Histórias de bar - Parte 1: "Cadu faz um exame"

Um conto erótico de Fmendes
Categoria: Homossexual
Contém 2069 palavras
Data: 27/04/2020 17:59:59

É comum ouvir anedotas de como é difícil realizar um reencontro de velhos amigos nos dias de hoje. Eu vivenciei esse drama e sei como é dificil reacender a intimidade depois de anos afastado. Mesmo para nós 4, melhores amigos dos tempos de colégio, estar ali era como estar com estranhos.

Eu, Thiago, Darlan e Carlos Eduardo (Cadu). Enfim, após semanas de tentativas, desculpas e acasos, estávamos ali, naquele bar na Lapa, curtindo o som ambiente.

Mas, por mais que tentássemos, a coisa não fluía. Mesmo as melhores lembranças dos tempos passados não nos revivia a saudade. Cada um de nós havia seguido um caminho, escolhido carreiras, vivido outros tipos de relacionamentos. E estávamos ali, sem ter o que dizer. Um drink, uma cerveja, aperitivos. Tudo ia ajudando a passar o tempo, sem tornar ele mais prazeroso.

Em um dado momento, resolvi abrir o jogo, cansado da apatia que reinava.

"Pessoal, foi mal. Não esperava que isso aqui fosse ser esse tédio. Fico sem graça de ter sido um dos grandes incentivadores disso"

"Que isso, cara. Não ta um tédio assim" Cadu tentou aliviar pra mim, mas todos o encaramos com aquela cara de dúvida "ta bom. Um pouquinho rs"

"Mas também, todo mundo acanhado aqui" Darlan interveio "po, nem parece que éramos parceiroes na escola"

"Olha quem tá falando. Você mesmo quase não abriu a boca" atacou Thiago, com um sorrisinho

Darlan riu, concordando e dando um gole.

"Ah, qual é. Não é possível que ninguém tenha feito nada de interessante esses anos todos?" Levantei a questão. "nada? Todo mundo careta aqui?"

"E você?" Darlan desafiou

"Claro que fiz das minhas "

"Por que não conta entao?" Cadu

"Ora pois, só eu?" Me queixei

"Ué, nós também. Vamos todo mundo. Cada um conta uma" sugeriu Darlan, incentivando.

"Mas tem que ser história boa. Cabeluda. Vergonhosa. Só não precisa ser um crime, pois não quero sair daqui e ir pra delegacia prestar queixa de vocês, amigos" Thiago falou com ar sério e todos gargalhamos.

"Fazemos o seguinte então. Uma aposta. Cada um de nós vai ter de contar uma coisa maluca que fez na vida e ninguém sabe." Comecei em tom de mistério "e melhor. A pior história a mais sem graça, vai pagar a conta da noite"

Todos se animaram.

"Então vou logo pedir uma rodada, por que não vou conseguir contar com a cara limpa não" Thiago pediu uma rodada

"Caramba, deve ser boa sua história então" Cadu ficou curioso.

"Mas ai, quem começa?" Darlan quis saber, muito interessado

De repente, parecia que enfim todos haviam ganho ânimo. A proposta, apesar de boba, funcionou, mas eu tinha dúvidas de o que falar. Vasculhei em minha mente alguma coisa boa, que service.

Ao fim, tiramos na sorte a ordem. Por sorte, não fui o primeiro, assim poderia ver o que sairia para tentar equiparar. O primeiro seria Cadu, depois eu, então Darlan e por último Thiago.

Cadu ficou pensativo, buscando algo que pudesse usar. Bebeu um gole da cerveja e, depois, com cara vermelha e sorriso sem graça, decidiu.

"Tudo bem, vamos lá. Mas olha. Fica aqui entre nós, beleza?"

"Claro, pô" falamos quase que ao mesmo tempo.

Dava para ver que a coisa era feia. O rosto branquinho dele estava vermelho e não devia ser a bebida. Os olhos azuis brilhavam. E ele, que sempre teve cara de moleque, mais parecia uma criança arteira.

"Então tá, não sei se sabem, mas antes de eu trabalhar no marketing, eu tentei a carreira de ator. Fiz teatro, oficinas e tudo. Mas não deu muito certo. Com o passar do tempo, a situação financeira apertou, e eu tive de aceitar um trabalho... Digamos... Inusitado"

"Ai, meu Deus, você fez filme pornô!!!" Exclamou Darlan de forma tão sincera, que eu caí na gargalhada. Sorte o bar estar cheio, caso contrário teriam ouvido isso e Cadu estaria mais vermelho que um tomate"

"Não... Porra!" Respondeu, tentando segurar o riso.

"Você se prostituiu?" Perguntei baixinho, gostando da zoeira.

"Não... Digo... Não. Não foi bem isso. Ah caralho, vocês vão deixar eu contar ou não?"

Ficamos em silêncio. Já estávamos muito curiosos a saber do que se tratava aquela história.

***

Pois bem, acontece que nesse período eu recebi um convite para ajudar a polícia em um caso. Lance sério. Uma empresa famosa de farmácia havia recebido duas denúncias de mães de adolescentes que haviam sido vítimas de abuso durante o exame médico admissional nesta empresa.

Pra coisa não feder muito, a empresa quis resolver da forma mais rápida possível. Então, prometeu indenizar as famílias e providenciar a prisão do assediador o mais rápido possível. Para tanto, eles combinaram com a polícia de tentar um flagrante. Foram até meu grupo de teatro e me escolheram. Por eu ter 19 na época mas ter essa carinha de moleque desde que me entendo por gente. A proposta era simples. Eu ia fazer uma consulta com esse médico, me passando por um adolescente de 16 anos, que entraria para ser menor aprendiz. Comigo, na mochila, estaria instalada uma câmera.

Minha missão era de ser o mais neutro possível. Se ele tentasse qualquer coisa eu teria de deixar, mas em hipótese alguma eu poderia sugerir nada. Toda a ação teria de partir dele.

*

("Pera ai, pera ai, pera ai" Darlan interrompeu "você disse, qualquer coisa? Tipo. Se o cara quisesse te chupar te ... Comer. Qualquer coisa?"

"Cala a boca, Darlan" Thiago o repreendeu, "vai cara, conta")

*

Então. Sim. Eu teria de estar disponível para qualquer forma de assédio.

E fui. Fiz todo o procedimento. Esperei minha vez e fui chamado. De cara, achei que fosse furada. Assim, achei dificil um cara daqueles se expor a uma situação dessas. Não me levem a mal, mas o cara era boa pinta. Sabe, daqueles coroas conservados? Corpo de nadador, cabelo preto e barba. Um pouco grisalho, mas tranquilo. Além do que o cara era médico. Seria arriscar demais.

Mas enfim, fui eu. O cumprimentei, deixei a mochila no assento do lado, como me orientaram na polícia, de forma a câmera pegar bem a mesa dele e a maca de exame.

O caro foi muito profissional e eu tive certeza que era inocente.

Perguntou da minha vida, se tinha algum histórico na família. Câncer, diabetes, tudo normal. Eu fui respondendo. Aí foi a hora que ele perguntou:

"Pratica atividade física?" Eu senti uma maldade na pergunta e respondi que sim

"Por que?" Quis saber na hora

"Você tem uma musculatura desenvolvida para sua idade. Da até a impressão que é mais velho"

Cara, eu gelei. Fiquei com medo dele descobrir e meu pagamento sair voando pela janela. Mas mantive a calma e contornei

"Ah sim. Todo mundo fala isso. É que malho bastante"

"Tudo bem, vamos ver então. Tira a roupa por favor, e deita na maca"

Eu levantei e obedeci. Fiquei só de cueca. Ele não questionou. Deitei e ele foi analisando minha pele. Tudo tranquilo. Pega ali, aperta la. Etc.

Ele então pediu licença e pegou minha cueca. Arriou um pouquinho.

Comecei a sentir maldade, mas mantive a calma. Ele explicou que era pra ver se eu tinha algum sinal de HIV ou alguma dst. Pressionou minha virilha,massageou, depois abaixo do meu saco, e dali passou para até abaixo do meu queixo . Aqui entre o gogó e o queixo. Então, nada. Pediu depois para eu por a mão na boca e soprar, pra forcar o ar e ver questão de hérnia e tal.

Fiz. Ele ainda massageou meu saco mais um pouco. Puxou a pele do pau e analisou a cabeça. Depois mandou eu me sentar.

Eu pus a cueca de volta e ele não se importou.

"Então, Denis" era o nome que me deram no documento falso "sua saúde parece ótima. Até onde posso ver" não falei nada, apenas esperando "vejo só que você tem uma tatuagem aqui na barriga, né?"

"Algum problema?" Quis saber "minha mãe autorizou"

Ele riu

"Não, relaxa" e alisou minha barriga. "Ela está em um ponto não muito visível. Só que..." E alisou mais. Cara, uma hora a mão dele passou no meu pau. Assim, de leve. Parecia sem querer. Eu fiquei nervoso. Mas segurei a onda "e sabe. Aqui na empresa você pode ter contato com produtos químicos e..." Ele então puxou um pouco minha cueca de novo e botou meu pau pra fora "assim... Não sou eu, sabe. É procedimento da empresa" e puxou a pele e ficou olhando a cabecinha de novo " mas acho tão ruim uma coisa tão trivial acabar prejudicando você, não acha?"

Eu apenas concordei com um aceno. Mesmo que quisesse, não conseguiria falar

"Vejo que você é um bom garoto " e me fez deitar de novo. Eu só obedeci. Puxou minha cueca de uma vez só e eu fiquei pelado na maca. " Não vou fazer isso com você. Sei como é importante o primeiro emprego pra um jovem"

Ele começou a me punhetar de leve. Pqp. O pior, a porra do meu pau começou a ficar duro. Não, não sou viado. Mas porra ele tava pegando no meu pau. Não é algo que da pra controlar.

Então? Então ele caiu de boca cara. Juro por tudo o que é mais sagrado: o cara começou a me mamar ali, no meio do consultório. A câmera pegou tudo. Pra mim, aquilo já seria o bastante e eu tava querendo ir embora, mas os caras lá foram bem claros. Eu só podia sair quando ele me dispensasse. Até lá, eu tinha que estar a disposição.

Então eu tive de ficar ali. Cara, confesso, até que a mamada era gostosa. Mas e o medo dele querer mais. Teve uma hora que ele pos o pau pra fora e começou a se masturbar. Ainda bem que eu não tive de pegar naquele pau. Ele começou a me beijar no pescoço, no peito, na barriga. E eu ali, deitado igual um cadáver. E logo ele voltou pro pau. Pegou, levantou e foi chupando o saco. Bem devagar. Bola por bola. Se fosse qualquer outra situação eu ia até curtir. Assim não querendo ser escroto, mas nenhuma mina mama daquele jeito. O cara leva jeito.

Foda foi quando ele desceu aquela boca e linguou meu rego. Cara, que medo, mas ficou só ali. Eu tentei relaxar, sabe, tentei puxar o gozo logo. Quem sabe se eu gozasse ele se sentia satisfeito. E funcionou. Gozei e ele bebeu a porra toda. Sem nojinho e sem frescura. Aí ele guardou o pau de volta e mandou eu me vestir

Cara, muito louco, foi como se nada tivesse acontecido. Tipo, ele terminou o exame de forma normal, apertou minha mão e me dispensou. Muito louco o doutor. Pqp.

***

"Cara, o que aconteceu com o médico?" Thiago perguntou.

"Ora, preso, imagino. Né?" Deduzi.

"Aham. Sem direito a fiança. E a empresa conseguiu sair sem se manchar. Mas também. Pagou uma indenização gorda para as mães"

"Caramba" Darlan absorveu e depois deu um sorrisinho malicioso " mas diz ai, ficou chateado?"

"Eu? Não, por que? Por ser X9? O cara cometeu um crime" Cadu se defendeu

"Não. Eu sei. To falando que você pode ter ficado chateado, de ter mandado o cara que te mamou tão gostoso pro xilindro"

Cadu ficou vermelho na hora e praguejou

"Ah, vai pro inferno"

Todos rimos.

"Ah, qual é Cadu. Fala agora sem hipocrisia" eu forcei "foi bom ou não foi?"

Ele gaguejou e todos rimos

"Ah fala cara. Tu ja falou que o cara mamava melhor que qualquer mina que tu pegou" Thiago jogou lenha.

"Ora. Falei mesmo" e então assumiu coragem "qual o problema? Mamou gostoso sim. " Continuou com mais convicção. Até voz grossa o Cadu fez

Eu bati palmas pra ele

"Cara, coragem a sua. Gostei. " O parabenizei com sinceridade. Mas depois não pude deixar de zoar tambem "mas diz ai, quando vai ser a visita íntima?"

Mais gargalhadas. Tivemos de maneirar, pois as outras mesas estavam já olhando

"Até tu, Fábio. Que belo fdp tu me saíste"

"Foi mal" falei, jáa controlando o riso.

Ele mesmo já não estava mais chateado e parecia achar graça de tudo.

"Mas pelo menos" começou, tomando o gole e sentando de forma mais marrenta "digo que foi bom sim e tem mais. Me serviu essa história pra eu beber de graça hoje. Até por que, duvido alguém contar uma melhor que o papai aqui. E ai, Fábio?" E me olhou com desafio "vai encarar?"

Continua..

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Comentários

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Que enredo criativo, me lembrou noite na taverna, continua logo!

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