Sob o domínio da paixão

Um conto erótico de Marcela Araujo Alencar
Categoria: Heterossexual
Contém 3620 palavras
Data: 04/12/2019 23:26:06
Última revisão: 11/12/2022 16:05:06

Sob o domínio da paixão

Conto de Marcela Araujo Alencar

Meu nome é Lucia, tenho 27 anos, casada e mãe de dois lindos meninos, de 3 e 4 anos. Tanto eu como Ricardo, meu marido, trabalhamos e os meninos ficam na creche o dia todo. Geralmente nos revezamos para os levar e trazer da escola e desta forma tudo vai muito bem na família e somos muitos felizes.

*****

Ricardo é diretor de uma multinacional do ramo de laticínios e eu sócia proprietária de “Luciá & Irmãos, Engenharia Ltda.” Minha irmã Thaisa, a mais velha, o caçula, Fernando e eu seguimos os passos de nosso pai, e administramos nossa empresa com sucesso. Por essa razão, mesmo depois de ser mãe, não quis ser somente dona de casa e com isso, concordou Ricardo.

Como sou a engenheira da empresa, é comum ter de visitar as obras que tocamos e por essa razão, por pouco não deixo meus filhos órfãos de mãe. Tudo teve início, pouco antes das 11 horas, começo a inspeção das fundações de um dos prédios, circulando e verificando cada detalhe, tendo ao meu lado o mestre de obras, que com a prancheta na mão, registra tudo que eu acho relevante.

Marcelo, trabalha comigo, desde o início da empresa. Ele é eficiente no que faz e comanda os operários com competência, só por esta razão, faço de conta que não ligo para suas “piadinhas” sempre que estamos juntos. Ele não é vulgar e até tem classe ao me cantar, mesmo sabendo que sou casada, mãe e acima de tudo sua chefe.

Mas algo naquele “danado” me fascina, não sei se é o seu tamanho, sua pele negra ou seu corpo musculoso. Quase ao meio-dia, terminamos a inspeção e ele libera o pessoal para o almoço. E lá vem Marcelo com sua conversa molhe para cima de mim.

- Doutora Lucia, a senhora aceitaria almoçar comigo?

De gozação com ele, rindo, respondo:

- Marcelo, até que eu gostaria.... mas eu hoje não trouxe a minha marmita.

Ele entendeu a minha brincadeira, mas fez de conta que não.

- Eu estava pensando naquele restaurante há duas quadras daqui, Lucia.

- Você é muito peitudo cara.... sabes que isso é assédio e que podes ser despedido por isso?

- Mas você é a chefe e eu o empregado!

Ele retruca divertido, mas me comendo com aqueles olhos que parecem querer me devorar inteira.

- Tudo bem.... vamos, eu estou com fome mesmo.

Ele me olha parecendo espantado, nunca imaginou que eu pudesse um dia, aceitar um convite dele para almoçar, dentre as muitas negativas anteriores.

Desta vez, não sei muito bem por que aceitei ir almoçar com ele. Estacionei meu carro na lateral do restaurante que ele indicou. Hora do almoço, o local fervilhava de homens e mulheres, e não havia uma mesa vaga para nós. Marcelo riu, aborrecido e me olhou com aqueles lindos olhos e confesso, dei mancada. Fiquei com pena dele e;

- Marcelo, vamos levar para viajem e almoçaremos no meu carro.

Vinte minutos depois, ao lado do restaurante, nos divertimos comendo as “quentinhas” e bebendo na própria lata a cerveja. Botando conversa fora terminamos a refeição e confesso que gostei de estar ali com aquele homenzarrão. Não sei o que deu nele, pois sem ao menos falar algo, Marcelo colocou o braço em volta do meu pescoço e me puxou para ele. Com os olhos arregalados de espanto, senti os seus lábios colados aos meus e a língua tentando invadir minha boca. Muito rápido uma mão se moveu em minha coxa e foi espalmar minha buceta, por cima da calcinha rosa que vestia. Assim surpreendida, fechei as pernas e prendi a mão dele no meio de minhas coxas. Com a mão “imprensada” Marcelo começou a movimentar quatro dedos, em forma de cunha, forçando o fino tecido da calcinha para dentro dos lábios vaginais.

Consegui afastar minha boca da dele:

- Você ficou maluco? Tire a mão daí, cara!

Mas ele apenas aproveitou minha fala e colocou a língua dentro de minha boca e forçou os dedos ainda mais para dentro de mim.

A língua dele como uma cobrinha se enroscando na minha e seus dedos enterrando o tecido da calcinha dentro de mim, foram me amolecendo e minhas coxas foram se separando e nossas línguas, agora estavam duelando.

Aos 27 anos, pela primeira vez na minha vida um homem, a não ser meu marido, estava fazendo com que ficasse louca de tesão. Com um só puxão a calcinha rosa se partiu e foi jogada no piso do carro. Dois dedos de Marcelo, foram invadindo a minha vagina e me fodiam como se fossem um pau, indo fundo em minha grutinha. A blusa de gola, subiu pelo meu pescoço e o sutiã com a alça partida foi se juntar a minha calcinha. Como dois adolescentes fazendo sexo no carro do pai, eu e ele, nos entregamos com tanta fúria ao nosso alucinante tesão, que esquecemos de onde estávamos.

Nem sei como, mas no banco do carona, reclinado, ele conseguiu me deixar totalmente nua e me posicionou sentada de frente para ele, com as coxas o envolvendo e praticamente ordenou que eu o cavalgasse. O belo negro me pegou de surpresa e mesmo sabendo que devia parar com tudo aquilo, a tesão falou mais alto e fiquei subindo e descendo no seu colo fazendo com que o pênis enorme, rígido como pedra, entrasse e saísse de minha buceta, enquanto soltava gritinhos alucinados de paixão. Marcelo, igualmente dominado pelo prazer, chupava e mordia os meus ombros, pescoço e os meus seios. Ambos tivemos orgasmos ao mesmo tempo e eu não suportando a enormidade do prazer, berrei como uma Bezerra, agarrada ao pescoço dele. Nunca em minha vida senti prazer tão intenso, e fiquei montada sobre Marcelo, com ele todo dentro de mim.

Abri os olhos e vi os homens, quatro deles, dois de cada lado do carro, nos olhando. Com um grito de terror, pulei do colo de Marcelo e o fruto de nossa paixão, jorrou abundante de dentro de mim. Sem mesmo colocar a blusa, nua como vim ao mundo, pulei para o volante e como um raio saí rangendo pneus.

Nunca em toda minha vida me senti tão envergonhada. Nua ao volante, a mais de 100 por hora, dirigi sem rumo chorando em desespero.

- Calma.... calma... Lucia, tudo já passou!

Marcelo ao meu lado, procurava me acalmar, pois estava com os nervos à flor da pele, poderia perder a direção. Finalmente, depois de vinte minutos de corrida louca, parei no acostamento de uma estrada, que nem sabia qual, batia com a cabeça contra o volante e só me acalmei depois que senti forte dor na testa.

- Meus Deus.... eu mereço isso, por trair meu marido de forma tão vulgar! Como pude fazer essa loucura! Como vou encarar Ricardo e meus filhos? Quero morrer......quero morrer! Você é o culpado de tudo, cara... não devis ter me agarrado como fez.

Marcelo ficou impressionado com o meu desespero, pois eu chorava e tremia enquanto me lamentava e ele se sentia culpado por ser o start de tudo aquilo.

Me abraçou, dizendo palavras de conforto e me aninhou nos seus braços, agora eu apenas soluçava. Conseguir vestir a saia e a camisa que caídas sobre o banco estavam amarrotadas e manchadas de porra. Marcelo assumiu a direção e atencioso passou por uma farmácia e conseguiu adquirir um calmante, pois eu ainda estava muito nervosa. Depois, a meu pedido, dirigiu até minha casa. Me enfiei na banheira morna e lá fiquei até metade da tarde, depois me vesti e saí para buscar os filhos no colégio.

No caminho fiquei pensando no que fizera pela manhã. Pela primeira vez na vida, fora infiel ao meu marido e fizera tremenda besteira, ao fazer sexo com Luciano dentro de meu próprio carro. Durante a noite, meu marido quis fazer sexo e mesmo não estando com vontade, aceitei. Foi uma descoberta desconsertando, descobri que o pênis de Ricardo é muito menor que o de Luciano e que o sexo com o meu capataz é mil vezes mais gostoso.

Na manhã seguinte, no escritório, pelo celular Luciano ligou e mesmo fervendo de raiva dele, gostei de sua preocupação, que logo perguntou como eu estava me sentindo.

- Estou bem, Luciano..., mas vou lhe pedir um favor.... nunca mais poderemos fazer a loucura de ontem...... Fui demasiada imprudente e isso não pode voltar a acontecer, só não o demito, porque sei que parte da culpa foi também minha.

Na semana seguinte, retornei para fazer nova inspeção nas obras e ele me pediu mil desculpas, pois se sentiu culpado pelo acontecido.

- Tudo bem Luciano, eu fui a principal responsável e não você, pois me senti como uma colegial, fudendo no carro de um namorado. Confesso que fiquei cheia de tesão por você e assim sou igualmente responsável pelo acontecido.

- Lucia, sei que é errado o que sinto por você, pois sei que é uma mulher casada, com filhos e é a minha chefe; mas assim mesmo sou forçado a confessar que tenho uma enorme paixão por você e não dá mais para esconder isso. Nem por um momento deixei de sonhar em a ter novamente em meus braços.

- Luciano, por favor.... não faça isso comigo, não me faça ser infiel novamente ao meu marido, ele não merece isso.

- Não dá, Luciá....eu morro de desejos por você e quero fazer amor com você novamente, minha querida! Vamos passar a tarde juntos novamente...estou louco de tesão.

As palavras apaixonadas dele, me fez perceber que o desejo dele era igual ao meu e, no meu carro, com ele ao volante, fomos para um motel. Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas eu estava toda molhada, ante a iminência de fazer sexo com Luciano novamente. Não era amor, era pura paixão, desejo carnal. Sabia que estava agindo como uma vadia, traindo meu marido em pleno dia. Estava consciente do meu erro, mas não fui capaz de evitar este meu imperdoável pecado.

No quarto, permiti que toda as minhas fantasias sexuais mais ocultas viessem à tona. A paixão avassaladora que tomou conta de mim, suplantou o meu senso de dignidade e assim passei de uma honesta mãe de família, a ser uma mulher sem honra, indigna; deixando para segundo plano minha família, tudo em troca do prazer da carne.

Tão logo entramos no quarto, fomos logo nos despindo e o empurrei sobre a cama e me sentei em sua cintura, de costas para ele, agarrei o pênis de Luciano com ambas as mãos e sem conseguir me controlar, inclinada comecei a beijar aquela coisa deliciosa dele. Invadida por uma espécie de tara, pela primeira veza em minha vida fiz sexo oral e deitada por cima, estiquei o corpo e posicionei a buceta sobre a boca de Luciano e, o 69 também foi também o meu primeiro.

Ficamos no motel quase todo o dia, nos devorando quase sem descanso. Pedimos um lanche por volta das onze horas e outro já no meio da tarde. Nunca pensei que pudesse resistir tantas horas de sexo.

Acho que Deus resolveu me castigar por isso. Tinha de pegar meus filhos na escola às dezessete, mas passando das dezesseis e trinta eu ainda estava gemendo de prazer com o membro de Luciano todo enterrado no meu ânus ele chupando o meu pescoço, montado por cima de mim. Depois que ele esporrou e saiu exausto para o lado, foi que percebi que tinha esquecido dos meus filhinhos.

Tomamos um banho rápido e nos vestindo e antes e sair do quarto, liguei para a secretaria da escola avisando que chegaria atrasada para pegar os meus garotos. Numa correria louca, pagamos a nossa despesa e nos dirigimos para o estacionamento interno do motel, onde estava o meu carro. Foi aí que o castigo veio à cavalo.

A primeira coisa que vi foi as duas garotas com olhar apavorados encostadas numa parede. Elas choravam baixinho, tremendo de medo. No chão, com os rostos voltados para baixo, os dois garagistas e dois rapazes, provavelmente os acompanhantes das adolescentes e com armas nas mãos, alguns homens, acho que mais de seis. Percebemos que estava rolando um assalto, mas não tivemos tempo para nenhuma reação. Dois outros caras, vindo por trás da gente, nos empurraram e nos vimos no meio do estacionamentos com armas nas nossas caras.

Luciano foi obrigado, como os outros rendidos, ficar deitado no chão e eu ao lado das duas jovens, que não paravam de chorar. Uns dos assaltantes se aproximou e ordenou que elas ficassem quietas e olhando para uma ruivinha, fez alguns comentários:

- Você é bem safadinha, não é bonequinha? Estávamos na tua cola há muito tempo.... e você mesmo nos deu a oportunidade de te agarrar, ao se livrar dos teus guarda-costas somente para vir foder com o garotão ali, escondida do papai. Agora ele terá de desembolsar alguns milhões para ter a filhinha de volta.

Então era isso, o bando estava sequestrando a garota, para pedir resgate ao pai dela, provavelmente um homem muito rico, um milionário, pois ele falava em milhões. Mas eu não tinha nada com isso e foi isso que falei ao bandido.

- Senhor.... você já tem a garota.... nos deixe ir, pois nós não temos nada com isso.

Ele olhou demoradamente para mim e eu vi no seu rosto algo que me fez tremer de medo.... maldade pura.

- Feche está boca de merda, vadia. Eu não pedi a tua opinião!

- Mas...eu apenas......

Não consegui terminar a frase.... vi ele subir com a mão e a coronha da arma descendo sobre minha cabeça e mergulhei na escuridão.

*****

Não sei quanto tempo fiquei desacordada, minha cabeça parecia estar partida em duas. A dor era tanta que não conseguia parar de gemer. Lentamente tudo foi ficando mais confuso e apaguei novamente. Quando me recobrei novamente, a dor em minha cabeça era bem mais suportável. Levei a mão em minha testa e percebi que estava com uma bandagem a envolvendo.

Custei a me situar e então vi as duas garotas me olhando com caras assustadas.

- Finalmente a senhora acordou... parecia que iria dormir para sempre. Ele bateu em você com muita força e o sangue escorreu do ferimento da tua cabeça.

- O que aconteceu......quanto tempo fiquei desmaiada.... onde estamos?

- Eles nos trouxeram amarradas e com os olhos vendados e não sabemos onde estamos e fizeram curativos em você. Já faz dois dias que estamos presas aqui.

- Meu Deus! Tudo isso? E o que aconteceu com os outros, com o meu amigo?

- Não sabemos de nada... nos deram algo para cheirar e acordamos aqui. Eles dizem que vão pedir dinheiro ao meu pai, para me libertar..., mas que isso vai demorar alguns dias, até a poeira baixar.

Minha nossa! Só podia ser castigo do céu! Eu estava traindo meu marido indo a um motel com um homem. Relegando a segundo plano e agora estava pagando bem caro por este pecado e então chorei, arrependida...,mas agora era tarde...teria de pagar pelo meu erro. Só que não nunca poderia imaginar o quão horrendo seria o meu castigo.

Alguns dias depois do nosso cativeiro, dois homens entraram no quarto onde estávamos presas e ordenaram que eu os seguisse. Sem opção, fui com eles, com o coração querendo sair pela boca. Tremi de medo quando me vi cara a cara com o homem que me deu a coronhada. Fiquei em pé a sua frente e ele sorrindo, falou;

- Você é uma tremenda de uma vadia, uma puta sem vergonha, que deixa o marido e filhos e vai fuder com um dos seus empregados num motel em pleno dia. Teu marido e tua família até apareceram na televisão, pedindo que os homens que a levaram não a machucasse, pois és mãe de dois meninos pequenos. O cara que estava te comendo, até que livrou a tua cara. Ele falou à polícia que estavam saindo de um prédio onde ele é capataz quando foram atacados por uns homens “mascarados”, que o puseram para fora do carro e a levaram.

- Por favor...tenha pena de mim. Me deixe ir embora e eu juro que não direi nada para a polícia. Tenho dois filhos pequenos e sei que errei.

- Cale a boca, você não passa se uma cadela e vai ser tratada pela gente como tal. A garota filha do bilionário e a prima dela, nos renderão uma grande quantia e ficaremos ricos; mas você vai nos pagar com o teu corpo de prostituta, isso se não quiser ser morta e nunca mais ver teus filhos...Estamos de acordo, vadia?

- Não faça isso comigo... pelo amor de deu!

- Não meta Deus no nosso trato, vadia!

Ele me levou para um salão, onde alguns homens se encontravam, em diversos afazeres e pediu que se aproximassem.

-Pessoal, esta mulher permanecerá conosco enquanto resolvemos o resgaste das duas garotas, e essa puta será a mulher da gente neste meio tempo.

Eu pude observar que eram no mínimo uns oito caras e o horror que senti ao ouvir o que ele estava dizendo, me fez, em pânico começar a gritar histericamente. Fui agarrada com enorme algazarra pela turba e em questão de segundos estava totalmente nua, sendo empurrada no meio deles de um lado para outro.

Ali mesmo, no chão duro de tábua corrida, fui estuprada por todos eles, que na maioria das vezes, vinham de dois em dois, em dupla penetração e até com três ao mesmo tempo, quando usavam minha boca como terceira via.

Muitas horas depois, caída num canto do salão, já não me sentia como uma mulher, mais como uma coisa que eles usavam quando queriam. O pior de tudo, é que excitados, decidiram usar as duas jovens tal como fizeram comigo. Naquele restante de noite e pela manhã seguinte. Puder ouvir os gritos delas, enquanto sofriam as mesmas sevícias que sofri.

Isso durou muito tempo e eu nem mais percebia o transcorrer dos dias. Estavam com dois deles, me violentando pela “milésima” vez e tudo aquilo passou a ser normal para mim. Depois de tudo que estava sofrendo nas mãos dos miseráveis, só queria morrer.

Fiquei sabendo que tinham recebido o resgate pelas jovens e que elas foram libertadas, mas que estavam internadas numa clínica para doentes mentais. Eles se regozijavam com isso e eu no meio de todo o meu sofrimento, senti enorme compaixão pelas duas jovenzinhas.... as mentes delas, pelo que parece, não suportaram tanta infâmia.

Eles estavam alegres, repartindo o resgate recebido do pai das garotas e nem se importavam comigo, nua jogada num canto e assim pude escutar o que estavam decidindo sofre o meu destino.

- Essa aí chefe.... o que faremos com ela?

- A puta, pelo que parece, apesar de ficar um pouco abobalhada, não “endoidou” como a duas raparigas e ela conhece a nossa cara muito bem e poderá nos dedurar para os homens. Vamos desová-la num lugar qualquer e depois cada um parte para o seu canto, aproveitar a grama que recebemos.

Fiquei contente em saber que o meu inferno particular estava terminando. Iriam me matar e era isso que queria, não me sentia mais capaz de encarar meu marido, meus filhos e minha família. Era indigna do perdão deles, sofrerão minha ausência, mas será melhor assim. Minha conduta ao me envolver com Luciano foi demasiadamente desprezível e eu merecia todo o castigo pelo que fiz.

O lugar estava muito silencioso, nenhum deles veio me estuprar. Eles estavam partindo e quando vi um deles se aproximar, soube de imediato que ele seria o meu executor. Assim foi, o homem, um anjo enviado pelo diabo para me levar para o seu reino. Ele apontou uma arma em minha direção e disparou três vezes. Senti as ardências dos disparos em meu corpo e nada mais.

*****

Não sabia onde estava, mas com certeza não era na casa do diabo. Não sentia dor, não sentia calor e nem frio. Na verdade, não sentia nada. Parecia que estava flutuando em....em.... lugar nenhum. Mas pude escutar, bem ao longe, a voz de alguém me chamando. Súbito, abri os olhos e vi um anjinho de cabelos loiro e olhos azuis me olhando inclinado sobre meu corpo. O lindo anjo, com os olhos brilhando de alegria, passou a mãozinha em meu rosto e uma gotinha de lágrima pingou em minha face e então reconheci o anjo, era meu filho mais velho, Marcelo, mas ele não tinha quatro anos, devia ter sete ou oito.

- Mamãe querida.... a senhora acordou.... que maravilha!

Ele gritou de alegria e pude ver Ricardo, meu marido e o seu irmão, Pedrinho entrarem no quarto.

Eu os olhei e sem nada entender, apenas sorri e depois voltei a dormir.

Quando acordei novamente, vi todos em minha volta. Meu marido e filhos, minha irmã Thaisa e Fernando, meu irmão caçula. Eu tinha saído do coma de três anos e estava internada, neste tempo todo em uma clínica particular. Fui encontrada agonizante numa casa abandonada, nua e com três disparos de revolver no corpo.

Meses depois, recebi alta e voltei para minha casa, mas nunca mais tive condições de sair de casa, presa numa cadeira de rodas. Quanto a Luciano, sei que continua a trabalhar na nossa empresa, agora tocada pelos meus irmãos e ele telefonou para mim, dizendo que ainda me amava.

Recebi a visita das duas jovenzinhas, que foram sequestradas junto comigo e fiquei imensamente contente em saber que elas tinham se recuperados. Elas vinham me agradecer por tudo que fiz por elas no nosso cativeiro, mas eu não tinha a mínima ideia do que fizera por elas, pois minha memória anda um pouco falhando, mas uma coisa sei com certeza, paguei na carne, o meu pecado e sabia que tinha sido perdoada pelos meus pecados.

FIM

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