CENAS DE SEXO - Parte 01

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2101 palavras
Data: 02/10/2019 23:50:03
Última revisão: 03/10/2019 00:14:44

CENAS DE SEXO – Cap. 01

Ela era uma mulata lindíssima e não aparentava os seus mais de cinquenta anos de idade. As formas eram perfeitas. A bunda empinada, os seios durinhos e naturais, sem silicone, a barriga não era malhada, mas também não era flácida nem volumosa, e o sorriso no rosto era distribuído a homens e mulheres que estavam naquele momento na praia, às dez horas da manhã. Não usava sutiã, apesar de esconder os seios dos olhares indiscretos muito bem. Os homens, muitos deles acompanhados, não tiravam os olhos dela. Ela se sentia poderosa. Muito mais do que as jovens na flor da idade que a olhavam com inveja e desdém. Ela estava acostumada com essa reação das novinhas. Porém, a mulata não lhes dava a mínima importância. No entanto, seus olhos se voltaram para um negrão alto e de corpo sarado que se aproximava de onde ela estava estendida na toalha sobre a areia, bronzeando as costas. Tirou os óculos escuros para enxergá-lo melhor. Ele parou a menos de dois metros dela e tirou a bermuda multicolorida que usava. Foi quando ela percebeu o que mais se destacava nele: um caralho enorme, escondido dentro do calção de banho branco. O volume era muito grande. A mulata nunca tinha visto um igual.

O cara cavou um buraco na areia e enterrou sua bermuda florida, depois de dobrá-la com cuidado. Seus pertences deviam estar nos bolsos. Depois, sentou-se na areia e ficou totalmente imóvel, como se mirasse o mar. Ele usava óculos de sol e a coroa não podia ver-lhe os olhos. Não sabia se ele estava mirando pessoas à sua frente ou dos lados. A mulata lhe quis chamar à atenção e falou em tom ameno:

- Está fazendo sombra em mim e eu quero me bronzear, cavalheiro.

Ele não moveu um músculo e nem olhou em direção a ela. Quando a coroa já ia repetir a frase, ele resmungou:

- Os incomodados que se mudem. Mas minha sombra nem de longe está sobre você. Portanto, vá se foder.

Primeiro a mulata pensou em reagir e lhe dizer uns desaforos. Mas olhou em volta e ninguém parecia ter percebido a discussão. E havia gostado da afoiteza dele. Costumava ter os homens aos seus pés e estes faziam todos os seus gostos. Isso, às vezes, a entediava. O único que não a enchia de mimos era o seu atual marido. Mas o cara era mais de vinte anos mais velho que ela e há muito não mais conseguia uma ereção satisfatória. Ela, no entanto, vivia excitada quase o tempo todo. Acreditava ser ninfomaníaca, mas o marido não permitia que ela tivesse algum caso fora do casamento. Ela procurava respeita-lo ao máximo, mas, às vezes, ficava difícil. Como naquela manhã que saiu de casa de boceta palpitando. O aparecimento do negrão de pele quase azulada e de dentes alvíssimos lhe tinha reacendido a tesão. Por isso, continuou:

- Eu estava brincando. Não precisava me dar essa patada. Por outro lado, não creio que precise de bronzeado. Tua cor é linda.

Mais uma vez ele demorou a responder:

- Cuide da sua vida que eu cuido da minha, madame.

Ela o avaliou novamente. O cara devia ter uns trinta e poucos anos, era alto e esbelto, com um corpo invejável e dentes perfeitos. Como não dava para ver-lhe os olhos por causa dos óculos escuros, não podia saber se ele era inteligente ou só um cavalo mal-educado. Insistiu:

- É sempre tão grosso com as mulheres? É misógino como o bosta do presidente, por acaso?

- Nem sempre. Mas hoje não estou para conversa, madame. Portanto, não me dirigir a palavra é o melhor que a senhora faz.

Ela esteve calada por um tempo, depois perguntou:

- Estou querendo dar uns mergulhos. Pode olhar minhas coisas, se não for tão incômodo?

- Vá, mas não demore. Estou esperando uma pessoa e, se ela vier antes que volte, irei embora.

Ela agradeceu, levantou-se de seios nus e saiu rebolando em direção à praia. Queria impressioná-lo. No entanto, não se voltou nenhuma vez para ver se ele a estava olhando, como a maioria dos homens que estavam na praia naquele momento o fazia. Recebeu algumas cantadas de coroas e rapazes antes de chegar à beira-mar. Distribuía sorrisos a todos, como se quisesse causar ciúmes ao negrão. Mergulhou várias vezes e depois olhou em direção à areia onde o jovem negro estava sentado. Não o encontrou mais lá. Procurou-o com as vistas. Ele conversava de pé e já de bermuda com uma coroa um tanto gorda. Esta ficou de ponta dos pés para lhe dar um beijinho na testa e ele foi embora sem nem olhar para trás. A mulata saiu do mar e caminhou até suas coisas, dessa vez cobrindo os seios com as mãos. Percebeu que a coroa gorducha vinha em sua direção e reduziu os passos. A mulher passou por ela sem lhe dar atenção e foi se sentar exatamente onde o negrão estivera. A mulata apanhou o top do seu biquíni de sobre a toalha estendida no chão e advertiu:

- Este lugar está ocupado, senhora.

- Eu sei. Meu sobrinho pediu para eu guarda-lo para si e me disse para tomar de conta das tuas roupas.

- Oh, agradecida – falou a mulata olhando de soslaio para a coroa ao seu lado. Ela era branquíssima. Não se considerava racista, mas pensou que nem de longe a madame parecia ser parente do negrão. Continuou:

- Quer dizer que ele ainda volta? Por que saiu tão apressado?

- Eu vim lhe dar um recado de que tinha alguém querendo contratá-lo. O coitado está desempregado já faz um bom tempo.

- Ah, bom. Por acaso ele é casado, se me permite ser indiscreta?

- Ele já foi, sim. A mulher botou-lhe uns chifres e fugiu com outro. Ele a perseguiu e por pouco não a matou com as próprias mãos. Pegou uns anos de cadeia por causa disso.

- Nossa, que coisa. Coitado do bichinho. Eu fiquei afim dele, sabia?

- Diga isso a ele. Meu sobrinho está vindo ali. E, pela cara, não deve ter conseguido o trabalho.

- Qual a profissão dele?

- Ele faz de tudo, dona. Só não dá o cu. Nem come cu de macho, pois não é viado.

A mulata já nem escutava o que a gorducha dizia, embevecida pelo andar elegante do cara. Ele voltou a tirar a bermuda, enterrou-a dobrada na areia e sentou-se. A coroa branquela perguntou:

- E aí?

- O cara quer me pagar uma merreca. Prefiro continuar desempregado. – Respondeu ele.

- Posso te conseguir um biscate, se não for muito exigente. – Apressou-se em dizer a mulata.

- Mesmo? E o que seria?

Ela demorou a responder:

- Algo fácil. Mas tenho que falar com alguém antes. Podemos almoçar juntos e tratarmos de negócios, que tal?

- Não tenho grana para gastar com almoços fora de casa, dona. E aviso logo que não faço nada que vá de encontro à minha moral e índole.

A coroa gordinha levantou-se e se despediu de ambos:

- Conversem à sós, eu tenho que ir-me. Só vim te dar o recado. E não vá se meter em encrencas, Raminho.

Pouco depois, o casal estava sentado à mesa de um restaurante que havia lá perto, na orla da praia de Boa Viagem. A mulata falava ao telefone e tentava convencer alguém de que tinha conseguido a pessoa certa para o trabalho que estavam desenvolvendo. O negrão ouvia o papo com atenção. Quando a mulata terminou a conversação e desligou, tinha um sorriso vitorioso no rosto. Ele perguntou:

- E então?

- Ele aceitou. Podemos começar hoje mesmo.

- Ainda não sei do que se trata, madame.

Ela demorou um pouco a perguntar:

- Gosta de foder?

- Claro. Quem não gosta? – Ele nem se espantou com a pergunta repentina e indiscreta.

- Foderia mulheres mais velhas que você? – Insistiu ela.

- Já fiz isso várias vezes. Estive uns anos na cadeia. Quando saí, passei uns tempos desempregado. Acabei aceitando fazer programas com coroas carentes de rola, contanto que me pagassem bem.

- Ótimo. É disso que estamos precisando: alguém que não rejeite mulheres de idade. É a nossa melhor clientela.

- Nossa? Tua e de quem mais?

- Minha e do meu marido, o que eu estava falando com ele ao telefone. Ele é cineasta. Temos uma grande clientela formada por mulheres que só querem transar com jovens garanhões. Pagamento logo após a foda. Topas?

- Quanto vou ganhar?

- Depende da cliente. Quanto mais bonita, menos você cobrará. Das velhas e feias, pode cobrar o dobro. E nos paga 50% do que ganhar.

- Meio a meio não é muito? Sou eu que vou ter todo o trabalho.

- Já disse que meu marido é cineasta. Vai trabalhar contigo filmando a cópula. Algumas dessas velhas depravadas querem ter uma recordação da foda com caras jovens. Pagam sem pechinchar para a gente filmar suas transas. Você terá uma participação nos lucros dessas filmagens.

- E o que elas fazem com os filmes?

- Não nos interessa. Filmamos, recebemos a grana e tchau.

- Rola drogas nas transas?

- Algumas fodem drogadas. A maioria, na verdade. Mas você não precisa se drogar. E se exigirem, cobre mais por isso. Como é, vai topar?

Ele esteve um tempo pensativo, depois perguntou:

- Posso ver as clientes, antes de aceitar o trampo? Não gostei muito do tempo que passei como garoto de programa.

- Fodeu muita mulher velha e feia?

- Não. Mas a maioria era pirada. Tinha quem trepasse comigo fantasiando estar fodendo com um cavalo, por exemplo.

- Entendo. Confesso que este foi o principal motivo que me levou a me interessar por você: percebi que tem um caralho enorme como o de um equino. Gostaria de vê-lo sem estar dentro da cueca. Posso?

- E quanto vou ganhar te mostrando o júnior?

- Hummm, mercenário todo. Mas digamos que quero apenas conferir a mercadoria, para não levar gato por lebre.

- É justo. Como faremos a prova dos nove? Ou seria a prova dos 69?

- Ficou interessado em mim?

- Não foi teu objetivo lá na praia, me deixar afim, rebolando e de peitos de fora em direção à água?

- Muito esperto, você. Pode tirar esses óculos escuros? Quero ver se há desejo em teus olhos.

- Só se você também tirar o biquíni. Quero ver se há pelinhos nesse tabaco enorme que parece ter.

- Ok, baby. Vamos para o meu carro. Mas não pense que iremos transar.

- E por que não?

- Trate de ganhar dinheiro, primeiro. Assim, terá grana para pagar uma foda comigo.

- É mais do que justo. Então, almocemos e vamos resolver essa parada de uma vez.

- Você está mesmo com fome? Eu ainda acho muito cedo para o almoço.

Não almoçaram. Pouco depois, ela manobrava para sair do estacionamento do restaurante. Haviam tomado uma dose de uísque com tônica, cada um, e ela tinha pago a conta. Quando já pegava uma rua bem movimentada, a mulata disse:

- Pronto. Pode me mostrar o monstrengo.

Ele estava só de bermuda, sem camisa. Ajeitou-se no banco para tirar a roupa. Deu trabalho para libertar o enorme cacete de dentro da sunga. Quando conseguiu, ela assobiou:

- Uau, é maior do que imaginei. Mas está mole. Achei que iria ficar excitado com a nossa conversa e eu já o veria ereto.

- Ficará, prometo. Mas só quando vir a tua boceta raspadinha.

- Posso ao menos acariciar ele?

Não deu tempo de o negrão responder. De repente, foram abalroados por trás. A mulata perdeu o controle do carro que dirigia. Bateu na traseira de um outro que estava parado à espera do sinal abrir. Ela soltou uma imprecação:

- Porra, agora não. Que azar do caralho. Vista-se depressa. Desça e vá embora sem nem olhar para trás. Não quero ser vista com você.

- E como entramos em contato novamente? Não me deu teu telefone.

- Esteja amanhã no mesmo horário naquele mesmo ponto da praia. Aí, a gente conversa com mais calma. Agora, vá embora depressa, pelo amor de Deus.

O negro abriu a porta, agachou-se e saiu do carro de forma a não ser visto pelo motorista que batera na traseira do veículo da mulata. Num instante, perdeu-se no trânsito, depois de atravessar a avenida. Não se voltou para ver em que deu a trombada, como ela havia pedido pouco antes. Estava de pau duro, maldizendo o acidente que havia impedido que ele fodesse a linda mulata. Tinha certeza de que ela se fazia de difícil, como ele mesmo agiu ao se aproximar dela. Mas acreditava que, antes do acidente, ela o estava levando para um dos motéis da redondeza. Reprimiu a tesão que sentia. Afinal, amanhã seria outro dia e ele tinha certeza de que a encontraria novamente na orla.

FIM DA PRIMEIRA PARTE

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Comentários

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Acredito que tenha publicado algo que foi de encontro à política editorial da casa, Astrogildo. Ou fui mal-interpretado. A verdade é que acabei perdendo vários capítulos já escritos, pois eu os tinha salva apenas na minha escrivaninha. Ainda tentei reescrevê-los, mas não consegui. Fiquei chateado e passei a escrever o livro completo, para depois publicá-lo em meu blogue. Sempre vai ter novidade por lá, pois agora vou concentrar minha atenção ao blogue.

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Olá,Ehros! Andava sumido hein? Não sabia que você tinha sido censurado! Era leitor de seus contos,que continuam publicados. Fiquei curioso em saber que motivação levou o site a essa atitude???

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Oi, Vic. Você poderá ler o livro completo, de graça, no meu blog cujo endereço está no final do texto, tá? Depois de ser censurado neste site, mudei de tática: publico aqui o primeiro capítulo e remeto o/a leitor/a para o meu blogue, para que ele leia o restante do livros sem interrupções da minha parte. E pode até baixar o livro e imprimir, se quiser.

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