A Vida que Não Escolhi - 11: "Decepção"

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 3018 palavras
Data: 05/02/2019 21:23:38

SEGUE MAIS UM CAPÍTULO DESSA HISTÓRIA, ESPERO QUE VOCÊS ESTEJAM CURTINDO OS EPISÓDIOS. CONFIRA:

Para comemorar a vitória no concurso de doces, Wal, decidiu levar os jovens para a cidade de Ilha Bela, um dos municípios de São Paulo, a viagem ficou programada para um final de semana, já que eles estavam em época de provas na escola. Jonathan era inteligente, mas faltava dedicação para ele arrasar nos estudos, já Samuel, absorvia as coisas mais fácil, então, decidiu ajudar o amigo a estudar.

- Jonathan, para de olhar teu celular, por favor. – pediu Samuel.

- O Oliver está passando umas mensagens tão fofinhas. – ele respondeu com uma carinha apaixonada.

- Oliver, aquilo, Oliver, isso, não esquece que o Oliver gosta do Samuel, tá?

- Tá, com ciuminho? – perguntou Jonathan fazendo uma voz engraçada.

- Eu, ciúmes? De quem?

- Sei lá, de mim. – provocou Jonathan abraçando Samuel. – Não esquenta, tem Jonathan para todos.

- Cala boca e se concentra. A prova de matemática é daqui a pouco. – empurrando o amigo.

- Eu garanto um 7,5. Essa matéria não entra na minha cabeça.

- Pois faça entrar. – batendo com o caderno na cabeça de Jonathan.

- Você é muito violento, sabia? – comentou o jovem passando a mão na cabeça.

Lana deixou o pai muito feliz quando lhe entregou o dinheiro do concurso. Ela finalmente pode respirar, pois, não mudaria de escola. A semana para a jovem foi corrida, literalmente. Lana precisou estudar para as provas, e também, praticar corrida após as aulas. Na hora do intervalo, ela dormia escondida no banheiro. Lana e Daniel passaram a conviver mais, então, era natural que eles conversassem sobre tudo.

- Naquele dia do concurso, o Jonathan quase te beijou. Só para eu saber, tá rolando alguma coisa entre vocês? – perguntou Daniel.

- Não, ele é um amigo, apenas. Você tá com ciúme?

- Claro que não, eu me garanto. Só queria saber quais métodos eu usaria.

- Como assim? – indagou Lana, enquanto amarrava o cadarço do tênis.

- Sabe, conquistar esse coração não deve ser fácil. – ele comentou.

- Será?

- Ah, eu trouxe um presente para você, claro que não é um cheque de 10 mil reais, mas é de coração. – ele falou tirando uma caixinha da mochila. – É um colar, um colar de boas vindas ao time de corrida.

- É perfeito.

A competição de doces rendeu para todos. Até a tia de Samuel, Antonella, conseguiu tirar proveito da situação. Ela se interessou por Henrique, um dos amigos de Jonathan. Eles passaram a noite se conhecendo melhor, apesar de ser jovem, Henrique morava sozinho em um loft. Antonella acordou zonza, ela não conseguiu levantar de primeira, olhou para Henrique que dormia ao seu lado, e lembrou de tudo o que rolou na noite anterior. Astuta, Antonella, vestiu a roupa, calçou os sapatos, e quando ia saindo do lugar, Henrique a chamou.

- Não quer tomar um café? – ele perguntou levantando e vestindo a cueca.

- Ah, você acordou. Preferi te deixar dormindo e...

- Toma café comigo. – pediu Henrique.

- Olha, só. A gente foi uma noite só. Eu tenho idade para ser a tua mãe. – explicou Antonella.

- Tenho 18 anos, não sou menor. Trabalho, estudo e sei muito bem o que quero.

- Pois é, mas lembrei que tenho uma festa para fazer hoje, então, deixamos o café para outro dia. – praticamente correndo do apartamento.

- Essa vai dar trabalho. – comentou Henrique.

Lorena resolveu usar todas as suas armas para seduzir Jonathan. Ela inventou que estava com problemas para estudar, então, pediu ao amigo, que na verdade era Samuel, que lhe ensinasse biologia. Como um bom samaritano, Samuel, topou o desafio, claro, depois que Jonathan praticamente implorou. Os dois se encontraram na biblioteca, Lorena, abusou do decote e perfume.

- Ainda bem que você resolveu me ajudar, eu não sabia mais o que fazer. – comentou Lorena.

- Quem sabe usar menos perfume, mas vamos lá. A prova vai abordar todos esses assuntos. – explicou Samuel mostrando uma planilha para Lorena.

- Amigo, vamos conversar um pouco. Depois que você se juntou com o gord, quer dizer, o Samuel, quase não conversamos mais. – disse Lorena.

- Pois é, sobre isso, eu queria me desculpar, mas eu realmente fiquei preocupado com o Samuel, ele é um querido. Ah, sabe, quem perguntou sobre você? – perguntou Samuel.

- Quem?

- O Kleiton, sabia que ele passou no curso de medicina?

- Sério, Jonathan? Eu não sabia. – respondeu Lorena com os olhos brilhando.

- Sempre falei para ele te chamar para sair, acho que vocês dois combinam. – inventou Samuel para se livrar das garras de Lorena.

- Menino, se bem que no dia do concurso, ele me olhou de forma diferente.

- Isso mesmo, agora vamos estudar?

João queria se aproximar de Samuel de qualquer maneira. Ele ficou de plantão na frente do prédio, e viu Isabella sair para trabalhar. O marginal a seguiu, quando Isabella entrou no carro, ele apareceu de surpresa e a assustou.

- Idiota. Quer me matar de susto? – ela perguntou aparentemente irritada.

- Calma, florzinha. Queria te ver.

- Não quero saber de você.

- Isabella. Olha, eu quero te dizer que mudei. – entregando um cheque para a ex-mulher. – Espero que isso cubra tudo o que te devo, sei que criar as crianças não foi fácil.

- Que dinheiro é esse? – ela questionou.

- É dinheiro limpo, é tudo do meu seguro desemprego. Eu juro. Escuta, sei que fui um marido horrível, mas ainda posso me redimir com o Samuel, por favor.

- Eu não prometo nada. O Samuel tem que ir até você, e não o contrário. Dê tempo ao nosso filho. – pediu Isabella. – Agora, com licença. – saindo com o carro.

- Vou dar o tempo que ele quiser. – disse João rindo.

Jonathan chegou na casa de Samuel e encontrou Isabella e Antonella a sua espera. Eles ainda não haviam conversado sobre João. De acordo com Isabella, ela e o pai de Samuel se conheceram na escola, mas o seu ex-marido andava com pessoas do mal, e passou a fazer pequenos furtos e a traficar. Quando Isabella engravidou de Samuel, a situação piorou, e com a ajuda de Antonella, ela fugiu de João. Jonathan ficou muito tocado com as lágrimas de Isabella, e sem pensar duas vezes, abraçou a mãe de seu amigo, no fundo, Jonathan, sentia falta de sua mãe e tinha inveja de Samuel.

- Mãe, o papai errou, a gente não pode esquecer isso, mas e se ele tiver mudado?

- Meu filho, você não sabe do que ele é capaz.

- Samuel, você precisa prometer a gente que não vai falar com o João. Pelo menos agora. – pediu Antonella.

- Tia, eu...

- Meu filho, por favor, prometa que não vai chegar perto desse homem. Deixa a gente ver quais são as intenções dele de verdade. – implorou Isabella aos prantos.

- Tudo bem, eu não vou. Pode ficar tranquila.

- Quando tudo se acalmar, a gente pode marcar uma visita aqui em casa. Tudo bem? – indagou Isabella.

- Claro. Agora fique calma. – falou Jonathan.

As aulas de japonês de Samuel só progrediam, o professor ficou muito feliz ao ver o desempenho dele. Antes de viajar com Wal, o jovem se apresentaria para os empresários que visitariam a empresa de Gláucio. Para Wal, aquela nova versão de Jonathan era a melhor possível, Samuel, também gostava muito da madrasta de seu amigo. Eles decidiram fazer compras, pela primeira vez, Samuel, se sentiu bem escolhendo roupas.

- Nossa, o Jonathan, fica lindo com qualquer coisa. – comentou Samuel se olhando no espelho. – Vou sentir muitas saudades quando eu for embora.

- Falou alguma coisa, Jon Jon? – perguntou Wal entrando no provador. – Caramba, você ficou lindo com esse smoking preto. Com o teu cabelo penteado para trás, nossa, as garotinhas vão pirar.

- Eh, vão mesmo.

- Você não parece tão animado, filhote. O que foi? – perguntou Wal.

- Wal, você já gostou de alguém que era feio? – soltou Samuel.

- Como assim? – ela questionou quase rindo.

- Tipo, digamos que eu gosto de alguém que é mais bonita do que eu, sabe, umas 100 vezes mais. Ela disse uma vez que eu não fazia o tipo dela e...

- Então, ela não vale a pena, Jonathan. Você é um jovem lindo, por dentro e fora. Que se dane essa garota. Você pode conquistar quem quiser, mas precisa ser reciproco.

- É tão confuso. Ser adolescente é um saco. – reclamou Samuel.

- Ainda bem que passei dessa fase. Agora, vamos nos animar, ainda temos mais looks para ver, mas com certeza levaremos esse.

Finalmente as primeiras avaliações chegaram, algumas em forma de teste, outras, para a sorte dos alunos, seminários. Samuel, conseguia arrasar em todos, Jonathan, tentava alcançar o ritmo do amigo, mas era praticamente impossível. Em biologia, Jonathan, praticamente copiou a prova de Samuel, ainda bem que eles sentavam juntos, por outro lado, Lana morria de ódio de ser parceira da Lorena, a patricinha não sabia de nada.

- Caramba, acha que tiramos 10? – perguntou Jonathan.

- Eu tirei, e se você copiou direitinho também.

- Ah, moleque! – gritou Jonathan abraçando Samuel.

- Besta. – abraçando Jonathan.

- Esse abraço tá tão gostoso. – provocou Lana.

- Estamos celebrando. – explicou Samuel.

- Vocês, né? Antes, eu que colava do Samuel. – parecendo irritada. – Acho que vou correr. Ei, tá tudo certo, né? O Daniel vai.

- Olha, Jon Jon, a Lana vai levar o namorado dela. – brincou Samuel.

- Idiota. Beijos, amo vocês. – disse Lana correndo em direção a quadra da escola.

O grupo decidiu ensaiar para a apresentação na empresa de Gláucio, Samuel perguntou se Jonathan poderia lhe acompanhar na performance, ele confessou que ficaria mais seguro. Para a surpresa deles, Samuel, simplesmente, arrasou. Incluindo, Henrique e Kleiton, que ficaram de queixo caído quando Jonathan começou a tocar o teclado. Jonathan sentiu em sua voz, uma doçura e força, que normalmente ele não alcançava, o jovem precisou ir até o banheiro para chorar escondido.

- Então é isso. – disse Samuel. – Agora é esperar que sexta-feira chegue. Meninos, obrigado.

- Preciso ir. Estou atrasado. – falou Jonathan olhando no relógio.

- Olha, o gordinho tem um encontro. – comentou Kleiton.

- Ei, deixem o Samuel em paz. – interveio Samuel. – Ah, e cuidado.

- Pode deixar. – respondeu Jonathan. – Ah, e Kleiton. – mostrando o dedo do meio para o rapaz. – Vai se lascar. – saindo do estúdio.

Jonathan seguiu para a casa de Oliver, eles se encontrariam lá. O rapaz estava nervoso, pois, seria a primeira vez que ele ficaria de fato com outro garoto. Na portaria, Jonathan, digitou o número do apartamento do crush e subiu. Ao chegar, Oliver, o recebeu e eles sentaram no sofá. Jonathan não sabia o que fazer, então, tirou o casaco e pediu um copo de água.

- Tá, aqui. – disse Oliver entregando o copo para Jonathan que tomou em um gole.

- Obrigado. – deixando o copo na mesinha.

- Então, fica mais à vontade. – pediu Oliver tirando a camisa. – Sabe, desde a primeira vez que eu te vi, quis ficar contigo.

- Entendi. – se afastando um pouco de Oliver.

- Não precisa ter medo. – falou Oliver beijando Jonathan.

Do nada, um outro homem apareceu na sala, segundo com Oliver, era seu primo Eduardo. Ele falou que seu presente de aniversário seria ficar com dois homens ao mesmo tempo. O coração de Jonathan quase se despedaçou, ele tentou sair do sofá, mas Oliver não deixou, começou a beijar o jovem contra sua vontade. Eduardo veio por trás e segurou Jonathan.

- Não, eu não quero. - disse Jonathan.

- Qual é, Samuel, dois machos só para mim, realiza essa fantasia hoje. - pediu Oliver beijando na boca de Jonathan.

- Acho que esse gordo é passivo. - soltou o homem.

- Que mané passivo, ele vai ser ativão hoje. - soltou Oliver baixando e abrindo o zíper da calça de Jonathan.

- Ele é forte. - afirmou Eduardo fazendo força para segurar o jovem.

- Você está me machucando. - protestou Jonathan ofegante.

- Calma, belezinha, eu tenho uma surpresa para você.

- Eu quero ir para casa, me solta! - gritou Jonathan chutando Oliver e jogando Eduardo contra a parede. - Você é doente. - disse Jonathan arrumando a calça e saindo.

Aos prantos, Jonathan, desceu pelo elevador e saiu vagando pela cidade de São Paulo. Ele sentou em uma praça, quando a mulher misteriosa apareceu. Elegante, ela sentou ao lado de Jonathan e lhe ofereceu um lenço. As bochechas dele estavam vermelhas de tanto chorar. A mulher começou a falar sobre as dificuldades da vida, e que muitas vezes, o jovem passaria por momentos desesperadores, mas que tudo sempre melhorava.

- Eu pensei que ele gostasse de mim, sabe. – comentou Jonathan limpando as lágrimas.

- Às vezes, a gente não enxerga, e o que procuramos está na nossa frente. – disse a mulher.

- Eu e o Samuel, a gente, vai voltar ao normal, né? – questionou Jonathan.

- Isso depende de vocês, sabe, eu me preocupava bastante com você, mas a sua convivência com o Samuel fez algo. Te sinto uma pessoa diferente, sabia? – indagou a mulher.

- Eu sei. O Samuel tem o dom de tirar o melhor de mim. – afirma Jonathan rindo. – Ele consegue me tranquilizar e tirar do sério ao mesmo segundo.

- E qual a diferença entre o Samuel e o Oliver? – pergunta a mulher.

- Eles. O Samuel não é o meu tipo.

- Será? Ou você ainda não enxergou o obvio?

Uma moça quase foi atropelada ao atravessar a Avenida, com os gritos, Jonathan acabou olhando para a confusão, quando ele retornou, a mulher não estava mais lá. Apesar de tudo, suas palavras ainda martelavam na cabeça do jovem. Jonathan pegou o celular e bloqueou o número de Oliver. Ele continuou sua jornada pelas ruas da cidade, ainda sem saber para onde ir.

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Uma vez alguém me amou tanto

Que passou três semanas a bordo de um navio

No meio da noite, bêbado de felicidade

Ele pulou e nem sabia nadar

Uma vez alguém me queria tanto

Eu era bonita e ele era muito jovem

Trocamos cartas, não havia o que temer

Que tudo é possível se tentarmos bastante

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Henrique esbarrou com Antonella em uma festa. Eles sentaram juntos, apesar da diferença de idade, os dois se conectavam de uma forma que assustava a tia de Samuel. Mais uma vez, a noite terminou no loft de Henrique. A relação entre eles era maravilhosa, Antonella, nunca havia provado uma paixão avassaladora daquela maneira.

- Imagina o que os teus pais iam dizer, hein? – comentou Antonella fumando.

- Bem, eles morreram, então, vai ser um problema para descobrir. – respondeu Henrique.

- Desculpa, eu não sabia.

- Tudo bem, acontece. Eu sei que você está preocupada, mas eu queria ver até onde podemos ir, claro, se você topar.

- Eu preciso pensar, garoto. – disse Antonella.

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Uma vez, alguém me amava tanto

Que tatuou nas mãos

As iniciais de nossos nomes juntos

Dentro de um coração vermelho com flores

Uma vez, alguém me queria tanto

Ele não se importava com que os outros diziam

E mesmo que nós não combinássemos juntos

Ele não desistiu e continuou me escrevendo músicas

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Jonathan bateu à porta de sua casa, quem atendeu foi Wal, ele estava tão desesperado que abraçou a madrasta e começou a chorar. Samuel chegou e viu o amigo naquela situação, então, eles subiram para o quarto de Jonathan. O jovem só chorava, mesmo preocupado, Samuel, esperou o tempo do amigo. Ele ficou deitado, abraçando e fazendo carinho em Jonathan.

- Ele não gostava da gente. Ele só queria... – contou Jonathan chorando.

- Não se preocupa, ele não te merece. Você é o cara mais incrível que eu conheço, Jonathan. Isso é uma fase. – disse Samuel enxugando as lágrimas do amigo. – Ele não merece essas lágrimas.

- Posso dormir aqui? – perguntou Jonathan.

- A casa é tua, claro que pode, mas precisa ligar para a mamãe. – avisou Samuel.

- Obrigado. – falou Jonathan chorando e abraçando Samuel.

- Jonathan. – pensou Samuel ficando vermelho.

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Uma vez alguém me amou tanto

Era meio loucura, mas eu gostava

O suficiente para não levantar e ir embora

Pois, quando há muito amor, nascem as dificuldades

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Isabella lembrou de todos os momentos que viveu com João. Apesar de tudo, a mãe de Samuel, amou de verdade seu ex-marido. Ela olhou para o cheque e chorou. Isabella não confiava nele, temia pelo filho, afinal, Samuel já tinha problemas demais, e ainda estava em semana de prova. Em uma caixa, Isabella guardava algumas recordações de João, como fotos e cartas.

- Ele não mudou sua tola, e nem vai mudar. – disse Isabella rasgando tudo.

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Uma vez alguém me queria tanto

Que me escrevia cartas de vinte páginas

E lá descrevia tudo o que faríamos quando estivéssemos juntos

Com todos os detalhes e localização exata

Uma vez alguém me amou tanto

Como é difícil ver hoje em dia

Mas, eu fui uma idiota e não quis aceitar

A vida que ele me propôs, que ele queria transformar em realidade

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Oliver terminou de transar com o primo e pegou o celular. Ele olhou no perfil de Samuel e percebeu que estava bloqueado. Do nada, o jovem começa a chorar, no fundo, Oliver lutava contra um desejo incontrolável para ter diversão fácil. Ele tentou ligar para Samuel, mas a chamada não completava, então, Oliver apelou para outra pessoa.

- Yago, eu fiz de novo. Eu preciso fazer isso passar, me ajuda, por favor. Eu imploro. – pede Oliver aos prantos.

- Calma, Oliver. O que você fez?

- Decepcionei outra pessoa, mas eu gosto muito dele. Me ajuda.

- Se arruma, vou te levar no terapeuta. - avisa Yago desligando o celular.

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Então, uma vez alguém me abandonou

Subiu num avião e foi conhecer lugares distantes

Ficou um vazio em mim, paralisada de medo

Será que as coisas boas acontecerão para mim e

terei paz na minha alma

Então alguém me amou tanto uma vez

Me pareceu Mozart aqueles discos velhos

E eu sou uma idiota, não ouvi a melodia

Porque queria provar de tudo na vida

==

A mulher misteriosa entra no cemitério, se aproxima de um tumulo e chora copiosamente. Existem três lápides com nomes parecidos, todos mortos há pelo menos 100 anos. Ela senta no chão, e olha para as pessoas que passam pelo cemitério, mas ninguém de fato a vê.

CÁSSIO PIRES DE ASSUNÇÃO

Nasc: 29 – 10 – 1880

Falec: 12 – 04 – 1970

HILDA PIRES DE ASSUNÇÃO

Nasc: 02 – 07 – 1930

Falec: 30 – 12 – 2000

AURORA PIRES DE ASSUNÇÃO

Nasc: 17 – 01 – 1933

Falec: 22 – Me perdoem, eu não queria fazer isso. Estou pagando por tudo que fiz. Não queria abandonar vocês. Só me perdoem, eu juro que vou encontrar vocês de novo, eu juro. Querido, cuide bem das nossas filhas. – fala a mulher pegando na lápide.

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