O Garoto do Mercado - Parte 21

Um conto erótico de Dri_Al
Categoria: Homossexual
Contém 1329 palavras
Data: 04/12/2019 22:08:26

Promessa é dívida né gente! kkkkk Enfim mais um capítulo. Espero que gostem!

- Eu... eh... escuta... isso tudo... eu ia te contar, mas esse cara estragou minha vida, me fez mal e me ameaçou... apenas entenda que eu amo o Kaique... não sabia como te contar tudo isso... – Olhava nos olhos marejados dela lá no mezanino, sentia meu coração fragilizado e tentava imaginar o que ela pensava. A luz era mais forte lá em cima, suas lagrimas brilhavam. Voltei. - ...mãe, você é tudo o que eu tenho e era essa a maneira que o Thiago encontrou de me atingir. Prometo te soltar daí! – Gritei dessa vez, com os punhos fechados e a raiva na face.

Saí de onde estava e comecei a subir as escadas, passei encarando o Kaique. Ele segurou meu braço e me alertou:

- Não vai! Ele tá louco, pode fazer algum mal a você e sua mãe... – Estava muito preocupado, mas era visível que ele sabia que não adiantaria me parar. Tirei sua mão jogando o corpo pro lado. Thiago acompanhava meus passos e fazia uma cara de maníaco, rindo de lado. Começou a falar:

- Ui! Minha nossa! Lá vem ele com raiva achando que vai conseguir fazer alguma coisa, que rapaz determinado esse. Venha mesmo, quero que você pague um boquete gostoso pra mim. – Pegava no saco. – Vou encher sua boquinha de porra igual daquela vez, vai ser bem gostoso. – Terminou rindo ainda mais. Caralho.

Ouvi o barulho do meu pé batendo no chão de ferro do mezanino, estava frente a frente com o diabo. Minha mãe tentava gritar, os olhos totalmente marejados, balançava a cabeça em sinal de negação, como se implorasse para que parasse ali mesmo. Mas eu não pretendia fazer isso. Queria matar o Thiago. Só que não deu certo. Um homem saiu por uma porta ao lado de onde davam as escadas e me segurou antes que pudesse ver. Lá embaixo, quando Kaique pensou em gritar, outros dois capangas armados e apontando suas 9mm fizeram ele ficar paralisado. Eles o amarraram em uma coluna que segurava a varanda interna que circulava do meio até o fundo do galpão pela parte de dentro. Por essa varanda haviam janelas de vidro esfumaçado, que não permitia enxergar o lado de fora.

Agora estávamos todos sendo reféns de um louco. Não dava mais pra saber o que aconteceria dali pra frente. Thiago é maníaco, pode inventar qualquer coisa.

Estava cansado, mas sentia a adrenalina correndo no sangue, tinha vontade de gritar e sair matando todos aqueles homens. Pra ficar ainda melhor, Thiago voltou a cagar pela boca:

- É o seguinte, eu deixei você em paz, mas parece não ter sido o suficiente, você precisou estragar tudo Adriano. Já meu irmãozinho... que decepção você vai dar pra nossa família... ser ativo até vai, mas passivo é um absurdo. Eu sabia que você era putinha desde pequeno. Precisava só confirmar. – Thiago balançava a cabeça enquanto se apoiava no parapeito da parte central do mezanino. Lá de baixo, Kaique gritou:

- Você não presta nem ao menos pra ficar longe. Faz merda e vem correndo procurar o papai e a mamãe, precisa acabar com o sossego da família. Sujo, imundo, louco, psicopata, atormentado e doente, são todas as suas qualidades. Tenho vergonha de você... um irmão que me enoja. – A cara de Kaique era de puro ódio. Thiago o olhava sem expressão. Ordenou imediatamente após a fala do irmão que os capangas o apagassem. Gritei olhando a cena da coronhada na cabeça. Me sacudi tentando me soltar daquele homem fedido que me segurava, mas sua força era maior.

- Agora já chega! Ouvi merda demais, vamos resolver isso aqui. Quer começar por quem, Adriano? Seu namoradinho ou sua mamãe? – Segurava uma arma na mão. Me olhou esperando uma resposta. O que ele pretendia?

- Você! Vamos começar por você! Pode se suicidar tranquilo, vai ser um pecado pequeno em comparação aos outros que você tem. – Cuspi no chão perto dele.

- Ótimo, então vamos aumentar meus pecados antes de acabar com sua “família”. – Thiago falou e virou para o lado ordenando que trouxessem seu irmão até ele. – Agora eu quero sofrimento, vamos melhorar esse clima aqui, tá muito chato toda essa novela. – Os cramunhões colocaram Kaique numa cadeira e outro chegou de dentro da sala trazendo uma mala. Abriu e colocou sobre uma mesa que outro havia trazido. Vi que eram ferramentas de tortura. Que diabos esse maníaco tem na cabeça? Ele vai torturar o próprio irmão!

- Thiago, para com isso! Você já chegou ao extremo, não é o suficiente? O que você quer? Sou eu? Fala! – Implorei, mas não adiantou de nada.

- Quer saber? Eu quero que você suma da existência! Ninguém teve coragem de me ameaçar até hoje sem sair morto. Essa é sua sina, o que você escolheu. – Pegou um alicate e escolheu um dos dedos do irmão, apoiou a ferramenta e arrancou a unha do seu dedo indicador, a dor foi tanta que Kaique acordou gritando.

- Mas talvez eu pense em livrar sua mamãe se você me entregar o que tem... mas eu disse talvez. – Ele queria negociar. Doeu muito ver o Kaique ser torturado daquela maneira, meu coração estava disparado e o corpo todo tremia. A raiva, a aflição, o desespero. Muita informação. Eu tinha que salvar minha mãe daquela situação, mas precisava primeiro garantir que isso acontecesse. Vou precisar jogar, ser frio. Nessas condições mesmo. Tive uma ideia que surgiu não sei de onde, mas apareceu na minha cabeça enquanto eu escutava a respiração ofegante do capanga que me segurava. Precisarei de frieza... espero que a encontre. Comecei:

- Eu tenho tudo! Posso te entregar, mas sob uma condição... vai ter que soltar minha mãe e deixa-la ir. Assim que eu souber que ela está segura te passo tudo e você a deixa em paz. – Respirava forte e tremia ainda mais. A situação era complicada e eu precisava sair por cima de alguma forma, pelo menos minha mãe tinha que viver. Ela se sacudia mais. Não aceitava a minha condição, ao certo queria que eu fosse no lugar dela. Seu instinto era materno. Thiago então falou:

- Você acha que está em condição de impor alguma coisa aqui? Hahahaha – Riu olhando para os seus capangas como se pedisse que eles rissem também. Nem precisou esperar, todos riram incessantemente. Ele continuou – Adriano... pobre e inocente Adriano. Ou aceita a minha condição e espera o destino ou sua mamãe vai parar numa vala escura no meio do nada junto com você e meu maninho. – Se aproximava de mim enquanto falava aquelas palavras sujas. – Cortem o dedo dele. Já chega de negociar, vamos ter que matar todos. – Ordenou para o homem que estava ao lado de Kaique. Ele pegou outro alicate, um maior e mais fino e catou o dedo mindinho da mão esquerda de Kaique. O torturado implorava com o resto da consciência que tinha. Pedia para que não fizessem isso e que o irmão parasse com aquilo. Não adiantou de nada. Escutei o berro e o som do alicate encontrando sua outra parte. O sangue esguichou e o dedo caiu no chão. Minha mãe tremeu forte. A cadeira caiu de lado. Eu fiquei perplexo, não tinha mais voz. Arregalei os olhos e fiquei paralisado. Como é possível o cara fazer isso com o próprio irmão?

- Agora ficou melhor! Finalmente esse show se tornou um espetáculo. Precisava de uma plateia aqui para apreciar a obra que estamos estrelando nesta noite linda! – Thiago ria e fazia expressões estranhas, mistura de arrogância com ódio e desejo. Finalmente comprovamos que ele é alterado mentalmente, num nível muito alto.

- DESGRAÇADO MANÍACO! – Cheguei a cuspir de tanta força quando soltei essas palavras.

- Ah Adriano, aprende a brincar, vai! – Começou a caminhar para perto de mim, vinha com pressa. Cheirava a ódio. Sabia que algo estava para acontecer. Ele ia me machucar, senti isso. – Agora é sua vez de sentir a dor de verdade. – Ele disse sacando a arma novamente, não esperou nada, apenas atirou!

Continua...

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