Jazz: no quarto 1403

Um conto erótico de Thomas Crown
Categoria: Heterossexual
Contém 2307 palavras
Data: 22/05/2019 19:32:45

Esse conto é a continuação de Jazz: um jogo de sedução em São Paulo.

Entrei no meu quarto e deixei a porta levemente encostada. Acendi o abajur que havia sobre a mesa de hall a direita de quem entra. Deixei ali o espumante, a minha carteira e o cartão do quarto. Além desse pequeno hall de entrada, o meu quarto era constituído de uma cama na parede da direita, com uma ampla janela ao lado esquerdo dela, uma poltrona na parede da esquerda e um baú entre eles. O banheiro ficava na parede oposta a cama, a esquerda de quem entra e ao lado da poltrona, havia também um closet na parede a direita da cama e um frigobar entre eles.

A luz da rua estava presente na minha cama, como se denunciasse a conclusão daquela noite. Bastava saber se eu terminaria ali sozinho ou acompanhado. Parei entre eles. Tirei meus sapatos e meias e olhei para a Faria Lima, pessoas acompanhadas caminhavam minúsculas lá embaixo. Era pouco mais da meia noite. Pensei na morena misteriosa. Helena era o nome dela. O que estaria ela pensando naquele momento? Será que viria? Talvez não devesse. Gostaria sim de terminar nossa conversa, mas eu já nada poderia fazer. Só dependia dela agora. Então fui até a pequena geladeira, peguei duas taças, um balde de bar e gelo. Os coloquei em cima do baú que havia em frente a poltrona e depois peguei a espumante. Deixei tudo dentro do balde e me sentei, liguei uma playlist de jazz romântico no meu celular que deixei no chão ao lado e esperei.

Fechei meus olhos e me perdi no tempo. Estávamos no palco, sozinhos no salão. Eu tocava para ela que, deitada em cima do piano, me olhava e sorria. Seus cabelos jogados sobre o seu corpo, seus olhos, junto com a sua boca, se insinuavam para mim. De repente acordei, estava no meu quarto e sozinho. Me levantei, olhei para a luz na cama e entendi o recado. Tirei meu cinto, joguei em cima da cama, desabotoei toda a camisa e fui ao banheiro. Liguei a luz quando, de repente, escutei aquela voz. – Já vai dormir? – Sorri internamente e voltei. Ela estava lá, em frente a porta, parada e com os saltos na mão, por isso não a escutei. A fitei dos pés a cabeça, não consegui evitar uma expressão de surpresa. Ela deixou os sapatos no chão e soltou o coque, fazendo seus cabelos dançarem por trás do corpo. Ela estava linda como a noite.

- Surpreso? – Ela foi caminhando até a espumante. Ela estava com mais atitude, as dúvidas, se em algum momento as teve, tinham desaparecido. E isso me desconcertou. Eu estava paralisado e ainda não tinha dito uma palavra. Ela me ofereceu a garrafa, no que eu peguei mudo, e pegou as duas taças.

- Uma surpresa boa. – Foi tudo o que consegui dizer.

- Que bom! – Ela falou conduzindo o meu olhar para a garrafa, como quem pede para eu abrir. Eu abri, ela trouxe as duas taças para perto e eu servi. Nós brindamos, bebemos e nos encaramos. O gelo não havia sido quebrado totalmente, mas estávamos ali: bebendo a sós no meu quarto. Era o momento para revelações.

- Você é linda. Desde quando te vi do palco, o seu caminhar, como mexia no cabelo... - Toquei na sua mão.

- Já me observava de longe.

- Observava tudo. Toda. Não foi de imediato, mas percebi o teu olhar perdido no salão. Comecei a pensar no que você estaria procurando. Se de fato queria encontrar algo ou se, por acaso, queria ser encontrada. Então nos olhamos e, para mim, nos encontramos. Comecei a tocar para você. – Levei a mão dela a minha boca e dei um curto beijo. – Eu já conversava de longe, querendo te chamar a atenção.

Me aproximei, colando nossos corpos. Ela batia no meu ombro em altura. Eu ainda tocava a sua mão, na outra, segurava a taça. E começamos a dançar. Lentamente, bebendo entre um passo e outro. Nos olhávamos, mas nada dizíamos, apenas sentíamos a música guiando nossos corpos de um lado para o outro.

- Eu também te olhei, mas nunca imaginei que acabaríamos aqui. Você foi romântico.

- Eu SOU romântico – ela riu – e charmoso também.

- Mas sério, faz algum tempo que não me olham assim.

Franzi as sobrancelhas em dúvida. Ela pegou nossas taças e as colocou em cima do baú. Me olhou com aquele ar terno novamente, acomodou o rosto no meu ombro e voltamos a dançar. Ela não estava falando de desejo. Uma mulher daquelas despertaria a libido em qualquer homem. Então o que era? Eu estava diante daquela mulher incrível, bem-sucedida, linda e noiva. O que faltava? Por quê o seu olhar estava perdido no salão? Perguntas... havia ainda um mistério ali. Ela não viera só para satisfazer um desejo primário. Ela estava sozinha naquela noite, mas talvez se sentisse sozinha há algum tempo e uma companhia romântica era o que procuravas. Alguém que olhasse por dentro dos seus olhos e a tocasse além do corpo.

Executiva como ela ou não, a vida de uma mulher não deve ser nada fácil. Mãos, pés, cabelo, roupas e maquiagem sempre impecáveis para agradar homens que só pensam em sua carne. Que duvidam do seu talento, que ignoram a sua essência. Será que ela recebia esse tratamento em casa também? Será que ele também não via suas qualidades, perguntava por seus sonhos, incentivava a segui-los? Será que ele via somente o superficial orgânico e social daquela mulher.

Resolvi não perguntar, nem puxar um assunto qualquer. Se ela estava ali se sentindo bem comigo enquanto dançávamos, para mim estava tudo bem. Passei a fazer um cafuné em sua nuca e, depois de um tempo, disse:

- Essa noite está sendo perfeita. - Falei, parando a dança.

- Está, mas - a interrompi com um beijo na boca. Um beijo lento e suave, com sentimento. Era o próximo passo para continuar a noite continuar sendo perfeita. E fomos avançando nessa direção. Qualquer comentário que ela estava pensando em fazer, esqueceu após o beijo e a chama ali começou a arder forte.

Ela passou as mãos pelo meu tórax, por dentro da minha camisa desabotoada. Eu segurava o seu rosto com as duas mãos e a beijava sem parar. Não queria desgrudar daquela boca. Já beijávamos com desejo, puxei a sua camisa que estava por dentro da saia e a desabotoei também, revelando um sutiã branco de renda. Toquei nas suas costas, apertava a sua pele e a puxava contra mim. Com uma mão, puxei a tira que prendia o seu sutiã e o soltei. Tudo isso beijando o seu pescoço e ombro. Ela fazia o mesmo. Na ponta dos pés, ela se esticava para chegar a minha boca, mas foi ousando e descendo pelo meu peito. Suas mãos chegaram aos meus ombros e jogaram a minha camisa para trás. Eu fiz o mesmo com ela. Nos apreciamos com os olhos e mãos por um segundo. Eu vi aqueles deliciosos seios médios e firmes em um corpo dourado de cintura e barriga finas. Ela viu o meu tórax largo e sem pelos, além de um abdômen levemente chapado. Estávamos em êxtase puro e partimos para o prazer.

Com a mão esquerda toquei um de seus seios e fui com a boca ávida para sugá-lo. Com a direita, toquei a sua bunda e encontrei o zíper da saia e logo o abri. A saia caiu e a calcinha era como o sutiã, branco e de renda. Apertei e tentei colocar aquele seio todo na boca e mexi a minha língua sobre o seu mamilo ora chupando, ora lambendo. Ela jogou o seu rosto para trás com os olhos fechados, gemendo de prazer. Em seguida, colocou as mãos na minha calça procurando o zíper também e, em seguida, eu estava só de cueca que, por sinal, também era branca. Éramos dois corpos bronzeados com roupas de baixo brancas.

Ela foi me beijando o peito e descendo a boca até o meu abdômen, arqueando a sua bunda para trás. A calcinha era fina na parte de trás, desaparecendo no meio de duas nádegas firmes e redondas. Uma delícia de visão, quando senti a sua mão tocar o meu pau por cima da cueca. Ela beijava o meu corpo e ia apertando o meu membro duro, firme, sentindo o tamanho e o volume. Ela puxou a cueca para baixo um pouco e ele saltou em sua direção. Ela o tocou encantada e apertou. Mas a levantei. Aquela preliminar eu iria pular, pelo menos agora. A virei de frente para a cama e puxei a sua calcinha para baixo. Levei as duas mãos aos seus seios e me encostei atrás, fazendo a sentir o meu membro duro na sua bunda. Ela foi com uma mão para trás e encaixou ele no meio das pernas, sentindo ele por toda a sua vagina que babava. Ele quase aparecia na sua frente, dado o tamanho.

Ela virou o rosto para trás e nos beijamos, eu com a mão nos seus seios e com o pau no meio das suas pernas até que a fui empurrando em direção a cama. Primeiro, ela colocou o joelho esquerdo, depois as duas mãos e, por último, mais um joelho e foi engatinhando até o meio e parou, oferecendo aquela bunda gostosa para mim. Mas que safada. Aquilo me deixou louco e me joguei de cara no seu corpo. Toquei aquela bunda e apertei, mordi, beijei e lambi. Abri um pouco suas nádegas e passei a minha língua por toda a extensão da sua vagina. Ela soltou um urro de prazer e encostou o seu rosto no colchão, deixando aquela delicia ainda mais empinada e aberta para mim. Eu encaixei o meu rosto no meio dela e comecei a sugar o seu sexo. Lambia e chupava o seu clitóris e enfiava a minha língua dentro dela. Ela começou a tremer o corpo e escorrer na minha língua. Então passei as mãos por baixo dela até as costas a prendendo firme para ela não se mexer. Assim, eu poderia lambê-la sem parar. Eu continuei e ela gemia e tremia sem parar. Eu intensifiquei as linguadas no seu clitóris até que ela parou de gemer, contraiu todos os seus músculos e num urro de prazer, começou a tremer sem parar jogando a bunda para cima e pra baixo e despejando todo o seu gozo direto na minha boca. Era forte e parecia que não ia acabar tão cedo. Até que ela foi se acalmando. Eu ainda passava a minha língua devagar, no que ela contraia novamente e fui diminuindo a chupada até ela parar de gozar.

Ela caiu desmaiada em cima da cama e eu fui me deitar ao seu lado. Depois de um tempo, ela veio para cima de mim e ficamos nos beijando. A luz da lua iluminava agora os nossos corpos. Não havia barulho dentro do quarto exceto pelos nossos beijos, mas escutávamos o som da rua lá fora. Ela sentiu o meu membro duro em sua barriga e então, com as mãos no meu peito, ela sentou no meu corpo e começou a roçar ele no seu clitóris e em todo o seu sexo. Senti ela babando em cima dele. Então ela o pegou e o guiou até dentro dela e sentou. Ficou parada um instante sentindo o duro dentro de si e, em seguida, começou a subir e descer. No início, devagar, mas foi acelerando. Ela estava de olhos fechado, gemendo baixinho e se deixou cair sobre o meu corpo, colocando os seios ao meu alcance. Eu sugava eles com tesão e forçava o meu pau para cima, toda vez que ela descia. Agarrei a bunda dela e ela só parou com os seus movimentos para que eu pudesse enfiar com força. E fui aumentando a velocidade.

- Ahhhh gostosa, que delícia a gente assim.

- Ai, isso. Esse teu pau é maravilhoso. Mete vai.

Eu não parava de meter e aquelas palavras, fizeram o meu tesão aumentar ainda mais. Metia com força e rápido, fazendo barulho e arrancando gemidos altos da minha gata. Ela sentou de novo, erguendo o tronco e colocando as mãos no meu peito. Assim, pouco movimento eu conseguia fazer, então parei. O meu membro ainda muito duro tocando as paredes da sua vagina. Então ela começou a mexer. Jogava o quadril pra frente e pra trás muito rápido. Assim como eu, agora ela mexia rápido e forte. Com o rosto virado pra cima, as mãos no meu peito, ela mexia e gemia sem parar.

- Ai que gostoso esse pau. Que delicia sentar nele assim, sentir ele duro dentro de mim. Ai, eu vou gozar de novo.

- Goza pra mim.

- Ahhhh, to gozando, to gozando... – Ela se jogou novamente pra cima de mim e, com um tom quase em desespero, suplicou - vai mete, mete.

Eu acelerei o movimento, enquanto a olhava. Que prazer ver a sua expressão naquele momento. Ela foi revirando os olhos e mordendo os lábios enquanto eu metia e ela gemia gozando intensamente até ela desfalecer em cima de mim e cair com o rosto no meu peito. Então eu parei.

Os dois ofegantes. O meu pau duro dentro dela todo molhado. Ela desencaixou ele, se jogou para o lado ainda com a cabeça no meu peito. Eu coloquei um braço em volta do seu corpo. Ela ensaiou tocar no meu membro para me fazer gozar, mas eu tirei. Não tínhamos pressa, voltamos a curtir aquele momento sem movimentos. A janela ao lado da cama trazia o som de São Paulo novamente a medida que nossa respiração ia se acalmando. Eu e ela não fazíamos mais som nenhum. Ela ia acabar pegando no sono ali, quando o som do seu telefone toca. Ela me olha com um ar assustado.

- Meu noivo!

e-mail:

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