido. Tem gente que se excita, adora, vive para ter uma relação adúltera. Eu prefiro que seja assumido, às claras, as vontades sendo realizadas em comum acordo. É o que eu acho. Apenas mais verdades e menos mentiras. Para um mundo melhor.