Diários de alguém cansado

Um conto erótico de Jhonnes
Categoria: Gay
Contém 1415 palavras
Data: 12/01/2020 13:38:11
Assuntos: Amor, Azar, bate-papo, Gay

Bom dia/tarde ou noite para você que está lendo essas palavras, venho através delas mostrar o meu cansaço alguns diriam que e porque tenho 30 anos e não tenho coragem de me assumir, outros diriam que e porque entro em sites como o casas dos contos e idealiso um amor que não existe e ainda teriam alguns que falariam que meu cansaço e proveniente das minhas entradas em aplicativos como o bate-papo Uol. Bem meus amigos vamos então ao meu dilema.

Alguns dizem que já nasceram gay, e desde pequeno já sabiam que eram gays e comigo foi completamente o oposto pois me descobri gay aos dezesseis anos quendo me vi completamente apaixonado por um colega do terceiro ano do ensino médio e morrendo de ciúmes por ele está agarrado e beijando uma moça que foi para o retiro e quando me perguntaram se eu estava com ciúmes eu me vi naquela situação pois até então nunca tinha nem pensado e nem me masturbado pensando em homem.

Depois do acontecido fui para casa e pensar na situação e o porquê de está com tanta raiva da moça, foi nesse dia que me vi gay e tentei me matar mas infelizmente não consegui, acordei três dias depois no hospital e fiz uma promessa para a minha mãe que não tentaria novamente e seria o melhor filho do mundo para ela e fui o que eu fiz. Comecei a trabalhar e ajudar em casa, onde minha mãe ia eu era elogiado pela boa educação que ela me deu, por ser bom e sempre procurar ajudar o próximo, eu era um bom filho, tio, padrinho, neto, sobrinho, primo e irmão.

Vivi assim por muito tempo, na realidade ainda vivo, sempre para satisfazer os outros eu não sei vocês mas sabem aquelas reuniões de famílias onde os seus parentes de todos os lugares do país vem para reunir toda a camisa onde rola lavagem de roupa suja, o povo bebe muito e teóricamente você deveria se sentir entre os seus? Comigo nunca fui assim eu sempre me sinto um peixe fora d'água, mas sempre com um sorriso no rosto e meio que pelos cantos e meio que falando com um e outro para não pegarem no meu pé.

Quando fiz vinte e seis anos deitei na cama e percebi que me faltava algo, e comecei a entrar no na sala de bate-papo Uol e um outro aplicativo chamado Grinder para começar a me relacionar sexualmente com homem. Não vou mentir apesar de não ser bonito nem assumido consegui sexo algumas vezes, dei a primeira vez e aos que dizem que não doi em me doeu bastante e comi caras então acho que me enquadro em ser Versátil.

Minha rotina virou essa toda vez que dava tesão eu entrava na sala mas sempre com medo de ser reconhecido ou topar com algum conhecido. E na minha cidade noventa porcento dos caras casados curtem e entram lá o problema e que são pessoas vazias que entram todo dia e querem um cara por dia e isso eu tenho medo de ficar rodado e todos terem meu número.

Minha mãe veio a falecer quando completei vinte e oito anos, e com isso engordei e ficou complicado para me aquela época pois a pessoa que eu havia prometido que não iria me matar morreu e eu fiquei completamente sem rumo. E até para arrumar sexo estava complicado.

Ser gordo e difícil, pedi conta do serviço mas meu patrão não me deu, me afastei de todo mundo e para completar entrei na faculdade para pensar em outras coisas e na faculdade oitenta porcento dos caras são gays e todos entravam no bate-papo o que só complicou pois ser gay e não ser assumido e querer sigilo e tão complexo.

Mas descobri que os caras lá curtiam minha conversa, até nos dávamos bem porém na hora da foto me bloqueavam ou só falavam que não curtiam. Outros só falam que rola sexo por dinheiro, tem uns caras de pau que se aproveitam da situação transam mas antes temos que pagar cerveja, levar para festa e sempre pedem coisas.

Já deu para perceber que minha vida e um monte de devaneio, as vezes acho que sou um gay dos mais escrotos pois não sou afeminado e não tenho nada contra, não tenho a voz fina e nem me visto de mulher e por ser assim gostaria de encontrar alguém assim também mas os caras são assumidos e a maioria gosta de usar salto alto. Eu não tenho nada contra e uma vez um desses rapazes me falou que eu era um gay com preconceito e realmente não sei se estou certo ou errado. Eu acho bonito a forma que eles dão a cara a tapa não que eu não o faça, e que eu sou reservado e gosto disso e se me perguntarem eu digo a verdade. Até hoje ninguém nunca chegou em mim e perguntou se sou gay ou não, já ouvi alguns comentários mas nunca diretamente eles associam que nunca tive namorada e nunca me viram com homem eu automaticamente sou gay.

Eu termino dizendo que estou tão cansado de ficar entrando nessas salas e topando com caras escrotos, esses que perguntam se eu pago por sexo e na sequência eu falo que não pago por sexo e apesar de não ser assumido eu queria ter alguém, para poder abraçar, cuidar, da carinho e receber tudo de volta. Só para esclarecer eu não pago por sexo pois acho que não vale apenas eu sou mais pagar para ir jantar em algum lugar e conversar se conhecer melhor, depois ir lanchar em algum lugar legal, e no final de semana ir ao cinema e depois a açaíteria que tem na mesma avenida para criar intimidade e sexo seria só consequência porém infelizmente não e assim q acontece e posso mostrar a vocês vejam só um exemplo:

Entrei no aplicativo Grinder e vendo os caras comecei a teclar com um cara, e passamos uma semana conversando e falando de acontecimentos de nossas vidas e sempre estando em sintonia trocamos fotos e de cara ele falou que não me curtiu, já estou tão quebrado que isso me abala um pouco e sai do aplicativo e quando voltei ele me chamou e trocamos zap, criamos uma amizade achei eu. Daí passamos a teclar pelo ZAP e na terça-feira seguinte cheguei em casa da faculdade as 22:30 e fui fazer macarrão de forno e quando terminei mandei foto para ele e de imediato falou que estava bonito e estava com fome e se pudesse comeria também, eu de imediato falei que levaria para ele que duvidou e mandou localização e apesar de morar a vinte quilômetros da minha casa eu fui e ele falou que eu o surpreendi e que gostou bastante de mim.

Depois desse dia aproveitei o resto da semana pois não tinha aula e na quarta-feira o convidei para ir jantar em um local bonito na minha cidade e ele aceitou, fui buscar ele e fomos foi tão bom conversamos sobre tudo. na quinta-feira eu o chamei para lanchar na avenida principal da minha cidade e ele aceitou, fui buscar e fomos era tão gostoso conversar com ele e rir de tudo. Na sexta-feira não nos vimos e ele apresentou uma alergia severa, ele me mandou fotos e no meu horário de almoço eu fui na farmácia e falei com o farmacêutico e comprei o remédio e levei e neste dia não saímos, no sábado ele tinha compromisso e no domingo marcamos de ir ao cinema, assistimos o filme: O rei Leão e saímos já era noite e seguimos a sorveteria/açaíteria, tiramos a primeira foto juntos ele foi de açaí e eu de sorvete conversamos e rimos bastante e fui deixar ele em casa e depois de duas semanas eu pensei que ele tinha visto algo além da minha aparência de Shrek e ao me despedi fui roubar um selinho e de imediato ele me empurrou que quase cai e falou que eu estava confundindo as coisas e que se eu quisesse poderíamos continuar saindo mas só na amizade quer ele estava gostando mas sem rolar nada.

Depois desse dia não o vi ou falei com ele, mas aí os status do zap deles começaram a aparecer para me e sempre com o amor da vida dele, que tinha encontrado o amor, e admito que ver isso só me derrubou mais ainda.

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Comentários

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Ai mana, apesar de eu ser assumido, consigo te compreender. Eu acho que o que mais te empaca nessas situações é sobre o que você pensa de você mesmo. Toda essa construção durante toda a sua vida e o fato de você viver para as pessoas. Eu ja fui assim, nao sabia dizer não. Achava que era o mínimo que poderia fazer e só pelo fato da tentativa de suicídio se deduz que foi muito difícil pra você se aceitar gay. Apesar da comunidade LGBTQIA ter todo um discurso sobre amor, empatia etc. A gente sabe que na prática depende mais da gente e o quanto a gente permite que as pessoas nos firam. É preciso cultivar o amor próprio e eu vi isso em alguns trechos do seu texto. Mas acho que falta se interiorizar mais, se conhecer. Nao serei hipócrita em dizer que peso, aparência não é barreira, pois claramrnte sabemos que é. Estamos falando, no caso de nós gays, de homens, e na sociedade a qual vivemos estamos sujeitos a diversos padrões. E mesmo o "feio" não quer ficar com um "feio". A superficialidade da procura de um amor está pautada primariamente na aparência. Pq as pessoas se preocupam mais em o que os outros vão pensar do que reaomente em como vao ser tratadas pelo companheiro ou se vale a pena tal relacionamento. A gente também cria muitas expectativas em cima da vida e se pressiona até se frustrar por reparar na "grama do vizinho" e perceber que, aparentemente, a nossa não está boa. É preciso se recolher, se interiorizar e buscar dentro de você o amor para com você mesmo que irá passar a mudar tudo isso.

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