Clube dos Traídos: Ryan Bones tem coração de gelatina, que fofo.

Um conto erótico de Sex
Categoria: Homossexual
Contém 2308 palavras
Data: 16/04/2020 01:32:57

Clube dos traídos

Capítulo 2: Ryan Bones tem coração de gelatina, que fofo.

Pegar aquela notícia bombástica e digerir ela, me fez fazer algo que já estava afim de fazer. Pedi uma pizza extra grande e um guaraná antártica e descer para o estômago.

A pizza de portuguesa e metade queijo com banana era gostosa. Mais meu senso crítico alertava que Ryan Bones ou Felipe Ângelo, poderia não está comendo bem.

- Você tem que levar para ele. – Minha mente gritava aos meus ouvidos.

- Nao. Ele tem que sabe se virar. Não acho que passou três anos casado com um chefe de restaurante e não sabe fazer nem arroz.

- Leve para ele. Seja pelo menos grato a corrida que ele fez para você. – Minha mente protestava

- Mas do que obrigação. Ele me deu um banho de lama.

- Que foi não intencional. Então deixa de ser egoista e va logo.

Minha mente tinha ganhado aquela discursão, e preparei um prato para ele de pizza, metade do refrigerante e coloquei uma roupa descente. Porque só samba calção não rola em ir lá.

Era a pernas um corredor com varanda. E ele morava do outro lado da escada que usávamos para subir para o terceiro andar, onde o dono morava. Bati na porta e contei até cinco.

Ele falava no celular e pedia perdão para alguém do outro lado da linha, novamente bati na porta e enfim ouço passos vindo até mim.

Felipe estava usando apenas uma samba canção preta de bolinhas brancas, seu corpo estava molhado e o celular na outra mão, deveria está falando com o ex noivo.

- Pensei em agradecer trazendo pizza…

- Entre e deixe na mesa.

- Ok.

Ele falou mais algumas coisas no celular e dei uma olhada no quarto dele. Se bem que para um apartamento, era bem arrumado. Os de solteiros eram uma sala, cozinha e um quarto. O dele parecia um recém solteiro mesmo. Um sofá cama que estava na frente de uma Tv de plasma. Uma mesa quadrada é apenas uma cadeira de madeira, uma sala americana com uma geladeira grande, um fogão de cinco bocas que quase não era usado. O ar estava ligado por causa do barulho. Uma estante de livros grandes à direita do quarto. Um notebook jogado no sofá cama e um filme qualquer na Tv.

O Ps4 dele estava ligado na estante onde tinha a Tv e um ventilador estava ligado silenciosamente.

- Desculpas não dar atenção. Era o Guilherme. – ele sorriu e sentou no sofá cama.

- Seu ex noivo?

Ele colocou os óculos pegou o controle do Ps4 e voltou a ver o filme.

- Sim, ele estava brigando comigo novamente. – Olhou para mim e viu a pizza. – Tras isso para cá e também os copos.

- Beleza, eu. Aonde tem copos aquí?

- Armário da cozinha, nas pratileiras de cima.

Abri aquele armário e não vi nada de comida. Nada. Peguei os copos, lavei e sentí do lado dele no sofá.

— Pensava que já tivesse comido.

— Eu queria, mais não sei cozinhar e como viu eu não tenho nada na cozinha. Você me salvou hoje.

Deus, eu vou me matar por isso.

- De você fizer as compras, eu posso cozinhar para você. Estou sozinho, e seria bom ajudar voce.

Os olhos verdes de Felipe me encararam e logo deram vazão a alegria, ele me abraçou bem forte e pude sentir o cheiro dele. Até para um cara peludo ele cheirava muito bem. Só quando ele colocava aquele maldito Malbec, que fedia. Deuses.

- Você faria isso mesmo? Posso confiar em você?

- É porque não confiaria em mim? Eu sou uma pessoa boa, e não acredito que passaria fome, mais comer besteira não dar.

- Você é uma pessoa bacana senhor Lucas. – Ele pegou o copo de refrigerante e o pedaço de pizza e comeu com vontade.

Naquelas duas horas de filme, Felipe foi conversando comigo, para saber sobre minha vida, sobre o que eu esperava para o futuro.

Contei ele sobre minha vida dura, que tive que sair de casa logo aos doze anos, por causa dos maus tratos que minha mãe fazia, me deixando amarrado em uma corrente, enquanto o namorado dela me batia para não bater nela. Contei sobre a adoção que recebi um ano seguido ao acontecimento.

- Depois de cada lar adotiva um casal de velhinhos me adotou, eles acreditaram na minha história. Quando contava sobre os maus tratos, grande partes das pessoas se comoviam, mais logo ficavam confusas e me deixavam. – Peguei o pedaço de pizza e mordi. – Fora os abusos que sofri na casa onde fiquei antes de ser adotado pelos velhinhos. Faz dois anos que eles morreram. E novamente a vida me dar uma rasteira, ele deixou a casa para mim. Mais meu meio irmão logo tratou de tomar ela.

Os olhos de felipe era intensos, ele ficou calado toda a história e observando bem a cada detalhe, como se precisasse anotar cada palavra.

- No meu caso, eu não gostava do meu padrastro e tive minha primeira baixa a delegacia, por um surto de porrada que dei nele. – Ele mostrou a cicatriz debaixo do peito cabeludo que ele tinha. – Isso aquí foi eu recebendo uma cinturada dele. Não ia deixar ele bater em minha mãe.

- Tenso. – Ele me encarou e logo me apressei. – temos mais coisas em comum do que gostaria.

- Não consigo mais deixar esse lado dele, que ele colocou em mim, o lado abrasivo, o lado de me defender a qualquer custo. O lado brigão. Ele mudou minha personalidade.

- Freud explica que isso pode ser curado, apenas por voce. Mesmo essa raiva que você tem intensa. A muito tempo eu tinha issso, mais me libertei, ou ela me consumiría. – Sem querer toco sua mão. Ele era quente, no meu caso eu era gelado.

- Você gosta de Freud, não?

- Ele é o pai da psiquiatria e psicanálise. Eu gosto de observar as outras pessoas.

Nao sei se me deixei levar pelo clima. Por eu ter falado de certas coisas que não deveria, mais acabei perguntando algo, que não deveria.

- O que tanto está te frustando? Você me disse no carro que tem muitas coisas acontecendo. Quer falar sobre isso? – Eu tomei um gole de refrigerante para a saliva descer da boca. – Sou um perfeito estranho para você, seria mais fácil.

Ele deu a pausa no filme, a chuva ainda castigava a cidade lá fora. Ela não cessava e o vento frio que entrava pelas beiradas da porta, fazia meu corpo tremer.

- Meu ex noivo descobriu que o trair. Mais foi uma traição que não queria cometer. – Mordi a língua para não comentar algo, mais ele debe ter percebido. – Antes que me condenem o peguei várias vezes me traindo e sempre o perdoando. Eu amo aquele cara, você não tem noção. Agora ele me coloca uma restrição de um kilómetro dele. E ainda tirando a grande parte dos meus bens. Eu não acredito que meu doce Guilherme fez isso comigo.

Era difícil de acreditar, devido ao tipo de Felipe, o tipo badboy, garanhão de escola e Don Juan, ser traído. Mas peguei na sua mãe e esfreguei ela carinhosamente na minha.

- Espero que passe tudo isso. Você já pagou por isso. Agora tem que superar e correr atrás.

Felipe estava abalado, estava calado e não tocou mais na pizza em seu prato. Seu corpo tremeu ao lembrar de algo e logo sorri. Me deixando preso numa parede invisível, ele no mundo dele. E eu do outro lado do sofá.

- Bem, o papo foi bom. Mais eu tenho que ir, preciso acordar cedo amanhã.

Felipe estalou os dedos e piscou várias vezes, bolando algo em sua mente.

- Amanhã trabalhamos até a tarde e não vai ter pós, que tão sairmos para compra suas coisas e eu fazer o rancho. Seria mais fácil não?

- Já que tudo para amanhã? Não acha meio…

- O quanto antes melhor. – Ele me cortou sem cerimônia alguma. – Eu te levo para o trabalho e voltamos juntos. Por hoje. O qué tal?

Eu estava na porta do quarto dele, o grandão encostado na porta, do jeito que sempre ficava. De braço na porta e sua cabeça encostada no braço. Sempre querendo ser sensual. Ele sabia que conseguia. Sabia que dentro de mim, algo gritava e eu ignorava

- Me deixe ver – Dessa vez, eu fui o dramático – Me deve isso, e acho que isso também seria bom para minhas pernas. Estarei aquí às seis e vinte esteja acordado.

- Vou acordar cedo. Prometo.

Ele fecha a porta, e novamente bato nela.

- Me dar seu numero. Não vou cometer o erro de confiar em você.

- A anos trabalha comigo e não tem meu número pessoal? Isso é um crime Lucas

- Deixa de palhaçada e me dar logo. – Ele pegou meu celular e gravou seu número, fechou a porta e logo em seguida eu vou para meu quarto.

Aquele filho de uma puta, ele colocou amor no contato.

Acordar cedo e ficar ligando para o Ryan Bones acordar foi a pior coisa do dia, porque ele vi ele pelado. O que não foi de tão mal, já que seu corpo era coberto de tatuagens que não consegui olhar na noite interior.

- Você e bem exótico de me mostrar seu corpo nu.

Ele andava se vestido e escovando os dentes. Seus cabelos molhados, respigavam em seu rosto e em sua camisa social. Ele tinha feito a barba, devido estar mais rala e seu gato com pelo dourado miou em minhas pernas.

- Frederico saia daí. – Ele olhou para o relógio em seu pulso e resmungou um palavrão. – Puta que pariu, estamos atrasado.

- Isso por sairíamos das seis e vinte já são seis e meia.

- Não me amole, eu tenho insônia e tive crises ontem.

Ele se jogou no sofá e calçou seus sapatos. Se arrumou uma última vez no espelho e deu um beijo nele mesmo.

- Ritual de iniciação do dia. Primeiro, obrigado Deus por mais um dia e segundo, sou muito gostoso.

- Vamos. Rápido.

Disparamos para o trabalho e isso foi em tempo recorde. O dia foi rodeado de fofocas dos dois caras que não se bicavam, vim no mesmo carro. E quando digo que fofoca corre, eu não estava brincando. Não tinha dado nem nove horas e altas mensagem de Hugo no celular querendo saber do que aconteceu.

Apenas dava respostas evasivas. Eu sabia que aquilo não daria para frente, que seria apenas colegas de vizinhanças, então ficava apenas dando evasivas para meu amigo.

Mal eu sabia que estava começando a ver o lado gelatina de Felipe e querer mais daquilo. O tempo passou muito rápido e nem ao menos percebi, só olhei quando o garanhão da sete de setembro, estava quase em cima de mim, me encarando é colocado o dedo no relógio.

Primeiro fomos no super mercado e descobri que ele era bom em fazer compras, Felipe tinha feito uma lista em seu celular do que precisava.

- Para um cara que não sabe cozinhar, pensava que não saberia fazer compras. – Brinquei com ele, pegando 7 kilos de arroz na mão e colocando no carrinho.

- Porque pensa sempre o lado ruim de mim? Eu posso ser mais do que aparento. – Felipe olhou de seu celular para mim, ajeitando seus óculos de aro fino – sou de aquário, as pessoas veem apenas o lado ruim.

O super mercado estava parcialmente cheio, já que não era data de pagamento. O carrinho estava quase cheio. E não saberia lidar com o que ele estava fazendo, tinha que encher a geladeira daquele ursao.

Ele não enconomizava quando o assunto era comida. E o carrinho quase trasborda de tanta comida.

- Eu gosto de comer, mais me superou nessa. – Dou um meio sorriso para ele, tentando quebrar o gelo que voltou entre nós dois.

Já estava anoitecendo quando fomos para a fila do caixa, Felipe não desgrudava do celular, e ele apenas concordava com o que falava, com simples, Hum, sério que legal, nossa. Aquilo me tirava o sério, até que eu peguei o celular dele.

- Me devolve Lucas. – Ele tentou pegar o celular, mais guardei em minha cintura.

- Nao, você tem que esquecer o que aconteceu. Estou a quase meia hora falando em o que devo fazer para jantar, e não me escuta.

- Estou te escutando sim. Disse até que queria fazer picadinho hoje. – Ele cruza os braços e tentar soar confiante.

- Nossa, não sabe mentir mesmo. – Disse a ele, ainda com o celular em minha cintura, não devolveria para ele. – Disse que iria fazer panquecas de salsicha.

- Da no mesmo. Agora devolve meu celular. – Ele me encarou enfurecido.

- Nao, tem que entender que isso passou. Me devolve meu celular.

- Freud disse que…

- Eu to cagando para Freud, ele não entendia de problemas, ele apenas os catalogava e ficava brincando com eles, como se fosse Deus. Agora me dar o celular ou vai ficar aquí sozinho.

Eu devolvi o celular para o dono e ficamos mais meia hora se se falar, até mesmo para passar as compras e colocar no carro. A viagem para o shopping e compra a bolsa foi mais calada ainda. Ele mexendo no celular mandando mensagem para alguém, trocamos apenas algumas palavras para compra uma bolsa nova e material novo. Fora o milk Shake da bobbys que comprei para nós dois.

Enquanto eu estava fazendo o jantar. Eu percebi que ele estava com um copo de cerveja, com o cigarro em sua mão, onde fumava na janela de seu apartamento. Seus olhos brilhavam e eu sabia que ele estava chorando silenciosamente.

Prepararei todo o jantar e comemos num silêncio.

- Desculpas por ter sido grosseiro. Eu não deveria…

- Tudo bem Felipe, eu que não deveria estar querendo o fazer superar algo que não quer por agora.

Ele me encara e logo após revira os olhos.

- Boa noite senhor Lucas, amanhã venha para o almoço

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele fecha a porta e o ouço chorar, agora soluçando.

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Comentários

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Mais são um casal meio problemático, porém eu gosto

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Quanto drama esses dois kkk continua logo!

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