Contos de Horácio 02 - Manuela

Um conto erótico de Maverick69
Categoria: Heterossexual
Contém 5214 palavras
Data: 28/11/2018 16:20:10
Última revisão: 28/11/2018 18:43:07

Com a palavra, Manuela.

Meu lema sempre foi, desde criança, que é melhor saber, que não saber. Também por isso a escola sempre foi um lugar confortável para mim, sempre gostei muito de aprender, não só sobre matérias escolares, mas sobre tudo.

Fui uma criança precoce para a época, naquele tempo não era tão comum uma menina se tornar mocinha com dez anos de idade, mas antes disso, já tinha descoberto que sentia prazer brincando com minha pepequinha. Por isso não foi nenhuma surpresa descobrir que beijar era uma coisa tão boa, que era gostoso ser acariciada e que gozar fazendo sexo era mais gostoso que quando me masturbava. Mas até chegar nesse ponto deu um trabalho louco.

Meu nome é Manuela e essa parte da história começa alguns anos antes de ter conhecido o Horácio, meu delicioso Dinossaurinho. E preisamos voltar no tempo para que a história faça sentido, afinal, quando nos conhecemos, Horácio e eu, muita coisa já tinha acontecido.

Na época fazíamos quatro anos do ensino primário e a partir do quinto ano passávamos a ter um professor para cada matéria e estudávamos de manhã e a tarde, essa evolução era um sinal de que não éramos mais crianças, ou pelo menos, assim imaginávamos. Era quando aconteciam as primeiras paixões e as crianças comuns começavam a fazer as primeiras artes. Eu era a menina certinha, filha mais nova, nasci quase dez anos depois do meu irmão mais novo e sendo a princesinha da família, também por ser uma criança bonita, era mimada por todos.

Com a chegada da pré adolescência (na época ainda não existia essa expressão) vi que as meninas mais “saidinhas” pareciam se divertir muito mais que eu. Algumas já tinham até namorado, coisa que me parecia espantosa e maravilhosa. Eu via quando pulavam o muro do fundo da escola para matar aula e ficava doida de vontade de ir com elas, mas nós nem éramos amigas e fazer aquilo sozinha parecia sem sentido. Movida pelo desejo de conhecer aquela experiência me aproximei de uma delas, passei a andar com o grupo de três meninas “rebeldes”, mas sempre meio que as escondidas. Duas semanas depois pulei o muro com elas e fomos a um galpão abandonado. Confesso que não gostei do lugar, preferia algo mais limpo. Porém, uma vez lá conversamos sobre todos os assuntos proibidos na escola, ou seja, meninos, namoro e sexo, bebemos vinho, fumamos (uma delas tinha pego cigarros do irmão) e vimos revistas onde homens nus exibiam pênis enormes.

Achei a coisa toda meio besta. O vinho que meu pai bebia em casa era mais gostoso, fumar maconha me fez passar mal e falar de meninos, sendo que aqueles que estudavam com a gente era um bando de criança, era a mesma coisa de sonhar com galãs de televisão e falar de sexo, sendo que nenhuma ali tinha feito ainda, me pareceu meio inútil. Mas ver um pênis pela primeira vez me deixou acesa.

Quando disseram que era hora de ir embora, voltei para a escola.

Naquele dia começou uma coisa em minha vida que exigiu muita disciplina e atenção.

Meu pai foi militar por muitos anos e ele tem um tipo de obsessão com essa coisa de organização e planejamento, então, depois de observá-lo fazer as coisas e conversar com ele sobre seu assunto predileto, jogos de guerra, pensei em como poderia sair sozinha sem correr riscos e me divertir sem estragar a imagem que as pessoas tinham de mim.

A ideia era unir as transgressões das outras meninas e continuar sendo paparicava.

Eu via como as outras crianças e até algumas mães olhavam para aquelas meninas, vi como era desagradável para todo mundo quando uma criança era flagrada fazendo merda e ouvia os comentários sobre elas, como se fossem marginais, prostitutas, viciadas, quando no fundo eram apenas crianças curiosas.

E não havia como negar que ser como elas era muito mais divertido que pular amarelinha na calçada de casa. Foi quando resolvi criar uma personagem para mim. Continuaria sendo a Manuela boazinha, mas daria um jeito de me divertir. O segredo, para unir o errado, o proibido e a liberdade era fazer as coisas direito.

Meu pai dizia que se você quer que algo seja secreto, não conte a ninguém. Então, não falava sobre as coisas que fazia escondido para ninguém em casa ou na escola e não falava da minha vida “normal” com as pessoas que conhecia nos lugares onde ia.

Morava numa cidade grande, litorânea, o bairro onde ficava a escola era bem movimentado, do outro lado da rua tinha um shopping, o calçadão ficava a menos de cinquenta metros e a praia estava mais perto que o tempo gasto tirando o uniforme e ficando de maiô. As saídas da escola começaram aos poucos, os professores achavam que eu estivesse na biblioteca, ou no laboratório de química, com o grêmio estudantil ou em qualquer lugar aceitável. Eu vivia com um conjunto de roupas na mochila, pois andar de uniforme era muita bandeira, escondia a mochila num arbusto ali perto e saía.

No começo apenas parava em algum lugar, tomava um suco e voltava para a escola, logo mais, como a coisa deu certo comecei a passear pelo calçadão, e quando tinha alguma aula vaga e sabia que poderia me ausentar por mais tempo, passei a andar junto com uma galera que surfava numa praia ali perto.

Um dia, antes de entrar na escola no começo da aula, vi na praia um grupo de idosos fazendo tai chi. Não era a primeira vez que os tinha visto, mas talvez por que estava pensando em um milhão de coisas ao mesmo tempo, aquela tranquilidade deles me deixou curiosa. Já no dia seguinte sai de casa mais cedo e fui lá ficar com eles. E foi a melhor escolha que já fiz.

Quando a gente está crescendo, parece meio natural pensar que nós é quem sabemos de tudo, como se a vida tivesse sido descoberta por nós, como se todos que vieram antes tivesse feito tudo errado e nós chegássemos para consertar o mundo. Eu ficava com os idosos coisa de meia hora quarenta minutos, ali na praia, nas sombras das árvores e enquanto o povo ia chegando, a gente conversava, e eles me contavam histórias de lugares onde viveram, de coisas que fizeram e de pessoas que conheceram.

As pessoas de um modo geral vivem tão apressadas que os idosos parecem chatos em suas histórias cumpridas e seus movimentos lentos, mas para mim era um barato saber que existiam tantas possibilidades, pois se eles tinham feito tanta coisa, eu podia fazer ainda. Foi um aprendizado de vida real, pois aquilo ali era a vida real, era daquele jeito que a vida podia terminar e ali surgia claramente as consequências das escolhas que a gente faz enquanto é novo. E isso me fez pensar ainda mais em como conduziria minha vida, não só com esse lance de sexo, mas com tudo, escola, família, amigos, sexo também, é claro… enfim, tudo.

A parte malandra da vida aprendi através de um menino chamado João, ele tinha uns dez anos, se tudo isso, mas era um capeta. Estava sempre na praia e dava em cima de mim como se já tivesse idade ou tamanho para isso. Eu me divertia muito com ele e por meio dele conheci todos os vendedores de todas as coisas imagináveis que se possa comprar na praia. Aquele povo era de uma criatividade fora do comum… na verdade seria mais correto dizer que eram um bando de trambiqueiros, mas a maioria nem fazia esses “trambiques” por maldade, era como eles sabiam fazer as coisas. E conversando com eles aprendi mais sobre como me dar bem nas situações, que com as “transgressoras” da escola.

Aquilo ali era vida real, de verdade, com eles vi acontecer os romances e as brigas, as comemorações e as lágrimas, com aquela galera aprendi a ouvir as pessoas, aprendi a identificar os batedores de carteira, andando com o pessoal do surf beijei pela primeira vez, tanto um menino como uma menina. E se quer saber, beijar é sempre muito bom, seja qual for o sexo da pessoa que está com você.

Quando pensei que daria o próximo passo, uma das meninas que namorava um dos surfistas veio me dizer que ninguém ali faria nada comigo. Beijar, tudo bem, mas qualquer coisa além disso, só quando eu fosse mais velha. Entendi e aceitei, afinal eu era só uma criança ainda e não tinha motivo de adiantar tanto assim as coisas. Porém, aproveitei o máximo que pude e não só beijando muito, mas também falando do que eu pensava sobre tudo, e ouvindo o que eles pensavam sobre tudo, e juntava tudo com o que eu aprendia em casa, na escola, com os idosos, com os vendedores ambulantes e com as minhas amigas e… foi uma loucura.

Tá certo que eu tinha uma vida super privilegiada, não tinha com o que me preocupar, não tinha muitas responsabilidades e estava me divertindo pra valer. Alguém poderia até argumentar que eu não precisaria manter segredo dos meus pais, mas era justamente isso, essa brincadeira de ter duas personalidades que deixava tudo mais divertido.

Era como se eu pudesse ser a Manuela que eu quisesse, era só me inventar. E me inventei e me reformei e mudei e fiz o diabo e quanto mais fazia isso, mais aprendia sobre mim mesmo, sobre as coisas que eu gostava e não gostava, sobre o comportamento das pessoas que eu admirava, mas que não servia para mim e sobre de que forma conduziria minha vida dali em diante.

Já naquela época sabia que profissão seguiria, a que me dedicaria e tinha um rascunho mais ou menos bem-acabado de como seria minha história como mulher adulta.

No ano seguinte, já com menos cara de criança passei a sair de casa no final da tarde, chegava da escola, deixava minhas coisas, trocava de roupa e voltava para a rua. Não fazia isso todos os dias e tomava cuidado para voltar ante dos meus pais chegarem do trabalho e como meus irmãos eram todos adultos, trabalhavam e faziam faculdade, eu estava, literalmente, sozinha para fazer o que quisesse. Com isso, aos poucos fui conhecendo e experimentando tudo que estava ao meu alcance.

Aos quatorze anos conquistei o direito de voltar para casa mais tarde, e foi quando, numa noite passeando no shopping, surgiu a oportunidade. Já que os surfistas me tratavam como irmã, aproveitei e perdi a virgindade com um turista, depois de saber que ele voltaria para a cidade dele e nunca mais nos veríamos. Confesso que permiti que a coisa acontecesse movida mais pela curiosidade que por estar apaixonada ou por derreter de tesão pelo menino, não foi nada impressionante, por isso nem entrarei em detalhes, mas apenas para esclarecer, digamos que foi mais ou menos assim.

Estava beijando esse menino, que era bem bonito (ele devia ter uns quinze anos) e a coisa acabou acontecendo, não foi planejado e nem foi aquela coisa romântica e bonita que a maioria imagina. Basicamente achamos um lugar vazio, subi a saia e abaixei a calcinha, o menino abriu o zíper, colocou o pipizinho para fora, entrou em mim, quase não doeu, talvez porque o pipi dele não era lá essas coisas, o sangramento singelo foi a única evidência do ato, (sério, já sangrei mais me cortando com papel) ele bombou durante uns três minutos, gozou (na camisinha) e nunca mais o vi.

Durante uns dias fiquei meio desapontada, mas as namoradas dos surfistas, depois de brigarem comigo dizendo que eu não tinha nada de ter apressado a coisa, disseram que aquilo era meio normal, ainda mais do jeito que aconteceu.

Mas como disse, sou o tipo maluca que quer saber como as coisas funcionam e uma vez tendo perdido a virgindade, lá fui eu estudar sobre o assunto. Não que me sentisse diferente, na verdade, nada ficou diferente além da mensagem implícita de que eu poderia fazer sexo com quem eu quisesse a partir dali. Além de falar com as namoradas dos surfistas, li todos os livros e revistas que encontrei e até vi vídeos pornôs que meu irmãos achavam que ninguém sabia que eles escondiam no fundo da gaveta de cuecas.

O problema com esse negócio é que, quando alguém escreve sobre o assunto, normalmente trata da coisa como se um dos dois soubesse o que está fazendo. E um menino de treze, quatorze ou quinze anos (que na minha ideia eram aqueles com quem eu deveria ficar) por mais que falassem e se gabassem, na verdade não sabiam porra nenhuma sobre como dar prazer a uma menina.

Então, a segunda e a terceira vez continuaram não correspondendo as expectativas. E eu cada vez mais confusa. Como podia a teoria e a prática serem tão diferentes?

A única coisa de valor que descobri, e isso foi por minha conta, é que somos nós mulheres que escolhemos com quem ficamos. Obviamente que naqueles dias o sexo para mim estava desvinculado do romance, por isso era mais fácil lidar com o assunto sem tantas neuras.

Como se apenas a loucura em que vivi não fosse o suficiente.

Durantes meses questionei tudo.

Será que eu não era bonita o suficiente para despertar desejo em alguém que prestasse?

Será que de repente o mundo se tornou um lugar onde as pessoas respeitam a lei e não transam com menores de idade?

Será que era eu que não sabia mostrar abertura para os meninos?

Foram meses de perguntas cujas as respostas não estavam em livro nenhum.

Mas aí entra em cena um cara. E foi o que salvou a minha vida sexual.

Estava quase desistindo de encontrar um cara que me mostrasse o caminho das pedras para me tornar uma “mulher” sexualmente satisfeita, me masturbava quase todo dia e de vez em quando ficava com algum menino, mas nenhum dele mostrava potencial para me ensinar nada.

Até que fui a uma festa de casamento e conheci o irmão da noiva.

A essa altura eu já estava em vias de completar quinze anos, com um pouco mais de um metro e meio e pesando menos de cinquenta quilos, passaria facilmente por uma menina de dez anos, não fosse por ter seios num tamanho legal, a bunda redondinha e um pouco arrebitada e quadris pronunciados.

Se vestisse o uniforme da escola ou as roupas normais do dia a dia, passaria por criança, mas quando assumia minha personagem traquinas, arrumava o cabelo, usava maquiagem e colocava sapatos de salto, aí, mesmo não parecendo mulher, sabia que me transformava na ninfeta que todo marmanjo quer comer.

E na festa de casamento aconteceu bem isso, estava com meus pais e meus irmãos, mas isso não impedia que todos os homens olhassem para mim. E eu adorava a sensação de ser desejada como se eu fosse uma fruta madura, saborosa, mas proibida. Uma fruta que seria provada por aquele que eu escolhesse. E saber que tinha esse poder me deixava louca.

Lá pelo meio da festa esse cara apareceu. Seu nome era Diogo, mais ou menos um metro e setenta, moreno, não era o tipo que chama atenção, mas tinha o sorriso mais lindo que já vi e uma segurança na forma como andava e interagia com as pessoas que fiquei fascinada. Ele conversava com meu pai, já que trabalhavam na mesma empresa, que pertencia ao pai da noiva, e eu num impulso perguntei se ele me ensinaria a dançar. Meus pais me viam ainda como uma criança, então não se importaram e Diogo, num misto de curiosidade e excitação no olhar me levou para a pista.

A música que tocava era do tipo que se dança agarradinho e apesar da diferença de altura, dei um jeito de me esfregar nele discretamente, mas sem deixar dúvida do que eu queria.

— Não deveria brincar desse jeito, Manuela. - disse ele me olhando sério.

— Não estou brincando. - respondi no tom mais inocente que pude.

Ele claramente estava na dúvida se entrava no jogo ou se corria, dúvida que tratei de exterminar passando a mão na bunda dele. Diogo me olhou com espanto, mas logo depois abriu um sorriso e falou no meu ouvido, me deixando inteira arrepiada.

— Daqui a vinte minutos, no estacionamento, perto do portão. Te espero.

Eu sorri em resposta e dançamos até a música acabar. Voltei para a mesa e continuei comendo doces e bebendo refrigerante como faria qualquer menina da minha idade que estivesse acompanhada dos pais. Quando deu o tempo estabelecido, disse que tinha visto uma colega da escola do outro lado do salão e sai. Encontrei Diogo e nos abraçamos, prendi meu cabelo com um elástico num rabo de cavalo, e ele gostou, disse que gostava de olhar para o meu rosto, que eu era a menina mais linda que ele já conhecera e coisas desse tipo. De vez em quando passava alguém indo ou voltando do estacionamento, mas quem nos visse imaginaria que estávamos dançando, pois dali dava para ouvir a música que vinha do salão. Quando se assegurou de que ninguém nos via ele me arrastou para um carro grande estacionado ali perto. A primeira coisa que fez foi ligar o ar-condicionado no máximo.

Não existe nada mais esclarecedor para uma menina, que beijar um cara que entende do assunto. Beijo na praia com um povo que está mais para amigo que paquera, é uma coisa, beijo num carro, com um cara prestes a te comer… definitivamente é algo totalmente diferente.

Em cinco minutos estava toda mole nas mãos dele, sua boca despertava sensações deliciosas em mim, tanto que eu mesma tomei a iniciativa de abrir os botões da camisa dele. Resumindo, num piscar de olhos estava nua, tendo o corpo todo acariciado pelas mãos e a boca do Diogo. Quando ele começou a acariciar meus seios já achei uma delícia, mas depois, quando ele caiu de boca em meus mamilos, enfim descobri o que era sentir prazer de verdade. Meu corpo se arrepiava inteiro, minha pepeca molhava, respiração ofegante e o desejo de tê-lo dentro de mim. Era tudo tão gostoso que por mim ficaria ali a noite inteira.

Quando ele deitou no banco e me colocou por cima, me fez abrir as pernas e posicionou o pau (devidamente encapado) abrindo caminho entre os lábios da minha pepeca, quase infartei com a vontade de sentar de uma vez, mas ele estava guiando a tarefa e me fez abaixar o corpo devagar. Senti aquele pau gostoso entrando em mim, quando a cabeça entrou ficou aquela coisa meio entalada e a sensação que causava era muito boa, tanto que subi e desci mais uma vez para confirmar e era mesmo muito bom sentir aquela cabeça em formato cogumelo me abrindo e entalando dentro de mim. Fiz aquilo mais algumas vezes, e ficaria repetindo aquilo um bom tempo se Diogo não tivesse me chamado a atenção.

— Eu sei que é gostoso, Manuela, mas não temos todo tempo do mundo…

Concordei com ele, mas, mesmo assim, ainda repeti o movimento de tirá-lo e recolocá-lo dentro de mim duas vezes antes de permitir que ele me invadisse por inteiro. Aquele pau além de maior que os outros que experimentara, era muito melhor, pois a medida que entrava e me abria, ligava todos os meus pontos sensíveis, me fazendo perder o ar completamente, como se todo o meu corpo estivesse concentrado ali, na minha pepeca. Eu gemia de prazer, de dor e de alegria, e quando a cabeça do pau dele tocou meu útero fui ao céu e voltei. Ele era grande e naquela posição o prazer era tão intenso que imaginei, em algum momento fosse gozar, mas depois de cinco minutos, apesar de continuar uma delícia, conhecendo meu corpo como conhecia, devido a muitas sessões de masturbação, sabia que o orgasmo ainda estava longe.

Porém, Diogo, como se lesse meus pensamentos, passou a acariciar meu clítoris enquanto eu subia e descia em seu pau. Aí a coisa pegou fogo. Rapidinho eu estava alucinando e gemia alto, mas a vontade era de gritar como uma louca. Eu queria continuar no movimento, queria continuar sentido aquele pau gostoso entrando e saindo em mim, mas parecia que tudo ficou confuso, o orgasmo veio tão forte que eu não tinha nem forças e nem coordenação para mexer meu corpo, eu só sabia arfar em busca de ar e gemer. Quando a coisa toda ficou mais calma apenas cai em cima dele, me esfregando nele e sentindo a cabeça do pau empurrando meu útero. Eu mal conseguia respirar, mas Diogo sabia o que estava fazendo e, ao contrário de mim, tinha noção do tempo então, dali um instante passou a meter em mim. Eu não conseguia fazer nada e ele ainda com as mãos me segurava no lugar, se enfiando inteiro dentro de mim. Quanto mais rápido e mais forte ele metia, mas eu gemia e gozava, como se fosse uma explosão atrás da outra. Estava desfalecida em seu peito e enquanto ele continuava metendo, eu parecia uma coisa largada e, cima dele, gemendo e gozando.

Ele não demorou a gozar e ainda bem que usava camisinha, pois a quantidade de porra que esse cara despejou, era no mínimo perigosa. A brincadeira durou meia hora, mas eu estava suada, cansada e satisfeita. Minha pepeca doía, mas era uma dor gostosa. Esperamos o ar-condicionado secar o suor, nos vestimos, soltei o cabelo para não dar muito na cara, retoquei a maquiagem do jeito que deu e saímos do carro. Diogo foi ao salão e pegou um refrigerante para mim e uma cerveja para ele, sentamos num banco de concreto perto da porta salão, distante um do outro o suficiente para conversarmos sem que ninguém mais ouvisse, mas de modo que qualquer um que olhasse do salão pudesse nos ver sem deduzir o que tínhamos feito, e só então, conversamos.

— A quanto tempo você anda trepando por aí, Manuela? - perguntou ele com um sorriso satisfeito.

— Não sou do tipo que sai trepando por aí, não, Diogo. Você não foi o primeiro, mas isso não quer dizer que eu tenha dado pra todo mundo – respondi ofendida.

— Mil perdões, Manu! - ele respondeu rápido e parecia mesmo arrependido – Não foi isso que eu quis dizer. É que você parece quase uma criança…

— Mas eu ainda sou uma criança. - respondi séria – Tem tanta coisa que eu quero aprender.

— Coisas, que coisas?

— Eu quero aprender tudo, como sentir prazer, como fazer você sentir prazer comigo, tudo.

— Quer que te ajude com isso?

— Se você não se importar…

— Manu, eu treparia com você todo dia e toda hora, você é deliciosa, mas eu tenho namorada.

— Não quero um namorado!!! - respondi rindo, porque de repente a ideia de ter um namorado me parecia uma coisa muito absurda.

Ele me olhou rindo, contagiado por minha alegria a pela simplicidade com que a gente estava conversando, parecia que não existia mais de dez anos de diferença entre a gente.

— Então, me diz o que você quer?

Normalmente eu ficaria tímida de falar sobre aquilo, mesmo tendo ficado nua e ter metido com ele e ter gozado deliciosamente, ainda era só uma adolescente. Mas quando olhei para aquele sorriso bonito, foi como se ele pudesse mesmo me ajudar. Então, falei um monte.

— Eu quero saber tudo que eu puder sobre esse negócio de fazer sexo. Quero ser muito boa em dar prazer, mas também quero gozar de todo jeito. Mas não quero ficar mal falada e nem quero um namorado. Vejo como funciona o casamento dos meus e não é que eles não se deem bem ou que briguem, mas a minha mãe é muito diferente de mim, ela nasceu para ser esposa de militar e meus irmãos seguem a mesma cartilha, e não quero isso para mim. Por enquanto, quero encontrar uma pessoa que entenda do assunto, que esteja disposta a me ensinar, mas que também e principalmente saiba guardar segredo, pois quero muito aproveitar ao máximo esse negócio de trepar e gozar, mas sem parecer a puta da cidade e sem ter a obrigação de namorar. É isso o que eu quero.

— E você só tem quatorze anos? - perguntou ele com espanto.

— Eu sei… tem gente que acha que eu sou nova demais para mexer com essas coisas.

— Antigamente meninas da sua idade já eram mães, então, essa conversa de ser nova demais para transar é papo furado, mas, sem dúvida, que é um assunto complicado, nem todas são inteligentes e espertas como você. Pelo que me parece, você pode até ser nova demais para algumas coisas, mas com essa cabeça, acho que fazer sexo não parece uma coisa problemática. Certamente conheço meninas da sua idade que não enxergam a situação com tanta clareza. Você parece bem melhor resolvida que muita mulher adulta.

— Não é de hoje que eu penso no assunto. E eu vivo com as pessoas, no meio delas, eu converso e pergunto… sem contar que quando uma coisa me chama a atenção, enquanto não entendo, não largo. E sexo além de tudo é muito bom… hoje foi a primeira vez que gozei transando e, sinceramente, se tivesse como, agora mesmo transaria com você de novo.

— Eu também. - disse ele feliz.

Pelo volume formado em sua calça e pela forma gulosa como ele me olhava, eu tinha certeza que ele me comeria de novo, ali mesmo no banco, se não fosse a festa a todo vapor acontecendo.

Dali a pouco minha mãe veio até a porta e me viu conversando com o Diogo, deu aquele sorriso que ela sempre mostrava quando via que eu estava bem e segura, trouxe um prato com salgadinhos e um copo de refrigerante e quando Diogo saiu para pegar outra cerveja, ela sentou comigo para conversa.

— Está gostando da festa, meu amor?

—Sim, senhora. Daqui a pouco, quando começar a tocar algo mais animado, vou lá dançar até cair. Vou conversar mais um pouquinho com o Diogo, ele é um cara bem legal. - ai vi o olhar da minha mãe e continuei me fazendo de escandalizada – Mãe do céu, nem olha pra mim desse jeito! O cara é maior velho!

Minha mãe deu uma gargalhada e voltou para a festa.

Nos meses seguintes o Diogo e eu ficávamos juntos sempre que surgia oportunidade. É claro que com a tecnologia de comunicação da época, tudo exigia mais tempo, mas a gente dava um jeito. Por exemplo, na teoria eu teria de almoçar na escola, beleza, mas, na prática, várias vezes eu almocei com ele, na cama. Ele morava mais ou menos perto da escola e o trabalho favorecia tirar duas horas de almoço. Mas na maioria das vezes ele me pegava no final da aula e lá íamos os dois foder mais um pouco. Sei que a gente ficava junto pelo menos quatro vezes por semana.

Gastei muitos dias experimentando todo tipo de posição e identificando o quanto de prazer sentia com cada uma. Tentei fazer sexo anal uma vez, mas não curti e não tentamos de novo. Diversão de verdade foi aprender a fazer sexo oral.

O pau do Diogo não é o mais cumprido e nem o mais grosso, deve ter uns dezoito centímetros e depois da terceira vez que a gente transou ele se tornou confortável dentro da minha pepeca. Só que eu sou uma menina pequena, já era surpreendente que ele coubesse inteiro dentro de mim só cutucando o colo do útero, mas quando o assunto era sexo oral, a conversa era outra. Ele era grande o suficiente para chegar na minha garganta e depois que passei a apreciar os filmes pornôs, um dos meus maiores objetivos era fazer a tal “garganta profunda”.

No começo foi bem foda lidar com a vontade de vomitar e trabalhar o lance de chupar e respirar ao mesmo tempo, sem contar que ele literalmente arrombou minha garganta e na primeira vez foi bem doloroso. Quando ele gozou na minha garganta a primeira vez foi muito ruim, não pelo sabor, mas porque quase bronco aspirei a porra e foi um verdadeiro “Deus nos acuda”.

Esse negócio de respirar e chupar e engolir é coisa séria.

Mas depois de meses de insistência, e tem de insistir muito se quiser dominar a arte, a não ser que a pessoa tenha o dom para a coisa, minha garganta estava no jeito de acomodar o pau dele quase sem que eu sentisse vontade de vomitar ou engasgasse.

E o mais legal foi que a partir de um certo momento, a medida que me familiarizava com o fato de ter um pênis na garganta, passei a sentir tesão, se não com o ato, com o quanto aquilo mostrava o poder que eu tinha, de fazer um cara se contorcer dependendo de como o chupava. E era divertido torturar o cara. Quando ele começava a inchar e estava prestes a gozar eu parava, esperava ele quase amolecer e voltava a chupar, fazia uma cinco, seis vezes, a essa altura o pobre rapaz estava quase entrando em combustão espontânea, e quando gozava era muito lindo de ver.

E assim era minha rotina. Em casa cuidava das tarefas domésticas e via TV com minha mãe, conversava na garagem com meu pai sobre tudo o que ele quisesse falar, saia com meus irmãos para bancar a menininha e tomar sorvete, ia para a escola e continuava matando aula para ir ver meus amigos na praia e transava com o Diogo quase todo dia.

Dois meses depois do meu aniversário de quinze anos, meu pai foi promovido; ele trabalhava como representante comercial, e ficou responsável por uma região grande, com várias cidades, só que num estado distante de onde morávamos e por isso nos mudamos para a cidade onde conheci o Horácio.

No dia em que me despedi do Diogo ele disse uma coisa que só entendi quando conheci o Dinossaurinho.

A gente tinha acabado de transar e enquanto eu tomava banho, a gente conversava.

— Olha Diogo, muito obrigado por ter me ajudado. Não sei o que teria feito sem você.

— O prazer foi meu também, Manu… você é uma menina muito especial. Sentirei sua falta.

— Tem algum último conselho antes de nos despedirmos? – perguntei agarrada ao pescoço dele já na porta, pronta para voltar para a minha casa.

— Só tem uma coisa. Tome cuidado ao se apaixonar, por favor, Manuela. Esse lance entre a gente deu certo por que não estamos apaixonados um pelo outro, quando tem amor envolvido tudo fica complicado. Então… toma cuidado. Tá bom?

Como a minha vida estava muito boa, não pensava muito nessa coisa de me apaixonar e mesmo quando nos mudamos, quando o assunto era me relacionar com alguém, só pensava em achar outro cara com quem fazer sexo, mas a cidade era tão pequena que minha procura não estava resultando em nada.

Lembra quando falei que tinha um rascunho mais ou menos bem-acabado de como seria minha vida?

Pois então, quando pensei isso não tinha levado em conta que conheceria meu delicioso Dinossaurinho.

Quando perguntei se ele queria ser meu, na verdade queria que ele me aceitasse como dele, pois naquele banco, nas sombras das árvores, descobri como o sexo pode ser mil vezes melhor só por estar apaixonada pelo cara.

E o que ele respondeu mudou toda a minha vida.

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Comentários

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Excelente!português impecável e relato esclarecedor. Adoro contos de memórias até os dias atuais

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