O carinha do aplicativo - Capítulo 4

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Gay
Contém 1382 palavras
Data: 03/05/2020 20:46:38

Pessoal, muito obrigado pelos comentários de vocês. Vocês são incríveis.

Capítulo 4 - Convite

HanSolo narrando:

Não aguento mais só conversar com Lucas. Cada dia que eu o vejo é mais difícil ficar longe.

Tudo nele me atrai. Sua boca, seus olhos, os cabelos, seus jeitos... Gosto como ele parece ser este garoto doce e frágil mas mostra uma força muito grande. Só de pensar nele meu pau já começa a dar sinal de vida dentro da cueca. Quero muito sentir sua boca na minha, seu corpo no meu e transar gostoso com ele.

Tentei me convencer que era só um tesão passageiro como tinha acontecido outras vezes comigo. Eu me sentia atraido por uma pessoa e batia uma punheta pensando nela. O gozo saia e, com ele, saia de mim o tesão pela pessoa em que eu estava pensando enquanto me masturbava.

Mas com Lucas isso não funcionou. Já bati varias punhetas pensando na sua boca envolvendo meu pau ou eu penetrando aquela bundinha maravilhosa que ele tinha porém eu não conseguia tirar ele da minha cabeça. Eu precisava tê-lo pra mim.

Não sabia como chegar nele então fui meio covarde nessa parte. Criei uma conta em um aplicativo que eu sabia que ele usava e usava o nome LukeSkywalker. Coloquei o nome HanSolo porque eu li uma fanfic há pouco tempo onde o Han Solo fode gostoso o Luke Skywalker. Só de pensar nisso meu pau parece que quer rasgar a cueca.

A gente conversava sobre várias coisas. Eu gostava muito de conversar com ele. Mas a conversa sempre ia pro "Quem é você?" e eu fazia uma retirada estratégica. Ainda não estava pronto para revelar quem eu sou.

Eu queria muito poder abraçá-lo, beijá-lo e fazer todas as outras coisas que eu queria fazer com ele, mas não poderia enquanto eu me escondesse. Eu quero muito ficar com ele e, se pra isso eu precisar falar quem eu sou, que seja.

Pego meu celular e digito uma mensagem pra Lucas.

Lucas narrando:

Não acredito no que eu tô vendo. Carl me olha como se os dois últimos anos fossem só um sonho. Como se ele não tivesse me traido.

- O que você está fazendo aqui, Carl?

- eu pergunto com o tom de voz alterado.

- Eu passei pra Direito na mesma universidade que você. Vou morar aqui na cidade agora. Pedi pra tua mãe o teu endereço e vim aqui dar um oi. - Ele fala com a cara mais limpa do mundo.

- Oi. Tchau - Eu falo, empurando a porta para fechá-la, mas ele bota o pé, impedindo que eu fechasse. Encaro ele com mais ódio agora.

- Calma. Eu achei que a gente poderia conversar, ser amigos...

- Você deveria ter pensado nisso antes de ter deixado outro cara chupar seu pau e sabe lá o que mais o que mais você fez com ele. - Eu fecho a porta com força e, desta vez, ele não coloca o pé. Encosto na porta e me deixo cair no chão. As lágrimas começam a descer dos meus olhos involuntáriamente. O lado ruim de ter simplesmente sumido da vida dele é que não colocamos um ponto final na nossa história. Eu ainda tinha muito rancor. Muita coisa que deveria ser dita. Fábio corre para perto de mim e me abraça. Por um momento eu tinha esquecido que ele estava aqui em casa.

- Quem é aquele cara? Porque ele te deixou desse jeito - Ele fala ainda me abraçando.

Acabo contando toda a história pra Fábio. Ele apenas escuta tudo, sem esboçar nenhum comentário. Quando eu termino ele fala.

- Se você quiser eu vou atrás desse filho da puta agora e quebro ele todo - ele sugere.

Por mais que a proposta seja tentadora não quero criar mais confusão. Tento me recompor e observo que o tempo passou rápido. Ambos estávamos atrasados.

- Desculpa. Fiz você se atrasar e vou me atrasar - eu falo, meio envergonhado.

- Sem problemas. Esse é o lado bom de ser seu próprio chefe - Fábio fala e nos rimos.

- Vou me banhar rapidinho e já vamos - faço menção de me levantar e ele me puxa de volta para seus braços, beijando minha testa.

- Pode tirar o dia de folga. Eu sei que você não deve estar com cabeça pra isso hoje. Eu estou indo agora. Qualquer coisa você liga para a cafeteria que eu venho correndo.

Ele me beija novamente na testa e abre a porta. Eu não tenho o número dele e até agora não fazia muita questão de ter por causa dessa história de eu não querer me apegar. Mas agora as coisas mudaram, e Fábio se mostrou ser um bom amigo. Eu o paro e peço seu número. Ele dá um sorriso e pega meu celular, gravando seu número.

- E Fábio, muito obrigado pela folga - ele dá um sorriso e se despede novamente.

******

A tarde foi pouco monótona. Eu tentei me distrair e voltar meus pensamentos para outras coisas. Um barulho no meu celular me tirou do turbilhão de pensamentos que eu tava tendo.

Era HanSolo.

Mais um problema.

Eu não estava com muita paciência então peguei meu celular e digitei.

LukeSkywalker: Eu tô totalmente sem paciência para joguinhos hoje. Se você pelo menos tivesse a decência de revelar quem é...

HanSolo: Calma, meu amor. Na hora certa. Vamos na calourada sábado?

LukeSkywalker: Acho que não. Não estou no clima.

HanSolo: Se eu fosse você eu iria. Estarei lá esperando você. Se você for vai finalmente descobrir que eu sou.

De repente uma lâmpada se acende na minha cabeça. Era muito provável que HanSolo fosse da mesma universidade que eu. Era muito provável que ele fosse realmente Pedro. Agora por que todo esse joguinho? O que ele ganharia com tudo isso?

Resolvo que é inútil ficar pensando nisso. Vou obter essas respostas hoje com o próprio Pedro. Hoje à noite vou confrontá-lo.

******

Estou na aula sozinho. A safada da Raquel não veio para aula hoje e me mandou uma mensagem falando que não ia porque tinha brigado com Gabriel. Eu nem dei muita bola. Eles viviam brigando e no outro dia com certeza estariam juntos de novo. O que tira minha atenção da aula é pensar como vou abordar Pedro.

Saio da sala antes de acabar a aula pois preciso respirar um pouco. Bebo uma água e avisto Pedro entrando no banheiro.

"É agora ou nunca", eu penso e entro dentro do banheiro.

Ele se espanta com minha entrada no banheiro. Felizmente estamos às sós.

- Veio espiar meu pau, Lucas? - Ele fala rindo.

- Não. Eu vim te fazer umas perguntas. Eu sei que é você que tá conversando comigo pelo aplicativo. Eu só não sei o porquê.

- Você tá louco? Eu já te falei que meu negócio é boceta. Tu tá ficando pirado. Tá precisando esfriar a cabeça, transar um pouco. Acho que teus namoradinhos não estão fazendo o negócio direito.

Agora era minha vez de rir e fiz isso sem moderação.

- Qual é a graça, bixinha?

- Você aí, com seu jeito de machão. Quem vê até acredita. E pra sua informação meus namoradinhos me comem muito bem e tu sabe disso - Falo, jogando um leve deboche - Inclusive eu lembro de um certo hétero de Taubaté do ensino médio que gozou vendo meu namoradinho me comer.

Nesta hora percebo que ele se altera e avança para cima de mim. Ele me empurra contra a parede fazendo eu gemer de dor quando minhas costas batem na parede. Ele está perto. Perto demais. Sinto sua respiração no meu rosto e seu olhar de raiva direcionado para mim. Percebo que eu tô com medo. "Ele vai me bater. Ele vai me encher de porrada", eu penso.

Me surpreendo quando ele pega meu rosto com as duas mãos e força minha cara contra sua. Fico sem reação e minha boca fica parada enquanto ele a beija. Ele afasta o rosto e percebo, por um instante, seu olhar confuso que logo seria substituído por seu olhar de raiva novamente.

- Se você contar isso pra alguém eu te mato - Ele fala e dá um soco na parede, bem do lado do meu rosto e sai do banheiro rapidamente.

Ele nunca me agrediu fisicamente, mas poderia.

Pela primeira vez sinto medo de Pedro.

Continua...

No próximo capítulo será revelado quem é o carinha do aplicativo. Quem vocês acham que é?

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Comentários

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Adorando sua história, não demore tanto para escrever os capítulos *-*

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seria o Pedro ou Carl? Ou o Gabriel???

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