Diários de um viajante ༽ 01

Um conto erótico de Caliban
Categoria: Gay
Contém 1147 palavras
Data: 22/04/2020 18:25:15

×Obra de ficção×

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Olá, se você está lendo isso é porque finalmente tive coragem de mostrar minhas memórias mais profundas e contar sobre como renasci e conheci o amor da minha vida. Espero que esteja preparado para ler não apenas uma "história" mas sim as memórias de hoje um homem satisfeito com sua vida.

Atenciosamente,, Caliban

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Devo admitir que nunca fui um garoto fácil, vivia me metendo em brigas, matava aula, diversas vezes roubei dinheiro escondido dos meus familiares para gastar com doces e guloseimas, acho que isso eu havia herdado do meu pai, sim...definitivamente dele. Meu pai não era uma boa pessoa, nunca se esforçou para fazer o bem e nunca se importou com ninguém além dele mesmo, Otávio era seu nome, me pai era um sujeito bonito, ele tinha longos cabelos escuros puxados pra trás, um queixo perfeitamente simétrico, lábios não muito fartos mas muito sensuais e um bigode abaixo do nariz que era até engraçado as vezes... ele era o delegado da minha cidade natal "Asa de Prata" no sul do Brasil, um lugar cinza assim como ele, blase talvez; não me levem a mal, era uma cidade "interessante" vários casarões, poucas escolas, era perto do mar, algumas fábricas e uma grande (talvez a única coisa bonita daquele lugar) igreja. Possivelmente dentre todas àquelas casas a minha era a mais viva, não por atenção do meu pai mas pelo amor da minha mãe...oh mamãe. Minha mãe era linda, longos cachos quase dourados podiam ser vistos de longe quase ele estava por perto, ela não era magra mas também não era gorda...ela era "suculenta" não num sentido ruim, longe de mim, mas sim no melhor sentido possível, ela tinha seios e coxas fartos, quase como uma obra de arte e um olhar...quanta saudade. Minha mãe para completar sua quase divina perfeição tinha nome de princesa, Aurora, divina era a única palavra capaz de definir àquela mulher. Eu puxeu muito deles, tinha uma pele pálida como a de meu pai, longos cabelos caxeados e dourados como os de minha mãe, um queixo simétrico como o de Otávio, e um corpo "interessante" como o de minha mãe(isso todo no auge dos meus 15 anos). Tive 3 irmãos, Ícaro o mais velho que fugiu de casa quando eu era apenas uma criança de colo, Helena que enlouqueceu aos 14 anos e foi mandada para uma "clínica", e Otávio Junior que infelizmente tinha não apenas o nome igual ao de seu pai mas também a personalidade extremamente parecida (era o mais novo), vocês não vão precisar se afiliar ao meu nome agora já que ele não sera necessário, mas para matarem a curiosidade me chamavam Lúcio, logo descobriram o porquê do "chamavam".

Eu não tinha muito amigos em Asa de Prata, não brincava com os meninos no recreio, não me animava com as crianças da igreja, nem era próximo dos meu primos, mas havia alguém que eu poderia realmente chamar de amigo, ele se chamava Miguel...ele tinha olhos de um anjo mas o coração de um demónio, acreditem em mim quando digo que era impossível não se apaixonar pelo Miguel, ele era engraçado, bonito, inteligênte e extremamente esperto...uma combinação perigosa. Eu nunca senti algo como eu sentia por Miguel, era quase como uma chama em mim que dizia "eu quero ele", "que eu precisava dele", era um sentimento muito forte que levou ao início do fim.

Um dos únicos dias que eu me sentia livre das amarras da minha família era quando eu ia coincidentemente para a igreja e lá podia esquecer dos meu problemas com àquele lugar pequeno. Era lá onde muitas vezes me encontrava com Miguel e juntos após a missa acabar iamos para os lados do cas onde conversavamos a tarde toda sobre amenidades da época; muitas das vezes não tocavamos em assuntos como sexo e sexualidade...mas naquele dia as coisas foram diferentes.

Lúcio - Miguel, você já pensou em ir embora daqui ?

Miguel - Nunca, aqui eu tenho minha família, meu amigos e...você

Lúcio - Miguel, eu preciso me abrir com você sobre uma coisa...

Miguel - Pode me falar - Ele me olhou fixamente

Lúcio - Eu vou fugir, eu vou pegar as minhas coisas e ninguém nunca mais vai me ver por essas ruas

Miguel - Mas e a sua mãe, e o seu pai, e o tavinho, e eu...você não nós ama ?

Lúcio - Eu amo você...digo gosto muito de você, eu amo a minha mãe e aturo o tavinho haha - Me virei e comecei a olhar o horizonte - mas isso não e pra mim, eu odeio esse lugar, odeio o meu pai, odeio tudo ligado a eles. Me desculpa Miguel mas eu preciso ir...você poderia vir comigo ?

Miguel - Eu não posso, eu amo esse lugar que você tanto odeia

Lúcio - Se você não vai comigo...tudo bem

Meu olhos marejaram e meu coração estava apertado.

Miguel - Lúcio, você já amou ?

Lúcio - Por que quer saber disso Miguel ?

Miguel - Sla, eu só...

Lúcio - Só o que?

Miguel - Deixa pra lá

Lúcio - Mas respondendo a sua pergunta...sim, eu já "amei" alguém - Me aproximei dele

Miguel - Você beijou essa pessoa ? - ele me encarava com curiosidade

Lúcio - Não...seria impossível

Miguel - Sabe Lúcio, eu gosto muito de você...

Lúcio - Eu também gosto muito de você - Fiquei corado enquanto me aproximava ainda mais dele

Miguel - Você entende esse tipo de "gostar" ? - Ele assim como eu ficava com as bochechas rubras

Lúcio - Entendo...

Miguel - Eu quero fazer uma coisa mas...eu tenho medo

Lúcio - Eu acho que sei o que você quer fazer - Me aproximei mas um pouco porém assim que cheguei perto ele colocou suas mãos na minha cintura

Miguel - Lúcio, eu tenho medo de fazer isso e seu pai descobrir - Ele se afastou

Eu precisava reacender o clima antes que àquele sonho acabasse

Lúcio - Eu não tenho medo do meu pai...ele é um monstro mas eu nunca tive medo de monstros - Segurei a mão dele.

Miguel - Lúcio...eu...eu acho que tê amo - Ele teria voltado a me segurar em seu braços

Lúcio - Eu tê amo também Miguel...

Ele apertou contra seu corpo e em um ato rápido me beijou enlouquecidamente. Em um único movimento Miguel tirou meu fôlego e quando percebi nossas línguas já estavam brincando uma com outra em uma atitude tão instintiva que ambos pareciamos animais em época de acasalamento. Ele me soltou e quando eu iria retribuir a atitude ele me olhou com muita melancolia.

Miguel - Eu não sou gay!!!

Lúcio - Eu também não!!

Miguel - Desculpa Lúcio, eu-eu-eu tenho que ir - Ele correu até a saída e me deixou lá, assustado e confuso.

Eu estava confuso, com medo, a ideia de fugir ainda estava viva na minha mente, mas viver sem quem eu amava matava meu coração.

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Bom, esse foi a primeira parte do neu primeiro conta. Espero que tenham gostado até o próximo cap ✌😗

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Comentários

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Conto gostosinho. Aguardando o próximo.

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Esse foi o meu primeiro conto, espero que tenham gostado

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