O AMULETO DE SAMAEL - PARTE DOIS

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2635 palavras
Data: 29/10/2019 21:30:27

Sentado em sua poltrona de couro, na sala de estar do luxuoso apartamento de cobertura, localizado em um bairro nobre da cidade onde residia, Victor olhava para o pequeno embrulho que tinha nas mãos; nele, estava escrito seu nome como destinatário, porém, não havia remetente …, e o mais curioso é que lhe fora entregue na portaria sem que alguém soubesse explicar como ele chegara até lá! Para ele poderia ser uma brincadeira de algum de seus amigos, ou ainda um presente surpresa enviado por sua namorada Priscila, que estava em viagem ao exterior.

Depois de muito pensar, acabou por descartar todas as possibilidades …, restou-lhe apenas decidir se abria ou não o pequeno pacote; como sempre, a curiosidade falou mais alto; ele rasgou a embalagem de papel manilha cor-de-rosa, descobrindo que ela trazia em seu interior uma delicada caixa de bambu laqueado na cor preta piano; Victor examinou detidamente a caixa antes de abri-la; sobre a tampa havia o desenho de um anjo e enormes asas, segurando em uma das mãos uma espada e lâmina negra e na outra um pentagrama que parecia pairar em pleno ar.

Ao abrir a caixa, Victor deparou-se com uma espécie de joia; era o mesmo anjo da tampa, confeccionado em algo parecido com pedra obsidiana, ou uma espécie de metal de cor escura, pendendo em um colar de um metal também escuro; Victor observou o amuleto sobre a palma de sua mão, e enquanto o fazia, sentiu uma vibração estranha pulsar da joia sobre sua pele.

Aquilo o deixara arrebatado, quedando-se inerte, como se o amuleto pudesse ser capaz de lhe transmitir alguma coisa que ele não sabia muito bem o que era; e ele foi sacado do transe em que encontrava quando seu celular, pousado sobre a mesa lateral, tocou estridente. Ele tornou a depositar o amuleto dentro da caixa colocando-a sobre a mesa e tomando o celular. Era do escritório …, sua presença era requisitada.

Pouco mais de meia hora depois da ligação, Victor irrompia pela recepção da sua empresa de tecnologia de ponta; ele olhou ao redor apenas para constatar que, abandonar uma pouco expressiva carreira de advogado, dar uma guinada em sua vida e mergulhar de cabeça em um empreendimento ousado e de altíssimo risco, havia surtido o resultado sonhado; tudo aquilo lhe pertencia, e com a empresa vieram o sucesso, o prestígio, e principalmente, o dinheiro!

O passado tornara-se uma bruma espessa e desconhecida, e o futuro prometia ainda mais surpresas do que ele podia imaginar. Trazia consigo a pequena caixa que continha o amuleto, e pensou em quem no escritório poderia ter feito aquela brincadeira com ele; entretanto, olhando para todos aqueles rostos que ele mal conhecia, concluiu que fosse quem fosse, ele não descobriria com facilidade.

Entrou na sala de reuniões com o clima esquentando; sentou-se e ouviu, pacientemente, todas as argumentações para, no final, decidir o que devia ser feito; sem esperar pelas reações, favoráveis ou contrárias, Victor se levantou, saindo da sala em direção à sua, onde Selena, sua secretária o esperava de agenda eletrônica nas mãos.

-Você sabe o que é isso? – perguntou ele a queima roupa, antes mesmo que Selena pudesse abrir a boca, exibindo a caixa e seu respectivo conteúdo.

-Não senhor, jamais vi isso antes! – ela respondeu, engolindo em seco.

Selena ficou imóvel como uma estátua; conhecia muito bem seu chefe para saber de suas reações imprevisíveis e, as vezes, mal-humoradas …, entretanto, nessa ocasião, ele nada disse, apenas deu-lhe as costas e entrou em sua sala, fechando a porta atrás de si. Victor bem que tentou trabalhar naquela manhã, mas o artefato e sua caixa atraíam sua atenção, como se pudessem canalizar sua mente para apreciá-los e atiçar sua curiosidade. E a manhã foi seguida pela tarde, que foi morrendo lentamente com a chegada do manto escuro da noite.

Repentinamente, Victor levantou-se de sua cadeira e irrompeu corredor afora, sem dar ouvidos a Selena que tentava a todo custo alcançá-lo para transmitir os recados importantes e a agenda do dia seguinte; em poucos minutos, Victor estava na rua; olhou ao redor e pensou o que fazer …, lembrou-se que o amuleto ficara em sua mesa, e teve ímpetos de voltar para pegá-lo …, e foi nesse momento que ele a viu.

Ela passou ao seu lado, trazendo consigo uma lufada de ar gélido …, ele acompanhou seu caminhar, prestando atenção nos detalhes: loira, cabelos longos e ondulados; vestido vermelho de alças, cujo tecido translúcido denunciava, oportunamente, suas curvas generosas e insinuantes; pouco depois de passar ao lado dela, a loira estonteante olhou por cima dos ombros, desferindo um sorriso muito convidativo em sua direção; Victor examinou os olhos da linda mulher e percebeu um quê de enigma misturado com atração.

Incontinenti, ele começou a segui-la, sem cerimônias e sem se importar se ela percebera ou não a sua atitude; caminharam com ele mantendo, sempre, uma distância segura …, em dado momento ela entrou em um bar; ele parou na porta e hesitou …, será que se tratava de uma mulher de programa? O que ele deveria fazer?

Mais uma vez, sem pensar, ele entrou; ela estava sentada no balcão e olhou para ele assim que o viu; ele sentou-se ao seu lado e pela primeira vez na vida, o executivo bem-sucedido, capaz de seduzir qualquer mulher que despertasse seu desejo, não sabia o que fazer, e muito menos o que falar!

-Olá, porque você está tão quieto? – perguntou a mulher com um sorriso avassalador – O gato comeu sua língua?

-Não …, não é isso …, é que … – balbuciou o sujeito, sentindo-se desarmado – Ah! Sei lá! Você é muito linda e atraente …

-Só isso! Olhe, acho que você pode ser mais criativo! – ironizou a loira com seu olhar cativante – Vamos ver …, meu nome é Susan …, e o seu?

-Victor …, me chamo Victor – ele respondeu sem muita convicção.

-Tudo bem, Victor …, venha, vamos? – disse ela, levantando-se e tomando a mão de Victor.

-Vamos? Vamos pra onde? – perguntou o homem, obedecendo ao comando.

-Para onde você possa me mostrar que é realmente um macho! – respondeu ela, com um olhar faiscante.

Incapaz de reagir, ou mesmo de contestar, Victor foi levado por Susan; andavam pela rua como se ele fosse um garoto a caminho de sua primeira transa.

Ele demorou para atentar que estavam no edifício onde ele residia; assim que entraram no elevador, Susan apertou o botão da cobertura, e jogou-se nos braços de Victor; beijaram-se com sofreguidão, com as mãos bolinando abusadas e desmedidas. Ele mal soube como entraram no apartamento …, mas, em poucos minutos, ele estava na poltrona de couro, com Susan desfilando bem na sua frente, exibindo-se enquanto se despia.

E ao ver aquela loira incrível nua, ele sentiu um aperto no peito; Susan era muito bonita e atraente; com um sorriso malicioso, ela caminhou até ele, e jogou-se em seu colo; começou a despi-lo, sem que Victor esboçasse uma mínima reação; no momento seguinte, Susan estava ajoelhada diante de seu parceiro desnudo, exorbitando uma potente ereção.

Susan segurou o mastro pela base, apertando-o com força controlada, mas, mesmo assim, causando um excitante desconforto em seu parceiro; colocou a glande inchada e vermelha entre os lábios, pressionando-a até que Victor gemesse de tesão. Susan deliciou-se com a dependência do macho ante sua boca; salivou o suficiente para deixar o membro lambuzado, passando a sugá-lo com intensa volúpia; no ritmo em que ela intensificava ao vai e vem de sua boca, engolindo e cuspindo o pênis duro e grosso de seu parceiro, ela também aproveitava para apertar as bolas, causando uma sensação mista de dor e prazer que Victor jamais sentira em sua vida.

Depois de muito tempo saboreando o enorme instrumento de seu parceiro, Susan cessou a carícia íntima e ficou de pé; olhou para ele e sorriu mais uma vez com ironia. “Vou para o quarto …, você vem atrás de mim …, de quatro …, como meu bichinho de estimação …, entendeu?”, ela disse com um tom firme e autoritário.

Susan desapareceu dentro do quarto, deixando para trás um homem nu, excitado e dominado por algo desconhecido …, obedecendo a ordem de Susan, Victor engatinhou de quatro até o quarto, onde a fêmea alucinante o esperava deitada sobre a cama; mas antes que ele subisse sobre ela, Susan o impediu com os pés.

-Beije meus pés – exigiu ela com um olhar quase metálico – sugue meus dedos …, me excite seu menino desobediente!

Victor obedeceu, embora não conseguisse compreender porque agia daquela maneira; ele, que sempre fora o dominante na cama, e mesmo fora dela …, porque obedecer? Susan deleitava-se, gemendo e suspirando enquanto o sujeito sugava cada um dos dedos de seus pés, sentindo sua ereção pulsar descontrolada.

-Agora, chega – ordenou ela, abrindo as pernas sobre a cama – Venha aqui …, quero sentir tua boca no meu sexo …

Mais uma vez, Victor obedeceu, colocando-se entre as pernas de Susan e mergulhando seu rosto na vagina quente e melada; ele lambeu, sugou e chupou a região, dedicando-se, especialmente, ao clítoris que de tão avantajado mais parecia um pequeno membro masculino. Susan gozou várias vezes, e sempre que Victor diminuía ou ameaçava interromper a carícia profunda, ela exigia que ele prosseguisse.

Obediente como um escravo dedicado, ele seguiu no sexo oral, até sentir sua boca e língua ficarem amortecidas pelo esforço.

-Não espera mais! Venha aqui me foder! Vamos! Eu preciso! Eu quero! – exigiu novamente a loira, demonstrando certa impaciência.

Sem pensar, Victor, subiu sobre ela, que, por sua vez, segurou seu membro com uma das mãos, conduzindo-o na direção de sua vagina alagada; o encaixe foi perfeito, com o mastro escorregando para dentro das entranhas da loira que, imediatamente, cravou suas unhas vermelhas no traseiro de Victor, impondo-lhe alguma dor. E mantendo as mãos firmes, Susan passou a controlar os movimentos pélvicos do parceiro, puxando-o o mais que podia para dentro de si.

Foderam por um longo tempo, com Susan gemendo e gritando a cada novo orgasmo que irrompia em seu interior. Victor, por sua vez, jamais tivera a oportunidade de ver-se dominado e controlado por uma mulher …, se bem que, pensou ele, Susan não era uma mulher qualquer! Concentrava-se, pois, todo seu esforço físico para não ceder ante o controle manual de sua parceira.

Sem nenhum aviso, Susan empurrou o parceiro, sem permitir a retirada do membro de dentro de si, obrigando que ele se deitasse sobre a cama, oportunizando que ela o cavalgasse; nessa altura o ritmo tornou-se frenético, com a mulher subindo e descendo sobre o membro rijo, sem demonstrar um sinal de arrefecimento. Victor beirava seu limite fisiológico, e ele bem sabia que, cedo ou tarde, seria submetido a um gozo intenso.

Como se adivinhasse o que estava por vir, Susan pôs as mãos para trás e segurou as bolas do macho, apertando-as com certa violência; Victor gritou de dor. “Isso é para mostrar quem manda, seu macho frouxo!”, gritou ela intensificando ainda mais seus movimentos de sobe e desce.

Ainda segurando o pino duro pela base, Susan girou o corpo sobre seu parceiro, retomando o ritmo da foda, e exibindo para seu olhar guloso o lindo e suculento traseiro firme e roliço; depois de mais algum tempo, Susan inclinou-se como se fosse deitar sobre seu parceiro; segurou novamente o mastro duro, sacando-o de sua vagina e conduzindo-o na direção de seu orifício anal.

Apertando o instrumento, Susan o manteve firme, puxando-o na direção do pequeno selo; pressentindo que estava no caminho certo ela projetou o corpo para a frente, enfiando o mastro de modo contundente em seu traseiro; Victor grunhiu ao sentir dor com a penetração, mas ainda assim, manteve-se firme, enquanto ela sentava-se sobre o membro, iniciando movimentos pélvicos de vai e vem, e tentando retornar a posição original para propiciar uma visão privilegiada para seu parceiro.

Inevitavelmente, todo o longo esforço começou a cobrar seu preço …, Victor estava no seu limite físico, e não conseguia mais reter seu gozo …, todavia, Susan não parecia esmorecer …, pelo contrário, a cada movimento, ela mostrava um vigor renascido, o que, ao mesmo tempo que excitava, também assustava.

A noite avançara de modo resoluto, encontrando o casal ainda desfrutando de um sexo ardente e quase infindável …, Victor respirava com dificuldade, e continha-se ao extremo para não gozar. “Não ouse gozar, seu puto!”, ordenava Susan com a voz embargada pelo tesão. Insistiu, então, em sacrificar seu parceiro, levando-o a um limite que ele sequer conhecia, sempre apertando as bolas quando percebia que ela poderia atingir o ápice antes que ela assim o permitisse.

Sentindo-se um fantoche nas mãos dela, Victor não sabia mais o que pensar e muito menos o que fazer …, e foi nesse clima que Susan levantou-se e ordenou que ele ficasse de quatro sobre a cama; puxou seu membro, dolorosamente, para trás como se ordenhasse um animal, passando a masturbá-lo com uma quase fúria; alternou momentos em que apertava as bolas, com outros em que pressionava o ânus de Victor, até que, de modo surpreendente, fincou seu dedo médio, rompendo a resistência inicial do orifício corrugado e apertadinho.

Foi, sem dúvida, uma sensação única com esse gesto; e por mais que ele pudesse sentir sua masculinidade ofendida, dentro de si ele não podia negar que aquilo era muito bom! Incapaz de controlar-se, Victor urrou como um animal enjaulado, anunciando o inevitável! E foi assim que ele gozou, ejaculando violentamente, até que não restasse uma gota de energia vital em seu corpo …, suado, extenuado e exaurido, ele acabou por adormecer pesadamente …

Acordou com o som das sirenes que vinham da rua, e achou estranho que ele estivesse tão nítido …, tentou abrir os olhos, mas parecia uma tarefa muito difícil …, entreabriu-os lentamente, tentando discernir o seu redor …, com a visão embaçada e uma certa dificuldade em respirar, Victor sentiu uma lufada de ar gelado lamber seu corpo, denunciando que ainda estava nu …, e quando, por fim, conseguiu atinar com sua situação, viu-se deitado sobre o tapete da sala, perguntando-se como chegara até ali.

Assustou-se ao ver que, em sua mão direita, segurava uma arma; reconheceu-a com a pistola automática que comprara meses antes para treinar no estande de tiro da academia em que se inscrevera. O som das sirenes tornou-se muito próximo e ele olhou em direção à janela, percebendo que ela fora estilhaçada; ao levantar-se notou que havia sangue pelo chão, como também percebeu que suas mãos estavam respingadas.

Largou a arma e cambaleou até a janela …, e ao olhar para baixo, viu uma cena aterradora …, havia um corpo caído na calçada, e tudo indicava que ele caíra de seu apartamento; nesse momento, alguém bateu a porta, mas ele não teve condições de ir até ela …, um estrondo mais alto, e policiais armados irromperam pelo ambiente; com a mente desordenada, Victor foi rendido pelos policiais, que o agasalharam com um cobertor conduzindo-o para a rua.

Enquanto ele tentava explicar para si mesmo, em voz alta, que não fora o responsável pela morte de Susan, olhou para a maca do carro do necrotério e teve tempo de ver o rosto da mulher morta …, não era Susan …, era …, Priscila, sua noiva! Tentou reagir, mas estava imobilizado pelos policiais, que o mantiveram sob controle.

Atordoado, Victor tentava entender tudo o que estava acontecendo, mas por mais esforço que fizesse, ele de nada se lembrava. Antes de entrar na viatura policial para ser conduzido à delegacia, ele olhou em direção de multidão de transeuntes curiosos que, agora, se aglomeravam em torno da calçada em frente ao edifício; para ele eram pessoas sem rosto, gritando, sussurrando ou gargalhando …, nada fazia sentido!

Entretanto, em meio àquela pequena multidão mais próxima de seu campo de visão, ele vislumbrou um rosto conhecido: era Selena, sua secretária …, e um pouco mais recuada, estava ela …, Susan, cujo olhar frio e o sorriso sarcástico, pareciam demoníacos; alguém abaixou sua cabeça para entrar na viatura, e quando voltou o olhar na direção de Susan, viu que ela não estava mais lá ...

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