VIUVINHA - Parte 02

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2338 palavras
Data: 04/01/2019 00:25:42
Última revisão: 24/01/2019 02:11:11
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Agora estavam deitados numa cama grande e confortável. Ela apoiava a cabeça no peito dele. Ele fumava um cigarro. Depois das últimas baforadas, o mulato apagou o branquinho num cinzeiro que estava no chão. Só então, falou:

- Qual é a bronca, Viúva?

- Não me chame de Viúva. Sabe que eu não gosto.

- Também não gosto de ser chamado de Bafo de Onça e você amestrou teus cães a me chamarem assim. Por falar nisso, quem são eles?

- O que você mandou para o hospital é tão burro que eu até lhe esqueci o nome. O outro, mais inteligente, chama-se Rogério. Ambos foram indicados pela Agência para me assessorar. Mas são incapazes de cumprir a missão que quero dar pra você.

- Que seria?...

- Matar meu noivo.

O mulato esteve espantado por alguns segundos. Depois, disse:

- Puta merda. Você sabe que não posso fazer isso. A Polícia iria logo desconfiar de mim. O cara é meu rival, gata. E todo mundo sabe disso.

- Foi ele quem me deixou paraplégica, amor.

- É, ouvi dizer... só que nunca acreditei nisso. Você sabe lutar Karatê e Kung Fu muito bem. Se brincar, até ganha pra mim. Então, ele não conseguiria te machucar.

- É verdade. Por isso, pagou quatro asseclas dele para me quebrarem de pau e me estuprarem. Os caras eram bons de briga. Me venceram, quando cansei. Depois, fui currada por eles. Fiquei uma semana de buceta e cu ardidos.

Ele esteve pensativo, depois argumentou;

- Por que não os denuncia à Polícia? Dessa forma, seria mais rápido pegá-los.

- A Agência não quer que eu a exponha e é o que aconteceria se a Polícia entrasse na história. No entanto, me deram carta branca para eu me vingar. Contanto que eu usasse os dois paletós-pretos que me ofereceram. Eles limpariam a minha bagunça, se fosse preciso, entende? Mas você viu como são ineptos.

- Então, você usou o mais esquentadinho para me irritar. Com ele no hospital, você pede à Agência para que seja substituído por mim, é isso?

Ela o beijou nos lábios. Estava elogiando a sua inteligência. O gesto era a confirmação das suas palavras. Mesmo assim, ele continuou pensativo. Ela perguntou:

- Você não quer me vingar?

- Vou pensar nesse assunto com calma. Como te disse, estou em meio a uma investigação.

- Coisa feia?

- Aparentemente, sim. Ao ponto de um pool de farmácias me contratar para descobrir se a denúncia procede.

- Quer dizer que não está trabalhando para a Agência?

- Desde que você me sacaneou, larguei deles. Não são mais meus patrões.

- Eu não sabia. Desculpa. Por isso, esteve tão longe de mim?

- Você estava noiva. E eu não queria me indispor mais com a Agência.

Ela esteve calada por uns minutos, pensativa. Depois, prometeu:

- Olha, amor. Eu sei que te sacaneei, mas estava fazendo o meu trabalho. Deixa eu te prometer uma coisa: se matar meu noivo, ficaremos juntos para sempre. Prometo largar a Agência e viver só pra você.

- Você sabe que não é tão fácil largar a Agência. Eles fariam contigo o mesmo que quiseram fazer comigo.

- Sim, iriam tentar me matar. Mas você conseguiu demover-lhes a ideia. Lembro que fiquei aflita quando passaram a te perseguir. Mas você foi muito corajoso e inteligente. Conseguiu um bom acordo.

- É, mas poderia ter sido morto.

Nisso, o telefone celular dele toca. O mulato reconheceu o zumbido, mesmo o aparelho estando a alguns metros de distância. É que ele configurou o telefone para um toque diferente para cada contato. Caminhou nu até a sala e pegou o objeto. Atendeu a ligação. Disse, apenas:

- Está bem. Chego já aí pra gente conversar.

A loira belíssima apareceu nua na porta do quarto. Perguntou:

- Quem era, amor?

- Minha ajudante. Precisa falar comigo. Vou ao encontro dela.

- Vai me deixar por aquela fedorenta?

- Ela não fede o tempo todo. Aquilo é o disfarce que estamos usando para a nossa investigação.

- Pois eu quase não te reconheci, de tão imundo, barbudo e cabeludo que estavas.

- Peruca e barba postiças. Mas a sujeira era real. Passo dias sem me banhar, para dar mais veracidade ao disfarce.

- O que está rolando? - Perguntou ela.

Ele demorou a responder:

- Parece que estão sequestrando mendigos de Pernambuco para lhes drenar todo o sangue. Alguns apareceram mortos, a maioria das vezes jogados nos rios. Dão a impressão de que morreram afogados, mas eu e minha parceira desconfiamos de que os corpos inchados pela água camuflam a falta de sangue neles.

- Puta merda. Isso é grave. Mas qual o interesse das indústrias farmacêuticas nisso?

- Desconfiam que está sendo testada uma nova droga capaz de limpar o sangue desses indivíduos, antes do líquido vital ser coletado. Querem a fórmula, claro. Um composto desses pode prevenir muitas doenças e isso não interessa às indústrias farmacêuticas. Para elas, é melhor que a população permaneça doente. É com isso que ganham dinheiro. Portanto, querem abortar qualquer projeto que venha de encontro aos seus lucros. Este é o motivo pelo qual eu e minha assistente estamos agindo disfarçados de mendigos.

- Você parece gostar dela, não é verdade?

- Devo a minha vida a ela. Sem a sua ajuda, eu não teria conseguido me livrar da Agência - disse ele, já vestido e andando em direção à porta - Mas deixe-me ir que parece que minha assistente descobriu algo que requer minha presença urgente.

Assim que o mulato saiu, a loira recebeu um telefonema. Era Rogério. Dizia-lhe que havia levado o colega de trabalho para uma clínica particular, mas haviam cobrado muito caro. Perguntava se ela assumiria o tratamento do cara. A jovem bonitona respondeu:

- Não vou assumir tratamento desse inútil, nem se fosse barato. Mate-o. Mas faça isso parecer decorrência da surra que ele levou do mendigo.

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Pouco depois, o mulato estava sentado em um banco de praça ao lado da morena imunda. Esta lhe informou:

- Parece que uma máfia ligada ao governador de Pernambuco está desviando recursos da Saúde para montar uma rede de farmácias. Vendem remédios muito baratos porém inócuos, como se fossem verdadeiros, à população. Com isso, estão quebrando redes de farmácias que atuam no Estado. Algumas já fecharam.

- Cacete! Então, teremos outro escândalo de lavagem de dinheiro em pouco tempo, como aquele caso da transportadora que diziam pertencer ao já falecido governador que sofreu um acidente aéreo difícil da gente engolir.

- Tomara. Se isso acontecer, eu me aposento com a grana que vou ganhar do pool de farmácias. - Disse a morena.

- Continue investigando. Mas vou querer que faça uma outra investigação paralela: preciso achar o noivo da Viúva.

A mendiga olhou para ele, espantada. Disse:

- Já não basta o que você passou por causa dela?

- O cara contratou quatro capangas para estuprá-la, Marisa. Os sujeitos a deixaram paraplégica. Mas ela fez um tratamento e voltou a andar, embora com alguma dificuldade.

- Que se foda. Não devia mais se envolver com ela. Por mais que você me diga que ela te fodeu a vida por estar numa missão para a Agência, não confio nem gosto dela.

- Está com ciúmes?

- E daí, se estiver? Lembre-se que eu quase me fodo pra salvar a tua vida. Depois disso, não quero que morra de graça.

- Eu te serei eternamente grato. Mas sempre achei que você você era apaixonada por mim.

- Eu fui, sim. Mas só no início. Porém, agora que conseguimos um bom entrosamento no nosso trabalho, dependo de ti para me aposentar cedo.

- Está bem. Eu te pago uma grana apenas para encontrar os quatro caras que a estupraram. Com os testemunhos deles, colocamos o noivo na cadeia, está bom assim?

- E o que vai fazer com os quatro caras?

- Mata-los, claro.

Ela esteve pensativa. Depois, disse:

- Eu me encarrego deles. Sem raiva dos putos, farei um trabalho mais limpo que você. Quando eu te disser, trate de conseguir um bom álibi.

- Ok. Agora eu vou tomar umas cervejas. Não quer me acompanhar?

- Não posso. Tenho que ficar sóbria para o caso de desaparecer mais um mendigo. Mas deixe umas três long-necks na tua geladeira. Quando eu largar, vou querer uns tragos.

- Ainda tem a chave do meu apê?

- Acha que preciso de chaves pra entrar em algum lugar?

Quando ela se levantou do banco de cimento da praça e caminhou, ele ficou observando seu corpo. Ela tinha a silhueta de uma falsa magra. Quando estava sem disfarce e limpa, era capaz de chamar a atenção dos homens, por onde passasse. Devia ser uns cinco anos mais velha que o mulato. A morena nunca falou da sua vida para ele. Mas demonstrava ter um ódio incontido de alguém. Era perigosíssima, pois matava sem piedade. Lembrou-se de como a conheceu:

- Oi, pode me acender o cigarro?

Na época, ele estava embriagado, sentado a uma mesa de bar. Tinha consciência de que tinha sido aliciado por uma loira jovem e belíssima, que se dizia apaixonada por ele, para matar um cara. Havia sido o primeiro trabalho do mulato para a Agência, cujo chefe era um gorducho que pertencia à máfia italiana. Recebera sua primeira arma do mafioso, para assassinar um concorrente deste. Depois de matar o alvo, no outro dia descobriu, através dos telejornais, que ele era, na verdade, um delegado de Polícia que estava investigando os crimes da Agência no Recife. Revoltou-se contra a Agência e jurou denunciar seus membros à Polícia Federal. A loira o demoveu da ideia. Pediu para fugirem juntos para algum lugar distante dali. No entanto, logo na primeira noite de fuga, ela aproveitou-se de que ele dormia após fazerem sexo e atirou duas vezes contra seu peito. Por sorte, por estar chorando e nervosa, ela errou o alvo. Só uma das balas lhe pegou de raspão. O mulato a acertou com dois murros no estômago e ela desmaiou. Ele, porém, não teve coragem de mata-la. Fugiu, deixando-a sangrando pela boca e pela vagina. Só depois, descobriu que ela estava grávida do chefão mafioso e perdera o bebê. O cara era casado, mas tinha várias amantes além da loira. Sua esposa nunca conseguiu dar o filho que o gorducho tanto queria. Por causa da morte do feto, o cara passou a perseguir o mulato bonito.

Naquela noite, ele havia se decidido a não mais fugir. Também, não queria morrer sóbrio. Bêbado, aceitaria melhor a sua morte. Aí, aquela morena gostosa chegou perto dele para que acendesse um cigarro.

- Não fumo, dona. Mas, se quiser beber, pode se sentar à mesa.

- Não gosto muito de cerveja. Prefiro uísque. - Disse ela, se sentando.

- Então, peça um ao garçom. Eu pago.

Quando um jovem garçom trouxe a dose de uísque e se afastou, o mulato sentiu uma pontada na coxa. A morena disse:

- Eu vim te matar. A recompensa oferecida pela Agência por tua vida é muito alta. Estou com um punhal afiadíssimo e uma pistola apontada pra ti, por baixo da mesa. Mas não sou idiota de te matar aqui, em público. Portanto, chame o garçom e reclame que o uísque que ele trouxe é falsificado. Exija que ele me traga uma outra dose. Ele vai te expulsar daqui. Talvez até te bata. Você toma a minha pistola e atira nele. É aí que eu vou te apunhalar, fingindo defender o garçom. Entendeu?

- Okay. Me dê a pistola antes de eu reclamar do uísque. Não pretendo apanhar antes de morrer, tá?

Ela lhe entregou uma pequena pistola por debaixo da mesa. No entanto, ao invés dele chamar o garçom, o mulato apontou a arma para ela. Em seguida, pediu que ela lhe entregasse o punhal. Ela levantou as duas mãos, uma com o punhal, continuando sentada. Com um sorriso de vitória no rosto, ele tomou a lâmina que ela levantou ao se render. Muita gente no bar viu a cena e saiu correndo dali, prevendo a confusão. Ele, acreditando que ela estava desarmada, ficou lhe apontando a pistola e esperando que os fregueses saíssem do bar. Levou uma furada no estômago. Ela tinha outro punhal que saía do bico do sapato que usava. Bastou um pontapé por baixo da mesa para acertá-lo em cheio na barriga. Em seguida, desarmou-o do punhal que ele lhe tomara. Acertou-o mais duas vezes nos braços, sem se preocupar com a pistola. Ele apertou o gatilho. Não saiu nenhum disparo. Só então, o mulato percebeu que era uma arma de brinquedo. Jogou-a nela. Ela parou de apunhala-lo para se desviar do objeto arremessado. Levou um murro na testa que lhe projetou para trás.

Mesmo ferido, o mulato agachou-se perto dela e recolheu o punhal. Tirou também seus dois sapatos, alijando-a das lâminas neles. Alguns fregueses que não conseguiram se evadir acreditavam que o cara iria feri-la com o punhal ou atirar nela, sem saberem que a arma era de brinquedo. Ao invés disso, ele chamou o garçom. Quando o cara se aproximou temeroso, ele pediu:

- Chame uma ambulância para mim e para ela, por favor.

- O que foi isso que vimos aqui, senhor?

- Ela é minha namorada. E é muito ciumenta. Descobriu que tenho outra e resolveu me dar uma lição. - Mentiu ele - Mas nós nos amamos. Tudo ficará bem...

Uma voz interrompeu as lembranças do mulato. Era a morena imunda que havia voltado. Repetiu para ele:

- Pode me acender o cigarro? Desisti de voltar ao trabalho, por hoje. Vamos para a tua casa?

Ele comprou uma caixa de cervejas geladas e levaram para o apê. O mulato deitou-se totalmente despido na cama e ficou esperando que ela se banhasse. Mas a morena demorou muito a tirar a sujeira do corpo. Quando voltou para perto dele, descobriu que dormira. Ficou frustrada. Mesmo assim, subiu na cama e manuseou o enorme cacete do cara. O pau ficou rijo quase no mesmo instante. Ela o chupou com leveza, para não acordá-lo. De vez em quando ele gemia ou se movia, mas não abria os olhos. Ela continuou a chupada. Também passou a masturba-lo suavemente, enquanto tinha seu caralho na boca. Sentiu o membro inchar. Apressou a chupada e a punheta. O mulato gemeu mais alto. Quando ele abriu os olhos surpreso, não conseguiu conter a ejaculação. Gozou bem muito na boca dela.

FIM DA SEGUNDA PARTE

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