Uma cabeleireira diferente - parte 7 (A transformação)

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Homossexual
Contém 1304 palavras
Data: 09/01/2019 18:13:50
Última revisão: 10/01/2019 01:38:58

Depois de toda aquela orgia, havia chegado o momento da despedida. Sentado no sofá, de banho tomado, com pose de macho, Bruninho não parecia o homem que havia feito uma dupla penetração anal comigo e com minha amiga. Isabelle tomava um café na mesa da sala, com um vestido florido, bem composto, e falava para Alice como estava gostando de estudar libras. Miguel e Bruninho conversavam sobre futebol, os dois eram fanáticos pelo Sport Clube do Recife. Apenas eu não havia tomado banho e nem me vestido, como se quisesse adiar os próximos acontecimentos. Fiquei apenas de fio-dental e com uma blusa que Isabelle havia me emprestado.

Quando todos se despediram, Isabelle me disse que não queria ninguém sujo na casa dela. Deu-me uma toalha e pediu-me para tomar banho. Respondi que o problema não era o banho e sim o que iria vestir depois. Isabelle pegou minhas roupas, entregou-me e falou: “Pronto, agora você pode voltar a ser Daniel”. Questionei: “Mas eu vou dormir assim? De calça jeans? Preciso de algo mais confortável, não acha?” Isabelle, então, foi no quarto e, depois de 10 minutos que, para mim, foram intermináveis, trouxe o baby doll mais sensual que ela tinha. Ele era formado por uma blusinha rosa transparente e uma calcinha rendada e fio-dental. Com um sorriso, ela falou: “Pronto, Diana, essa é a roupinha mais confortável que eu tenho para dormir. Tenho dois conjuntos, um rosa e outro vermelho. Vamos dormir com as mesmas roupas, como duas amiguinhas bem íntimas”.

Confesso que senti um certo alívio quando Isabelle trouxe aquele conjuntinho para mim. Eu estava gostando tanto de ser Diana, que não queria voltar para o mundo real tão cedo. Tomei banho, vesti minha roupinha, e Isabelle me ajudou a ajeitar meus cabelos e rosto para ficarem mais femininos. Isabelle me cobriu de elogios, disse que se eu tomasse hormônios, viraria uma garota deslumbrante, capaz de seduzir qualquer homem. Respondi, negativamente, dizendo que só gostava de mulheres e transexuais e que amava de verdade a minha esposa Camila.

Quando falei da minha esposa, bateu-me um forte remorso por tudo que eu estava fazendo e comecei a chorar. Isabelle, então, sentou-se ao meu lado, e disse: “Deseja a Camila? É só você se vestir de Daniel de novo e voltar para casa. Diz que conseguiu resolver tudo de tarde e deu para pegar a estrada de noite. Pode ir ver sua mulher”.

Não era tão simples. Eu queria não trair a Camila e queria continuar sendo Diana. Eu sabia que não poderia ter as duas coisas. Não poderia chegar em casa como uma garota. Camila não me perdoaria. Eu tinha que me decidir. Ou seria Daniel e continuaria com a minha esposa, ou viraria Diana e teria que me separar.

Percebendo o meu drama, Isabelle falou que nada do que eu estava pensando era verdadeiro. Olhando nos meus olhos, ela disse:

“Em primeiro lugar, não é verdade que Camila não aceitará a sua transformação. Ela é bissexual, e, se quiser, você pode virar uma menininha linda. Em segundo, ela já sabe de tudo o que está acontecendo. Eu sou a cabeleireira da sua mulher e sei mais da vida de vocês dois do que você pode imaginar. Camila me confessou que você vestia todos os conjuntinhos femininos que trazia da loja e lhe dava de presente. Quando você se trancava no quarto, ela sempre olhava pelo buraco da fechadura e via tudo. Ela viu tanto e durante tanto tempo que ficou cansada de tantos segredos. Certo dia, muito magoada, ela resolveu sair comigo, para extravasar. Falou para você que viajaria com os pais, num final de semana, mas na verdade passou um final de semana inteiro comigo. Transamos nós duas como loucas e depois disso a sua esposa passou a curtir os prazeres do sexo anal e passou a ser mais ousada na cama. Mas não foi suficiente. Conhecendo a minha transexualidade e as minhas loucuras, ela pediu a minha ajuda. Pediu para que eu fizesse o que fosse possível para lhe libertar, para que você assumisse o seu lado feminino e não tivesse vergonha dele. Pediu até que eu fizesse sexo com você, dominasse você na cama, contanto que isso o ajudasse a libertar o seu lado feminino. Ela me disse que preferia perdê-lo do que continuar vivendo uma mentira. Hoje, quando eu te ameacei, dizendo que enviaria aquelas imagens para Camila, na verdade eu já havia enviado tudo. Ela soube de tudo que aconteceu, queria que eu fizesse todas as putarias com você, contanto que nós duas permanecêssemos no controle”.

Fiquei em choque com aquela revelação. Tudo havia sido um plano arquitetado pelas duas e a minha esposa sabia de tudo. Fiquei pasma, alegre, eufórica, apreensiva. Agora, eu não tinha desculpas para me tornar uma menininha. Podia ser o que quisesse, sem medo. O melhor é que toda a culpa da traição e todo peso de não ser aceita haviam evaporado. Eu era livre para ser o que quisesse.

Percebendo que eu estava aliviada, Isabelle continuou:

“Prepara-se, amanhã sua agenda está lotada. Eu e Camila marcamos um aplique de cabelo para você, não vai mais precisar usar peruca. Vamos colocar um Mega Hair removível em você, vai passar a manhã toda no salão e vai ficar linda de cabelos longos. Depois, iremos para uma endocrinologista de um centro médico voltado para a comunidade transexual e faremos os devidos exames e veremos qual é a melhor terapia hormonal no seu caso. Por último, eu e Camila marcamos um motel bem luxuoso para comemorarmos juntas a sua transição. Camila até comprou vários brinquedinhos para poder te comer, ela está muito ansiosa para testá-los todos. Só falta uma coisa, que você diga sim, que admita para si mesma que prefere ser Diana e tenha a coragem de deixar para sempre o seu corpo de sapo. Está na hora da metamorfose. Já está tudo devidamente agendado, mas se você quiser eu posso desmarcar tudo agora. Só depende de você. Terá a coragem de ser Diana para sempre? Vai ter coragem de deixar um casamento heterossexual fingido para viver uma relação lésbica ou bissexual verdadeira?”

“Sim”, eu falei, e senti que o meu corpo todo tremia. Eu seria Diana nem que eu tivesse que enfrentar todas as tempestades. Eu seria Diana nem que eu tivesse que me prostituir para continuar sobrevivendo. Eu seria Diana nem que perdesse todas as amizades e minha família optasse por nunca mais falar comigo. Eu seria Diana mesmo que os funcionários das minhas lojas de lingerie me tratassem com despeito ao saberem que eu de fato testava e gostava dos produtos que vendia. “Sim”, eu falei, com todos aqueles pensamentos na cabeça, quase como se fosse me casar naquele momento, e passei a beijar e abraçar sofregamente a minha amiga. Nós, duas meninas, amigas para sempre.

Passada a euforia, perguntei pela minha esposa, queria vê-la imediatamente. Isabelle respondeu que aquilo não era possível. Disse que a minha esposa havia sofrido muito com tudo aquilo e que só queria voltar a me ver depois da transformação. Ela queria me ver depois do salão de beleza e da consulta médica. Minha esposa estava cansada do Daniel e das suas mentiras. Ela queria Diana e esperava que, sem precisar fingir, eu pudesse ser, pela primeira vez, sincera com ela. Todas as fichas do nosso casamento dependiam do meu lado feminino e eu estava disposto a apostar tudo nisso.

Isabelle foi no armário, pegou um conjunto de lingerie branco e com véu, e falou: “É com essa roupa que você terá que receber Camila no motel. Eu presidirei a cerimônia. Amanhã, pela primeira vez, você dirá “sim” e amará a sua esposa como a menininha que sempre esteve escondida aí dentro e precisa ser libertada. Eu estarei presente como ativa testemunha da união carnal de vocês.”

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Comentários

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Delícia de conto. Votado nota 10. Leia a minha série de contos também: EU, MINHA ESPOSA E MEU AMIGO DA ADOLESCÊNCIA.

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ai que delicia, adoro me vestir de mulher sou louca para encontar alguem que me aceita-se

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