O pau do Lucas

Categoria: Homossexual
Contém 1460 palavras
Data: 29/09/2019 23:13:14
Última revisão: 29/09/2019 23:20:43

ELE ERA RUIVO e tinha uma tatuagem de dragão num braço.

Nome?

Bem, não sei ainda...

É que ele tinha acabado de chegar na escola, vinha de outra cidade e ninguém o conhecia direito.

Para falar a verdade, eu o vi a primeira vez no intervalo e, de longe, nem me chamou a atenção. De perto ― puff ― quase enfartei. Lindo é pouco. O cara é o fodão! E aquele pearcing na língua? E aqueles dois alargadores na orelha? E aquele cabelo ruivo, undercut, com topete e costeletas?

Lindo é pouco!

Normal que quando carne nova pinta no pedaço, as putianes do ensino médio logo saltam em cima. Mal tinha chegado e o cara já era o mais popular da escola. Branquelo, alto, magrinho, sempre de calça preta, all star e regata. Aparentemente “maludo”. E aquele sotaque carioca tãããão fofo? Como procede, hem?

Deixa eu contar o último detalhe: ele era da minha turma.

No começo, só as meninas iam falar com ele (se oferecer...). Mas depois da “timidez” desse início, ele passou a interagir com todos. Inclusive comigo, embora eu ficasse mais distante por vergonha mesmo...

Foi em uma aula de matemática que enchi o peito de ar e tomei coragem de sentar perto dele.

− Vou ficar aqui. Posso?

− Senta ai, cara.

− Eu tenho um pouco de dificuldade com isso... – eu disse, internamente desesperado.

− Se quiser ajuda, cara.

− Nossa, preciso mesmo. – E ri.

− Eu, sou meio ruim com português. Nisso, eu é que preciso de ajuda. – E também riu.

Era justo o que eu precisava ouvir, pois sempre fui muito bom com essa matéria. Mas nesse ponto, o professor nos chamou a atenção por conversar em plena aula.

− Vocês dois aí, já terminaram de fazer o que eu passei no quadro?

Silêncio. E uma leve vontade de rir de novo.

− Bora, bora, pessoal! – O professor cobrou.

Mas logo essa pequena tensão passou e veio a melhor parte. Foi o professor quem levantou para anunciar, depois:

− Gente, psiu. Gente, atenção aqui. Quero um trabalho sobre Progressão Aritmética para dia 06, sem falta. Se organizem. Não quero saber de choradeira, beleza?

A sala inundou numa algazarra ensurdecedora, e eu senti que aquela era a minha chance:

− Hem, é... Posso fazer contigo? – perguntei ao ruivo.

− Bora! – ele sorriu pra mim.

Naquele momento, eu estava no céu. Não sei explicar, mas quando a gente quer muito chamar a atenção de alguém, e consegue da melhor forma, a sensação é de puro êxtase!

Tínhamos marcado na casa dele dali alguns dias. Eu, a Marcela, a Joice e a Milena. Tudo putiane que só queria tirar a nota dele... Eu cheguei bem antes do horário combinado, no dia. Eu tava ansioso, só queria interagir com ele.

Bati palma no portão, ele respondeu com um grito:

− Ô! Pode entrar, tá aberto!

Entrei com um leve medo de cachorro.

Ele tinha gritado do banheiro. Devia estar tomando banho quando eu cheguei. Deixei as minha mochila sobre uma mesa na varanda, e sentei por ali mesmo. Ele só foi dar as caras aonde eu tava uns minutos depois, já vestido, com um sorriso lindo no rosto e uma leve carinha de sono.

Mas ele tava muito sexy. Sabe aqueles calções frouxos de jogador de basquete? Ele tava usando um desses. Azul. Eu já até imaginava o vulto do pau dele balançando pra lá e pra cá sob o tecido. Em cima, uma regata cavada, mostrando os braços e metade do peito e os mamilos. E aquelas pernas nuas, de pelinhos caracolados? E o sovaquinho lindo e molhado que exibia toda vez que penteava os cabelos com as mãos? Ahhh! Ele tava muito sexy.

− Cara, cê veio cedo.

− Pra já ir adiantando – eu disse.

− Hem, eu comecei resolver duas questões ontem. Vou ali no quarto buscar meu caderno – e se virou, voltando para dentro da sua casa. – Chega mais aí, cara.

Meu coração quase parou.

Eu deixei minha mochila e entrei, seguindo ele pelos corredores. Fomos parar no quarto dele, de fato. Até que para o quarto de um menino era bem organizado. Tinha um pôster de time de futebol na parede.

− Ô, senta aí – ele ofereceu a cama dele. – Vou só pegar meu caderno aqui.

Eu sentei.

Ele, se acocorou na minha frente, para fuçar dentro da bolsa, e eu quase tive um segundo infarto do miocárdio. É que descobri que ele estava sem cueca por baixo da roupa, pois o pau dele escapuliu pela perna do calção.

Gente!

Olhei aquela cabeçona rosa pegando uma brisa, e engoli em seco, tentando não estar nervoso. Então cometi a maior gafe da minha vida.

Eu lhe avisei.

− Ei, cara – quando eu dei por mim, já tinha apontando o dedo para o seu pau semiereto.

Ele olhou para o próprio membro, e soltou uma risadinha de canto, meio sacana, meio marota.

− Deixa meu pau pegar um ventinho, pô. Tá calor! – E riu.

Eu gelei. Não acreditava que tinha feito aquilo.

− Mas você também, hem?... – Ele parecia bem à vontade falando isso enquanto continuava a fuçar dentro da mochila. – Não tinha nenhum outro lugar para olhar não, carinha?

Eu fiquei calado. Gelado. A única coisa em que pensei, na minha mente ingênua, é que a nossa amizade acabaria ali, que ele nunca mais quereria me ver ou falar comigo por conta dessa gafe que expunha a minha viadagem perto dele. Eis que ele me surpreendeu:

− É que é grandão, né? – ele se ergueu, de pé, já com o caderno na mão.

− O que? – perguntei.

− Meu pau.

Então eu caí na tentação e olhei instintivamente para a mala dele, praticamente bem de frente para a minha cara. Era impossível não perceber aquele negócio duro, atravessado, meio balançando sob o shorts.

− Ô, para de babar, cara!

Mas ele não parou aí. Se aproximou mais de mim, deixado a sua mala vultosa agora bem perto do meu rosto. Eu então levantei, nervoso, mas ele meteu a mão no meu ombro e me fez sentar de novo, brusco, com força:

− Quero que cê me faça um negócio...

Eu mal tive tempo de resmungar alguma negativa.

− Quero que cê me chupe gostoso − e com o dedo polegar dentro da roupa, fez o seu pau maravilhoso saltar bem no meu queixo!

Jogou o caderno sobre a cama e com aquela mesma mão agarrou a minha nuca, forte, me empurrando contra o seu membro teso. Apesar do medo, eu não tive escapatória: o seu pau deslizou pelos meus lábios úmidos, violando a minha primeira virgindade.

Enquanto ele arfava, eu me engasgava.

Plac! Plac! Plac!

Alguém bateu palma no portão.

Eu me assustei e quis parar, mas ele me forçou:

− Não para, não. Continua. Continua, porra!

Plac! Plac! Plac!

− Devem ser as meninas, só. Continua, caralho! Tô quase!

Eu continuei, com os olhos abertos ao máximo, com medo de alguém chegar e nos ver daquele jeito. Ele agora me puxava contra a sua virilha com força, com selvageria. Eu podia sentir o seu pau fervente pulsar na minha língua, encostar no fundo da minha boca. E pulsou descontroladamente, afinal, enchendo a minha garganta desavisada com seis jatos de esperma.

− Aaah, caraaaalho, moleque! – ele gemeu, se contraindo inteiro.

Para quem nunca tinha tomado leite de macho, não era tão nojento quanto eu pensava que fosse.

Ouvi o ruído do portão sendo aberto. Se eram mesmo as meninas que chegavam para fazer o trabalho de matemática elas acabavam de entrar, mas o machão insistia em prender a minha boca no seu pau quente.

Ele tirou o seu pau já meio flácido da minha boca e bateu com ele no meu rosto. Corri para o banheiro. As meninas já chamavam na varanda, sem saber se entravam pela casa ou se aguardavam. Ele saiu pouco depois e foi atende-las. Ouvi as vozes deles conversando e rindo enquanto eu lavava a cara e a boca. Eu sempre fui muito certinho e sabia que aquilo, mais tarde, em algum momento, me abalaria.

Saí para a varanda, meio roxo de desconfiança. Nem pensava mais no trabalho, só alcancei a minha mochila e fui no rumo do portão quando ouvi ele me chamar:

− Ei, velho! Cê não fica?

− Não, eu... é que...

− A gente se fala no Whats então, aí eu te mando o que a gente fizer aqui pra você digitalizar. Belê?

− Tá... tá bem.

Eu ia retornando para o portão quando veio a dúvida.

− Qual é mesmo o seu nome? − perguntei, me voltando para ele outra vez.

− Lucas, ué!? – ele rebateu, com um meio sorriso perfeito.

E me virei finalmente com aquele sorriso ainda na mente. Estava feito. Lucas ficara tatuado no meu corpo, e eu sabia que em algum momento ele voltaria a me assombrar.

FIM

_____

Oi, valeu por ter lido <3

Eu também tô lá no WATTPAD, viu? http://www.wattpad.com/user/BlascoJesus

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive BlascoJesus a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

NÃO ENTENDI FOI PORRA NENHUMA. SE VC FOI ATÉ A CASA DE LUCAS FAZER O TRABALHO, POR QUE FOI EMBORA E DEIXOU AS MENINAS COM ELE??? BABACA

0 0
Este comentário não está disponível

Listas em que este conto está presente