O faxineiro bombado

Um conto erótico de Aventureiro
Categoria: Homossexual
Contém 2186 palavras
Data: 17/04/2019 17:23:41
Última revisão: 17/04/2019 17:38:23
Assuntos: Gay, Homossexual, Sexo gay

Eu trabalhava na recepção de um hotel três estrelas, quando tinha 18 anos.

Era meu primeiro emprego oficial e apesar de gostar de receber meu dinheiro, o ofício era chato e monótono. Minha função era de recepcionista o que consistia em ficar boa parte do tempo no balcão do saguão fazendo cadastros de hóspedes.

Mas o hotel era um estabelecimento decadente, de pouca regalia. Era econômico, o que consistia basicamente em uma acomodação com cama e um ar condicionado razoável.

Era uma tarde quente, quando eu estava fingindo trabalhar enquanto acessava a internet pelo computador — já que o uso de celulares era terminantemente proibido no horário do expediente.

Eu não parecia ter muita motivação quando o avistei.

Um cara musculoso, de braços grossos, peitoral protuberante. O cabelo preto, crespo, num corte entre navalha e um topete espetado lambuzado de gel. Podia-se notar uma corrente dourada de material barato pendendo do pescoço incrivelmente grosso. A pele dele era de um tom escuro, como a pele de um indiano, embora ele parecesse mais latino. Tinha o nariz largo, olhos pequenos e apertados e uma boca protuberante e meio entreaberta.

Eu me vi piscando várias vezes. O homem trajava um uniforme cinza de faxineiro e ele não podia parecer mais um stripper ou um ator pornô com toda aquela musculatura.

Ele adentrou o saguão que não era muito largo e de cabeça baixa ficou hesitante em me cumprimentar.

É tímido, pensei.

— Bom dia — amaciei o tom da voz propositalmente.

Ele meio surpreso ergueu a vista então.

— Bom dia — respondeu baixinho, voltando a olhar pra baixo.

Ficamos num silêncio constrangedor enquanto ele higienizava o piso, movendo o rodo com aqueles braços suculentos que pareciam a mim um pedaço de filé bem passado. O uniforme era um macacão e eu me perguntava o que ele podia vestir por debaixo.

Eu era só hormônios e tesão e se antes eu achava o porteiro — um baixinho sem graça e nem um pouco tesudo — digno de receber um bom boquete meu, o que eu podia dizer daquele macho forte e viril.

Mas eu não queria assustá-lo. Por experiência própria eu sabia que a timidez tem que ser respeitada e avaliada até o ponto do cara ir aos poucos sentindo-se cada vez mais seguro. Por mais que eu quisesse pedir o número dele pra que a gente fodesse o quanto antes.

Assim alguns dias se seguiram.

Descobri que ele era novato, estava substituindo o zelador antigo que tinha se acidentado e não retornaria tão cedo. O nome dele era Delmar, tinha 23 anos e morava com a mãe. Gostava de jogar futebol e torcia para o Fluminense. No momento estava ficando com uma garota, mas nada sério, segundo ele.

Descobri essas coisas aos poucos. Com perguntas.

Quando ele adentrava a recepção com seus apetrechos — um balde de plástico, desinfetantes, rodo e um pano úmido — eu sempre dava um jeito de puxar conversa, mas esforçando muito para não parecer que estava me esforçando. Eu fingia que as horas do computador estavam atrasadas e perguntava as horas e não me dando por satisfeito, emendava com outra pergunta: se onde ele morava tinha chovido porque para as minhas bandas tinha caído um temporal daqueles. E eu fingia conhecer o bairro em que ele morava e fazia perguntas aleatórias de como as coisas andavam por lá. Minha curiosidade artificial dava entradas e sugeria que eu era informal e um pouco confiável. Já que a cada pergunta eu também lançava uma consideração.

— É bom que hoje eu saia cedo daqui, porque se depender dos patrões eles nos prendem aqui nesse inferno pra sempre.

— É verdade — Delmar assentia. — Sem falar que nada pra eles tá bom.

— Nada — eu dizia, olhando bem dentro dos olhos dele simulando uma indignação afetada. — Nunca estão satisfeitos.

Duas semanas haviam passado e eu sentia que Delmar já tinha se amigado de mim com despreocupação. Já estava na hora de apimentar um pouco as coisas, já que minha atração por ele só aumentava a cada dia que passava.

Delmar tinha uma tatuagem quase que indistinguível no braço. Brotava da manga do uniforme, impressa no braço musculoso e protuberante, dançando até o fim do pulso dele. De longe parecia um dragão, mas o desenho era malfeito e eu não tinha o mínimo interesse em saber. O fato da tatuagem ser barata e ele ser gostoso deixavam as coisas ainda mais quentes.

Ele ia se retirando após dar uma geral nos cômodos dos andares de cima — todo suado, pingando, uma mancha úmida de suor entre as pernas — quando eu avancei pelo balcão e agarrei seu braço.

— O que é isso, Delmar? — Minha voz soava como um miado.

Ele parou com naturalidade, como quando se olha que o cadarço está desamarrado, não com apreensão.

— É uma karpa. Fiz há uns dois anos.

— Ahhhhhhh... Tááááá... — Eu podia ouvir minha voz se aproximando de um gemido lascivo. — Legal.

E meus dedos acariciavam a tatuagem de Delmar. O anelar passeava pelos pêlos curtos do braço, indo e voltando, indo e voltando. Depois minha mão imitou uma das garras daqueles brinquedos que capturam bichinhos de pelúcia. Os dedos se fechavam numa garra e abriam. Fechavam. E abriam.

Eu podia dizer que naquele momento meu cu fazia o mesmo movimento.

Desconcertado, Delmar se afastou. Meu movimento tinha sido sutil, mas ele tinha entendido o recado. A conversa fiada tinha acabado. Agora ele sabia do que eu estava precisando e cabia a ele agora se corresponderia. Meu fogo que me consumia há dias parecia só aumentar a intensidade depois da minha investida.

Naquela noite me masturbei pensando em Delmar.

°

Os dias no hotel eram entediantes, mas nenhum chegou ao ponto daquela quinta-feira.

Eram quatro da tarde e o dia passavafeito uma lesma. Pra mim parecia muito mais tarde e ainda faltavam duas malditas horas para eu ir embora. No momento tínhamos somente dois quartos ocupados e um montão deles vazios. Ambos os hóspedes tinham compromissos na cidade então não tinha muito a se fazer a não ser fuçar a internet no computador, mesmo que se preferisse ficar no celular.

Até que dona Geralda adentrou o recinto.

Dona Geralda era minha supervisora, uma mulherzinha chata de voz aguda. Era magra e não ia muito com a minha cara, talvez por meu cargo ser o mais fácil da empresa.

— Como está a fazer nada — ela retirou um molho de chaves do bolso — vá até o depósito e pegue a decoração de natal.

Ainda eram final de setembro, mas dona Geralda parecia incomodadíssima com meu ócio.

Suspirei e obedeci prestes a pegar o elevador.

— Ã-ã! — Ela aponta para as escadas. — Sabe que funcionário devem usar as escadas.

Suspirei e comecei a subir o lance de degraus.

O depósito ficava no último andar de cima do hotel. Era um recinto cheio de poeira que para ter acesso, tinha que atravessar uma elevação de parede que parecia baixa de fora, mas ao atravessá-la tinha que ter cuidado para não cair, visto que o solo era bem mais abaixo do lado de dentro.

Dei o pequeno pulinho e encontrei uma caixa velha e empoeirada no canto do depósito. Não havia outra coisa ali. Era mal ventilado e senti uma sensação engraçada em saber que eu era a criatura mais jovem a pisar ali, naquele canto tão abandonado.

A caixa era pesada e eu tive dificuldade em arrastá-la. Imaginei que seria um trabalho árduo erguê-la para que por fim a levasse para a extremidade da parede mais elevada. Por alguns minutos me esforcei, para provar a dona Geralda de que eu era capaz e não estava fazendo corpo mole. Mas passados alguns bons minutos a tarefa pareceu árdua demais.

Pela pouca claridade que adentrava ali constatei que ao menos uma hora tinha se passado desde que eu tinha sido incumbido daquela missão. O que significava que se eu ficasse ali mais um pouco só retornaria ao ponto de ir embora. Enxugando a testa de suor devido ao esforço minutos antes, sentei.

Abri a caixa e fiquei mexendo nas bugigangas que ali se encontravam. Estava bem entretido até que...

BUM.

Um macho alfa desce num pulo de supetão.

— A dona Geralda disse que mandou você pra cá tem mais de uma hora.

Delmar parecia tenso, ao longe.

— É que essa caixa é muito pesada — Fingi naturalidade. — Olha, só — segurei a caixa com dificuldade sem precisar mentir.

Delmar se aproximou.

— Sobe ali em cima — ele apontou para a extremidade da mureta—, que eu ergo pra você de baixo.

Eu fiquei sentado, olhando para Delmar. Ele me olhou, desviou o olhar e parou para me olhar de novo.

— O que foi?

O ignorei e comecei a andar de quatro, até ficar frente a ele. Devagar, subi minha mão pela canela dele. Meu rosto estava a milímetros de distância da região íntima dele. Meu coração palpitava e o nervosismo brotava, mas eu ignorava. Nada podia ser maior que meu tesão.

Ficamos em silêncio. Tudo o que se ouvia era o barulho ecoado dos nossos corpos no solo do depósito mal iluminado.

Comecei a massagear o pau de Delmar, alisando com força. Depois com mais cautela. E com força de novo. Ficamos nessa até que eu percebi que para ter acesso a piroca dele, Delmar tinha que se livrar do uniforme. O mesmo que tinha o zíper no pescoço até o umbigo. Ele se desfez da vestimenta e meu cérebro captou aquele corpo escultural se mostrando pra mim e naquele momento eu era a bicha mais sortuda do mundo.

Eu olhei tudo. O peito que lembrava duas almofadas de couro, suado, dourado na pouca luz de fim de tarde. Aqueles mamilos deliciosos, que suplicavam pela minha língua. A barriga, pra minha surpresa sem pêlos e o cacete, um dos mais imponentes que já vi.

Uma piroca pesada, com veias, grossa. Dava gosto de ver.

Não me contive e chupei os mamilos dele. Que peitão. Fui descendo a língua pela barriga, feito um animal sedento. Beijei a área pubiana, ele não estava cheiroso, mas também não fedia. Era um cheiro de homem, homem que pegava no pesado. E eu era louco nesse cheiro. Meu rosto se lambuzada do suor dele e eu podia visualizar o contraste da minha pele amarelada, com o tom mais escuro da dele.

Chupei o pau ainda meio amolecido e eu chupei com tudo. Engasguei quando ele começou a crescer na minha garganta, mas eu me lembrei das minhas fantasias e agora eu estava pondo em prática. Minha sede era tanta que transformei uma rola grande e mole em um pau monstruoso, que mal cabia na minha boca. Lágrimas saíam dos meus olhos quando ele começou a foder meus lábios, as bolas balançando. Ele era um cachorro e eu a cadela dele.

Por mim eu ficaria chupando até ele gozar, mas nossos corpos precisavam de outro tipo de contanto.

Abaixei as calças e arreganhei o cu.

Ele enfiou um dedo. Depois dois. Três. E eu podia sentir meu cu se abrindo com os quatro dedos, me penetrando com força.

Com raiva.

Eu gemia, alto mesmo, já que ninguém apareceria ali.

Ele continuava a me foder com os dedos. Cuspia. Depois metia os dedos na boca e que cena deliciosa era. Aqueles dedos ásperos cheios de saliva, entrando na boca carnuda dele e depois no meu cu. Na boca dele e no meu cu.

— Ooooooohhhhhh — eu gemia me empinando.

Então ele selou meu rabo com dois tapas de cada lado. E meteu. Ele ficou com as pernas abertas e os joelhos flexionados, como quando alguém está erguer algo muito pesado do chão. Eu permaneci de quatro, cumprindo meu papel de cachorra.

Depois fizemos de ladinho. Eu chupava o dedo dele e ele me comia, suando. Meu corpo tremia pelos movimentos bruscos, o ritmo frenético em que Delmar me penetrava. Era gostoso demais. Se eu pudesse gravaria aquele momento pra ver várias vezes depois.

— Ooooooohhhhhh! — Eu gemia. — Meu cuzinho! Fode meu cuzinho!

E ele continuava.

Ele me puxou pelo cabelo e me colocou na posição frango assado. Cobri meu pau, não sei bem por qual motivo e ele coube na minha mão fechada. Enquanto a rola gigante e monstruosa de Delmar esmurrava meu cu, com toda a força que ele podia. Ele não falava, apenas grunhia.

Era um som bom de se ouvir, como quando homens puxam peso na academia ou soldados fazem flexão no quartel. Som de homem macho. Que delícia.

Sem cerimônia Delmar se afastou e gozou num jato rápido em mim.

A porra jorrou gostoso e caiu quente num filete esparramado na minha barriga, pescoço e rosto.

Continuei aberto pra ele enquanto ele se vestia, cobrindo aquele monumento de corpo no uniforme velho e gasto.

Limpei a fala na cueca e a guardei no bolso da calça do uniforme e seguimos a despejar a caixa.

Na semana seguinte Delmar apareceu, como todos os dias para faxinar o saguão.

Não falamos sobre o que tinha acontecido e pela primeira vez conversamos sem que eu precisasse conquistá-lo. Delmar tinha me fodido e gostoso. E assim nossa amizade continuou normalmente e aquela seria mais uma história que ninguém saberia, de tantas que já tinham acontecido naquele hotel.

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AH, IMAGINEI QUE ACONTECERIA MAIS VEZES. MAS FOI MUITO BOM.

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