Amor além do tempo ㅡ Cap 19

Um conto erótico de LuCley.
Categoria: Homossexual
Contém 5766 palavras
Data: 05/11/2018 01:20:32

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Mês de setembro estava no início e o aniversário do Ricardo seria no dia quinze.

Recebi uma ligação do seu Otaviano no meio do expediente e fui até minha sala atender.

Percebi que o coroa estava meio chateado pelo seu tom de voz. Ao contrário de sempre, ele era só felicidade, mas esse dia ele estava diferente.

Antes dele entrar logo no assunto, perguntei se estava tudo bem e querendo desconversar, disse que era saudades da Yoiô. Talvez também seria um dos motivos, mas não era o principal.

Fiquei preocupado. Ele sempre me estendera a mão quando eu precisava e ofereci minha ajuda, caso ele estivesse passando por algum problema.

Insisti no assunto e fui sincero em dizer que ele podia contar comigo e, com muita insistência de minha parte, ele acabou se abrindo.

Além de me dizer que havia conhecido uma pessoa, em uma de suas viagens com meu pai, confidenciou que tinha medo do Ricardo não concordar por ele estar seguindo em frente com sua vida.

Ricardo era um homem maduro, mas seu Otaviano sabia o quão apegado a mãe ele era.

E se não bastasse, ainda tinha a fazenda. A Riacho Doce era onde a Yoiô se sentia em casa quando viajava e ela fazia questão de deixar sua marca em cada pedacinho de terra que ela podia.

Comentei com seu Otaviano a importancia daquela fazenda pro Ricardo e o fato de talvez ter uma pessoa no "lugar" de sua mãe, faria com que ele se sentisse incomodado de início.

Foi então que meu sogro pediu minha ajuda. Que eu organizasse um jantar no dia do aniversário do Ricardo, pra que os dois pudessem conversar e que havia muito mais a ser falado, do que somente dizer ao Ricardo que ele estava namorando.

Assim que terminei de falar com meu sogro, precisei ligar para alguns fornecedores e antes de eu tirar o telefone do gancho, recebi uma ligação do celular do Ricardo. E quando ele me ligava do celular, me dava carta branca pra falar bobagens. Perguntei o quê ele queria e pediu pra eu subir.

ㅡ já vou falar contigo. Preciso pedir umas mercadorias. ㅡ disse e ele pediu pra que eu não demorasse.

ㅡ quero conversar algo contigo.

ㅡ hum...são só duas ligações e já subo. Me espere nú!

ㅡ kkkkk, só porque você quer!

ㅡ tudo bem, me espere sentado no sofá. Kkkk

ㅡ é mais apropriado!

ㅡ e menos divertido!

ㅡ rsrs, concordo!

ㅡ concorda, mas não faz o quê eu mando.

ㅡ que ingrato! Não faço aqui, mas te obedeço em todos os lugares que vamos.

ㅡ me obedece? Hum...gostei! Meu putinho submisso! Diz pra mim quem manda em você!

ㅡ você! Só você! Me deixou excitado...sacana!

ㅡ ja subo e te dou uns beijos!

ㅡ tudo bem, meu amor. Não demora. Tenho muito trabalho.

Imagina se alguém nos pega na extensão dizendo putaria? Fiasco total!

Fiz as ligações que eu precisava e entreguei alguns relatórios ao Pablo e subi pra saber o quê ele queria comigo.

Vi a Jordana organizando uma papelada pra levar pro Ricardo e disse a ela que eu mesmo levaria.

Bati na porta e entrei. Ele estava sentado no sofá lendo o jornal.

O filho da mãe sabia muito bem que eu ficava todo bobo quando o via de óculos de leitura. Sacanagem!

ㅡ boa tarde, Clark Kent! ㅡ disse e deixei os papeis sobre sua mesa. Me sentei em sua cadeira e ele me encarou.

ㅡ boa tarde! Por que está tão longe?

ㅡ deixa de ser descarado, Pedro Ricardo...

ㅡ meu nome todo? Lá vem bronca!

ㅡ você sabe dessa minha tara que tenho em te ver assim, todo concentrado na leitura. Minha nossa, que homão!

ㅡ kkkkk! Bobo, vem aqui!

ㅡ vou não! Fala o que quer, mas daí mesmo!

ㅡ tudo bem! Quero te levar pra jantar no meu aniversário. Vou reservar a suite do melhor hotel pra nós dois. O quê acha?

ㅡ poxa, convidei seu pai pra jantar conosco. Fiz besteira?

ㅡ hum, não! Eu estou com saudades do meu coroa. Fez bem! E o hotel?

ㅡ se não ficar chateado, podemos comemorar em casa mesmo. Você compra champanhe e ficamos de bobeira o fim de semana todo. Pedimos um jantar e almoço naquele restaurante chic que você adora e você se serve pra mim como sobremesa.

ㅡ kkkkk! Me convenceu! Bom saber que sou desejado! ㅡ não me aguentei e fui até ele. Me sentei em seu colo de frente pra ele e lhe beijei a boca.

ㅡ sempre foi, por mim pelo menos. Te desejo desde moleque, seu puto. E não é só tesão que lhe tenho, Cado, é amor.

ㅡ sedutor de uma figa! Sou eu que não resisto a você. Sua inocência e safadeza juntos são um perigo. Me faz cair a seus pés facinho. Agora senta aqui ao meu lado, bem comportado.

ㅡ aff! Estava demorando pra cortar meu barato! Mas está certo. Aqui é trabalho. Enfim, era só isso que queria me dizer?

ㅡ sim! Queria um beijo também e já ganhei. Pode ir!

ㅡ kkkkk! Faz me rir! Até depois.

ㅡ rsrs, até!

Estava correndo tudo como planejei. Seu Otaviano jantaria conosco e conversaria com o Ricardo. Seu aniversário cairia numa sexta-feira.

Os dias foram passando e antes de sair para o trabalho, me levantei antes do Ricardo e fui até a sala.

Liguei no restaurante e encomendei um jantar para cinco pessoas e, que sem atraso, fosse entregue na sexta-feira. Já era quinta. Tudo bem que seria só nós três, mas eu como por demais e comida de restaurante chic sempre foi uma miséria. Pedi também um bom vinho e escolhi o cardápio de acordo com o gosto pessoal de cada um.

Pedi para a Fabiana deixar a mesa de jantar arrumada antes de ir embora e que fosse até a floricultura comprar algumas flores pra decorar o ambiente. Pedi que comprasse tulipas, rosas vermelhas e que espalhasse pela casa.

ㅡ se o senhor quiser, eu fico pra servir o jantar. Não tenho nada pra fazer quando sair daqui.

ㅡ se você realmente não tiver nada pra fazer, vai me ajudar e muito se ficar. Pelo menos até o jantar acabar. Depois acertamos sua extra.

ㅡ ah seu Fillipo, fica tranquilo. O senhor sempre me adiantou o pagamento quando precisei. Depois resolvemos isso.

ㅡ tudo bem então. Muito obrigado!

Tudo acertado e fui acordar o Ricardo. Ele ainda dormia. Me deitei ao seu lado e o chamei. Já era sete e meia. Sussurrei em seu ouvido para que ele acordasse e se virou de frente pra mim.

ㅡ aonde você estava? ㅡ ele perguntou e lhe dei um beijo.

ㅡ na cozinha. Ouvi a Fabiana chegar e estávamos combinando dela ficar amanhã e me ajudar com o jantar. Já liguei no restaurante e encomendei tudo. Não precisa se preocupar com nada.

ㅡ muito obrigado! Vem aqui no meu abraço. Nunca me senti tão feliz. Não estou desmerecendo o quê vivi com o Alexandre, tivemos momentos incríveis, mas contigo tem algo a mais. Tipo um encontro de almas, sei lá. Nem sei se existe isso de alma, mas o quê eu sinto por você vai além de amor. Existe um sentimento além do amor, Lipo?

ㅡ eu não sei, mas é o mesmo que eu sinto por você. Só sei que é bom. Caramba, muito bonito tudo isso que você me disse. Te amo, man!

ㅡ vou cuidar de você. E não é porque prometi pro seu pai, mas é porque eu sinto que você é meu. Não de uma maneira egoista. Sempre fomos livres, mas porque me faz bem te cuidar, te proteger... ㅡ resolvi dizer a ele que eu estava muito afim de comprar uma moto. Era algo que estava na minha cabeça há algum tempo.

ㅡ me protege mesmo, porque estou afim de comprar uma moto.

ㅡ rsrs, me admiro o fato de você ainda não ter comprado. Sempre que passamos em frente uma loja de motos, te pego admirando. Seus olhos brilham. Te falta dinheiro? Damos um jeito.

ㅡ não é a grana que me preocupa. É minha mãe. Ela nunca gostou e agora com esse probelma no coração, fico com medo dela se preocupar demais comigo. Bobeira minha?

ㅡ não. Eu também deixei de fazer muitas coisas pra não deixar a Yoiô preocupada. Pular de paraquedas foi uma delas. Ela tinha pavor. Mas confesso que pulei. Estou inteiro. Você só precisa ser prudente. Saber respeitar seus limites.

ㅡ sei disso. Esses dias fiquei namorando uma lindona na loja da Kawasaki. Foi amor à primeira vista, Cadão. Pensei em dar a metade e financiar o resto.

ㅡ se quer mesmo comprar, te dou a outra metade e você compra à vista. Sei que não vai aceitar a outra metade como presente, então, vai me pagando sem juros.

ㅡ não aceito a metade como presente, mas aceito o empréstimo sem juros. Valeu mesmo. Eu até que tenho toda a grana, mas vai fazer um rombo no meu orçamento.

ㅡ não quero você pagando juros de financiamento. Estamos conversados. Te empresto e vai me pagando como puder. Sem pressa. Agora eu fiquei animado pra dar uma volta nessa moto contigo.

ㅡ kkkkk! Vou te levar pra passear, Cadão.

ㅡ rsrs, eu vou adorar. Bora trabalhar?

ㅡ oh vida! Pensei que você tinha esquecido.

ㅡ kkkkk, claro que não! Só preciso parar de me atrasar. Você me faz quebrar as regras da minha vida. Nunca me atraso, mas quando estou contigo, perco a hora. Vai, levanta e vamos trocar de roupa. Você já me enrolou demais, garotão! ㅡ senti a força de sua mão na minha bunda quando me levantei e reclamei com ele pelo tapa que havia me dado.

Na fábrica, liguei pro seu Otaviano e confirmei o jantar. Ele estava empolgado e perguntou se eu havia comentado alguma coisa com o Ricardo sobre seu namoro.

Eu disse a ele que não e que nem poderia. Seria melhor ele mesmo dizer, ou o Ricardo ficaria na defensiva antes mesmo dele chegar em casa. Achei melhor esperar.

ㅡ você fez bem. Lipo, eu andei revisando os relatórios que me mandou e se você acha que temos condições de aumentar a produção, faça o quê achar melhor.

ㅡ ah, muito obrigado. Estamos recebendo mais pedidos e acho importante não atrasarmos a entrega.

ㅡ concordo! Avisa o Ricardo que chego no fim do dia.

ㅡ pode deixar. Como estão meus pais?

ㅡ estão ótimos. Sua mãe está te mandando algumas coisas. Eu tomei decisões sobre alguns assuntos e quando eu chegar, conversamos melhor.

ㅡ coisa boa?

ㅡ coisa boa! Vou te deixar curioso. ㅡ ele começou a rir. Sabia que eu ficaria ansioso.

ㅡ sacanagem! Kkkk

ㅡ você supera! Kkkk

Seu Otaviano parecia mais leve. Estava mais brincalhão e sarrista. Seu novo amor parecia estar lhe fazendo bem. Fiquei feliz por ele.

Eu precisava conversar com o Ricardo. Interfonei e a Jordana disse que ele estava em reunião com o advogado da empresa.

Esperei pouco mais de meia-hora e ela interfonou dizendo que o cara tinha acabado de sair.

Peguei meus relatórios e levei pra ele conferir.

Quando entrei em sua sala, ele guardava alguns documentos no cofre e pediu que eu me sentasse.

ㅡ Ricardo, trouxe uns relatórios pra você revisar. Eu acabei de receber carta branca do seu pai pra dobrar a produção. Está tudo aí.

ㅡ prefiro quando me chama de Cado.

ㅡ rsrs, é que não vim visitar meu marido.

ㅡ marido? Nossa, essa palavra parece poesia quando você fala.

ㅡ nosso amor é poesia, Cadão.

ㅡ senta aqui! Merece um carinho depois disso.

Me levantei e fui até ele. Lhe dei um beijo e suas mãos invadiram minhas costas. Me sentei de frente pra ele e rimos com o estalo da cadeira. De repente, uma batida na porta e me levantei rapidamente.

Era a Jordana. Disfarçei procurando uns papeis no arquivo, mas ela não era boba.

ㅡ me desculpe atrapalhar vocês, mas o senhor precisa assinar esses documentos, seu Ricardo.

ㅡ tudo bem. Aproveita e já leva pro RH.

ㅡ sim senhor!

Assim que ela se retirou, ele pegou os relatórios que eu havia levado e percebi que sua expressão mudou.

Muito educamente, ele disse que não poderia aceitar minha proposta. Argumentei dizendo que perderíamos o prazo de entrega se não dobrássemos a produção. Mostrei para ele a listagem de novos pedidos. Ele ainda estava relutante.

Em se tratando de negócios, ele era irredutível, mas eu sabia o quê estava fazendo.

ㅡ dobrar a produção significa ter que pagar mais hora extra.

ㅡ e atrasar a entrega significa perder os clientes que conquistamos. Você sabe como tudo funciona. Dei um duro danado pra conseguir esses compradores da Argentina e Chile. Me comprometi entregar um produto de qualidade no prazo e com preço justo. Passei horas ao telefone discutindo valores e elogiando nosso produto. Você sabe que estamos fazendo um ótimo trabalho. E sobre as extras, já fiz todos os cálculos com a contabilidade. Estão todos aí. Já negociei os valores em cima da hora extra do pessoal. Está tudo na pasta verde.

ㅡ não posso aprovar isso.

ㅡ não pode? Eu estou te mostrando números e gráficos de toda a produção até hoje. Vamos aumentar em 40% os lucros. Temos compradores internacionais e as vendas estão aumentando a cada dia. Nosso produto é de qualidade. Uma coisa é querer dar um tiro sem ter um alvo que nos motive, mas não é o nosso caso. Recebemos ligações todos os dias de novos pedidos, Ricardo. Trabalhei um mês inteiro sabendo que seria um ótimo negócio. Se for preciso, leia de novo, mas não diz que não pode aprovar sem um motivo que realmente me convensa. Seu pai me deu autorização e nós dois não estamos dando um tiro no pé.

ㅡ e se ficar com produto demais em estoque?

ㅡ eu devolvo o apartamento que tua mãe me deixou, pra cobrir os gastos. Eu não vou perder clientes importantes e o trabalho de um mês inteiro. E com todo respeito que te tenho como meu chefe, peço que revise tudo com mais calma. Eu estou assumindo os riscos. E se falo isso, é porque sei que não estou errado.

Me levantei e estava indo em direção a porta quando ele me chamou. Me virei e perguntei se ele precisava de mais alguma coisa e, vindo até mim, disse:

ㅡ você fica inclivelmente sexy quando está irritado! Acha mesmo que eu não aprovaria algo que você ficou dia e noite acordado tentando o melhor jeito pra dar certo? ㅡ ele só poderia estar de brincadeira.

ㅡ você estava me testando? Fala sério!

ㅡ estava vendo até onde ia sua teimosia. Você está certo. E nunca deixe ninguém te impedir de fazer algo quando você sabe que está com a razão. Nem mesmo eu. Você é bom na sua área e também esta se mostrando muito bom em gestão comercial, sendo que nem é seu trabalho. Pagamos uma pessoa pra isso e ele não faz a metade do que você vem fazendo.

ㅡ isso é bom?

ㅡ bom pra você!

ㅡ é que tenho um bom tempo livre quando não estou expecionando a produção e acabo pesquisando sobre possíveis compradores. Entrei em contato com alguns bolivianos também. Se tudo der certo, exportaremos ração pra Bolívia.

ㅡ vamos fazer o seguite: faz tudo isso que você planejou com meu pai e se conseguir fechar acordo com os bolivianos, te pago comissão. Acho interessante você voltar a estudar e são só dois ou três anos de curso.

ㅡ quer que eu estude Gestão Comercial?

ㅡ quero! A fábrica vai arcar com os custos. Não se preocupe. Tem mais uma coisa: não estou te fazendo nenhuma caridade. Estou vendo o quê é melhor pra você e para a empresa. Não estou te falando tudo isso como seu marido. Aqui é trabalho e falo como seu chefe. Saiba que sei e reconheço seu potencial e quero lucrar com isso, Fillipo. Você me dá o quê eu preciso e, você recebe por isso; todos saímos ganhando. Sua parte será bem generosa, pode ter certeza. Você precisa se especializar. Vejo além do que você já está fazendo como zootecnista. Isso que acabou de me apresentar é incrível. Não é possível que ninguém tenha te ajudado.

ㅡ amor...eu só fiz! Sei lá, pedi ajuda na contabilidade e estudei o quê eles me passaram.

ㅡ sem entender nada de Administração e Gestão Comercial? Estou tão orgulhoso de você.

ㅡ poxa Cado, pensei que eu tinha feito besteira, mas seu pai não me daria carta branca se fosse uma canoa furada.

ㅡ ele me ligou antes de falar contigo. Perguntou se alguém tinha te ajudado. Faz dias que te vejo ao telefone discutindo com esses compradores. Eu não quis me meter. Mas não imaginei ser algo tão grande. Meu trabalho aqui é outro. Sou admistrador financeiro. Era pro Everaldo ter me apresentado essa proposta. Ele é formado e pago pra isso. Mas foi você quem correu atrás de tudo e nem é sua àrea de atuação. Preciso saber se topa fazer o curso.

ㅡ você me pegou de surpresa, mas bora fazer acontecer.

ㅡ maravilha! Vem aqui, me dá um abraço!

Eu estava tremendo de emoção com tudo que ele havia me dito. Fiquei empolgado e orgulhoso por ter realizado um bom trabalho. Ele me abraçou e naquele momento, ele não era mais o meu chefe.

Rimos por ele ter me deixado nervoso. Sacanagem! Me pegou direitinho na mentira.

Me vendo mais relaxado, ele me fez sentar no sofá e se sentou no meu colo me abraçando.

ㅡ que marido mais decidido que eu tenho! ㅡ ele disse e me beijou.

ㅡ rapaz, não brinca com fogo. Fiquei putaço contigo, Cadão. Pensei que todo meu esforço tinha sido em vão.

ㅡ imagina! Eu só queria ver até onde você iria. E não precisa devolver seu apartamento, seu maluco. Mas admirei sua atitude. Sobre você voltar a estudar, é só uma ideia. Não se sinta obrigado a nada. Só acho um desperdício se não quiser.

ㅡ eu vou fazer. Vai ser corrido, mas dou conta.

ㅡ isso é para o ano que vem. Até lá, vamos fazer nosso trabalho valer a pena.

ㅡ obrigado por acreditar em mim.

ㅡ obrigado por não deixar ninguém desmerecer seu trabalho. É assim que eu gosto.

ㅡ fiz por nós! Fiz pro seu pai saber que somos bons juntos. Sei que ele está cansado e daqui um tempo vai se aposentar. Quero que ele confie em mim. Só estou devolvendo tudo de bom que ele fez por mim durante todos esses anos.

ㅡ muito nobre da sua parte pensar assim. Por isso que te amo!

ㅡ também te amo! Vou descer e ver se está tudo certo.

ㅡ vai lá!

Eu estava extasiado e na minha cabeça eu já elaborava um jeito de conseguir fechar negócio com os compradores bolivianos.

Fiquei animado em iniciar um novo curso no próximo ano e estabelecer novos objetivos e metas em minha vida estava me deixando confiante.

O resto do dia passou voando. Minha cabeça estava a mil e ainda tinha o aniversário do Ricardo.

Foi então que percebi ㅡ ainda não havia comprado nada pra dar a ele.

No final do dia, quando chegamos em casa, disse ao Ricardo que precisava ir até o banco depositar um dinheiro pra minha mãe.

Ele pediu que eu fosse de carro, mas eu pretendia caminhar um pouco.

Vi que ele estava todo largado no sofá e de repente, se virou de bruços.

ㅡ ei, me espera assim que já volto. ㅡ disse e ele se virou, abaixou a cueca e deixou escapar a pica que quando olhei melhor, já estava babando.

ㅡ vem, limpa aqui! Depois você vai!

ㅡ safado!

Me acabei naquela pica tesuda antes de sair e ainda recebi uma boa esporrada na cara. O safado estava tarado como nunca.

Precisei sair correndo, antes que ele me prendesse em suas coxas e, ele sabia muito bem que eu não sairia dali por nada. Adorava estar entre suas pernas.

Calcei meu tênis e fui ao banco como havia dito. Depois, passei no shopping e fui até uma joalheria. Ricardo adorava anéis. Vi um anel de ouro com uma pedra retangular de onix no meio e três diamamtes de cada lado, achei lindíssimo e pedi a moça que me deixasse provar. Eu sempre pegava emprestado um anel que ele tinha e a medida dos nossos dedos eram a mesma.

Assim que provei, gostei tanto que quase comprei pra mim. Resisti a tentação e eu sabia que ele acharia lindo. Iria combinar com um relógio que ele havia comprado.

Comprei o anel e guardei no bolso da calça. Vesti uma calça mais larga, tipo skatista e os bolsos gigantes escondiam a caixinha muito bem.

Como o anel eu daria durante o jantar, resolvi comprar duas camisas e entregar a ele quando chegasse em casa.

Quando cheguei, ele estava na cozinha. Vi que estava esquentado o jantar. Disse a ele que o ajudaria e fui até o quarto guardar o anel.

Eu só precisava guardar em algum lugar que ele não encontrasse.

Pensei em colocar no cofre, mas sabiámos a senha do outro, por questão de emergência.

Então, fui até o closet e tive a brilhante ideia de colocar dentro de um par de sapatos que ele havia me dado. Ficava bem no alto. Ele não tinha o hábito de mexer nas minhas coisas.

Guardei o anel, troquei de roupa e voltei pra cozinha com as camisas que eu havia comprado pra ele.

Ele estava de costas lavando a louça e o abracei por trás.

ㅡ comprei um presentinho pra você. ㅡ disse e ele se virou me beijando.

ㅡ rsrs, sabia que era papo furado esse lance de ir ao banco.

ㅡ ei, eu fui no banco. O comprovante está na minha mesa de cabiceira. Não menti pra você, mas aproveitei pra comprar uma lembrancinha. Coisa boba, mas é de coração.

ㅡ eu sei que é! Tudo que você faz, é com muito carinho. Posso ver?

Entreguei a sacola e, quando ele abriu a caixa e viu as camisas, me pegou pela cintura e girou comigo em seus braços.

ㅡ caramba, são lindas! Depois o metido sou eu, né?

ㅡ gostou?

ㅡ muito! Vou usar amanhã. Lipo, porquê não chamou seus pais? Pensei muito nisso, hoje.

ㅡ porque minha mãe vai trabalhar na feira de Santo Amaro e meu pai vai ajudá-la. Não da pra ela abandonar a feira. Tudo foi decidido de ultima hora. Não se preocupe, ninguém está chateado. Ela ja havia se comprometido há meses.

ㅡ tudo bem. Podemos passar o fim de semana que vem lá na fazenda, o quê você acha?

ㅡ boa ideia.

ㅡ vou ligar pro seu pai depois.

ㅡ depois você liga. Prova as camisas...

As camisas vestiram muito bem.

Passamos o resto da noite vendo séries e dormimos durante os episódios. Foi um dia bem cansativo.

Na manhã de sexta-feira acordei mais cedo. Fui até a cozinha e a Fabiana já havia preparado o café da manhã.

Pedi que me ajudasse a colocar tudo em uma bandeja e levei até o quarto.

Acordei o Ricardo cantando "parabéns pra você" e, vi o mais belo dos sorrisos me dando bom dia.

Servi o café pra ele na cama. Ele adorou.

Depois tomamos banho juntos e lhe dei banho.

Saímos mais que depressa e fomos pra fábrica. O dia foi longo. Tinhámos muito serviço e tirando o almoço, só nos encontramos na hora da saída.

Percebi que ele estava cansado e fui dirigindo até em casa.

Uns vinte minutos depois, o interfone tocou. Eu estava terminando de organizar tudo para o jantar e a Fabiana me ajudava com as flores.

Pedi a ela que atendesse e seu Otaviano tinha acabado de chegar.

Chamei pelo Ricardo e ele estava trocando de roupa.

Esperei meu sogro na porta. Quando vi o elevador abrindo, vi seu Otaviano todo elegante.

Ele veio até mim e nos cumprimentamos com um abraço. Perguntei se estava tudo bem e rindo, disse:

ㅡ seu marido me ligou depois do susto que ele te deu.

ㅡ kkkkk, por isso o senhor está sorrindo?

ㅡ sim, vim imaginando sua cara de indignado.

ㅡ nossa, fiquei puto com ele. Brincadeira mais besta. Pensei ter perdido todo trabalho que fiz. Entra, vou servir um drink pra gente.

ㅡ e o Ricardo?

ㅡ está se vestindo. Está tentando ficar mais charmoso, mas é impossível. Seu filho é elegantérrimo.

ㅡ puxou ao pai.

ㅡ hahaha, o senhor tem razão. Está muito bem, por sinal.

ㅡ obrigado, filho. Na minha idade, a gente precisa se arrumar mais. Me diz uma coisa, como está o humor do seu marido?

ㅡ hum, até agora? Está bem! Fica calmo, vai dar tudo certo.

ㅡ espero que sim. Preciso resolver um assunto sério com ele. Envolve seus pais também e sobre eu me afastar um pouco dos negócios.

ㅡ envolve meus pais? O quê tem eles?

ㅡ não se preocupe, é coisa boa. Depois do jantar conversamos melhor. Olha alí o aniversariante!

Ricardo estava lindo e cheiroso, como sempre.

Ficamos pela sala e a Fabiana nos serviu alguns aperitivos.

Conversamos sobre negócios, família e jogamos muita conversa fora até a hora do jantar.

Tudo foi entregue na hora marcada e estava delicioso. Seu Otaviano adorou o vinho e a escolha dos pratos.

Depois do jantar, fomos até o terraço e antes do meu sogro começar a dizer para quê veio, fui até o quarto pegar o anel que havia comprado de presente pro Ricardo.

Coloquei no meu bolso e quando voltei, eles estavam rindo e seu Otaviano me pegou de surpresa quando disse ao Ricardo que precisava ter uma conversa com ele sobre os negócios da família.

Fiquei sem reação, pensei que ele enrolaria um pouco mais, mas vi que o Ricardo se ajeitou na cadeira pra poder ouví-lo melhor.

Seu Otaviano foi direto. Disse que havia conversado com os irmãos do Ricardo e que chegaram a um acordo que seria melhor para todos.

ㅡ seus irmãos concordaram em te entregar a Riacho Doce. ㅡ seu Otaviano disse e o Ricardo ficou meio chocado.

ㅡ como assim? Não vai ser tudo dividido em partes iguais?

ㅡ será, se você concordar em abrir mão da Vale Verde e da Florata. São três fazendas, Ricardo, cada um de vocês ficam com uma.

ㅡ tudo bem! Aceito o acordo. Ate porquê, a Riacho Doce é a única que me importa e o senhor sabe muito bem o porquê. Muito obrigado.

ㅡ eu sei. Tem um valor sentimental muito grande pra você. Sua mãe adorava aquela fazenda e foi lá que você e o Fillipo se conheceram.

ㅡ isso mesmo. Eu já disse pra ele que quero terminar meus dias trabalhando na Riacho Doce. Gosto daquele lugar.

ㅡ bem, só tem uma condição.

ㅡ e qual é?

ㅡ eu quero passar dois alqueires de terra pro nome do Erasmo. Aquela parte que fica acima do riacho. É uma terra muito boa e fértil. Devo isso a ele. Ele me ajudou a vender uns terrenos, correu atrás de comprador e fez em dois meses, o quê a imobiliária não conseguiu fazer em dois anos. Prometi uma comisão e sei que ele namora aquelas terras todos os dias da janela do quarto do Lipo.

Confesso que fiquei espantado. Eu nunca imaginei que seu Otaviano faria algo desse tipo. Pedi licença e agradeci o carinho com minha família.

ㅡ Lipo, já ajudei tanta gente nessa minha vida. Seu pai foi o único que sempre esteve ao meu lado em todas as situações. Sua mãe é uma mulher dedicada e ama aquela cooperativa. Quero que eles dêem um valor maior para aquelas terras.

ㅡ caramba, o senhor me surpreende a cada dia. Muito obrigado.

ㅡ imagina. É o mínimo que posso fazer por todo trabalho, lealdade e carinho que eles tem por mim. Tudo bem pra você Ricardo?

ㅡ que pergunta mais besta. Claro que está tudo bem. Pode avisar meu sogro que vamos ajudá-lo a marcar aquelas terras. Vamos fazer isso juntos. Nós quatro. ㅡ Ricardo disse e me abraçou.

ㅡ valeu, man! Meus pais já sabem?

ㅡ ainda não. Vão saber assim que eu chegar. Bem...tem mais uma coisa que eu gostaria de conversar contigo, filho... ㅡ seu Otaviano disse ao Ricardo e achei melhor deixá-los a sós. Eu sabia que ele contaria sobre a tal namorada e era um assunto deles. Pedi licença e fui até a cozinha.

Fui pegar um copo de água e a Fabiana estava terminando de lavar a louça.

Perguntei se ela havia jantado e disse que sim. Conversamos um pouco, eu acertei com ela o extra do dia e chamei um táxi pra levá-la até em casa, mesmo ela me dizendo que não precisava.

ㅡ como não precisa? Você ficou aqui até agora e já está tarde. Obrigado por ter ficado.

ㅡ quê isso seu Fillipo, não precisa agradecer. Posso ir?

ㅡ pode sim. Até segunda.

ㅡ até, bom final de semana.

Acompanhei a Fabiana até a porta e me lembrei que o anel do Ricardo estava no meu bolso.

Eu estava desconfortável e fui me trocar. Coloquei uma roupa mais despojada e fiquei pela sala.

Pra falar a verdade, eu estava inquieto, mas quinze minutos depois, ouvi o Ricardo descendo as escadas.

Ele se sentou ao meu lado e fez um carinho no meu rosto. Perguntei se estava tudo bem e disse que sim. Me sentei e vi que ele estava remoendo algo.

ㅡ e essa cara? Aconteceu alguma coisa?

ㅡ meu pai acabou de dizer que está namorando. Sei lá, é estranho. Eu sei que ele dava umas paqueradas por aí, mas parece que o assunto agora é sério. Você já sabia?

ㅡ sabia. E não fica chateado comigo, mas achei melhor organizar esse jantar pra vocês conversarem. Só não te falei nada porque ele estava nervoso e ansioso pra falar contigo. Não deixa ele lá sozinho...

ㅡ rsrs, eu não estou bravo. Só vim pegar mais gelo. Também não estou chateado por ele estar namorando. Quero que ele seja feliz. Só estou digerindo o fato dele ter conhecido outra pessoa.

ㅡ Cado, sua mãe sempre será o amor da vida do seu pai. Eles tiveram três filhos e vocês são a parte boa de tudo que eles viveram. Ele está ficando velho e vocês estão todos criados. Você era o único solteiro até esses dias, mas começamos a namorar e agora moramos juntos...

ㅡ é, ele também merece alguém que se importe e cuide dele. Ele sempre me apoiou quando eu disse a ele que te amava. Apesar dele ter dito que se eu te magoasse, eu ia me ver com ele. Pode isso?

ㅡ kkkkk, só por eu ser mais novo...

ㅡ acho que sim. Ele sempre te tratou como filho, não é mesmo?! Mas ele sempre esteve ao meu lado. Devo isso a ele. Sabe, muito bonito da parte dele passar a Riacho Doce pro meu nome. Pode ser bobeira da minha parte, mas eu não conseguiria ver outra pessoa naquela fazenda dando ordens no lugar da minha mãe.

ㅡ não é bobeira. Você é um homem muito generoso, Ricardo, mas não precisa sem sempre o melhor em tudo. Todos temos nossas fraquezas e seu pai sabe o quanto aquela fazenda significa pra você. Agora é só tomar conta do que é seu.

ㅡ com a ajuda do seu pai, claro. Minha nossa, vou ter muito mais trabalho.

ㅡ rsrs, eu te ajudo. Fica tranquilo.

ㅡ eu sei que sim! Te amo! Vamos lá pra cima?

ㅡ vamos. Está feliz?

ㅡ muito! Obrigado por fazer parte da minha vida e me entender, sempre.

ㅡ na alegria e na tristeza, não é mesmo? Sobe que eu levo o gelo.

ㅡ valeu, amor.

Servi o gelo no balde e fui para o terraço. Eles conversavam e estavam animados.

Me sentei no chão, entre as pernas do Ricardo e suas mãos massageavam meus ombros.

Tudo estava tão agradável e aproveitei pra dar o anel a ele.

Bem devagar, abri a caixinha e tirei o anel do bolso.

Aproveitei que sua mão estava no meu ombro e coloquei em seu dedo.

Nem acreditei por ele não ter percebido, de tão animada que estava a conversa dos dois e comecei a rir.

Foi nesse momento que eles pararam o assunto e o Ricardo viu o anel em seu dedo.

ㅡ mas o quê é isso? Caraca!

ㅡ feliz aniversário! Gostou?

ㅡ hahaha, como assim? Olha isso, pai. ㅡ Ricardo disse e mostrou ao pai dele.

ㅡ é seu presente, poxa. Faz tempo que estou querendo colocar no seu dedo, mas vocês não param de conversar.

ㅡ kkkkkk, minha nossa! Caramba, é lindo demais. Combina com o relógio que eu comprei.

ㅡ eu sei, por isso comprei. Gostou, mesmo?

ㅡ oh loco amor, é uma jóia muito bonita. Você tem muito bom gosto. Muito obrigado, Lipinho! Show de bola!

ㅡ ah, fico feliz que tenha gostado. Quase fiquei com ele, de tão lindão. Kkkk

ㅡ é maravilhoso! Te amo, você é apaixonante ㅡ ele se inclinou e me beijou. Senti a força do seu abraço e me aconcheguei em seus braços.

Tudo acabou bem. Ficamos conversando até tarde no terraço.

Antes de nos deitarmos, arrumei o quarto para seu Otaviano dormir e ele estava entrando quando eu terminava de estender uma manta na cama.

Me agradeceu pela hospitalidade, me pediu um abraço e, sorrindo, disse que o Ricardo o apoiava.

Ele estava muito feliz e mais uma vez o agradeci pela consideração com minha família.

Dei boa noite ao meu sogro e fui para o quarto. Ricardo estava deitado e olhava o anel que eu havia lhe dado.

ㅡ eu não poderia ter ganhado algo mais bonito que isso, poxa vida, Lipo. ㅡ ele disse e fiquei apenas de cueca me deitando ao seu lado.

ㅡ escolhi com muito carinho.

ㅡ amei! Agora se deita aqui de conchinha comigo. Vou te namorar.

ㅡ adoro seus carinhos. Não existe coisa melhor. Ah, ainda falta um presente...

ㅡ ah, é? Qual?

ㅡ vai descendo a mão que você encontra...

ㅡ nossa! Que presentão! Kkkk

ㅡ cuidado, quando bem duro, é um perigo!

ㅡ adoro esse tal "perigo"! Kkkk

*

*

*

*

Continua...

Demorou, mas chegou. Espero que tenham gostado. Sem mais delogas, muito obrigado a todos por lerem e pelo carinho. Adoro vocês! Tenham uma ótima semana e até o próximo! 😉✌

Happy Pride!! 🌈

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Comentários

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Tudo bem com vcs? Passei pra avisar que vou postar no domingo. Ok?! Grande beijo! 😊

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Ben tenho muito que comentar... Foi tudo tão perfeito... Adorei seu Otaviano estar refazendo sua vida e deixando os negócios nas mãos dos filhos... Está na hora dele viver um pouco...

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Bom demais. Amo mais a cada capítulo.

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Amo a saga destes dois. Um abraço carinhoso para ti.

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Fiquei emocionado neste capítulo S2

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A narrativa segue com uma delicadeza não encontrada em nenhum outro conto por aqui. Será que Otaviano está gostando de um rapaz? Seria algo interessante na história.

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💜💜💜💜💜💜👏👏👏

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UM CASAMENTO PERFEITO, UM RELACIONAMENTO PERFEITO. UMA FAMÍLIA PERFEITA. DE FATO FALTAM CHEGAR OS FILHOS DE CADO E LIPPO. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS MAS QUEM SABE DISSO SÃO ELES. RSSSSSSSSSSSSSS NÃO VOU ME INTROMETER.

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Ahh que capítulo lindo. Fico feliz por seu Otaviano ter encontrado alguém. Ele também merece ser feliz. Achei linda a atitude dele de doar as terras para o pai do Lipo, a amizade deles é muito linda. Ricardo e Lipo cada dia mais apaixonados, só falta um filho para a família ficar completa, mas eles ainda não pensaram nisso, espero que um dia cogitem a ideia.

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