Felipe - Overture - El dia que me quieras

Um conto erótico de Maestro
Categoria: Homossexual
Contém 476 palavras
Data: 10/08/2019 23:48:28
Última revisão: 15/08/2019 19:06:48

Olá você que está chegando agora. Só dois recadinhos. todo inicio do conto tem um nome de uma música. Escutar a música antes é interessante pra entender a interpretação do conto. Esse é o primeiro recadinho.

O outro recadinho é que esse não se trata de um conto erótico, mas sim de um romance.

Bom, desejo boa leitura a todosAcho que o início dessa história se dá de uma maneira muito simples.

Me chamo Alexandre, um cantor de música lírica que iniciou a carreira aos 12 anos de idade como contratenor da Hamstein, uma companhia alemã de ópera que se sitiava no Brasil. Aos 14 anos já espantava quem me ouvisse cantar, nos palcos mais renomados do Brasil e que a crítica citava como uma das maiores promessas da música lírica brasileira desde Carmem Monarca e Bidu Sayão.

Tudo isso que contarei aqui se passou nos anos de 2008, quando aos meus 15 anos, Dona Dinorah, minha assistente pessoal resolveu se aposentar e então a companhia resolveu contratar um jovem aspirante a cantor para que começasse ali a conviver com músicos e para isso, ele foi contratado como meu assistente. Tudo o que eu sabia era seu nome. Não o tinha visto, não havia conversado com ele e muito menos pensei que as coisas em minha vida aconteceriam da maneira que aconteceu.

Um dia, cantando Gianni Schichi em São Carlos, ao finalizar o ensaio primário, voltei ao meu camarim para relaxar um pouco, pensando o quanto ali estaria bagunçado já que havia quase um mês que Dinorah tinha se aposentado. Ao chegar próximo à porta de meu camarim, escuto uma voz do lado de dentro. E que belíssima voz. Por um breve momento parei na soleira da porta, estático, com a mão na maçaneta esperando para escutar um pouco mais daquela voz que cantava El dia que me quieras, do interior do meu camarim.

Abri vagarosamente a porta, sentindo cada vez mais aquelas notas acapella, que me emocionavam de primeira mão e lá estava um rapazote, de 14 anos fraseava a penúltima estrofe da canção ao mesmo tempo que organizava tudo dentro do camarim com muito cuidado mas com muita agilidade.

Então algo dentro de mim pediu que eu cantasse. Ao adentrar nos últimos dois versos da canção, comecei a cantar com aquele belo rapaz, de cabelos louros, ainda de costas para mim, o resto da canção, me fazendo lacrimejar os olhos de tão belo que foi aquele momento.

Por fim, o rapazote levantou os olhos, mirou-os nos meus, um lindo par de olhos verdes, da cor de azeite, com um sorriso muito branco no rosto, algo que se aproximava das imagens de um anjo e me cumprimentou dizendo ser meu novo assistente de camarim e que trabalharia muito para manter tudo na mais perfeita ordem porque estrelas não se deveriam se preocupar com aquilo.

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