Menino de Rua 1x03

Um conto erótico de Ultra
Categoria: Homossexual
Contém 1887 palavras
Data: 30/05/2019 14:53:40
Última revisão: 30/05/2019 15:04:16

Nos capítulos anteriores...

Me chamo Bruno, nas horas vagas descolo dinheiro com alguns caras, recentemente Enrique, meu grande amor da adolescência, retornou para minha vida namorando minha irmã. Mas claramente ele ainda me deseja ou não deixaria seu celular na minha cama pedindo para eu devolver que ele iria pagar.

Menino de Rua 1x03..."Não consigo resistir"

Eu estava deitado na cama refletindo sobre o que estava acontecendo na minha vida. Seria esse o presente de natal que mereço? Abraçar Enrique sem beijá-lo? Meus pensamentos foram esmiuçados com meu celular tocando. Era Lia.

- Bru? O Enrique deixou o celular dele aí? – Ela perguntou.

- Deixou sim – Eu disse e a escutei repetindo a resposta para ele. O cara de pau estava mentindo para ela. Eu poderia dizer que ele não esqueceu e ficar com o celular dele.

- Você pode trazer para mim amanhã, cara? – Era ele no celular. Ele já tinha deixado essa pergunta e agora queria saber a resposta. – Eu pago se você quiser – Ele disse.

- Não precisa – Ouvi Lia falar. E agora? Ele disse mesmo isso? Eu não sabia o que sentia por Enrique naquele momento. Se era raiva ou se era saudades.

- Porque você voltou? – Eu perguntei.

2013

Eu estava ainda pelado na cama, meus olhos cheios de lágrimas. Eu não deveria ter dito aquilo. Desde 2011 transávamos e era só isso. Enrique estava vestindo a roupa.

- É assim? Você vai embora – Eu falei chorando.

- Tchau, Bruno – Ele saiu pela porta sem olhar para trás.

2018

Ele ficou em silêncio por uns segundos, eu queria vê qual foi a reação que ele esboçou. Mas a resposta para minha pergunta não veio.

- Vou está te esperando amanhã umas 18h para me entregar o celular – Ele falou e desligou.

*

Acordei no dia seguinte depois de ter sonhado com Enrique. No sonho ele me encontrava durante a noite, enquanto eu fazia um dos meus programas relâmpagos, e queria pagar para que eu fosse exclusividade dele. Hoje era o dia de entregar o celular dele. Ele me receberia com rosas? Beijaria meu ouvido e diria que me ama? Lia chegaria e ouviria suas juras de amor. Seria o caos. Mas não sei por qual motivo penso essas coisas. Homens não namoram, não moram juntos, homens que se pegam só restam os motéis baratos e os quartos silenciosos quando os pais não estão em casa. E tinha outro problema: quem namoraria um garoto de programa? Tá certo que não faço parte da irmandade dos meninos de rua, um grupo de garotos que trabalham para um Zé ninguém, eles se prostituem para pagar a moradia. Eu, no entanto, só faço programas quando tenho necessidade de algo ou aos dias 25 de cada mês. Droga! Hoje é dia 25.

Richard era o nome dele, todos os dias 25 eu era dele. Nunca soube do que ele trabalhava, mas a carteira dele vive cheia de dinheiro. Ele me encontrou em meados de 2014 e não quis saber de outro garoto. Não sou trouxa, sei que é casado, dá para perceber a marca da aliança em seu dedo, mas no dia 25, ele era casado comigo, pelo menos em sua cabeça. Ele me buscava na porta de uma delegacia, vai saber o motivo, cada um tem seus fetiches, aprendi a não julgar ou questionar. Íamos até uma casa que ele comprou para que pudesse transar comigo sem ser interrompido. E era lá que eu deveria está hoje à tarde.

- Boa tarde, senhor – Eu disse entrando no carro dele. Richard tinha por volta dos seus 39 anos. Posso dizer que ele é meu sugar daddy.

- Boa – Ele falou já me recebendo com um beijo. Ele não beijava muito bem, mas eu o fazia acreditar que sim.

- Estava com saudades do seu beijo – Eu disse sorrindo da forma mais safada que eu conseguia naquele momento.

- Hoje poderemos matar essa saudade.

Incrível como mesmo me pagando, ele conseguia levar aquilo como se fosse um encontro qualquer com alguém sem o pingo de interesse financeiro. Coitado! Com o pinto daquele tamanho, só pagando mesmo. Enquanto ele dirigia meu pensamento abria a porta do carro e se jogava para longe... para Enrique.

- Você está bem? – Ele perguntou segurando minha coxa.

- Estou, só estava pensando na vida, nada demais. – Tirei a mão dele da minha perna, por um momento eu não queria que ele fizesse mais isso, minha perna não era dele, deveria ser de outro.

2011

Era hora da saída da escola, estávamos eu, Jéssica e Débora indo embora. Dois garotos da outra turma resolveram nos acompanhar. Jéssica e Débora foram logo embora para se desviar das investidas dos garotos, me deixando a sós com eles. Ao longe, Enrique nos assistia indo embora.

“ Aqueles dois garotos foram para sua casa?”

Recebi o SMS vinte minutos depois. Ele estava com ciúmes? Isso era sentimento? Depois de 8 meses transando, ele estava demonstrando sentimentos por mim?

“ Não, sou só seu” – Respondi.

2018

Agora eu sou de quem puder me pagar, Enrique. Não sou seu. Minha irmã é sua ( que o movimento feminista não interprete isso como posse). O Richard estava parando o carro no meio da caminho.

- Algum problema? – Perguntei estranhando o ocorrido.

-Então, eu estava querendo algo mais esse mês, e acabei chamando outra pessoa para passar o dia com a gente, se importa? Dobro o pagamento – Ele disse, quando alguém entrou no carro do fundo. Um velho conhecido.

- Olá, Bruno – Disse o menino de cabelos longos, magro e com um puta sorriso lindo. O nome dele era...

- Olá, Gabriel – Respondi.

Gabriel, membro da irmandade dos meninos de rua, ele atua perto da minha casa. Vivia tentando fazer com que eu trabalhasse para eles.

- Nosso freelancer preferido – Ele disse – Quando vai finalmente aceitar nossa oferta?

- Não sou garoto de programa como vocês, Gabriel. Só faço uns bicos.

- E umas mamadas, não? – Ele falou – Lembro de como você é bom nisso.

Gabriel tinha de beleza o quanto tinha de insuportável. Ter que dividir a cama com ele e o Richard seria um saco... ou não.

*

Richard queria ser o passivo para nós dois. A visão dele de quatro chupando o Gabriel enquanto eu o comia até que era excitante, se não fosse o fato de que eu estava vendo o Enrique o tempo todo no rosto do Gabriel me olhando. Seriam as drogas que tomamos?

- É isso que você quer continuar fazendo na sua vida, Bruno? Fudendo vários ao invés de assumir o que você sente e o que você é? – A voz do Enrique falava na minha cabeça. Eu deveria dizer “você começou isso”. Mas resolvi extravasar no cu do Richard e comecei a foder aquele rabo. Gabriel me olhava com desejo enquanto empurrava a rola na boca do Richard. Putinhos safados!

- Eu quero os dois dentro de mim – Richard pediu e nós atendemos.

Gabriel ficou por baixo e deixou Richard ir sentando, dava leves gemidos enquanto eu trocava a camisinha. Com o pau dele estacionado lá dentro, era a minha vez de colocar. Richard apertou os lençóis com força, mas rapidamente o cu dele se acostumou com a ideia de dois paus dentro dele e comecei a socar, Gabriel não tinha muito como se mexer, mas estava gostando. Revisamos várias e várias vezes aquela tarde o cu do Richard até que ele pediu para tomar um banho de porra. Atendemos o seu pedido, ficamos os três usando cocaína por um tempo, até que Richard adormeceu ainda com a nossa porra grudada no corpo. Fiquei sentado na varanda da casa por um tempo antes do Gabriel se juntar a mim. Estávamos cansados demais.

- Por que será que ele não larga a esposa? - Gabriel perguntou.

- Sei lá, deveria perguntar para ele – Respondi.

- Eu não conseguiria esconder minha sexualidade assim, vivendo uma vida dupla, escondendo de si mesmo, deixando de aproveitar por ser quem é – Gabriel disse. Eu não gostava desse tipo de assunto.

- Por que você faz o que faz? – Perguntei ao Gabriel.

- Preciso sobreviver, infelizmente nem todos nós podemos contar com a família. Você não conhece nada sobre a irmandade, né? – Gabriel respondeu com uma pergunta. Respondi que não balançando a cabeça.

- Somos uma família de desajustados, a maioria expulso de casa por serem gays, tem alguns órfãos que tiveram que largar o orfanato, mas não conseguiram sobreviver no mundo cá fora. Eu fui expulso com 12 anos, quando meu pai me pegou vestindo a roupa da minha irmã. Entrei em um caminhão em Belo Horizonte e vim parar aqui. Morei na rua por um bom tempo, até que conheci meu novo pai, que me acolheu em uma casa para pessoas como eu. Quando tive idade o suficiente, comecei a trabalhar nisso, mas é por pouco tempo, estou juntando dinheiro para uma faculdade e mudar de vida. E quem sabe um dia me casar com alguém?

Gabriel falou sorrindo, e por um momento eu queria abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem e ele conseguiria tudo o que queria, mas não sou a melhor pessoa para dizer isso, quando eu era quem ele não entendia: alguém que não sabia ser quem era, alguém que poderia está em uma varanda como essa tomando chá gelado com Enrique e trocando beijos. Aos homens como eu, como Enrique, como Gabriel não estão destinados a serem felizes como queríamos.

*

Richard me deixou em frente a delegacia primeiro, e seguiu o caminho com Gabriel. Agora só o próximo dia 25. O celular do Enrique no meu bolso apitou dizendo que estava descarregado. Fiquei no ponto de ônibus mais próximo para ir devolver o celular. No caminho fiquei pensando no que Gabriel havia se aberto para mim. Nesse momento eu estava indo encontrar ele, o cara que sempre esteve presente nos meus sonhos mais íntimos. Eu poderia dizer tudo aquilo que eu disse daquela vez que ele saiu pela porta do meu quarto sem olhar para trás, poderia perguntar se ele queria tomar chá gelado ou soltar bolhas de sabão. Mas estaria eu capaz de ser julgado por meus pais? Fazer a Lia chorar mais uma vez? Ser rejeitado por Enrique, afinal, ele não era bicha. Talvez eu devesse trocar meu sonho por uma mulher. Percebi que era impossível quando Enrique abriu a porta usando somente uma toalha.

- Você trouxe meu celular – Ele disse com um sorriso. Por um breve momento eu não queria responder, queria beijá-lo, sentir seu corpo, sentir aqueles braços, tocar aquele peitoral e descer até o seu pau.

- A Lia está? – Perguntei para me sentir mais seguro.

- Não – Ele disse, e me puxou pelo braço para me fazer entrar. Puxou o celular dele e jogou no sofá. Em seus braços ele me prendeu na parede. Eu estava ficando completamente mole e ofegante. Enrique era mais forte, muito mais forte que eu. Não teria forças para empurrá-lo.

- Senti sua falta, Bruno – Ele disse e deu um beijo no meu pescoço. Senti sua toalha caindo e seu pau duro, a barba roçando no meu pescoço. Só fiz fechar os meus olhos e sentir. Desculpe Lia, eu não consigo resistir... É ele, é o Enrique...

Continua...

Mais um capítulo postado, galera. A recepção de vocês me deixaram muito feliz. Obrigado a todos que comentaram e apoiaram nos capítulos anteriores.

E ai, que acham que o Bruno vai fazer com o Enrique? E o que vocês fariam no lugar dele?

Bjs e abraços, até o próximo.

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Comentários

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O que eu acho que o Bruno vai fazer com o Enrique? kkk, ele não sei, mas fdp por fdp, eu foderia muito com ele, tirando todo o atraso.

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Hummm Esse herinque e muito fdp isso sim.

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Opa que situação complicada, ele ama o Enrique essa é a realidade, creio que não vai ser uma coisa fácil. Vem muita coisa pela frente.

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Nossa que foda isso acredito que o Bruno deva viver se deixar experimentar tudo de novo e tirar a ideia de ter algo sério cm o Enrique , acredito que o Bruno devs usar um pouco o Enrique e depois largar assim cm ele fez cm vc . E essa vida de Garoto de programa não é legal pois vcs correm muito perigo e até são violentados por uns animais ,mas só vc pra saber o que melhor pra vc . Conto maravilhoso estou gostando cada dia mais

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