O início

Um conto erótico de Joca Experience
Categoria: Heterossexual
Contém 965 palavras
Data: 12/08/2019 16:52:35

Já fazia tempo que não chovia desse jeito em Porto Alegre. Frio, muito frio. Aquele tempo cinza e molhado. Os carros com vidros embaçados e faróis acesos em meio a luz do dia. As poças de água pelos buracos das calçadas. O típico inverno da capital gaúcha. Tudo isso observado da janela, onde fica a escrivaninha, na qual passo quase todo meu tempo livre escrevendo. Nessa mesa de trabalho, encontram-se pilhas de papéis com manuscritos de vários tipos: poesias, crônicas, contos... Que apesar de serem bastante em número, ainda perdem para o velho computador, fiél instrumento de registro, onde passo a maior parte do meu tempo digitando e apagando muitas das minhas ideias. Um passatempo um tanto quanto peculiar para um jovem contemporâneo de 23 anos. Mas há algo nas palavras e no jeito que posso organizá-las tanto nas telas quanto nas folhas que me acalma ao mesmo tempo que me excita.

Perdão, eu não me apresentei ainda. O jovem gaúcho que vos fala é chamado João Carlos. Joca, para ser mais informal. É assim que costumam se dirigir à mim. Sou um rapaz normal. Não sirvo para feio, mas também não sou galã de novela das 9. Meço 1,75, corpo magro, mas forte. Cabelos negros, compridos. Barba. Meio neandertal, porém com muita classe.

Desde cedo percebi que tenho algumas dificuldades para relacionamentos amorosos, o que me levou a ter tido apenas um namoro na vida. Um namoro até que duradouro, porém após três anos cada um foi para um lado e o velho amor passou a morar nas memórias. Entretanto, o dom das palavras me fizeram um sedutor em potencial. Em outras palavras, as mulheres me procuram para foder ou pedir conselhos. Sou o típico amante, com um certo talento para atraír mulheres comprometidas e mais experientes. Resumindo, eu gosto de trepar com mulher casada, namorando... Seduzo, fodo e vou embora. Elas nem precisam terminar o namoro, não há necessidade. Afinal usam do meu corpo para gozar o que não gozam no relacionamento. Sem me gabar, não sou o kid bengala dos pampas, sou pouco mais que acima da média, porém grosso. Eu descrobri que é isso que chama mais atenção. A sensação de preencher, de abrir. Sentir o calor e a umidade fazendo pressão. Talvez por isso algumas voltem. Mas também porque sou um bom amigo. Gosto de conversar sobre todos os tipos de assuntos. Sou conselheiro, parceiro. A propósito, fui um bom namorado e tenho boas recordações dessa experiência, mas falarei disso em outro momento.

O motivo principal para eu ter começado a compartilhar essa sequência de fatos vividos foi Ivana, a empregada da casa de meus pais, aonde resido. Ela, com seus 42 anos, mãe de três filhos, residente da região metropolitana da capital. Ivana trabalha aqui já faz bons anos. Não me recordo direito quanto tempo, mas desde que a vi, ainda mais novo, dispertou, em mim, um desejo louco por ela. Olhos azuis, cabelos crespos encaracolados e castanhos escuro. Pele clara. O corpo em dia, peitos médios para grande, pouco caídos (aquele peito que sabemos que amamentou mas continua apetitoso), magra, com aquela barriguinha normal e um belo corpo com apenas algumas marquinhas de uma vida de lutas, mas ainda assim, dispertava a libido de qualquer homem. Ainda mais nas festas da família, que ela eventualmente estava presente para ajudar em algo. Sempre maquiada e bem vestida. Tesão de mulher. Foi numa dessas festas que tudo mudou. E Ivana passou a cumprir outras atividades, além das que foi devidamente contratada para fazer.

É bom salientar que Ivana sabe que não sou santo. Ela observa calada sempre que trago alguma moça diferente para casa durante a tarde. E ela escuta. Escuta os tapas. Os gemidos. Escuta elas chamando os namorados de corno. Aquela putaria saudável. Eu não me importo, sempre fiz questão que ela ouvisse. Que prestasse atenção que comigo não se brinca. Se corre o bixo pega, se fica... Pois é. Era o que eu queria provocar nela. A tarde ficava apenas eu e ela na maioria das vezes. Meus pais trabalham fora. E eu ainda sem estágios, apenas ia para a faculdade à noite quando nem Ivana está mais presente.

Certa tarde, fui banhar-me como de costume. Normalmente levo apenas a toalha e saio enrolado para o quarto para me vestir. Ivana arrumava o meu quarto enquanto isso. Porém nesse dia entrei rápido ao banho e esqueci de levar minha toalha. Estava tranquilo ensaboando-me e começo a mexer no meu penis. Pouco a pouco ele vai erguendo-se, engrossando entre meus dedos. Começo a me masturbar freneticamente embaixo da água morna. Mas nâo gozo. Paro antes. Estava pensando em algo. Termino de me enxaguar e saio do box. Nesse momento percebo que esqueci da toalha. Ainda estava de pau meio duro. Peguei a toalha de rosto e sequei o que podia de mim para conseguir ir ao meu quarto sem fazer aguacera pela casa. Fui indo ao quarto, sem preocupações. Pensava estar sozinho no segundo andar. Abro a porta e Ivana está lá, em cima da pequena escadinha, passando pano nas prateleiras mais altas do armário. Usava uma legging preta, apertada. Marcava seu quadril esculpido e sua calcinha. Vestida uma blusa também preta e um par de chinelos Havaianas. Ela se vira para mim com o barulho da porta, olha para meu corpo desnudo e toma o maior susto. Quase cai da escada.

"-Desculpa, eu não sabia que tu estava aqui." Falei, tentando tapar meu falo, que nada adiantava, estava todo exposto e ainda armado. "-Vim apenas buscar uma toalha!"

Ivana petrificada respondeu que tudo bem. Ela estava com a visão fixada em algo. Eu sabia o que era. E agora tinha certeza que possuir ela e tornar minha fantasia real era apenas uma questão de tempo.

Continua

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