IMPROVAVEL capítulo 38 - HENRIQUE

Um conto erótico de D
Categoria: Homossexual
Contém 4175 palavras
Data: 12/01/2019 10:12:39

Olha que apareceu? Eu

Resumo, vida estava um inferno, tentava postar antes mais não dava, estava com muitos problemas pessoais, sério gente, foi muita coisa nesses meses que eu passei fora, sentava pra escrever o conto e não saia nada, optei por escrever soh quando estivesse com cabeça pra isso

Pra compensar fiz um capítulo especial, não é o maior capítulo que eu fiz mais talvez seja o mais importante, pois vai contar a história de um personagem muito importante na vida do Caio, até pensei em fazer flash back de 4 capítulo pra contar essa história a parte mais como já tô com o conto mais que atrasado, resumo tudo nesse capítulo.

IMPROVAVEL capítulo 38 – HENRIQUE

- E so um negocio temporário, não é pra toda a vida, além do mais fizemos isso antes

- Eu não acredito que você esta mencionando essa historia de novo, era uma outra época e uma outra situação, eu não vou repetir aquilo novamente

- Tu se beneficio muito com aquilo

- Não é possível, vocês dois sabem perfeitamente que so fiz aquilo pra sustentar meu vicio

- Filho olha, eu andei vendo esse teu novo namorado, ok ele é apresentável, e um rapaz de bom porte e boa família, mas não é nada que o Noah não seja e muito melhor

- Quem você pensa que é pra nivelar as pessoas e dizer quem é melhor que o outro pai

- Alguém que quer o melhor pra você - meu pai responde

- Não isso não é o melhor pra mim, vocês já me venderam uma vez e agora querem fazer isso de novo

- Chega de discussão por hoje – disse minha mãe - depois conversaremos sobre isso

- Bom, façam o que quiser, não me importo, mais eu não vou me aproximar do Noah com segundas intenções – me retirei e fui pra faculdade bufando, cheguei la o Matheus estava meio feliz com alguma coisa, o Bruno faltou não sei porque mas disse que queria jantar comigo. Durante a aula o Matheus foi no banheiro e deixou o celular em cima da mesa, do nada a tela do celular dele ascende e aparece uma mensagem do Zap dele, era do Gustavo perguntando se eles iam se encontrar hoje, fiquei pensando, mais esses dois não estavam afastados, bom se ninguém me disse nada então eu é que não vou tocar no assunto. A noite o Bruno veio e me pegou, me levou pra uma churrascaria, ele disse que queria conversar comigo e tals então fumos pra uma pracinha meio afastada, não tinha ninguém na rua naquela hora, andamos um pouco e sentamos em um banco meio no escuro, onde não tinha iluminação

- Fala o que é

- Antes de tudo e quero que tu saiba, eu não tenho ciúmes ou algum do tipo, meu interesse é puramente pra tentar intender esse teu mundo louco que a primeira vista parece simples, mais quanto mais eu te conheço, mais percebo que a profundidade que tem

- Sobre o que tu quer falar Bruno

- Sobre o Henrique – ele deu uma pausa – conversei com o Gustavo a respeito dele, já que tu não queria me dizer nada

- E o que ele te contou?

- Mais ou menos alguma coisa meio que por cima, tipo deu uma ideia, mas que se eu quisesse saber mais teria que pergunta pra você

- Tu não vai desistir ne, já passou Bruno

- Se tu ainda se importa com isso então ainda não passou, me conta vai

- Tu não vai me deixar em paz neh

- Não vou

- Pois bem – dei uma pausa respirei fundo e comecei – Depois daquele episodio com o motorista que eu fui violentado, eu me perdi, na maconha, tinha a necessidade de fugir da realidade, ser abusado por alguém próximo e ainda ser culpado por isso pelos seus pais foi demais pra mim, acho que pra qualquer criança de 13 anos, e aquilo aos poucos foi alterando minha personalidade, eu não ria, não achava graça de nada a não ser quando era algum mórbido ou quando via o sofrimento psicológico de alguem, nossa me sentia no melhor dos mundos quando uma colega nossa perdeu o pai, o sofrimento dela era saboroso, adorava aquilo, no começo meus pais nem perceberam, so foram ver o que eu tava acontecendo quando minhas notas baixaram, dai já viu ne, eles pacientes que são comigo, foi um inferno aquilo, discutíamos todos os dias, não suportava ficar em casa, e fora dela cortava os outros relacionamentos sociais, me tornei um criatura insuportável. O Henrique apareceu um pouco antes de piorar de vez, nossa, era insuportável eu ver alguém como ele, a respiração dele me incomodava em um nível absurdo, ele nem precisava falar ou olhar pra mim, o simples fato dele existir me deixava possesso.

- E porque isso?

- Porque eu estava detestando pessoas felizes, eu era aquele filho da puta que ia fazer de tudo pra tua vida ser tão infeliz quanto a minha, e o maior desses humanos cheios de suas expressões alegres era o Henrique. Ele foi transferido no meio do semestre, e ficou na nossa sala, e no mesmo dia ele tinha feito amizades com todo mundo, o queridinho da galera, enfim deu muita briga porque por mais que eu ignorasse ele , o desgraçado vinha e tentava se aproximar a todo custo, ficava puxando assunto, sentava perto de mim, me cumprimentava dava bom dia, se eu chegasse ruim na escola era ao primeiro a pergunta o que tinha acontecido, aquilo me sufocava, eu tenta ficar longe dele mais ele não deixava e como todos ao meu redor eram amigos do Henrique resolvi me afastar um pouco.

- Ate dos meninos?

- Não, porque eles entenderam que aquilo estava me fazendo mal e pararam de força a barra então, apesar dos 3 serem bastante chegado do Henrique, sempre que eles estavam comigo não se aproximavam do dele. Mas isso não foi o bastante, o isolamento e outras coisas me fizeram ter novas “amizades” que me apresentaram o mundo das drogas, era um mundinho novo e sedutor com pessoas diferentes de tudo que eu tinha conhecido mas que se pareciam comigo de alguma forma, sabe de repente parecia que tinha descoberto uma galera da hora que me aceitava do jeito que eu sou e que não precisava ficar me escondendo, primeiro foi o álcool que comecei a tomar com mais frequência , depois veio a maconha junto com o lsd, ecstasy, anfetaminas chá de cogumelo, ate ai beleza, logo em seguindo cocaína, depois a heroína e por fim o crack. Quando eu cheguei no crack minha vida desandou de vez, na escola já não falava com ninguém, a não ser com a turminha do mal e com os meninos, eu virei aquele cara isolado do mundo que as pessoas tinham ate medo, fui perdendo o raciocínio e não conseguia me concentra, minhas notas que já estavam baixas agora não existiam, nem ia nas provas, zerava todas as provas porque não ia faze-las, enfim eu virei um lixo ambulante

- E os teus pais não fizeram nada a respeito, digo não perceberam quando tu começou a ser usuário.

- Não, via eles esporadicamente, 4 ou 5 vezes na semana, como eu disse meus pais são péssimos, isso so veio a tona quando minha avo veio fazer uma visita aqui no Brasil, quando ela pôs os olhos em mim disse, “que ta acontecendo e o que você esta usando” não foi um minuto pra velha saber que eu era usuário, nisso todo mundo ficou sabendo inclusive meus pais, resultado da historia se entre mim e eles as coisas já eram péssimas depois ficaram piores, não conseguia respirar dentro de casa, mesmo sozinho, cortaram todas as minhas fontes de dinheiro, mesmo os meninos que me davam quando eu precisava me negaram já que minha avo os convenceram que dar dinheiro pra mim naquele estado era a mesma coisa que dar uma pedra de crack. Sem grana eu comecei a roubar as coisas de casa e vender na rua, mas a grana que eu consegui era muito pouca, principalmente pra mim que nunca teve problemas com dinheiro, precisava de uma forma mais lucrativa e rápida, o Didu um amigo me deu a ideia da prostituição “poh Caio tu é lindo, novinho e gostozinho emprego perfeito pra ti, de puta”

- Tu não fez isso – Bruno com espanto no rosto me encarava

- Fiz, ele me apresentou pra uma cafetã de menininnhos, ela me deu umas dicas e tals e disse que eu ia fazer sucesso, na primeira noite ela me levou pro ponto dela eu estava de calça bem apertada branca com uma camiseta vermelha vinho e um tênis normal, e tinha que ficar na calçada esperando os carros pararem, ok, fiz o que ela me pediu e

- Cara como tu teve coragem pra fazer isso, brincadeira neh

- Cala boca e deixa eu contar a historia, tu não quis saber agora ouvi - o Bruno estava muito espantado – naquela noite o primeiro carro que parou pra mim foi um taxi, quando eu fui na janela o motorista me disse que não era pra ele e sim pro passageiro, a janela da porta de tras se abriu e quem estava nela, o Henrique, nossa aquilo foi um banho de agua fria pra mim

- Nossa e o que ele fez quando te viu assim?

- Ele me mandou entrar no carro, eu disse que se ele pagasse beleza, e ele concordou que sim, fui pra casa dele e ele me alugou pela noite inteira

- Voçes tranzaram?

- Não, pior ele passou a noite inteira discutindo comigo

- Isso não é pior do que tranzar

- Bruno como tu acha que eu me senti quando o garoto que eu mais detestava no mundo me contratou por uma noite, que esse garoto que mesmo eu tratando ele da pior forma possível, que mesmo eu estando no fundo do poço ainda estava ali comigo aguentando todos os meus maus tratos , me senti a pior pessoa do mundo por ser pego por alguém como o Henrique e fazendo aquilo. Mais o fim mesmo foi quando no apartamento dos pais dele, e ele disse senta e escuta, eu sentei na cama dele e ele ficou dando voltas no quarto e me dando uma lição de moral, NUNCA ninguém tinha me feito sentir tão mau, o Henrique me deixou mais pra baixo que sola de sapato, foi a noite inteira sendo esculachado

- E tu não pensou em ir em bora ?

- Até pensei mais como ele mesmo disse, ELE ESTAVA PAGANDO POR AQUELA NOITE

- Não te vejo escutando isso calado sem falar nada

- Pra ti ver a necessidade de grana que eu estava , preferi ficar e me submeter a pessoa que eu mais detestava do que simplesmente ir em bora

- O que aconteceu depois ?

- Quando o dia amanheceu eu fui pra casa, com a grana é claro, era até Boa a quantia, ia ficar com metade e a outra ia pra cafetina. Na noite seguindo fui pro meu ponto, quando eu cheguei dei de cara com o Henrique encostado no muro, ele me abordou e me contratou de novo pra noite inteira, no começo até recusei mais acabei aceitando pelo dinheiro, ele disse que pagaria o dobro da noite anterior . Foi ai que eu percebi o que as pessoas são capazes de fazer por dinheiro. Escutei horrores de novo, mas tava sendo pago pra isso, na terceira noite ele também estava lá, e foi a mesma coisa e assim foram por 26 noites seguidas. Durante esse período eu comecei a mudar minha opinião sobre ele, porque depois das discussões a gente começava conversar sobre a várias coisa, foi quando vi que a vida do garoto perfeito não era tão perfeita como todos pensavam, longe disso na verdade era até pior que a minha, mais ainda assim ele era educado com todo mundo até com quem não merecia como no meu caso, e as noites que começavam com brigas passaram a ser agradáveis, eu contava os segundos pra pro dia passar e ir pro ponto e esperar ele me pagar, ficava todo bobo pensando nele, e olho que pensava nele 24 horas, ele era meu refúgio, eu já estava apaixonado por ele e não queria admitir, mas não teve jeito, a ficha caiu quando na última noite de garoto de programa eu transei com ele, foi diferente de tudo que eu tinha experimentado, nunca pensei sentir tanto prazer na vida, dali pra frente eu aceite que gostava dele , e todos os dias a gente se via depois da escola, apesar de estar na mesma sala não conversávamos muito na aula pra não dar na telha e também porque eu ainda ficava com vergonha

- Vergonha de que ?

- Sei lá, tipo eu rejeitava o garoto de todas as formas e agora do nada ia ficar de papinho com ele, não neh

- Tu já era nojeitinho de criança

- Tu não tem ideia, mas enfim essa situação ficou até o dia do baile o Henrique brigou comigo, e disse que queria me assumir pra todo mundo, e que se eu não fosse com ele no baile nunca mais agente ia se ver, daí eu respondi beleza, que não iria com ele e se fosse pra ser assim até nunca mais, e ele soh me disse BELEZA

- E o que foi que aconteceu ?

- Ele foi lá e convidou a Suelen

- Não tá falando serio...

- Tô

- Como tu ficou sabendo

- Porque ela fez questão de espantar pros quatro cantos que o Henrique o gatinho que até agora não tinha caído nas garras de nenhuma piranha tinha convidado ela pra baile – o Bruno nessa hora caiu na risada – que foi?

- Nada continua, e o que foi que tu fez ?

- Eu fiquei possesso de ódio, peguei ele na rua quando voltava pra casa, foi uma briga daquelas, eu perguntando que ele tava pensando pra chamar uma vagabundo que nem a Suelen, ele respondeu que por noites eu fiz programa pra ele que eu não estava muito longe de ser um vagabunda que nem ela, resumindo a briga foi feia e no fim ele disse que ia sim com ela, eu soh respondi, não tu não vai com ela e nem com ninguém além de mim, TU VAI COMIGO CARALHO, e já tô te avisando vou estar na tua porta as 8 em ponto e não se atrase, ele sorriu e disse que ia com a Suelen e ponto final, eu empurrei ele no muro, peguei pela camisa e falei “Não, o ponto final vai ser quando eu mandar a Suelen bailar contigo no inferno, tu não vai com ela, nem que eu toque fogo no vestido dela, no cabelo dela, nela, nem que eu tenha incendiar aquela escola e sobrar apenas po pra cancelarem o baile mas tu não vai com ela

- Fica a vontade, mais eu vou com ela queira tu ou não

- Então eu vou ter que mandar a Suelen pro outro mundo, e depois se tu quiser tomar ponche com um corpo inanimado por mim tudo bem

- Tu não teria coragem, eu te conheço

- Não, tu conhece o Caio droguinha que te usa como fonte de dinheiro e sexo. Mas ainda tem aquele que tu ainda não viu que e o neurótico possessivo e movido pela força do ódio, muito prazer – soltei ele e fui pra casa

- É no final o que deu ele foi ou não foi com a Sul ??

- Ele foi comigo, mas pra isso eu tive que por fogo no vestido dela, nela, e também puz fogo na escola, e quebra uma perna e um braço da Suelen

- Putz

- Como eu disse movido pela força do ódio

- Tu sabe que isso não é normal, e doentio

- Sei, por isso te perguntei se tu tinha certeza que tava me pedindo em namoro, logo eu, mais enfim ele foi comigo, o baile parou pra ver eu e ele entrando kkkk tipo aquelas cenas de filmes americanos adolescentes, de mãos dadas, com direito a buquê e tudo mais. Daquela noite mesmo ele me pedido em namoro e ele meio que se tornou meu mundo, cada dia que se passava ele me mudava mais de uma forma que eu nem me dava conta

- É como ficou a questão das drogas

- Ele me ajudou, foi o inferno pra mim conseguir sair mais com muita ajuda e força divina consegui, foi uma substituição da coca pelo Henrique, que passou a ser o meu vício, eu vivia pra ele, respirava por ele, existia só pra estar com ele

- O Guga me disse isso, que muito da tua personalidade de agora é por causa dele – esboçei uma expressão triste

- Tu não tem ideia

- Bom agora tô passando a ter

- Qual o eu nome completo?

- O que ?

- Me fala meu nome completo

- Caio Calandrine

- Meu nome de verdade Bruno

- É não seria esse? – um sorriso gélido brotou sem querer

- Caio Leroux Nikolaevich von Wittelsback

- Isso é um nome?

- É o meu

- É cadê o Calandrine?

- Era o sobrenome do Henrique – Ele parou e me olhou

- Tu modou teu nome por causa dele

- Sim, na minha cabeça nos íamos casar então resolvi mudar meu sobrenome, pelo menos informante

- Putz

- Isso aí, putz, muito do que eu sou hoje como pessoa se deve ao Henrique por isso é difícil falar com frequência

- De certa forma eu tenho que agradecer a ele

- Por que?

- Eu gosto de vc do jeito que tu é, se pra isso ele teve que passa na tua vida e te deixou assim prontinho pra mim então blz

- Besta

- So espero que tu não tenha uma recaída neh

- Quanto a isso não se preocupe, nem se eu quisesse

- Nunca se sabe

- Bruno – falei acompanhando as formas de uma árvore que balançava de acordo com o vento – o Henrique não vive mais nesse mundo – Ele ficou mudo, continuei – depois que tudo se acertou , eu e ele, larguei as drogas, melhorei na escola e com meus pais, estava tudo perfeito, descobri que ele possuía uma doença cardíaca, e que os pais dele tinham mudado pro Rio só por causa do tratamento dele, mas não teve jeito meses depois do nosso namoro ele começou a se debilitar e as idas no hospital cada vez mais constante, até que um dia ele teve um infarto de leve, foi pro hospital de lá ele não saiu, ficou internado por quase duas semanas, foi quando ele teve um infarto fulminante e se foi....

- Quando tu soube, o que aconteceu

- Eu estava com ele quando o infarto começou, fui eu quem chamou a enfermeira, naquelas duas semanas não tinha desgrudo um segundo sequer dele, logo chegaram os médicos e tiraram a gente do quarto, ainda levaram pra sala de emergência, meu peito ficou apertado eu queria acreditar mais de alguma forma eu sabia que era o fim - uma lágrima rolou no meu rosto – depois que mais ou menos 1 hora o médico chamou os familiares pra conversar, foi eu a mãe o pai e a irmã dele, quando ele disse a frase “fizemos tudo que podíamos mas infelizmente o Henrique veio a óbito”, eu olhei pra mãe dele e ela pra mim , ela caiu no chão desmaiada, me faltou ar, meu cérebro parou, nao ouvia nada não sentia nada apenas uma dor no peito, parecia uma faca que fincada que torcia no meu peito, foi ai que entrei em surto comecei a me tacar nas paredes e bater minha cabeça nela com força, corri de um lado pro outro quebrando tudo que estava na minha frente, naquele momento eu queria estar morto, a dor era grande demais pra suportar, veio um povo me segurando mais eu não parava tiveram que aplicar morfina em mim, fiquei ainda uns 10 minutos antes de cair no sono total, acordei apenas horas depois no meu quarto com os meninos do meu lado, demorei um pouco pra recobrar os sentidos eles me abraçaram, fui no banheiro me olhei no espelho, cara nesse momento me lembrei de tudo e percebi a minha realidade, que nunca mais ia ver ele sorrindo pra mim, toda a dor voltou, de uma vez, e dessa vez veio pior, quebrei o box, e fui descontando o meu ódio e angústia em tudo que via pela frente, depois de quebrar tudo no banheiro fui pro quarto, eu literalmente acabei com tudo ali, nada sobrou, eu queria, eu tinha que descarregar aquele sentimento em alguma coisa e seria pelo menos naqueles móveis

- Os teus amigos não te impediram

- Não, ficaram apenas no canto parados sem falar nada, no fim cansado de tudo, fiz oque eu sempre faço, sento no chão em meio a cacos de vidros e roupas rasgadas. Sentei e comecei a chorar silenciosamente, eles vieram e me abraçaram no chão.

- Foda isso, por isso o Guga não queria me contar a história toda

- Mais em uma coisa ele tinha razão, tudo que eu sou agora, qualidades e falhas se deve a ele, não só o nome, mais coisas bem mais importantes como a personalidade, aprendi a cantar, falar inglês que antes detestava, gosta de músicas sertanejas que antes eu detestava e caçoava de quem ouvia chamando de matuto e caipiras, tocar violão, a ficar calado de vez enquanto, a ter paciência com os outros, enfim ser um pessoa melhor com os outros e comigo mesmo, foi tudo com ele. A família dele optou pelo enterro na cidade natal dele, em Uberlândia, o desgraçado tinha um puto sotaque mineirinho, até isso na época eu peguei. No fim quando tamparam o caixão a medida que ia sendo coberto pela terra eu ia me desesperando mais por que sabia que nunca mais eu ia ver o rosto dele de volta, nem o sorriso, nem escutar ele tocando violão pra mim, nossa aquela sensação foi aniquiladora e as lágrimas rolaram me afogando mas dessa vez eu apenas chorei, me matava por dentro cada grao de terra sendo jogado naquela tumba porém não perdi o controle, não ali diante dele que tinha me ensinado tanto a me conter, a única coisa que eu fiz foi abraçar a minha sogra e minha cunhada que também se derretiam no choro, fim do enterro fumos pra casa deles, fiquei ainda dois dias com eles, voltei pro Rio, fui pra escola apenas 2 dias, ja era fim de semestre como minha notas naquele ano por um milagre chamado Henrique tinha sido todas altas dei um fode-se pras últimas 2 semanas de aula e fui pra casa dos meus avós, passei 1 mês lá, minha avó que sempre foi a pessoa mais importante pra mim no cunho familiar, me ajudou muito a superar, acho que nunca fui tão mimado. No final os meninos foram me buscar, e voltamos em um cruzeiro, passei o resto das férias na casa dos meus tios em Floripa pra me manter afastado ao máximo do Rio .

- Por isso tu ficou um demônio quando mexeram naqueles álbuns pra fazer aquela armação toda

- Sim, fiquei possesso com aquilo, mas agora tu entende porque é tão difícil falar do Henrique, eu superei, mais nunca vou esquecer dele, nem nessa nem na outra vida – Bruno colocou sua não na em cima da minha

- Brigado por confiar em mim, não vou espalhar

- De boas, se quiser contar pode, todo mundo que me conheça sabe dessa história, inclusive a parte da prostituição

- Tu contou isso pra todo mundo?

- Não, mas sempre podemos contar com a tua amiguinha Suelen pra espalhar essa coisas aos quatro ventos

- Putz

- É putz mesmo

- Mesmo assim não vou ficar contando isso por ai

- Vamo pra casa?

- Vamos – fomos pro carro daí lá dentro ele começou a rir

- Que foi Bruno?

- Quer dizer que tu pôs fogo na escola ?

- Foi o que eu disse

- Queimou muito?

- Então foram o laboratório de química, biologia, informática, a sala dos professores e duas salas de aula

- Puta que pariu

- É descobriram?

- Sim

- Como?

- A Suelen de novo

- Não brinca, mais tu não foi expulso

- Quase, antes me vinguei dela dando um jeito de incriminar ela pelo incêndio, e que funcionou perfeitamente peguei aquela vadia de jeito, mas resumindo a história ficou tudo pelo disse e não disse, nem eu nem ela fomos presos nem expulsos

- Que bom

- Porém pra deixar tudo debaixo dos panos e ficar por isso mesmo o diretor e o dono da escola fez um acordo em que toda a reforma das salas que foram atingidas pelo incêndio mais uma multa indenizatória deveria ser dividida entre mim e pela Suelen

- Que prejuízo

- Nem brinca, meu pai teve um infarto, escutei horrores, mas pelo menos tive o prazer de puxar a vadia pro buraco junto comigo, valeu a pena se valeu

- Tu e a Suelen já aprontaram muito um com o outro

- Sim, já fizemos coisas horríveis, dignas de ser contadas em um conto na casa dos contos, mas enfim vamos embora

- BoraBruno.bt tá aí, demorei mais postei, já pensei em postar no watt, mais por enquanto continuo a posta na casa

Magus bom olha quem saiu de novo? Eu, tava péssimo esse meses e não tinha como postar, mais tô aqui de novo , beijos, talvez posto daqui umas 2 semanas

Beijos pra todo mundo

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Comentários

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Olha tô AMANDO❤ sua série,faz 3 dias q eu tô lendo ela.Gostei tanto q envie o login até pros meus amigos q eu sei q vão AMAR o conto.POR FAVOR NÃO DEMORW WM POSTAR UM NOVO CAP.😘😘

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AMANDO A SÉRIE!❤ MAS POR FAVOR E PELO AMOR SE DEUS,POSTE COM MAIS FREGUÊCIA🙌🏽🙌🏽🙌🏽🙌🏽

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Capítulo 10...esperava ansiosa pela volta desse conto que é sem dúvida um dos melhores da CDC...Espero realmente que o Noah não venha para baguncar a estória do Caio com o Bruno...Não demore...Já estou ansiosa pelo próximo capítulo.Bjs qrdo.

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UAUUU. REALMENTE UM EXCELENTE CAPÍTULO. O QUE NÃO SE FAZ POR AMOR NÉ?

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