Entregas Especiais – Capítulo 1 – Tal Pai, Tal Filho

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1252 palavras
Data: 07/09/2019 17:28:21
Última revisão: 08/09/2019 18:24:11

Será que o dinheiro compra tudo? Provavelmente não, mas transforma as pessoas e os outros ao redor. Vamos viver juntos esse jogo de poder, amor, sexo, ódio e vingança?… Você disse não? Por que? Não gosta de uma série de contos com doses de erotismo? Garanto que muitas cenas de insinuação sobre nudez e sexo podem ser mais excitantes do que relatos pornográficos descrevendo o coito golpe a golpe. No entanto, entenderei caso você acesse o site apenas para se masturbar. Nesse caso eu recomendo vídeos xxx, causam efeitos imediatos, hahaha. Podem vaiar agora!

Capítulo 1 – Tal Pai, Tal Filho

Daisy era bebê de colo quando sua mãe solteira caiu no mundo e a deixou para os avós criarem. Nada mais justo, pois indiretamente o avô foi o responsável por aquela gravidez.

O avô trabalhava para a família do prefeito há décadas, já era a terceira geração daquele clã no poder. O aposentado era um faz tudo, além de puxa-saco. Na época em que Daisy tinha apenas 10 anos, o avô a levava para o trabalho que supostamente fazia na casa do prefeito durante algum dia da semana quando a dona da casa não estava presente. Além de primeira dama da cidade, a mulher também era funcionária do gabinete do marido e remunerada pelos cofres públicos. Vez ou outra ela dava o ar da graça na prefeitura para justificar o dinheiro pago pelo contribuinte.

A neta passava a tarde brincando com Paulinho, um garoto de 15 anos e filho do prefeito. O meninão a levava para jogar videogame em seu quarto. No final do dia o avô recebia um dinheiro extra das mãos do garoto; era uma gratificação pelo serviço avulso prestado. No caminho de volta para casa ele agradava a neta lhe comprando sorvetes, doces ou brinquedos.

A rotina se estendeu por quase três anos. A menina não era mais uma criança, seu corpo de mocinha estava desenvolvido, assim como o rapaz, ele já era um homem.

A brincadeira virou paixão, pelo menos para a garota, seu coração adolescente transbordava de amor pelo rapaz que a tratava como namorada somente na privacidade do seu quarto. Falava que os pais dele a proibiriam de frequentar a casa se soubessem do namoro. A cada novo encontro ele prometia que casaria com ela quando fossem maiores.

O namoro escondido estava com os dias contados, Daisy sofreu um baque quando soube que ele estava de viagem marcada para os Estados Unidos. Ela temia que ele a esquecesse durante os anos que ficasse fora cursando uma universidade. O jovem a tranquilizava dizendo que em sua volta já seria dono do seu nariz, estaria formado e ninguém poderia impedir o casamento deles. A menina acreditou, disse que esperaria, pois o amava mais que tudo na vida.

Cinco anos depois

Daisy se transformara em uma moça bela e atraente, cobiçada por jovens e adultos, porém ninguém provou de seu beijo e carinho durante o período de espera, ela se guardou para o seu amor.

Paulo retornou com o seu diploma universitário, estava mais maduro, até aí normal, concluiu a jovem, mas estava bem diferente daquele rapaz simpático e carinhoso de antes, havia uma prepotência em suas atitudes. Durante aquela primeira semana ele foi frio e a evitou em diversas oportunidades. A desculpa era que ainda estava se readaptando e acertando uns negócios com seu pai que cumpria o seu segundo mandato como prefeito.

Em uma conversa rápida com a moça, em um encontro casual na praça, ele a convidou para uma balada na capital do estado (cerca de 120 Km dali). Naquele sábado aconteceria uma festa na praia.

Durante a noite tudo estava perfeito para Daisy, a festa e o carinho de Paulo a tratando como uma princesa. Depois do show principal ele a convenceu de passarem o resto da noite em uma pousada antes de pegarem a estrada de volta. Ela sabia o que aconteceria no quarto, e estava feliz, pois se guardara para ele durante os últimos anos. Alimentava a esperança de fortalecer a relação durante aquela noite, ela o amava e tinha a certeza de em breve ser assumida como sua namorada e posteriormente como sua mulher.

"Nós continuamos dançando no interior da pousada ouvindo a música que vinha da praia. Levantei meus braços para ele tirar minha blusa, depois meu sutiã, acariciou meus seios e entre um passo de dança e outro minha saia chegou ao chão. Na sequência ele se despiu feito o The Flash e segundos depois estava montado sobre mim, foi só o tempo dele arrancar a minha calcinha. Fiquei refém de suas vontades e obediente aos seus comandos. Ele me penetrou pela frente me pegou por trás, inundou-me com seu sêmen e depois de satisfeito dormiu profundamente.

Demorei a pegar no sono, fiquei curtindo nossa primeira noite, apesar de que não teve o romantismo que eu imaginei durante os anos de espera, no entanto estávamos juntos e isso me fazia um bem danado. Continuei imaginando como seria minha vida ao lado dele e fiz planos para um futuro próximo enquanto ouvia os seus roncos.

Acordei quando o sol já ia alto. Estava sozinha na cama e no quarto. Encontrei um bilhete que dizia: 'Tive que correr para casa, pois não posso perder o almoço com minha família. Dentro do envelope tem um dinheiro pra você pela noite de diversão e também para pegar o ônibus de volta. Quando der para a gente se ver novamente eu peço para o teu avô lhe avisar.'

— FILHO DA PUUUTAAA!!!

Depois do meu grito de indignação e choro desesperado, comecei a arquitetar o meu plano de vingança.

Alguns dias depois já havia vendido meu celular e várias miudezas, mas ainda era pouco para o que eu tinha em mente. O cafetão do meu avô recebeu seu pagamento mensal no dia anterior, era quando ele tinha mais dinheiro em casa... E eu sabia onde ele guardava."

***

A motocicleta invadiu a calçada, acelerou rápido e atingiu o rapaz o arremessando metros à frente. A vítima rolou várias vezes antes de ficar inerte sobre o asfalto. O condutor do veículo perdeu o controle da máquina que ziguezagueou e tombou. Apesar do capacete e jaqueta de couro masculina, era perceptível que se tratava de uma mulher. Após se recompor do tombo ela saiu acelerando a milhão enquanto os curiosos se aproximavam para socorrer o acidentado, Paulo, filho do prefeito.

— Moça, acorda! Chegamos.

Daisy acordou em pânico, era a quinta vez que o sonho se repetia e era tão real como se revivesse o acontecido de dias atrás. Seu ônibus acabara de chegar ao terminal rodoviário do Tietê em São Paulo. A jovem foi acordada pelo passageiro ao lado, estava exausta, pois praticamente não dormira nos dias posteriores ao acidente que deu novos rumos à sua existência. Desembarcou com o desejo de deixar todo o seu passado para trás e começar um novo ciclo em sua vida. Ainda não sabia se o Paulo estava vivo ou morto após ela propositalmente o atropelar com a moto do seu avô. Se livrou da motocicleta, capacete e jaqueta jogando ao longo de um rio nos limites da cidade. Só com uma mochila nas costas ela pegou caronas até chegar em João Pessoa-PB, comprou uma passagem e embarcou no ônibus para São Paulo.

Ela não tinha com quem contar, o dinheiro que conseguiu trazer daria para pouco mais de um mês caso ficasse em uma pensão barata.

Continua com:

Entregas Especiais – Capítulo 2 – Cesta do Amor

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 108Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

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