A Vida que Não Escolhi - 19 - "PRA SEMPRE"

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 5500 palavras
Data: 15/02/2019 17:56:39

ENTÃO, PESSOAL, A HISTÓRIA DE SAMUEL E JONATHAN CHEGA AO FIM. ESPERO QUE VOCÊS TENHAM GOSTADO, ESTOU ESCREVENDO OUTROS ROMANCES PARA ESTE ANO AINDA, ESTOU DEMORANDO A POSTAR, PQ QUERO COLOCAR ELES EM SEQUÊNCIA, SEI QUE TEM MUITA GENTE QUE GOSTA DE LER DE UMA ÚNICA VEZ.

E ANTES DO ÚLTIMO CAPÍTULO, QUERO AGRADECER A TODO MUNDO QUE LEU, PRINCIPALMENTE, AOS SEGUIDORES QUE COMENTARAM:

Guigo, Martines, Geomateus, Flynnagin, Quem sou Eu, Boymogi, Julioepatricia.

SEGUE O ÚLTIMO EPISÓDIO DE "A VIDA QUE NÃO ESCOLHI":

Na vida, passamos por muitas situações, algumas são fáceis de driblar, outras, nos pega desprevenidos. Todo o bom comportamento de Jonathan sumiu, ele ficou mais desleixado na escola, e aos poucos, voltou a tratar Wal como antigamente. Na escola, ele pediu do diretor para mudar de lugar, sentaria agora ao lado de Lorena. Ninguém entendeu esse novo comportamento do jovem, quer dizer, Samuel sabia o verdadeiro motivo.

- Oliver. Você trocou o Jonathan pelo Oliver? - perguntou Lana quase gritando.

- Fala baixo.

- Eu não posso acredita, eu não posso A-C-R-E-D-I-T-A-R. Samuel Costa, eu não posso acreditar.

- Ele não é do meu mundo, Lana. Fora que o pai dele, sabe, nunca aceitaria. - explicou Samuel sentando.

- Vocês dois mudaram de corpos, quer um obstáculo maior que esse? Até a Lorena tá achando o comportamento dele horrível, a Lorena. - disse Lana sentando ao lado de Samuel.

- Eu, eu estou fazendo isso para proteger, o Jonathan. - soltou Samuel chorando.

- Como assim?

- O Oliver tem fotos e vídeos da gente se beijando. Ele me ameaçou.

- Esse filho da… - Lana não completa a frase, pois, o sinal da escola toca. - E o que vamos fazer?

- Nada, talvez seja melhor assim.

- Samuel, você vai desistir do amor da sua vida? Eu não tô acreditando, eu mesma vou procurar esse escroto e…

- Elana, você não vai se meter nessa história, ou eu juro por Deus que… - soltou Samuel antes de sair da sala.

- Ele nunca me chama de Elana.

Enquanto isso, Antonella, precisava driblar um obstáculo chamado Tia Edite. A idosa praticamente montou acampamento na casa de Henrique. Ela queria fazer o sobrinho deixar Antonella, pois, não acredita no amor dos dois. Edite pegou o celular de Henrique e achou alguém que poderia lhe ajudar a acabar com o relacionamento dos dois.

- Boa tarde, tia. - disse Henrique deixando a carteira e chaves na mesa. - A Antonella está chegando, vou tomar um banho.

- Boa tarde, filho. - falou Edite fingindo que lia uma revista. - Era isso mesmo que eu queria ouvir. - sorrateira, a mulher entrou no seu quarto e encontrou Débora, uma ex-namorada de Henrique.

- Ele está aqui? - perguntou Débora.

- Está, no banheiro, a demônia está quase chegando, fica na sala. Já sabe o plano, né?

- Sei sim. Vou molhar meu cabelo na pia.

Antonella estava estressada, o negócio dela com a irmã cresceu muito, e elas precisavam se desdobrar para atender os clientes cada dia mais exigentes. Ela tentou abrir a porta, mas a mesma continuava fechada, ela bateu e quem atendeu foi Débora, só de toalha. Henrique saiu para ver quem era, ele vestia apenas uma bermudas.

- Que porra é essa, Henrique? - perguntou Antonella quase chorando.

- Débora, o que você está fazendo aqui? - ele questionou para a ex-namorada.

- Eu não sabia que você estava namorando. Como você pode? - saindo da sala e indo para a cozinha.

- É isso?

- Antonella, pelo amor de Deus, acredita em mim. - pediu Henrique chorando.

- Eu sabia, eu sabia que isso ia acontecer. - soltou Antonella decepcionada e saindo aos prantos.

- Filho, não vá. - ordenou Edite aparecendo.

- Tia? O que está acontecendo?

- Essa mulher não te merece, filho.

- Eu quero a senhora fora daqui! - gritou Henrique. - As duas, agora! Fora daqui.

- Filho, para onde eu vou? - perguntou Edite chorosa.

- Para o inferno, lugar de onde a senhora não tinha saído. Por isso, que toda a família lhe deu as costas, a senhora é um demônio.

- Henrique, por favor. - disse Edite chorando. - Para onde eu vou?

Depois de provar ter cortado relações com Jonathan, Samuel, encontrou Oliver para um encontro. Eles foram em um badalado restaurante, de longe, Lana e Lorena, observavam os dois. Elas queriam achar uma forma de livrar, Samuel, daquela situação. Jonathan começou a distribuir currículos pela cidade, e viu que aquele lugar precisava de empregados, o jovem não pensou duas vezes. Quando ele saiu do escritório, encarou, Samuel e Oliver juntos.

- Então, é isso, Samuel? - perguntou Jonathan de forma agressiva. - Me trocou para ficar com o Oliver?

- Ei, rapaz, não fala assim com ele. - falou Oliver se levantando.

- Jonathan, por favor. - pediu Samuel quase chorando.

- Quer saber, Samuel. Vai se foder! - gritou Jonathan, antes de socar o rosto de Oliver.

- Meu Deus. - disse Samuel ao ver a cena.

- Ele vai me pagar, eu vou enviar agora o vídeo e….

Quando Oliver olhou para a mesa, viu o celular dentro de um copo de refrigerante. Ele olhou em volta, mas não viu ninguém suspeito. Eles foram convidados a se retirarem do local, e claro, Jonathan, perdeu a oportunidade de emprego. Oliver e Samuel foram para a casa do jovem. Em seu mundo, Oliver, acreditava realmente que o filho de Isabella, o amava. Ele mostrou as passagens para Samuel, eles partiriam no fim de semana.

- Eu só vou com uma condição. - falou Samuel.

- Qual? - perguntou Oliver.

- Se a Lana for junto comigo. A mamãe nunca deixaria eu ir sozinho. - explicou Samuel.

- Tudo bem, ela pode ir. - afirmou Oliver sorrindo.

Lana decidiu ajudar Samuel, ela queria muito matar Oliver, mas percebeu que a melhor forma de ataque era a defesa. Enquanto isso, Lorena, tentava investigar Jonathan, que a cada dia, ficava pior. Os dois foram tomar um sorvete no Parque. Lorena abriu o coração para o amigo, contou várias coisas sobre o seu passado, inclusive, que quase foi molestada, por isso, o pai lhe matriculou em uma escola de defesa pessoal.

- Eu não sei como te contar isso, Jonathan, mas eu sei sobre você e o Samuel, mas não se preocupa. Você pode confiar em mim. - disse Lorena.

- Não se preocupa, Lorena, não existe mais eu e Samuel. Ele é um babaca.

- Você nunca se perguntou pelos motivos dele?

- Olha, a Lorena defendendo o Samuel. Meu Deus, morri e vim parar no inferno? - brincou Jonathan.

- Para, eu sempre fui uma idiota com o Samuel. Essa Lorena vadia ficou para trás. - afirmou a jovem.

- Eu e o Samuel, bem você sabe, né? A gente passou por algo incomum, algo que nos uniu de forma especial, mas ele simplesmente me largou.

- O Samuel foi ameaçado pelo Oliver, ele gravou o beijo que vocês deram em uma boate de travestis e ameaçou o Samuel. Agora, eles vão viajar nas sexta-feira para o Rio de Janeiro. - Lorena falou tão rápido que ficou sem ar.

- O quê? - perguntou Jonathan. - Eu vou matar o Oliver. - gritou o jovem ficando de pé.

- Acredite, eu também, mas temos um plano. Um plano maravilhosamente maldoso.

Antonella ficou na fossa, ela não queria sair de casa, Isabella, claro, ficou preocupada, mas naquele dia, a mãe de Samuel sairia para encontrar Alfredo, o primeiro encontro dela em 10 anos. Como Sílvio ainda precisava de cuidados, Antonella, ativou o modo Super Nanny, mesmo contra vontade. Samuel estava ocupado planejando a viagem com Oliver, sem qualquer motivação.

- Todo mundo feliz com seus relacionamentos, e eu aqui, na merda. - reclamou Antonella se jogando no sofá.

- Para tia, também não é assim, eu queria ficar em casa, mas vai ser o jeito viajar. - soltou Samuel que se assustou com a companhia que tocou.

- Eu atendo, a tua mãe bem esqueceu a chave. - disse Antonella indo até a porta e ficando surpresa. - Dona Edite?

- Filha, preciso falar com você fiz algo horrível.

Edite confessou o plano que fez para separar Antonella e Henrique, a tia de Samuel ficou boquiaberta com a história, nunca imaginou aquilo, nem em seus sonhos mais estranhos. Samuel, aproveitou para enviar uma mensagem ao namorado a tia, se a relação dele estava ruim, ele não desejava isso para ninguém, muito menos para Antonella.

- O café ficou pronto, a senhora gosta puro ou com açúcar?

- Puro, por favor. - pediu a mulher.

- Espero que esteja bom. - disse Antonella servindo o café e sentando ao lado de Edite.

- Obrigada.

- O que a senhora fez não tem perdão, eu entendo a reação do Henrique. - falou Antonella.

- Você não cansa?! - gritou Henrique entrando na cozinha. - Está tentando envenenar mais ainda a minha namorada?

- Calma, amor. - interveio Antonella abraçando Henrique. - Ela veio explicar tudo. Está tudo bem.

- Eu nunca teria coragem de te trair, Antonella, nunca. - ele confessou se emocionando.

- Eu sei, meu amor, eu sei. Me desculpa pela reação, eu deveria ter confiado em você. - Antonella disse antes de dar um beijo cinematográfico em Henrique.

- Estamos de boa? - ele perguntou.

- Sempre estivemos.

Depois de se resolver com Antonella, Henrique decidiu não expulsar a tia de casa, afinal, ela conseguiu reverter toda a situação. Sem desconfiar do quase barraco que aconteceu em sua casa, Isabella, se divertia ao lado de Alfredo, eles jantaram e foram para uma exibição de cinema ao céu aberto, a noite fria de São Paulo, ajudou o casal a ficar mais junto.

- É estranho, sabia? - confessou Isabella.

- O quê? - quis saber Alfredo. - Cinema ao céu aberto?

- Não bobo, encontros. A última vez que tive um encontro foi desastroso, quase virei lésbica. - soltou a mãe de Samuel.

- Ainda bem que não, nada contra, na verdade, tenho algo para te contar. - disse

- Fala, por favor, odeio segredos.

- O meu filho, o Jasper, ele é transexual. Ele se chamava Joana.

- Nossa, eu não imaginava isso. Ele tem quantos anos? - perguntou Isabella.

- 18 anos. É um bom menino.

- O Samuel, ele é gay. Sempre tratei desse assunto com muita naturalidade, e creio, que foi isso que me assustou quando se tratava de namorar, sabe? Muitos homens não respondem bem, e meus filhos, Alfredo, sempre foram minhas prioridades.

- Eu posso. - Alfredo se aproximou de Isabella e a beijou.

- Nossa, isso foi…

- Desculpa, você não gostou? - quis saber Alfredo ficando nervoso.

- Eu adorei. - soltou Isabella o beijando.

Na sexta-feira, o coração de Samuel parecia que ia sair pela boca, ele já estava com tudo pronto para viajar com Oliver, mas seu coração sangrava. Gláucio levou Jonathan ao barbeiro, eles iriam ao casamento de um dos funcionários da empresa dele. Pai e filho, lado a lado, Jonathan, tentava a todo momento contar ao pai sobre seu relacionamento com Samuel, mas simplesmente não conseguia.

- Filho, e a sua namorada, a Lana? - perguntou Gláucio. - O pai dela está fazendo um ótimo trabalho.

- Ela não é minha namorada pai, podemos mudar de assunto?

- Olha, sei que está com raiva, pois, te proibi de ver o Samuel, mas tenta me compreender, o pai dele quase te matou. - afirmou Gláucio tentando falar baixo para que os outros não ouvissem a conversa.

- Eu entendo, pai, mas em poucos meses vou ser maior de idade, e seguir a minha vida, nem sempre o senhor vai estar lá para me proteger. Eu sou grato a tudo que o senhor me deu, mas eu preciso errar e aprender com meus erros. - explicou Jonathan.

- Eu entendo filho, vocês crescem tão rápido. Fico imaginando como estaria o seu irmão. - revelou Gláucio.

- Bem melhor do que eu, ele sempre foi. - assegurou Jonathan.

- Você é perfeito, meu filho. Sei que não digo muito essas coisas, mas, você só me surpreende. Sinto orgulho de ser o seu pai.

- Obrigado, pai, mas acho que essa conversa não é apropriada para uma barbearia. - disse Jonathan rindo do pai.

No dia seguinte, Samuel, acordou com náuseas, ele viajaria de avião pela primeira vez, Lana, ligou logo cedo para saber se estava tudo certo, o jovem confirmou a viagem. Oliver despertou ansioso para os momentos a sós ao lado de Samuel. Do outro lado da cidade, Jonathan, se preparava para o casamento, ele não conseguia entender como as pessoas podiam se casar tão cedo.

- Mãe, que susto. - disse Jonathan enquanto se olhava no espelho.

- Desculpa por entrar assim, sei que você não gosta. - falou Wal ainda na porta.

- Pode entrar. Você é muito mais que bem-vinda. - afirmou o jovem dando o nó na gravata borboleta.

- Você fica um espetáculo de smoking. Tenho certeza que as garotas voam em cima de você.

- Não é para tanto.

- O Samuel me ligou, disse que ia viajar. Vocês brigaram? - perguntou Wal se aproximando e sentando na cama de Jonathan.

- Não, só estamos em um lugar estranho. As meninas estão tentando ajudar, mas, eu não sei. Ele foi um babaca comigo. - respondeu Jonathan puxando um poof verde e sentando perto de Wal.

- Entendi, mas bem, as gatinhas estão esperando. E por falar nelas, não está gostando de ninguém? - questionou Wal fazendo uma cara engraçada.

- Pior que estou.

- Wal? - perguntou Gláucio do quarto. - Ela não está aqui. Deve ter ido ajudar o Jonathan, ele sempre se atrasa. - saindo do quarto.

- Fala, filhote. Está gostando de alguém, juro que não conto para o Gláucio. - disse Wal batendo palminhas.

- Estou gostando de alguém que me acordou para vida. Faz eu me sentir o cara mais sortudo do mundo. - confessa Jonathan lagrimando.

Samuel e Lana chegaram cedo no aeroporto, o voo sairia apenas às 10h, ainda faltavam duas horas para o embarque. Ele levou praticamente toda a família para o aeroporto de Congonhas. Oliver até se assustou quando viu tanta gente. Jonathan, abriu o coração para Wal, enquanto falava, lembrava de todas as qualidades de Samuel.

- E quais os atributos que mais te chamam atenção nesse amor? - pergunta Wal.

- Essa pessoa cozinha muito bem, aprendi bastante inclusive. Tem um sorriso tímido, as covinhas nascem naturalmente. Tipo, a pessoa sabe tirar o melhor de mim, mãe, além de ser ótima com negócios, competições e me tirar de encrencas.

- Essa pessoa deve ser muito especial, filho. Consigo ver os brilhos nos teus olhos.

- Wal, essa pessoa é o Samuel.

- O quê? - perguntou Gláucio ouvindo atrás da porta. - Que história é essa, Samuel?

- Gláucio. - soltou Wal se levantando assustada.

- Pai.

- Você apaixonado pelo Samuel? - perguntou novamente Gláucio.

- Sim, pai. Eu estou apaixonado pelo Samuel. E ele por mim. - confessou Jonathan chorando. - E não tem nada que o senhor diga que mude isso.

- Gláucio, por favor. - inteveio Wal pegando na mão do esposo.

- Você está escondendo isso de mim desde quando? - perguntou Gláucio chorando e se aproximando do filho.

- Tem um tempo. - fala Jonathan se afastando.

- Amor, para. - Wal também começa a chorar.

- Vocês acham que eu vou fazer o quê? - questiona Gláucio. - Eu só quero abraçar o meu filho.

- O quê? - Wal e Jonathan questionam juntos.

- Você não vai me expulsar? - solta Jonathan confuso.

- Te expulsar, filho, pelo amor de Deus. Nunca faria isso com você. Se eu disser que não estou chocado, estaria mentindo, mas te expulsar?

Gláucio abraça Jonathan que não segura as lágrimas, pai e filho, mais uma vez fortaleceram os laços, e provaram que o amor vence tudo. Wal, também se emociona com a cena e abraça os dois. Lorena chega no aeroporto, atrasada como sempre, e encontra o grupo de Samuel sentado na praça de alimentação. Ela usa um disfarce para não ser reconhecida pelo colega de sala.

A jovem envia uma mensagem para Lana, que ri quando a vê de longe, as duas não conseguem contato com Jonathan, e o tempo cada vez mais fica apertado. Gláucio afirma para o filho que vai procurar entender toda a questão da homossexualidade, eles tem uma conversa franca sobre tudo o que afligia o jovem.

- Bem, a conversa está muito interessante, mas será que você não deveria estar em outro lugar, filho? - pergunta Wal.

- O Aeroporto! - grita Jonathan assustado.

- O que tem o aeroporto? - questiona Gláucio.

- O Oliver pai, ele gravou um beijo meu com o Samuel. - revelou Jonathan.

- E obrigou o garoto a viajar com ele, caso contrário contaria para a gente que o Jonathan é gay. - soltou Wal revoltadíssima.

- Você sabia? - perguntaram pai e filho juntos.

- Claro, meus amores, sou mulher. Tenho um sétimo sentido. - admitiu antes de jogar os cabelos para o lado.

- Pai, eu não posso ir ao casamento. O Samuel precisa de mim.

- Tudo bem, pode ir. Só toma cuidado.

- Pai? - pergunta Wal com uma vozinha estranha. - Eu posso ir também?

- Tá bom, eu vou sozinho para o casamento.

Wal e Jonathan voaram para o aeroporto, que não ficava muito longe da casa deles. Gláucio aproveitou o momento, entrou no quarto, pegou a fotografia de sua família e abraçou aos prantos, ele prometeu para a ex-esposa que cuidaria do filho da melhor maneira possível, mesmo tendo que passar por cima de seus preconceitos. A atendente começa a chamar o voo de Oliver, Samuel e Lana.

Lorena começa a montar um pequeno palco com direito a microfone e tudo. Wal e Jonathan chegam cantando pneu na frente do aeroporto, a madrasta de Jonathan estaciona o carro da forma mais estranha possível, e eles saem em disparada ao portão de embarque. Samuel, por sua vez, se despede da mãe e dos irmãos, olha em volta e não vê Jonathan.

Wal e Jonathan praticamente correm pelo aeroporto, ele vestido de smoking, e a dondoca de salto alto e vestido de festa, nem chamaram a atenção, né? Sem ter muito o que fazer, Lana, finge tropeçar e derruba seu café no chão. Lorena a chama de exibida, e continua, ligando os equipamentos. Samuel e Oliver, ajudam a amiga a levantar, quando uma voz conhecida se destaca no meio da confusão.

- Samuel! - grita Jonathan ofegante.

- Chegamos, nem acredito. - diz Wal se segurando em uma pessoa qualquer. - Desculpa, estou fora de forma.

- Jonathan? - pergunta Samuel se aproximando.

- Não vai, fica comigo. - pede o jovem.

- Eu não…

- Antes de responder. Quero que escute uma coisa.

- Tá, aqui o microfone. - fala Lorena entregando para Jonathan.

- Lorena? - questiona Samuel estranhando.

- Em carne e brilho. - tirando o disfarce.

- Gente, eu amo o brilho no cabelo dessa garota. - revela Wal olhando para Isabella.

- Eu posso saber o que o teu enteado faz aqui? - perguntou Isabella.

- Se declarando para o Samuel, bobinha.

- Ah. - solta Isabella. - Eu sabia.

- Samuel Costa. Nos últimos meses, a gente passou por tanta coisa. Eu fui de um menino mimado a vencedor de competição culinária. Eu revelei ao meu pai que eu sou apaixonado pelo garoto mais lindo, gentil e humano de São Paulo. E não me arrependo de nada, viveria essa experiência maluca de novo. Mesmo com os mortos, confusões e sequestro.

- Jonathan.

De repente, uma música começou a tocar, e cada vez mais, curiosos se aproximavam para ver o que estava acontecendo. O coração de Samuel palpitava forte, ele nem em seus sonhos mais loucos, imaginou receber uma declaração daquele jeito, ainda mais no aeroporto de Congonhas. A suave melodia o emocionava, e ele podia ver que Jonathan também se segurava para não chorar.

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Canto para calma minha alma

Todo o meu desejo e calma

Fecho os olhos para ver

Nunca me sentir completo

Só quando estiver perto

Impossível de entender

Sei que não vai mais volta

Mais eu preciso te falar

Você me fez como Infinito

Hoje eu olho para trás

E vejo que nada será capaz

De supera nos dois

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Todos observam Jonathan cantar, Samuel, claro, fica emocionado com a declaração, ainda mais vindo do garoto que ele ama de verdade. Oliver fica verde de raiva, não conseguia acreditar que aquilo estava de fato acontecendo. Lorena queria confusão, mas ficou quietinha, enquanto o amigo se apresentava. Ela se aproximou de Lana, e as duas ficaram curtindo o show particular.

- A gente arrasa, né? - perguntou Lorena.

- Sim, gata, mas pena que não vou para o Rio de Janeiro. Quer dizer, eu espero. - soltou Lana rindo.

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Criamos um mundo só nosso

Só você e eu é nosso

Como eu posso esquecer

Serei seu cavaleiro apostos

Armado te protejo e provo

Quem pode Quebra o nosso

Para Sempre?

Sei que não vai mais volta

Mais eu preciso te falar

Você me fez como Infinito

Hoje eu olho para trás

E vejo que nada será capaz

De supera nos dois

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O acidente no Parque, as lágrimas que derramou com a troca de corpos, os beijos ardentes, as risadas, o sequestro, a situação de vida ou morte dentro do carro, tudo acertou Samuel de uma forma avassaladora. Na cabeça de Jonathan passava o mesmo filme, algo tão forte e fora do comum, uniu os dois. Essa experiência, e tudo que veio nela, pertencia apenas a eles.

Wal se emocionou também, lembrou de quando Jonathan era apenas um garotinho assustado, das vezes em que ele ficou doente, e ela como uma boa madrasta cuidou dele. Isabella ficou feliz pelo filho, afinal, o amor estava em alta na família de Samuel.

- Eles são lindos, né? - perguntou Wal limpando as lágrimas.

- São sim, são perfeitos. - afirmou Isabella abraçando Suellen.

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Sei que não vai mais volta

Mais eu preciso te falar

Você me fez como Infinito

Hoje eu olho para trás

E vejo que nada será capaz

De supera nos dois

Você e eu grudados

Deixando rastros de um Amor

Que surreal

Sempre de mãos dadas

Seguindo rumo ao nada.

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Quando Jonathan terminou de cantar, todos aplaudiram, até mesmo, quem não estava entendendo nada. Ele se aproximou de Samuel, e num ato inesperado pegou na mão do amigo e saiu correndo. Samuel largou a mochila e seguiu Jonathan. O grupo ficou com cara de paisagem, pois, imaginavam uma declaração daquelas. Oliver tentou correr atrás deles, mas foi impedido pela Lana.

- Samuel. - interveio Oliver que fica possesso.

- Não, Samuca. - fala Lorena pegando a passagem e rasgando. - Tudo acaba aqui. Vai embora agora, caso contrário, eu conto para a mãe do Samuel.

- Você não teria coragem. - disse Oliver enfrentando Lorena.

- Querido, não me teste. A Polícia Federal fica ali no canto. Eu posso ir lá, e contar que você é um predador sexual. Acha que eu não fiz a tua ficha? - ameaça Lorena mostrando uma folha para Oliver.

- O quê? - perguntou Isabella.

- Eu, não. Eu preciso ir. - Oliver nem pensa duas vezes antes de sair.

- Puxa, a gente perdeu o pedido de namoro. - soltou Wal parecendo chatiada.

Na verdade, os dois não foram longe, Jonathan, passou sete meses no corpo de Samuel, e conhecia muito bem os limites do amigo. Eles pegaram um Uber, Jonathan, não contou para onde estavam indo, mas Samuel confiava nele de olhos fechados. A surpresa? Eles foram para o Parque dos Sonhos, local que deu iniciou a essa relação tão improvável.

- Nós não vamos no 'Ciência Maluca', não, né? - perguntou Samuel entregando seu ingresso na bilheteria.

- Não, claro que não, mas aqui que tudo iniciou, então fica quieto e me acompanha. - pediu Jonathana passando pala catraca do parque.

Eles seguiram para a roda gigante, daquele lugar, os dois conseguiam ver parte da cidade de São Paulo, Jonathan, aproveitou o espaço limitado para abraçar Samuel, que adorou cada momento daquele passeio. Nas alturas, a dupla ficou contemplando a paisagem, o silêncio e o vento deixavam as coisas mais especiais.

- Loucura, né? - perguntou Samuel olhando para Jonathan.

- Sim, eu e meu namorado, juntinhos em uma roda gigante. - soltou Jonathan acariciando o rosto de Samuel.

- Namorado?

- Sim, meu namorado. - afirmou Jonathan beijando Samuel.

Sete meses se passaram desde o pedido de namoro, Samuel e Jonathan, quase não tiveram tempo para aproveitar, pois, o vestibular chegou, e eles precisaram correr atrás do tempo perdido. Os dois ainda tiveram que ajudar Adelina, a tal mulher misteriosa. Depois de muito tentar, Wal conseguiu a transferência dos restos mortais de Adeline para o cemitério onde estava sua família.

- Pronto, Adelina. Espero que você encontre a paz que procura. - desejou Samuel olhando para a lápide de Adelina.

- Verdade, a senhora era doidona, mas foi peça fundamental para o nosso relacionamento. - completou Jonathan pegando na mão de Samuel.

- Eu tenho certeza que ela será feliz. Igual a mim. - disse o jovem abraçando Jonathan.

- Meu gordinho lindo.

Adelina se aproximou dos jovens, e os agradeceu, de longe, ela conseguiu ver a família, aos prantos, a mulher abraçou seu esposo e filhas. Juntos depois de tantos anos, Adelina, conseguiu pagar pelos seus erros e pode vivenciar tudo aquilo que sempre desejou. Samuel e Jonathan, de certa forma, sentiram a alegria e os risos deles.

Henrique e Antonella decidiram curtir as férias viajando. Eles fizeram um roteiro pela América Latina, de moto. A tia de Samuel, nunca pensou que um jovem de 19 anos fosse o responsável por torná-la feliz. Em uma das paradas, os namorados acamparam em um lugar bem inóspito, uma praia bem peculiar. Sob as estrelas, o casal curtiu uma garrafa de vinho e aproveitou cada momento.

- Você é feliz comigo? - questionou Henrique enquanto servia mais uma taça de vinho para a namorada.

- Todos os dias. E pensar que eu ia te dispensar. - revelou Antonella rindo e abraçando o namorado.

- Mesmo, é? Bom saber. - tirando um embrulho da mochila. - Quer dizer que você não vai aceitar o meu presente, né?

- Que presente é esse? - perguntou Antonella curiosa.

- Vem descobrir. - ele disse correndo pela praia.

- Não, espera. - correndo atrás de Henrique e o abraçando.

- Eu sei que é muito cedo, mas, Antonella Costa. - ficando de joelho. - Você aceita casar comigo?

- Menino. Eu…

- Calma, não precisa responder agora, sei que ainda preciso terminar a faculdade, quero passar em um concurso, e então, casar com você. Só preciso que você me espere. - pediu Henrique.

- Eu aceito bobo, mas só daqui cinco anos. - afirmou Antonella beijando o noivo.

Lana e Samuel se encontraram naquela tarde na casa do jovem. Eles estavam esperando o resultado das provas do Enem, Samuel, queria fazer o curso de Medicina, e Lana, Engenharia. Isabella e Alfredo preparam um jantar especial, séria a primeira vez que as duas famílias se reuniram, e para a mãe de Samuel, nada poderia dar errado, ela estava realmente apaixonada por Alfredo.

- Alfredo, o Jasper gosta de camarão, né? - perguntou Isabella colocando uma massa para descansar na geladeira.

- Ele ama. Obrigada viu, você é a primeira pessoa que faz questão de conhecê-lo.

- Para com isso, ele é sua família. E eu também quero saber uns podres seus. - ela confessou rindo.

- MÃÃÃEEEEEE!!!!!! - gritou Samuel chamando a atenção de todos.

- Meu filho, o que houve? - perguntou Isabella assustada.

- Onde é o incêndio? - questionou Alfredo com um institor de incêndio nas mãos.

- Eu passei. Eu passei. - soltou Samuel chorando.

- Você passou? - perguntou novamente Isabella, mas dessa vez, chorando também. - Meu Deus, meu filho vai ser médico.

A felicidade reinou na família Costa naquele dia. Jonathan quando soube deu um beijou demorado no namorado, ele também conseguiu passar em Administração e Música, em duas universidades diferentes. Assim como os amigos, Lana, conseguiu ingressar em uma universidade pública, no curso de Engenharia Eletrônica.

Para celebrar os bons momentos, a família de Samuel decidiu fazer um evento na casa de Jonathan. Wal adorou a ideia, ela mesma tinha um motivo para celebrar, ms guardou a revelação para depois dos fogos de artificio. Todos os amigos de Samuel e Jonathan, foram convidados para a celebração, inclusive, a festa contaria com a última apresentação da banda “Black River”, o trio decidiu se separar quando o mundo adulto chegou de vez para eles.

- Boa noite, engenheira. - desejou Daniel.

- Boa noite, atleta profissional. - disse Lana o beijando.

- Graças ao olheiro que foi ao treino da escola. Agora é praticar eternamente e correr, literalmente, atrás de patrocínio, mas hoje, vamos curtir essa festa.

Kleiton conseguiu uma bolsa para estudar na mesma universidade da namorada, Lorena. A morena finalmente estudaria moda, uma de suas grandes paixões. Eles foram combinando para a festa, Lana, claro, que não perdeu a oportunidade de sacanear a amiga, elas se tornaram grandes companheiras no último ano, e queriam levar a amizade para sempre.

- Alana, quando eu for uma grande estilista, quero vestir você, acho que consigo fazer esse milagre. - brincou Lorena abraçando Lana.

- Claro, se quiser parecer vulgar te procuro sim. - soltou Lorena.

- Essa doeu. - disse Kleiton.

- Não quero me meter nessa disputa. - afirmou Daniel rindo da situação.

- Gente, tudo bem? - falou Samuel se aproximando. - Quero apresentar o Jasper, ele é filho do Alfredo.

- Oi, Jasper. - todos falaram em coro.

- Nossa que sincronia. - disse Jasper rindo.

Sim, a festa estava perfeita. Para coroar a noite, Gláucio, contratou uma equipe para um show pirotécnico, em homenagem aos jovens. Todos olharam para o céu de São Paulo, cada um querendo perseguir seu sonho, e lutando pelo seu lugar no mundo. Após o espetáculo de fogos, Wal, pegou o microfone e anunciou que esperava o segundo filho do casal.

- Eu vou ser pai? - perguntou Gláucio todo bobo.

- Vai, sim, meu amor. - afirmou Wal beijando o esposo.

- Pai, mãe, que notícia maravilhosa. - disse Jonathan abraçando os dois.

- A gente precisa se preparar, temos fraudas? Vou contratar uma babá amanhã. Meu Deus, tenho que mudar meu testamento.

- Amor, para. Vamos aproveitar a noite. - pediu Wal o abraçando e beijando.

- Bem, vou deixar o casal só. Tchau.

Outros casais começaram um relacionamento naquela noite. Ao ver o entrosamento de Jasper com Samuel, Sílvio e Suelen, Alfredo teve a certeza que Isabella era a mulher certa para ele. Entre beijos e carícias, Alfredo, pediu Isabella em namoro, mesmo receosa, a mãe de Samuel aceitou o pedido e deu mais uma chance ao amor.

- Olha, Jasper. Está preparado para entrar para a nossa família maluca? - perguntou Samuel.

- Vocês são legais, e a tua mãe faz um bem danado para o papai. - assegurou Jasper.

- Com licença, Jasper, posso roubar meu namorado? - questionou Jonathan com um sorriso que poderia iluminar toda São Paulo.

- Claro, eu fico aqui com os pequenos. Como o Samuel fala, modo Super Nanny. - brincou Jasper.

Samuel e Jonathan. Jonathan e Samuel, duas vidas e um só destino. O relacionamento deles começou da forma mais louco que você poderia imaginar, muito nem acreditariam se eu contasse, mas aconteceu. Jonathan aproveitou o momento para presentear o namorado com um colar, ele usava um parecido.

- Que lindo. - disse Samuel.

- É o simbolo do nossa relacionamento, Samuel Costa. - explicou Jonathan enquanto colocava o colar no namorado.

- Sabe, agora temos novos desafios pela frente, e pela primeira vez, eu não estou com medo.

- Que namorado corajoso, meu Deus. - falou Jonathan beijando Samuel. - A vida vai ser uma loucura, mas tudo vale a pena quando você está ao meu lado.

- E pensar que todo esse relacionamento se deu início por causa de uma brincadeira tua, ah, e para me humilhar, né? - perguntou Samuel beliscando a bochecha de Jonathan.

- Confesso a culpa foi minha, e saiba que eu faria de novo. Sabe por quê?

- Não, me diz.

- Porque graças a vida que eu não escolhi, encontrei o grande amor da minha vida. Eu te amo, Samuel.

- Eu também te amo, Jonathan Godoy.

Muito longe dali, Oliver afundava as mágoas em um copo de sorvete, pela primeira vez na vida, o jovem não se importava em fazer sexo. Seu coração estava em frangalhos, ele encontrou com Yago, seu ex-namorado, os dois até começaram um papo bacana, mas logo se desentenderam. No caminho para o estacionamento, os dois foram surpreendidos por um forte temporal.

- Tú que sempre foi egoísta, nunca se preocupou comigo. - soltou Yago.

- Eu egoísta? Quem fugiu foi você, seu ridículo.

- Quer saber, eu não quero mais carona. Vou a pé! - gritou Yago se afastando.

- Entra logo nesse caro, para de espetáculo Britney! - esbravejou Oliver.

- Esses dois vão ser teus, né? - perguntou um homem para uma mulher de semblante triste.

- Parece que sim, mas farei qualquer coisa para reencontrar meus irmãos. - afirmou a mulher. - Já podem mandar o raio.

- Esses vão dar trabalho, acho que mais de um ano. - calculou o homem. - Bem, se a Adelina conseguiu, você também consegue Celeste.

- Sim, eu consigo.

Oliver e Yago estão entrando no carro quando um forte raio atinge o veiculo, os dois caem desmaiados no chão e um grupo de curiosos os ajuda. É, a vida age de modos misteriosos para ensinar lições preciosas, Samuel e Jonathan, aprenderam e passaram com louvor, mas será que Oliver e Yago, conseguirão? Bem, essa história vai ficar em aberta, só nos resta torcer pelo melhor.

SÃO PAULO – 15 ANOS DEPOIS

- Amor, acorda. - pede Samuel cutucando Jonathan.

- Que foi, Samuel? Ainda são 8 horas.

- A neném tá chorando, eu que acordei de madrugada para trocar a fralda dela. - reclamou Samuel.

- Tá bom, tudo eu. - falou Jonathan reclamando.

- Pai, a Melinda está chorando. - avisou Marcos se jogando em cima de Samuel.

- Claro, usa o papai de trampolim. - soltou Samuel se despreguiçando e abraçando o filho.

- O tio Sílvio vai me levar ao Parque dos Sonhos hoje. - disse o pequeno abraçando Samuel.

- O Parque dos Sonhos? - questionou Samuel.

- Olha, a princesa mais linda que acordou hoje. - anunciou Jonathan entrando no quarto com a pequena Melinda.

- Jon Jon. - falou Samuel usando uma voz engraçada. - Vamos ao parque hoje?

- Que parque, amor? - quis saber Jonathan sentando na cama ao lado do esposo.

- Ao Parque dos Sonhos. Acho que pode tirar o nosso casamento do marasmo.

- Hum, já pensou? Acho que seria uma boa ideia. - ressaltou Jonathan.

- O que tem de tão importante no Parque dos Sonhos? - perguntou Marcos.

- Ah, filhote, se o papai contasse você não iria acreditar. - afirmou Samuel piscando para Jonathan e rindo. - Você não iria acreditar.

FIM

R

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Comentários

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Olha, esse é o 1º que eu comento, mas li toda a série... Lúdica, fofa... Apaixonante....

Parabéns!

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Perfeito, lindo, apaixonante!!! Amei, sua história é maravilhosa!!!

Será que teremos um spin-off com a história do Oliver com o Yago??? Adoraria ler 😊😊

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