Me apaixonei por um cara, Puta merda (Parte 48)

Um conto erótico de Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 2692 palavras
Data: 25/02/2019 08:54:49

Segunda 28 de Outubro de 2013

Acordei com o pé ainda um pouco inchado, e foi até uma boa desculpa pra não ir pro colégio. Me levantei, fiz minha higiene e desci pra falar com minha mãe ( fazer aquele velho drama), e deu muito certo, ela disse que se não desinchasse e não passasse a dor, ia me levar no hospital, e eu concordei, tava doendo mas era uma dor suportável, ela foi trabalhar, o Daddy também, e a Clara tinha ido pro colégio, a Lorrane ainda estava lá em casa, estudava a tarde e ficou me fazendo companhia e ao Pietro. No horário de almoço, o Heitor veio pra casa e já foi ligando pro Daniel ir almoçar lá em casa também, eu não achei ruim, minha relação com ele era um pouco perturbada, tinha horas que eu não aguentava nem olhar pra cara dele e tinha dias que era um amor, ele chegou e eu fui dar banho no Pietro pra almoçarmos. Assim que terminei de arrumar ele, desci com ele pra ir pra cozinha e piso em falso, na hora pensei que tinha quebrado meu pé.

- Eu: AÍ QUE MERDA!

- Pietro: Titio, merda não pode, vovó briga.

- Lorrane: Corre aqui Heitor que o viado se machucou.

- Heitor: Como foi isso? – perguntou vindo da cozinha com o Daniel.

- Eu: Pisei em falso e acabei caindo, deve ter quebrado, tá doendo muito, liga pra mãe.

- Daniel: Você aguenta ficar em pé?

- Eu: Aguento.

O Heitor ligou pra minha mãe avisando e como ele tinha que voltar pro trabalho, e minha mãe ficou de me encontrar no hospital, o Daniel se voluntariou a me levar.

- Daniel: Termina de almoçar mano, ai tu leva a Lorrane na escola, e eu levo o Henrique no hospital e o Pietro fica comigo esperando lá até tua tia chegar.

- Heitor: Cara, não precisa...

- Daniel: Eu insisto. Vai terminar de comer.

Ele foi terminar de comer e eu fui mancando até lá fora, o Daniel queria me pegar no colo mas eu não deixei, ele pegou o carro com o pai que queria ir também me levar mas o Daniel não deixou, e fomos pro Hospital Dom Vicente, no meio do caminho ele ficava me perguntando se doía muito, se eu queria alguma coisa, tava mais nervoso que eu, chegando lá, que é particular mas tínhamos plano de saúde lá, fui atendido e encaminhado pra ala ortopédica, e tive que fazer um raio X, minha mãe chegou e ficou lá comigo e ele foi almoçar, e levou o Pietro, demorou um monte até me dizerem que não quebrou nada, só deslocou e precisava engessar, quando saí da sala com a perna engessada ele ainda tava lá esperando. Fomos pra casa e eu tava morrendo de fome, ele tinha comprado uns lanches pra mim, fui comendo no meio do caminho. Chegando em casa aviso as meninas o acontecido, e ele me ajudou em tudo, a descer do carro e até a subir a escada pro meu quarto. Ele ficou no meu quarto comigo, querendo saber se eu precisava de mais alguma coisa.

- Eu: Só preciso de um banho bem quente agora.

- Daniel: Quer que eu te dê banho?

- Eu: NÂOOOO! KKKKK eu agradeço a intenção, você está sendo um amor comigo, estou até estranhando, mas eu tomo banho sozinho.

- Daniel: Se eu tivesse no seu lugar, você faria o mesmo por mim, tenho certeza, e eu sou um amor sempre, você que é um jumento comigo.

- Eu: Sou só as vezes, quando você é comigo ou quando merece.

- Daniel: Ah, tá. Posso ficar aqui um pouco? Tô cansado e com preguiça de ir pra casa.

- Eu: Claro que pode, se quiser tomar um banho também... fique a vontade, mas eu vou tomar primeiro, tem outros banheiros pela casa, como eu já disse, fique a vontade.

Eu fui pro banheiro tomar banho e quase não consegui tirar a roupa, ele veio me ajudar e eu fiquei muito envergonhado pela situação, eu estava só de cueca, sendo ajudado por ele a tirar a calça pelo gesso, assim que ele tirou, começou a rir e me chamar de saci. Ele não tirou minha cueca e ligou o chuveiro, me ensaboou e me deu o sabonete pra que eu mesmo lavasse minhas partes íntimas, eu pedi a ele pra virar de costas nesse momento, me enxaguei e ele foi buscar uma cueca pra mim e me deixou com a toalha, depois que ele me deu, eu vesti a cueca por debaixo da toalha, me escorei no box pra conseguir tal feito, depois ele pegou um short meu curto e folgado e eu mesmo me vesti, e enquanto eu vestia a camisa ele foi tomar banho, deitei pra esperar ele e acabei dormindo. Acordei e ele ainda estava lá, ele estava dormindo ao meu lado, eu fiquei olhando pra ele enquanto ele dormia, até o Heitor bater na porta.

- Eu: Tá aberta, pode entrar!

- Heitor: A tia mandou chamar pra ir jantar, estamos esperando lá em baixo, e acorda ele também.

Eu o acordei, ele me ajudou a descer a escada e fomos comer, depois da janta ele foi pra casa e nem se despediu de mim, apenas falou com minha mãe e com o Heitor e saiu. Tomei o remédio antes de voltar pro quarto, e Heitor disse que depois que o mesmo tomasse banho iria conversar comigo, fiquei super ansioso querendo saber o que era, então fiquei mexendo no celular falando com as meninas e esperando ele, depois de muito tempo ele veio falar comigo.

- Heitor: Rique, o que você acha do Daniel?

- Eu: Como assim? Eu acho ele legal, mas porque a pergunta?

- Heitor: É que eu quero saber se você gosta dele, se você sente algo por ele, entendeu?

- Eu: Entendi! E eu nem sei o que eu sinto, as vezes é raiva, as vezes é um carinho, mas na maioria das vezes é uma vontade enorme de bater nele.

- Heitor: Eu tô falando sério, porque tipo... ele parece gostar de você, e o tio já percebeu, veio até me perguntar hoje se vocês tavam namorando.

- Eu: Deus me livre namorar ele, e ele não parece gostar de mim não, só as vezes e quando estamos bêbados , tirando isso, ele tá sendo legal hoje.

- Heitor: Quando estamos bêbados fazemos coisas que gostaríamos de fazer sóbrios.

- Eu: Não coloca coisa na minha cabeça, por favor...

O Heitor saiu e me deixou lá com essa dúvida enorme, fiquei o resto da noite pensando nisso e escrevendo sobre até que o sono veio e eu dormi.

Terça 29 de Outubro de 2013

Acordei com o Pietro pulando em cima de mim, e me chamando pra brincar, quando mostrei meu gesso e expliquei que tava machucado e que não podia andar direito, ele começou a beijar o gesso e perguntar se sarou, achei tão fofo e engraçado. Tentei levantar e ele me ajudando, fui escovar os dentes e ele ficou do meu lado esperando, depois a Clara veio pegar ele e trouxe umas muletas que a ortopedista tinha recomendado, eu fiquei rindo porque eu não sabia usar aquilo, a médica tinha dado várias instruções mas eu fingi que tava entendendo tudo. Fiquei no quarto treinando até que finalmente consegui lembrar de algumas coisas e por em prática, quando estava indo pra cozinha eu não consegui descer a escada direito, voltei pro quarto e fui deitar com a perna pra cima. Eu tinha que ficar 12 dias com o gesso e eu já não aguentava mais e queria tirar, fiquei deitado pensando na conversa com o Heitor e ensaiando como perguntar ao Daniel se ele gostava de mim. Fiquei o resto do dia todo sendo mimado no meu quarto.

Passado os 12 dias finalmente eu ia tirar o gesso, era um domingo dia 10 quando eu tirei o gesso em casa mesmo, e a primeira coisa que fiz foi subir e descer a escada pra ter certeza que meu pé já estava ótimo. Nesse período de 12 dias, eu frequentei a escola normalmente; o Daniel ia me ver sempre mas eu ainda não tinha perguntado a ele, não tive coragem e eu nem sabia o que sentia por ele, não queria me magoar, vai que era só ilusão minha e não queria deixar nossa amizade estranha. Então deixei pra lá.

Segunda 11 de Novembro de 2013

Acordei feliz por ter tirado o gesso e fui me higienizar cantando, me arrumei e desci pra tomar café, depois fui pra frente do condomínio pegar a van pra ir pro colégio e fiquei conversando com o Rafa e com a Gabi e quando chegamos no colégio teve um trabalho em dupla que fiz com o Vini e conseguimos uma boa nota. O resto do dia foi bem chato, voltando pra casa a Gabi foi me dando conselhos sobre conversar com o Daniel e que eu precisava perguntar a ele o que ele sentia, então decidi seguir os conselhos dela, assim que cheguei em casa pedi pro Rafa dar o recado ao irmão que eu precisava falar com ele, eu estava super nervoso, fiquei ensaiando o que dizer durante o banho e de como reagir também, eu tava falando só no meu quarto quando ele bateu na porta.

-Eu: Pode entrar...

- Daniel: Oi, o Rafa disse que você precisava falar comigo...

- Eu: Sim, pode sentar ai... é que... sei nem como perguntar, eu to meio nervoso e vou começar a gaguejar ou então a falar rápido e sem parar como to fazendo agora.

- Daniel: Calma – Disse rindo. – pode falar, eu sou todo ouvidos..

-Eu: Então... é que meio que hipoteticamente se eu te perguntasse o que você sente por mim, o que diria?

- Daniel: Depende do sentido de gostar, mas eu diria que sinto um carinho enorme por ti e um respeito muito grande.

- Eu: Só isso?

- Daniel: Acho que sim, mas porque essa conversa maluca?

- Eu: Por nada...

Ficamos parados ali sem dizer nada e eu morrendo de vergonha pelo acontecido sem olhar nem pra ele direito até que ele se levantou e me chamou pra jantar na casa dele, que o pai dele iria apresentar a nova namorada e ele queria que eu fosse também, e assim fiz, coloquei uma roupa mais formal pra ocasião e avisei a minha mãe que ia jantar no vizinho, ficamos na sala esperando o senhor Magnum chegar com a comida e com a moça, ajudei o Daniel colocar a mesa, colocando os pratos, talheres e copos na mesa. Fui ao banheiro trocar o colírio da minha lente e ajeitar ela que quando voltei a moça já estava lá sentada de costas pra mim, quando fui cumprimentar a mesma, tive uma grande surpresa, era a Dona Soraia, mãe do Nicolas.

- Soraia: Henrique... mais que surpresa.

- Eu: Eu quem o diga Dona Soraia – falei abraçando ela.

- Soraia: Então você namora algum dos meninos?

- Eu: Não, eu sou vizinho deles, moro aqui ao lado... que coincidência.

Sentamos a mesa e ficamos conversando e comendo, estávamos muito entrosados e o Daniel não parecia estar gostando muito da situação, ele não falou nada durante o jantar, já o Rafa gostou muito da Soraia e deixou bem claro. Eu como já a conhecia e adorava ela resolvi conversar com o Daniel depois do jantar, só que ele não deu brechas, assim que terminou o jantar, foi pro quarto emburrado e não disse nada. Eu até esperaria aquela atitude vinda do Rafa, mas não do Daniel então fui lá falar com ele, bati na porta do quarto dele é o mesmo saiu sem camisa, fiquei olhando e esqueci até o que eu ia falar.

- Daniel: Paralisou?

- Eu: Desculpa... podemos conversar?

- Daniel: Claro... entra, pode sentar ai na cama.

Entrei no quarto e ele era enorme, e bastante arrumado, tinha umas fotos duplicadas dele umas montagens dele com ele mesmo, até achei legal.

- Eu: Percebi que você não gostou muito da Soraia.

- Daniel: Não é que eu não tenha gostado dela, é que... sei lá. Toda vez é isso, meu pai passa meses com alguma mulher, depois termina e nos apresenta outra, essa última era um pé no saco mas eu já tava acostumado com ela, porra velho, eu nunca tive uma figura materna presente depois da morte da mamãe.

- Eu: Calma, mas você ficar com birra e cara feia pra moça não vai fazer isso mudar, você deixou transparecer muito que não tava gostando da situação, ela não tem culpa Dani!

- Daniel: Mas cara, vai ser a mesma coisa, eu quero me envolver nisso, já tenho muita coisa pra me preocupar, é a faculdade, é o trabalho é meus irmãos, minha vida toda ta uma bagunça, eu já nem sei o que eu sinto direito... desculpa, eu estar desabafando assim.

- Eu: Ei, calma ai... – falei me aproximando dele e o abraçando – pode desabafar o quanto quiser, eu to aqui pra ouvir, pra ajudar e aconselhar, eu te amo.

- Daniel: Você o que?

Até o momento eu não tinha me dado conta do que eu tinha dito, eu fiquei tão nervoso que saí do abraço dele e fugi dali, sai do quarto, desci as escadas correndo e me despedi das pessoas rapidamente e superficialmente. Eu cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, geralmente eu não tranco a porta, mas nesse dia eu tranquei e comecei a mandar mensagens pras meninas e pedir ajuda. Depois recebi um monte de mensagem e ligações do Daniel e eu fiquei sem reação, eu desliguei o celular e fui escrever no diário, depois fiquei assistindo tv até dormir.

Terça 12 de Novembro de 2013

Eu acordei e fui fazer minha higiene, depois peguei meu celular, liguei e resolvi apagar as mensagens do Dani, eu tinha medo do que ele poderia ter dito, eu nunca soube reagir as coisas, eu geralmente fujo e espero as coisas se resolverem sós e com o tempo. Então pedi a mãe pra me deixar no colégio e irmos conversando no caminho, eu sabia que ela tinha os melhores conselhos, e durante o percurso a escola fui conversando com ela.

- Eu: Mãe, ontem por algum motivo que eu não sei qual, eu acabei falando ao Daniel que amo ele.

- Mãe: Já tava na hora Henrique, e ele disse o que? Correspondeu?

- Eu: Ai é que ta mãe, eu fugi, eu corri pra casa depois que disse, e ele me ligou várias vezes, me mandou várias mensagens e eu nem as li, apenas apaguei. Eu não sei o que eu faço mãe.

- Mãe: Filho, você gosta mesmo dele?

- Eu: Eu não sei, eu não tenho certeza, eu não entendo meus sentimentos, eu não sei o que sinto, ou se sinto, eu não sei mãe, nem sei porque eu disse aquilo, apenas saiu durante uma conversa.

- Mãe: A vida é complicada meu filho, mas você não pode fugir de tudo, se seus sentimentos forem claros, invista, tente, pois vai estar com a garantia que você tentou.

- Eu: Mas mãe, eu tenho medo, tenho medo dos meus sentimentos, e se eu sentir realmente algo por ele? Eu prefiro acreditar que é só um surto de carência por ele ser muito legal comigo.

- Mãe: Hoje quando chegar, vá falar com ele, fale tudo o que acha que deve falar.

Eu fiquei muito pensativo, cheguei na escola e não conseguia me concentrar em nada, no intervalo o Rafa veio me dizer que o Daniel pediu pra eu ir na casa deles conversar com ele. Eu fiquei mais nervoso ainda, liguei pra minha mãe e pedi pra dormir na casa da Erika, disse que tava com saudades dela e depois de tanto convencer, ela deixou. Depois da escola fui em casa pegar uma roupa e depois fui pra casa da Erika e a Ana ia dormir lá também e fizemos brigadeiro de panela e ficamos a noite conversando, botando o papo em dias, até que fui escrever no meu diário e dormir.

Passei o resto da semana todinha evitando ele, e consegui até que na sexta a noite tinha um evento na casa dele, e nossa família foi convidada, e eu não poderia faltar por nenhum motivo, minha mãe deixou bem claro aquilo.

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Comentários

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Olhaaaaaaaaa eleeeeeeeeeee

Nossa quantos seculos em!!!

Axei q nao ia mais aparece.aqui ness josa so tem contos falsa sento falta do seu

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CARTAS NA MESA HENRIQUE. DIÁLOGO É SEMPRE O MELHOR CAMINHO. NÃO VAI DAR PRA FUGIR SEMPRE. AS COISAS SÓ SE COMPLICAM.

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