AMOR DE IRMÃO - PARTE 1

Um conto erótico de Luigi
Categoria: Gay
Contém 1048 palavras
Data: 14/04/2020 13:51:53

Olá a todos! Vou compartilhar com vocês minha história, algo que em momento algum imaginei que poderia ocorrer. Espero que gostem, boa leitura!

Paixão é algo engraçado, não é mesmo? Por mais que nossa cabeça diga algo, se nosso coração fizer outra escolha, não existe razão que faça com que consigamos fazer o que é “certo”.

Meus pais se divorciaram em 1994, quando eu tinha 4 anos, o que nunca foi um problema, já que devido a profissão do meu pai, engenheiro civil, ele passava a maior parte fora de casa, então a saída definitiva dele nem foi tão sentida assim. Com o divórcio, fiquei morando com minha mãe, com quem tinha muito mais proximidade e devido a correria de trabalho do meu pai, sempre acompanhando projetos e obras ao redor do país e muitas vezes fora dele também, não teria tempo para dar atenção necessária que uma criança precisava.

Cerca de 2 anos após a separação, meus pais já estavam com a vida refeita, minha mãe tinha engatado um novo relacionamento com um colega de profissão, o Álvaro, um promotor de justiça que ela sempre encontrava nos fóruns. E meu pai conheceu uma nova mulher, com quem casou e teve mais um filho, meu meio-irmão, que nasceu em 1997, e com quem eu não tinha muito contato devido à distância, já que após o divórcio continuei com minha mãe em São Paulo e meu pai mudou para Barcelona, onde tinha recebido uma proposta de emprego irrecusável.

Aliás, nem me apresentei: meu nome é Luigi, mais conhecido por Lui, tenho 29 anos, sou branco, 1.83 de altura, cabelos castanhos escuros, olhos castanhos claros, um corpo bem estruturado devido a prática de exercícios físicos e sexualmente sempre me considerei bissexual, nunca tive “amarras” em relação aos meus desejos e busquei sempre curtir aquilo que me despertasse interesse. Meus pais, Javier e Giulia, nunca me perguntaram diretamente sobre isso, até porque sempre pregaram o respeito ao próximo e a liberdade de escolha de ser quem nós somos. Minha madrasta, Ester, era uma grande figura, uma fotógrafa conceituada na área de moda e justamente por isso tinha a mente mais aberta que já conheci, apesar do pouco convívio, além de linda, dona de um par de olhos verdes tão profundos dos quais nunca tinha visto antes, a não ser em sua cópia, o meu meio-irmão, Gael, uma versão masculina de Ester, com o mesmo par de olhos verdes que eram capazes de te fazer viajar por todo universo. Tive um convívio maior com Gael durante minha infância, até meus 12 anos e ele ainda tinha 5 anos de idade. Após isso, devido a correria de estudos, cursos e outras atividades que eu exercia, não tinha tempo de visitá-los e eles vinham pouco ao Brasil também. Nosso contato foi se distanciando com o tempo e passou a se resumir em mensagens esporádicas, mais frequentes nas datas festivas.

Foi em 2010 que a vida nos pregou uma peça que jamais imaginamos que iria acontecer. Em uma viagem costumeira que meu pai realizava todo ano com Ester, um acidente grave de carro veio a tirar a vida dos dois. Foi um momento muito dolorido, na época que estava com 20 anos, fazia um curso nos Estados Unidos e Gael estava com 13 anos. O grande problema nisso tudo e que considero uma surpresa que o destino nos pregou, foi que tanto meu pai, quanto Ester, não tinham nenhum outro familiar. Meu pai tinha um irmão, que já havia falecido antes mesmo do meu nascimento, meus avós já não eram mais vivos também e Ester era filha única, sua mãe já havia falecido também e seu pai, apesar de vivo, sofria de Mal de Alzheimer, vivendo numa casa de repouso e sem condições de dar continuidade na criação de Gael. Com isso eu passei a ser responsável legal por ele, já que era o único parente direto dele vivo e com capacidade de cuidar de um menino menor de idade. Com estava no meio dos meus estudos, iniciando uma carreira, não teria como conciliar tudo isso com a criação de um pré-adolescente. Vendo toda essa situação, minha mãe então optou por ter a guarda e passar a cuidar dele. Já tinha se casado com Álvaro, tinham até tido uma filha, Chiara, nossa princesinha, que agora estava com 2 anos de idade e viu que aquilo seria o melhor para todos. Nos encontramos todos na Espanha, onde foi o funeral de ambos, meu coração estava triplamente partido: perder meu pai de forma trágica, a Ester por quem tinha adquirido um carinho especial e ainda ver meu meio-irmão, tão novo e passando por tudo isso.

Gael era um jovem bastante tímido, sem dúvida alguma o que mais chamava atenção nele era o par de olhos verdes, capaz de serem notados a distância. Puxou a Ester em quase tudo: baixinho como ela, tinha no máximo 1.65 de altura, corpo bem franzino, uma pele clara e os cabelos era do nosso pai, castanhos claros.

- Quanto tempo irmãozinho! Nem sei o que te dizer, mas saiba que estou aqui para o que você precisar, escutou? Mamãe vai cuidar de ti muito bem, junto com o Álvaro e tenho certeza de que a companhia da Chiara irá te fazer muito bem. E vou ir visitar vocês sempre que possível e nas férias quero que passe alguns dias comigo, tenho certeza de que vai adorar – Disse para ele, tentando ser o mais amável possível. Mas era difícil criar um vínculo forte de imediato com alguém que não tinha tanto contato, mesmo sendo meu irmão de sangue.

Gael matinha um olhar perdido, sem parecer entender a mudança de rumo repentina que sua vida tomava. – Gracias Lui – foi a única coisa que ele conseguiu responder.

Ficamos em Barcelona por mais alguns dias para resolver todas as questões burocráticas. Tive que seguir de volta para os Estados Unidos, pois teria uma prova importante no curso que não teria como remarcar. Dias depois, minha mãe, Álvaro e Gael seguiram para o Brasil, onde uma nova vida iria iniciar para ele e que, sem nem eu sonhar, iria mudar tudo na minha vida também.

CONTINUA...

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Comentários

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cativante, adorei bem escrito com qualidade e prende a atençao o tempo todo fazia tempo q nao lia um conto assim bem escrito em todos os sentidos parabens mesmo

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Muito interessante estou lendo agora e ja estou gostando

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diálogos cheio de nuances e tensão sexual

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continua por favor está interessante essa relação

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INTERESSANTE. MAS MUITAS MORTES LOGO DE CARA. TRÁGICO! MAS VEREMOS NO QUE ISSO VAI DAR.

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