Diego: O Garoto de Programa - 02

Um conto erótico de Luke
Categoria: Homossexual
Contém 1548 palavras
Data: 22/07/2019 00:38:12

As 8h da manhã, o celular de Diego começou a tocar o avisando que mais um dia havia começado. Ele abriu seus olhos repentinamente e com um toque, desligou o alarme. Levantou, ainda com sono, e seguiu para o banheiro para fazer sua higiene matinal. Diego olhou-se no espelho, o cabelo ondulado todo bagunçado e despenteado, os olhos castanhos claros que naquele dia estavam ainda mais claros, e a pele macia que era corada, principalmente abaixo dos olhos, como se tivesse tomado um banho de sol. A pele branca e com poucos pelos, o corpo atlético, mesmo sem ter levado a academia a sério. Ele amava seu corpo e sua aparência, porque no trabalho dele, isso era tudo. Como de costume, tomou seu banho e depois colocou uma roupa leve, uma simples calça de moletom e uma regata. Sua irmã estava na cozinha quando o mesmo chegou para tomar café.

- Bom dia – Falou gentilmente.

- Bom dia mano – falou Manu, com a voz sonolenta e calma, estava de ressaca.

- Você tem uma única obrigação quando eu não estou em casa, que é cuidar da mamãe, do Isaac e da casa e nem isso você faz direito. – Falou calmo.

- Relaxa, eu saí ontem com um carinha que conheci, ele me levou numa boate chique daquelas do centro, me pagou bebida e tudo. – Falou contente.

- Eu não estou nem aí Emanuelle, eu dou duro no trabalho e é assim que você me ajuda? Indo para a balada enquanto mamãe e Isaac ficam sozinhos, ainda mais nas condições que ela se encontra? – Falou um pouco mais alterado.

- Calma aí, eu também tenho direito de me divertir, igual você faz nesse seu “trabalho” – falou fazendo aspas com os dedos – Eu conheço o pessoal do bairro, eles me falaram onde você trabalha toda noite. – Falou debochada.

- Cala a boca, tudo que eu faço é para colocar dinheiro e comida dentro desta casa, eu quem mantenho essa casa, com o trabalho que você tanto debocha. – Falou, a voz rouca – Não pensa que é fácil para mim, porque não é.

Manu permaneceu calada.

Emanuelle tinha por volta dos 18 anos, sempre foi egoísta, sempre deu trabalho, porém cuidava da mãe e do irmão quando Diego não estava em casa, mas não fazia isso porque gostava e sim porque não tinha opção. Sempre fazia o que era bom para ele e não pensava em ninguém.

- Mamãe já acordou? – Diego perguntou ao tomar um gole de seu café.

- Sim, já levei o café da manhã dela, ela disse que estava muito cansada para sair da cama – Manu falou, enquanto lavava as louças do café.

- Tudo bem, próxima semana é a consulta dela com o médico, espero ela tenha tido alguma melhora. – Falou cabisbaixo.

A situação da saúde da mãe de Diego estava muito debilitada, há mais de dois anos ela havia sofrido um AVC, e as sequelas permaneciam até os dias atuais. No período em que isso aconteceu, Diego se viu sem opções, no auge de seus 18 anos, ele começou a se prostituir com o intuito de ajudar sua mãe, agora debilitada, e sua família, que nunca tiveram boas condições financeiras. Tudo começou a ir de mal a pior quando ele tinha apenas nove anos de idade, quando seu pai resolveu sumir do mapa e sua mãe começou a trabalhar em casas de famílias para garantir o sustento de seus filhos, e Diego, como era o mais velho, começou a cuidar de sua irmã em casa.

Mas seria mentira dizer que Diego odiava seu trabalho. Muito pelo contrário, ele gostava muito. Se sentir desejado, ser por muitas vezes idolatrado e ter vários homens em suas mãos, era, para ele, satisfatório, o dinheiro que ele recebia por isso só o incentivava a continuar. Isso sempre esteve enraizado nele, a vadia dentro dele era muito forte, e seus desejos e malícias sempre falavam mais forte. Diego pode ser um bom rapaz, mas ele, é uma vagabunda, e isso ele tem orgulho de ser. O único motivo por ele esconder isso da família, era para evitar que sua mãe piorasse, ele a amava muito e a admiração dela por ele era algo muito precioso.

Dentro desses dois anos, Diego nunca de permitiu gostar ou amar a ninguém, não era um bom caminho a se seguir para um garoto de programa, muitos dos seus clientes eram caras casados ou enrustidos, ninguém que ele realmente pudesse gostar, ou que pudessem gostar dele. Isso era uma coisa que ele mantinha bem distante dos pensamentos, gostar de alguém poderia causar muitos danos. Porém, como nada na vida é como queremos, Diego, nos eventos que se sucedem, se vê encurralado por sentimentos de paixão que por muito tempo havia se esquecido de sofrer.

Na tarde daquele mesmo dia, Diego saiu de casa no intuito de se cuidar um pouco, foi a um salão de beleza onde cortou os cabelos, fez as sobrancelhas e as unhas, estava precisando de um pouco de cuidado para si mesmo. Na volta para casa, comprou alguns remédios para sua mãe e algumas guloseimas a seu irmão Isaac, que não era muito diferente das guloseimas, sendo um doce a maior parte do tempo. Isaac tinha seis anos, era um menino muito educado, e sapeca, eles eram irmãos apenas por parte de mãe, quando a mesma numa noite de bebedeira, engravidou dele, o pai, não se sabe onde se encontra e nem se está vivo.

Chegando em casa, por volta das 19h, Diego fez o jantar, ajudou sua mãe a se alimentar e depois o irmão, em seguida colocou ambos para assistir e foi se arrumar para mais uma noite de trabalho. Como sempre, tomou um demorado banho quente, em seguida secou os cabelos ondulados que ao final do processo estava sedoso e macio, apenas de toalha foi para o seu quarto, antes de se vestir, pegou seu celular que estava sobre a cama e tirou uma foto sensual em frente ao espelho. Logo depois publicou a foto em seu Instagram com uma legenda sensual e provocativa, ele tinha muitos seguidores, afinal, era bonito, charmosos, seu corpo escultural. Juntando todos os seus atrativos e a sede dos internautas por fotos de rapazes sexys e sem camisa faziam com que ele fizesse sucesso na internet, de onde vinha alguns de seus clientes. Diego era todos os dias elogiado e cantado por seus seguidores, e ele amava isso.

Após publicar a foto e ler alguns dos comentários instantâneos, Diego começou a se arrumar, colocou uma cueca preta, uma calça jeans azul, uma camisa preta e seus tênis brancos, dobrou a calça até que chegasse no meio da perna, dando um leve charme. Terminou de arrumar os cabelos e depois passou um de seus perfumes. Antes de ir para a rua, comeu um pequeno lanche e antes de sair verificou se Manu estava realmente em casa.

- Espero que não dê nenhuma escapadinha hoje e deixe mamãe e Isaac sozinhos de novo – falou parado na porta do quarto da garota.

- Relaxa, não tenho rolê hoje – falou sem desviar a atenção do celular.

- Ótimo – Diego então se retirou.

Ele pegou seu casaco e antes de sair da casa deu um beijo em sua mãe e irmão. Depois seguiu para o seu ponto. Quando estava passando, avistou de longe os moleques que o vendiam maconha, ele então foi até eles.

- Iae rapaz, vai querer como hoje? - Perguntou um dos traficantes.

- Oh Manel, você sabe que eu gosto da pura, de preferência já bolado. – Falou Diego abrindo a pequena bolsinha que sempre carregava consigo.

- Beleza, dois beques da pura, está na mão – falou entregando os beques para Diego.

- Obrigado baby – Entregue uma nota dez reais ao garoto – Qualquer coisa, se estiver se sentindo só, você sabe onde me encontrar – falou dando uma piscadinha para ele, que sorriu.

Diego seguiu para seu ponto, chegando lá encontrou Samanta debruçada sobre a janela de um carro falando com um cliente, Diego encostou-se na parede do murro e observou. Quando ela entrou no carro, olhou para Diego e deu uma piscadela.

- ARRASA – Diego gritou enquanto eles seguiam para o motel.

Diego acendeu um cigarro e quando estava quase terminado de fumar, um carro preto e rústico parou no meio fio. Diego prontamente andou até o carro. Chegando lá, a pessoa dentro do carro abriu a janela, então Diego inclinou-se para falar com o homem.

- Boa noite – Diego falou gentilmente olhando o homem, que estava sério e se vestia formalmente, tinha um ar misterioso, e era jovem, por volta dos vinte e oito anos.

- Boa noite, realiza fantasias? – O homem ainda sério, perguntou.

- Sim, porém são cobradas fora a parte, e se tiver sadomasoquismo também.

- Certo, pago o quanto quiser.

Diego entrou no carro, e nesse momento sentiu todos os pelos do corpo arrepiarem-se, sentiu uma sensação ruim por alguns instantes. Porém ignorou. O homem sempre serio ligou o carro e deu a partida, e assim seguiram para o destino onde iria ocorrer o programa.

...

Nota:

Hello, retornei com mais um capítulo, a demora se justifica por ontem eu ter passado o dia todo assistindo La Casa de Papel rsrsr, então, no capitulo de hoje eu resolvi dar mais ênfase a família de Diego e introduzi-los na vida dele. Próximo capitulo tem emoção, até outro dia, beijinhos e obrigado aos comentários e leituras.

Luke.

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Comentários

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Hum... Será mesmo um presentimento ruim com o cliente ou é esse jovem cliente que irá tirar Diego dessa vida? Percebo que a narrativa nos dá pistas do que irá acontecer, mas... avancemos!

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eita pau o que será que vai acontecer com o Diego?

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To vidrado nesse conto, espero que nada de ruim aconteça com Diego, sobre a la casa de papel ficou com gostinho de quero mais assim como o seu conto. Não vejo a hr de ter mais.

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QUANDO TEMOS ALGUM PRESSENETIMENTO RUIM TIPO O QUE DIEGO TEVE É MELHOR REFLETIR. QUEM GARANTE QUE ESSE CLIENTE NÃO É UM LUNÁTICO, ASSASSINO OU COISA PARECIDA? GP'S SEMPRE CORREM ESSE RISCO. OU QUEM SABE TENHA PRESSENTIDO QUE ALGO OCORREU COM SUA MÃE? CURIOSO AQUI. POXA, CAPÍTULO UM POUCO CURTO. E OLHE QUE NÃO SOU FÃ DE CONTOS DE GP'S.

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