EM BUSCA DO SUCESSO - CAPÍTULO 5

Um conto erótico de Rocio
Categoria: Homossexual
Contém 2196 palavras
Data: 24/06/2019 10:42:01

NOS CAPÍTULOS ANTERIORES...

Renan consegue ingressar na faculdade e se muda de cidade para morar com o pai e a irmã Paula. César e Kauan começam a se aproximar, o ricaço com a intenção de seduzir o novinho. Renan consegue um emprego como atendente de telemarketing e vai comemorar o aniversário do seu supervisor Lucas na balada.

Renan: Com licença, é a fila do banheiro? – Ele tocou no homem que estava na sua frente.

Renan reconheceu aquele rosto quando o homem se virou. Samuel e Renan estavam frente a frente.

Lucas: Samuel, até quem fim você chegou né amigo! – Ele foi dar um abraço.

Os três se olharam. Um clima estranho no ar.

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EM BUSCA DO SUCESSO

Renan: Samuel?

Lucas: Vocês se conhecem? De onde?

Samuel: O que você tá fazendo por aqui Renan?

Lucas: Me respondam gente!

Samuel: Lembra quando a gente viajou para Califórnia? Eu conheci um garoto, depois voltei com você no bar, o que aconteceu aquele dia? – Ele perguntou para Renan.

Lucas: Que história mais louca.

Renan: No dia que eu ia te ver, teve um assalto no bar, o dono morreu, por isso tava fechado.

Samuel: Caramba, e você ficou bem?

Renan: Comigo não aconteceu nada, mas precisamos ir na delegacia prestar depoimento do que tinha acontecido, por isso você não me encontrou.

Lucas: Que coincidência, o Renan trabalha comigo, entrou essa semana, acabei chamando pro meu aniversário.

Samuel: Veio morar aqui então?

Renan: Pois é

Lucas: Hum, gente vamos lá cantar parabéns pra mim, já tá na hora.

Renan: Calma, eu vim pra ir no banheiro.

Lucas voltou para o camarote, depois de utilizarem o mictório, Renan e Samuel se encararam no espelho do banheiro. Samuel sorriu e deu estendeu a mão para Renan. Lucas percebeu os dois andando de mãos dadas na balada.

Paula: Amore, quando você estava, não acredito que arranjou um boy. – Ela disse empolgada para o irmão.

Renan: Guria, nem te conto, lembra do Samuel?

Paula: Claro, o primeiro cara que você ficou, é ele?

Renan: O próprio, amigo do Lucas ainda pelo que eu entendi.

Paula: Que gato, arrasou viado, vai com tudo.

Os amigos de Lucas deram os parabéns a ele e alguns ainda comoram um pedaço de bolo que tinha ali. Samuel logo puxou Renan para a pista de dança, os dois foram tomando uma cerveja, as músicas pop estavam animadas, Samuel dançava praticamente seduzindo Renan, esse estava mais duro com um olhar de inocente que fazia Samuel se interessar cada vez mais. Sem demorar muito, Samuel tomou a iniciativa e encostou Renan na parede lhe dando um beijo. Parecia que Renan tinha voltado no tempo, apesar de ter beijado Giovani, era o beijo de Samuel tinha ficado marcado.

Lucas: Que palhaçada! Não acredito que se conheciam. – Ele disse tomando um drink.

Paula também estava a fim de procurar alguém, já tinha recusado ficar com as garotas, a missão era achar algum homem hétero.

Samuel: Que boca deliciosa.

Renan: Foi muito bom te encontrar de novo.

Samuel: Nem me fale, vamos ali pegar mais uma bebida.

Para Renan a festa um máximo, bebendo horrores e beijando Samuel toda hora.

Samuel: Vamos pra um lugar mais tranquilo?

Renan: Pra onde?

Samuel: Pra minha casa, dorme lá hoje – Ele disse dando-lhe um beijo no pescoço.

Renan: Ta bom

Lucas viu quando os dois saíram da balada, sem nem se despedir dele.

Lucas: Não deram nem um tchau, aposto que foram pro motel.

Lucas logo arranjou um cara para ficar e depois outro, bebeu todas e decidiu pegar quem viesse pela frente.

Lucas: Você e você, vamos embora daqui, hoje eu quero transar com dois de uma vez só.

Renan mandou uma mensagem para Paula avisando para onde estava indo.

Samuel: O uber chegou.

No caminho, Renan deitou no colo de Samuel e acabou tirando um cochilo. Chegando na casa, os dois desceram, Renan nem sabia onde estava, Samuel abriu a porta e já foi tirando a roupa. Ele puxou Renan para a cama e lhe beijava intensamente. Samuel estava com tesão, porém Renan estava ficando tonto, tinha exagerado na bebida.

Samuel: Ah garoto, eu vou te comer tanto. – Ele disse abrindo tirando a calça de Renan.

Renan: Espera, eu sou virgem.

Samuel: Virgem? Ta brincando né? – Ele não acreditou

Renan: Não, eu nunca transei com homem.

Samuel: Eu nunca comi um virgem.

Renan: Samuel, eu não quero que seja desse jeito.

Samuel: Como? Você veio dormir aqui porque queria transar.

Renan: Eu tô muito bêbado, não raciocinei direito, onde é o banheiro?

Samuel: Ali – Ele apontou.

Renan correu para vomitar tudo o que tinha bebido.

Samuel: Ah não acredito!

Renan: Que inferno, não devia ter misturado tanta coisa.

Renan lavou o rosto, sentia um enjoo.

Renan: Preciso ir pra casa.

Samuel: Fala sério! Vai me deixar na mão?

Renan: Eu não to bem

Renan chamou um uber para sua casa, Samuel estava frustrado.

Renan: Vou indo nessa, tchau.

Samuel: Tchau.

Renan entrou no carro.

Renan: Meu Deus que loucura, eu não devia ter vindo pra cá.

Chegando em casa, Renan encontrou Paula removendo a maquiagem.

Paula: Até quem fim né, o que deu lá?

Renan: Fui pra casa do Samuel, um desastre, vomitei no banheiro dele, passei muito mal, nem rolou nada.

Paula: E você foi com a intenção?

Renan: Eu nem sei porque eu fui, tava bêbado, queria continuar ficando com ele, mas Paula, eu sou virgem, não tava preparado ainda.

Paula: Entendo, precisa perder essa virgem logo, sabe que os caras só querem sexo, principalmente os gays.

Renan: Por que ta falando isso?

Paula: Ai Renan, você parece todo inocente porque veio do interior, não quero que você se iluda porque encontrou esse Samuel numa balada, não se apaixone logo de cara porque pode acabar sofrendo.

Renan: Eu pensei nele durante todo esse tempo, desde que fiquei com ele lá em Califórnia.

Paula: Eita, cuidado, ele te levou pra casa dele assim logo no primeiro encontro, queria transar, transa na primeira vez depois te descarta pra ir atrás de outro.

Renan: Ai que horror, eu preciso conversar com ele, ver o que ele quer, já sei que ele é amigo do Lucas, mais fácil encontrar de novo.

Paula: Esse daí tava que nem uma mosca varejeira observando vocês de longe, achei estranho.

Renan: O Lucas? Será que ele gosta do Samuel?

Paula: Ou de você né? Pra ele ter te chamado assim logo de cara pra balada.

Renan: Ai você me deixou triste agora, se o Samuel não quiser nada comigo?

Paula: Fazer o que, ai irmãozinho, vou dormir, to exausta.

Renan: Eu também, só vou tomar um banho, to me sentindo sujo.

DOIS DIAS DEPOIS

CALL CENTER

Lucas: Foi embora cedo da festa né Renan, foi pra onde?

Renan: Eu tava cansado já, acabei indo pra casa.

Lucas: Não precisa mentir pra mim, Samuel é meu amigo, sei que foi pra casa dele.

Renan: Mas depois eu fui pra minha casa.

Lucas: Sei, ficou feliz de ter reencontrado ele?

Renan: Preciso atender a ligação, alô gostaria de falar com o senhor Alberto.

BANCO

César era gerente de uma rede de agências bancárias na região de Curitiba, em uma visita a uma agência do Centro para tratar de assuntos financeiros, ele encontrou Kauan esperando para ser atendido.

César: Kauan, tudo bem?

Kauan: Ooo seu César.

César: Pode vir aqui na minha que eu te atendo.

Kauan: Nossa valeuzão, tinha umas 10 pessoas na minha frente, começo de mês esses bancos tudo lotados.

César: Pois é.

Kauan: Nem sabia que o senhor trabalhava aqui.

César: Pode me chamar de você, afinal não to velho né ou estou? – Ele sorriu.

Kauan: Não ta né, bem conservado pra sua idade.

César: Vou levar isso como um elogio, mas afinal o que precisa hoje?

Kauan: Vim abrir uma conta, consegui um estágio aí na prefeitura, pediram pra abrir uma conta nesse banco.

César: Ah que legal, primeiro emprego né?

Kauan: É sim.

César: Preciso dos seus documentos.

Kauan entregou a identidade e César reparou na data de aniversário do seu cliente.

César: Seu aniversário tá próximo, o que vai fazer?

Kauan: Ah nada não.

César: Mas são seus 18 anos, tem muitos amigos Kauan?

Kauan: Os da escola só.

César: Vou falar com a Estela e sua mãe, pode fazer uma pequena comemoração lá em casa se quiser.

Kauan: Mas o que? Você tá brincando né?

César: Não, lá em casa a gente adora uma festa.

Kauan: Tive a impressão que seu filho não gostou de me ver lá.

César: Bobagem, o Guilherme no fundo é igual eu, super gente boa.

César terminou o trabalho e se despediu de Kauan.

César: Agora você é um cliente do banco que eu trabalho.

Kauan: Você tá sempre nessa agência?

César: Não, eu sou gerente regional, de todas as agências de Curitiba e região metropolitana, não costumo atender os clientes, tenho outras pra fazer, mas você é meu conhecido né.

Kauan: Aí sim hein, valeu César, tenha bom um trabalho.

César: Você também, boa sorte lá na prefeitura, sábado tem nosso jogo de tênis, não esqueça

Kauan: Verdade, pode deixar.

Kauan saiu da agência intrigado com as coincidências.

Kauan: Esse coroa tá tudo o lugar, impressionante, agora tá explicado de onde vem tanto dinheiro.

RUA

Samuel estava parado na frente do call center onde Renan trabalhava, ele só estava esperando o operador de telemarketing sair para se entenderem.

Samuel: Ei Renan, acho que a gente precisa conversar. – Ele disse sério.

Renan: Também acho, vamos ali na praça.

Samuel: Ficou chateado comigo?

Renan: O erro foi o meu, eu não devia ter ido pra sua casa, estava muito mal.

Samuel: Eu não sabia que você nunca tinha bebido daquele jeito, normalmente as pessoas dão pt mesmo na primeira vez.

Renan: Pois é, me arrependi, é que tudo muito novo pra mim as coisas que acontecem nessa cidade.

Samuel: Imagino, mas eu acho que a gente pode começar a se ver mais, não pra balada, fazer outras coisas, posso apresentar a cidade pra você, o que acha?

Renan: Legal, mas qual a sua intenção Samuel? Não vou mentir, todo esse tempo eu pensei em você, queria te reencontrar aqui, mas tenho medo que a minha empolgação não seja a mesma que a sua.

Samuel: Vamos com calma, deixa acontecer naturalmente – Ele disse no ritmo da música.

Renan: Ta bom.

Samuel: Viu eu to no intervalo entre uma aula e outra, preciso voltar que tem aluno me esperando, não quer fazer inglês moço? Sou um bom professor.

Renan: Ainda não pretendo, e você trabalha aqui perto?

Samuel: Mais ou menos, mas dá pra vir a pé, isso significa que a gente pode se encontrar pelo Centro as vezes.

Renan: Ótimo, acho que a gente já pode trocar nossos números né?

Samuel: Já passou da hora, marca aí

Os dois trocaram os telefones e se despediram.

Enquanto os dias iam passando, Samuel e Renan foram ficando mais próximos, conversando sobre tudo. Havia chegado o primeiro dia de aula. Paula e Renan chegaram na universidade e perceberam a movimentação do trote que os veteranos estavam preparando.

Paula: Fala sério que vou ter que pedir dinheiro no sinal.

Renan: A gente já esperava né, algo assim.

Paula: Olha quem ta ali Renan.

Renan ficou surpreso ao encontrar Lucas organizando as coisas com os veteranos.

Renan: Não acredito.

Paula: Ai to com vergonha.

Guilherme chegou dirigindo o carro do pai, estacionou bem perto de onde Paula e Renan estavam.

Camila: Próxima vez eu venho dirigindo o carro do pai, você é um péssimo motorista Guilherme – Ela disse saindo do carro.

Guilherme: Próxima vez você vem de ônibus pra largar mão de encher o saco.

Paula e Renan estavam observando como as pessoas pareciam ser ricas.

Paula: Que gato esse cara, será que é namorada dele?

Renan: Acho que são irmãos, ouvi quando ela falou que o carro era do pai deles.

Paula: Que bom, enfim vamos lá encontrar o Lucas, já basta esse supervisor chato no trabalho agora ter que ver ele aqui na faculdade também.

Renan: Que saco.

Lucas ficou surpreso ao encontrar os dois também.

Lucas: Que surpresa, vocês dois calouros? Devia ter olhado na ficha de admissão.

Renan: Diz o que a gente vai fazer.

Paula: Isso é tinta na sua mão?

Lucas: É, vamos pintar a cara de vocês e vão pedir dinheiro no sinal pra bancar a festa de boas-vindas.

Paula: Adoro uma festa, quando vai ser?

Lucas: No mês que vem, anda, vamos logo que não temos muito tempo.

Renan acabou se divertindo no trote, aula não teve, somente uma apresentação no auditório. Quando chegaram em casa, Néia e Juvenal estavam na cozinha acordados.

Paula: Nossa, estão acordados ainda?

Renan: Pai, o que houve? Estava chorando? – Ele disse preocupado.

Néia: Acabamos de voltar do hospital, seu pai passou mal aqui em casa, com muita dor da barriga.

Paula: Meu Deus, deviam ter nos avisado.

Néia: O velho aí não tá nada bem, já está na hora de contar Juvenal. – Ela disse séria.

Juvenal: Eu estou com câncer.

CONTINUA...

Desculpem a demora pessoal, muito obrigado pelos comentários passados, fico feliz que estão curtindo. Até mais!

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Comentários

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Vixe. Tenso o final do capítulo.

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