Clube Eros: Parte final

Um conto erótico de Fmendes
Categoria: Homossexual
Contém 2164 palavras
Data: 07/06/2019 20:01:23

Quando se está ocupado, o tempo passa voando. E assim foi com os meses que se seguiram. Perto de fevereiro, com a proximidade do aniversário do Clube então, foi um Deus nos acuda. Mas conseguimos deixar tudo certo.

Estávamos eu e Rogério sentados no sofá de meu escritório, às 23 horas, após termos enfim conseguindo finalizar todas aa pendências para a grande festa e eu estava muito satisfeito.

Estávamos encostados nos braços no sofá, com as pernas esticadas, um sobre o outro enquanto massageamos os pés e bebíamos um bom vinho. De vez em quando, permitimos que nossos pés alisassem ou acertassem o volume da calça do outro, apenas pelo pequeno prazer do toque eventual.

"Tenho que ir pra casa, mas não to querendo nem conseguindo sair daqui" e gemeu quando eu fiz pressão em um ponto de seu calcanhar "ahhh. Isso. Aí aí ."

"Já pensei em levantar duas vezes também" confessei " mas to sem forças"

Rogério beijou meu pé e a mão foi descendo pela minha coxa.

O pé que eu não estava massageando ele introduziu entre minhas pernas

Era gostoso, fiquei excitado, então deixei.

"Posso te fazer uma pergunta bem pessoal?" Ele pediu "nada haver com o trabalho"

"E desde quando temos esses cuidados para falar de algo que não seja trabalho?"

"Nada. Apenas não quero que se sinta pressionado e estragar o momento"

"Fala logo porque você ta estragando o clima mesmo assim" e beijei seu pé

Ele riu e prosseguiu

"Percebo que você e o Daniel tem andado muito juntos"

"Isso não foi uma pergunta" eu o questionei "Não é "

"Então… por que você está com medo de fazer a pergunta?"

Ele se inclinou para frente e passou a mão pela minha coxas, chegando até o zíper e abrindo.

"Medo apenas de estragar esse clima" e pegou meu pau e pôs pra fora

Não respondi. Esperei ele chupar e querer falar.

"Acho vocês fofos, quando estão juntos" falou tirando o pau da boca.

"Fofos?" Ri.

"Sim" falava simplesmente, como se fosse algo sem tanta importância. Lambeu lateral do meu pênis. "Só queria saber se estou atrapalhando algo, fazendo o que estou fazendo" e beijou a cabeça.

"Não tem nada entre nós, se é o que quer saber. Apenas profissional."

"Hum…" e abocanhou mais, chupando com vontade " uma pena, vcs ficam bem. Apesar de todo o seu esforço em parecer intragável você é um cara legal."

"Se sou assim intragável, por que vc ainda está aqui?"

Ele largou e foi lambendo o saco

"Recebo um salário."

"Mas eu não pago você para chupar meu pau" lembrei.

"Verdade…" e passou o nariz em todo o membro, deliciando-se com o aroma. "Isso eu faço de graça, pois tem um pau.muito gostoso" e pôs na boca novamente, para depois tirar, respirar e continuar "Só não quero que esse pau gostoso sirva apenas para dar prazer a quem paga, ou para àqueles que não podem te dar nada além de um bom sexo."

Não respondi, não gostava quando ele se metia assim, mas Rogério era meu amigo e tinha intimidade para tanto. E a mamada também estava muito boa.

"Já vi você dispensando muitos que te amaram. Essa é a primeira vez que vejo vc correspondendo a alguém. Só me promete que não vai jogar fora isso apenas por ser um babaca."

"Se você quer tanto que esse babaca aqui arrume alguém para amar, por que está chupando o pau dele?"

Nesse momento ele levantou, tirou a calça, e sentou em cima de mim, encaixando o pau e enfiando dentro do cu dele.

"Já falei… esse babaca tem um pau muito gostoso. Só quero aproveitar até ele enfim aprender a ouvir meus conselhos."

E quicou com vontade. Rogério parecia não mais a fim de conversa, então o abracei e chupei aquele peitoral sarado enquanto ele trabalhava. Ele delirava, enquanto sentava em meu colo e tinha os peitos chupados, lambidos e mordiscados por mim. Agarrava suas nádegas bem abertas, deixando-as bem abertas para que meu pau entrasse todo. Foi gostoso ouvir ele gozar. O som me fez entrar em sintonia com.seu prazer. Ficamos ainda um tempo deitados juntos, até nos arrumarmos e sair.

O dia da grande festa chegou. E tudo corria perfeitamente. Todos os meus garotos estavam lá. Além de produtores, clientes importantes e outros convidados cuidadosamente selecionados. O ambiente foi escolhido para representar um antigo baile de máscaras. Os convidados foram de social, terno ou esmoquin. Meus garotos estavam apenas de calça social, sapato e gravata borboleta. Aquele não era propriamente um local de trabalho, embora naquela indústria, que mexe com prazer e sedução, todo o local acaba sendo um local de trabalho. Onde eles poderiam conhecer novos clientes, ou conseguir contratos muito bons com chances de ascensão no exterior.

O objetivo não era uma orgia, mas sim o prazer era estimulado. Enquanto interagia, era comum ver um cliente acariciando as genitálias de um dos meninos, enquanto bebiam e conversavam amigavelmente, como em uma conversa casual entre cavalheiros. Indo ao banheiro, não era estranho encontrar alguém praticando sexo oral em outro. Os garçons, muito bem selecionados, usavam apenas um avental preto e tênis, as bundas nuas a mostra eram alvo de carícias, mas nada além disso. Num.momento em que os ânimos se afloram, dois clientes acabaram por despir um de meus garotos, arriando sua calça enquanto tentavam lhe dar um beijo grego. Não foi necessário muito esforço para fazer com que parassem, pois eles logo perceberam que o salão não era o lugar para aquilo, que haveriam outros momentos.

Conversei com um amigo e cliente, grande bancário, que aproveitou para falar alguns pontos interessantes de minha conta empresarial. Parece que eu teria um assunto interessante para tratar no banco na semana seguinte. Em um.momento da conversa ele desabotoou parte de cima de minha camisa e acariciou meu peito.

"O que eu não daria para ter esse corpo todas as noites "

"Você já teve, várias e várias noites" em minha época de programas, uma vez viajei com ele para Noronha. Ele pagou caro para me ter como acompanhante e eu aproveitei bastante a viagem . Era livre para conhecer a ilha, desde que de noite estivesse limpinho e cheio de energia, para receber ele após um dia cheio de reuniões com grandes investidores.

"Foi a semana mais feliz de minha vida" ele confessou.

Não adiantava quem fosse, eu nunca conseguia me sentir a vontade com esse tipo de declaração. Parte do meu trabalho era despertar essas sensações, mas sempre que alguém se mostrava apaixonado dessa maneira, sentia como se eu tivesse cruzado algum tipo de limite. Sempre era um esforço hercúleo sair de tais situações, mas por sorte, naquela, tive ajuda. Mike, um produtor americano, interrompeu a conversa e pediu para ter uma prosa comigo. Sem graça, meu cliente por si só pediu licença e se afastou.

"Temos de falar de negócios " ele parecia muito animado. "Tenho ótimos planos para um dos seus meninos. Vejo um grande futuro para ele na minha produtora".

Mike era um dos meus melhores parceiros. E tinha total confiança, tanto na percepção dele para talentos, quanto no cuidado que ele teria com o jovem que levaria. Já tinham 8 meses que ele havia levado Flávio e ele estava indo muito bem lá fora pelo que eu acompanhava.

Fiquei verdadeiramente feliz quando ele disse ter se interessado por outro de meus garotos, brindamos aquele momento e eu perguntei qual era o felizardo. A bebida desceu amarga quando o nome de Daniel veio a tona. Demorei um pouco para digerir a informação e tentar ficar verdadeiramente feliz novamente com aquela notícia .

Brindamos mais uma vez e Mike perguntou se poderia ser ele mesmo a dar a notícia. Eu concordei. Nos separamos após ali. Não gostava de admitir, mas fiquei um tanto quanto atordoado o resto da noite.

Não tenho do que reclamar do evento, tudo ocorreu conforme e até além do esperado. Mas dizer que eu aproveitei aquele que deveria ser o meu momento, estaria mentindo.

Em um momento da festa, vi Mike e Daniel interagindo. O menino sentado no colo do americano, rindo e descontraído. Não demorou muito para eles saírem para algum lugar reservado. Já pelo fim da festa, encerrada a noite, fiz os procedimentos para entrega do lugar e fui para o terraço do salão, aproveitar sozinho minha bebida e em paz com meus pensamentos.

Escutei passos atrás de mim, e quando olhei, era Daniel.

"Pensei que já tivesse ido"

"Mike me convidou para o hotel onde está hospedado. Mas eu dispensei. Disse que tinha outras coisas pra fazer"

"Não é uma boa ideia dispensar ele após a bela proposta que ele lhe fez"

Ele deu um sorriso amarelo, provavelmente não sabia que eu já estava sabendo.

"Não achei certo… sei lá."

"Sabe que são apenas negócios, certo? Já está aqui a quase um ano e deveria saber"

"Sim, sim… só não achei certo aceitar a proposta"

"Está preocupado com sua avó?"

"Não… só… ela está com minha tia agora. Há 5 meses que moro sozinho. Pra ela é melhor lá."

"Então…" e esperei ele falar, embora não tinha certeza se queria ouvir a resposta.

"Eu não quero deixar você " admitiu, meio sem graça.

"Não acredito que to ouvindo isso." Respirei fundo. "Isso não é motivo "

"Mas eu gosto …"

"Olha aqui, Daniel" o cortei "você precisa crescer e ter responsabilidades. Se fosse por qualquer outro motivo, sério mesmo, eu aceitaria sem questionar. Que falasse que fosse pois você é o único a cuidar da sua avó. Bateria palmas. Nobre. Que fosse pois não quer mais essa vida. Aceitável. Com certeza não é o emprego dos sonhos, mas é honesto e traz bom retorno. E pior: você é bom nisso, muito bom. Normalmente quando alguém não quer essa vida, pede pra sair logo no primeiro ou segundo mês. Você já está aqui a quase um ano e sua agenda de clientes só cresce. Não vou deixar você jogar uma oportunidade dessas por uma paixonite. Não vou aceitar ser daqui a alguns anos o motivo de você se arrepender. Não mesmo. E aviso mais. Se continuar isso e não quiser ir, ótimo. Mas considere-se demitido amanhã."

Não houve mais o que falar, de nenhum dos dois. Logo de cara eu havia percebido que tinha sido duro em minhas palavras, mas não ia voltar atrás e me mantive firme

Ele saiu sem falar nada.

Provavelmente vocês já devem ter percebido que sou uma pessoa impulsiva. Toda a minha vida foi pautada em escolhas imediatas. Foi assim quando aceitei me submeter ao meu padrasto, e foi assim também quando rompi a nossa relação. Quando comecei a me prostituir, quando escolhi cada um dos meus garotos e me despedi de cada um deles. Foi assim quando decidi abrir o clube Eros e também quando decidi vender ele. Todas as minhas decisões foram pautada em meus instintos e nunca me arrependi. Aquela não foi diferente. Embora tenha sido a que mais me doeu. No fim, Daniel seguiu sua carreira e se deu muito bem lá fora. Uma carreira com a ascensão de um foguete. Em pouco tempo seu nome ficou mundialmente conhecido.

Eu… bem, eu sobrevivi e segui em frente

O clube ficou ativo mais dois anos, até que o vendi por um excelente preço. Aquela não era mais a minha vida. Eu não me sentia mais conectado a ela.

Como os negócios iam bem, não foi difícil

encontrar um comprador e parte da sociedade ficou por doação com Rogério, pois eu queria alguém em quem confiava no que diz respeito a integridade e eficiência.

Eu vivi bem. As aplicações que tinha, a receita da fazenda e ainda os trabalhos freelance que fazia como consultor de outras empresas, me garantiram uma vida estável e eu pude me dedicar mais aos meus hobbies.

E lá estava eu em um deles: após uma longa corrida na orla, estava sentado com meu cachorro bebendo água de coco, observando o mar. Quando escuto :

"Um garotinho pode se sentar aí?"

Não precisei olhar para saber quem era. E sorri.

Daniel se sentou do meu lado no banco, e afagou meu cachorro. Estava mais bonito que nunca. Mais forte e mais másculo. A barba por fazer caiu muito bem nele.

"Não sabia que estava de volta ao Brasil" admiti

"Que bom que ainda me reconhece" comentou

"Digamos que eu tenha sido um acompanhador assíduo de seu trabalho" e bebi um gole de minha água

Ele riu.

"Espero que tenha gostado"

"Não é ruim" brinquei, fingindo pouco caso.

"Antes de começarmos a conversar" ele tocou na minha mão, falando sério "quero saber se você já está pensando em me expulsar de novo. Se ainda está naquela neura de decidir o que é melhor pra mim"

"Não sou mais seu empresário. Sua vida profissional não me interessa mais" e sorri em cumplicidade. Ele ficou satisfeito e se aproximou, passando a mão pelo meu ombro. E mais uma vez, a impulsividade me levaria a um novo capítulo de minha vida.

Fim...

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Comentários

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Cara sou muito teu fã, todas as suas histórias são de um conteúdo ótimo, narrativa perfeita, já pedir a você uma vez para publicar uma história sua num aplicativo, e agora estou pedindo algo a mais, gostaria de te mandar uma história escrita por um amador nato (eu) para ela ser refeita com o meu conteúdo e sua narrativa e toques. Se for sim a resposta me passa teu e-mail nesse comentário aqui mesmo dessa história.

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Você não é só um cara escrevendo sacanagem, mas sim um autor fabuloso com uma escrita perfeita pra fazer alguém ficar excitado e ler tudo até as partes que não contem sacanagem rsrs. Parabéns adoraria saber quem é o escritor por trás destes textos, se quiser amizade de uma leitora viciada estou por aqui. Abraços e parabéns!

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Achei interessante; principalmente pelo fato de Rafael se tornar Daniel de um capítulo para o outro.

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Confesso que fiquei decepcionado com esse final, mas entendo o teu estilo. Que venham.outras narrativas...

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NOSSA. ATÉ CONCORDO QUE ESSE SEJA O FINAL DESSE CONTO. MAS NÃO CREIO QUE ESSE SEJA O FINAL DE VC E DE DANIEL. SE FOR, ISSO É LAMENTÁVEL.

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