JANE DÁ PRA TODO MUNDO - Parte 10

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 3509 palavras
Data: 23/11/2018 02:54:40
Última revisão: 23/11/2018 09:18:57

Na noite seguinte, quando largou da faculdade, lamentou que a negra não tivesse ido. Havia se preparado para foder-lhe o rabo e mijar dentro. Gostara daquela forma diferente de gozar. Tentou fazer isso com a coroa com quem dormira na noite anterior, mas ela não quis. Achava aquilo anti-higiênico e não curtia essas anomalias, como ela mesma classificara. Marcelo não reclamou mas acabou frustrado. Em represália, resolveu-se a não foder mais com ela. Porém, não lhe disse isso. Poderia se arrepender mais tarde, aí não poderia voltar atrás.

Pensava nisso quando ouviu o som de buzinadas. Olhou na direção da zoada já sabendo de quem se tratava: a irmã gêmea gostosa de Jane. Janice, mais uma vez, o esperava diante da faculdade. Ele foi até o seu carro. Entrou nele. Ela o recebeu com um beijo demorado. Depois, perguntou-lhe:

- O que houve ontem? Acordei e você não estava mais perto de mim...

- Você estava bêbada demais. Eu também. Então, fui embora pois precisava trabalhar logo cedo.

- Não foi transar com outra, amor?

- Claro que não - mentiu ele.

- Acredito em você. É que não suportaria ser traída por ti também, sabe? Para onde vamos? Estou afim de beber hoje novamente. Mas, prometo não ficar embriagada, dessa vez.

- Está bem. Confesso que fiquei afim de te foder, depois que bebemos. Não me faça ficar na mão novamente, tá?

- Tá, amor - disse ela, o beijando de novo.

Janice deu partida no carro. Nenhum dos dois percebeu que um veículo já conhecido de Marcelo manobrou e seguiu atrás deles. O automóvel manteve uma distância segura, pois os seus integrantes não queriam ser vistos pelo negro. A morena se dirigiu ao mesmo bar onde estiveram na noite anterior. Sentaram-se à mesa e pediram uma cerveja. O carro com dois sujeitos estacionou do outro lado da rua. Estiveram esperando com paciência que o casal ficasse embriagado.

O negrão, no entanto, não tinha intenção de se embriagar. Havia tomado umas gemadas depois que largou do trabalho, contando com foder a negra, e ainda estava a ponto de bala. A morena Janice percebeu a sua ereção. Perguntou-lhe:

- Em que está pensando, amor? Estou vendo que está excitado.

- Estava antevendo a foda que vou querer dar contigo. Aí, o pau já está dolorido de tanta tesão. - Disfarçou ele.

- O que pretende fazer comigo, bem?

- Você já deu seu cuzinho?

- Não curto anal. O coroa já tentou duas vezes, mas eu não consegui permitir que ele me invadisse a bunda. Prefiro gozar pela boceta. Por que pergunta?

- Porque eu adoro o anal. Sinto muito mais prazer.

- A maioria dos homens diz isso. Acho que é pelo fato dessa prática deixar a mulher subjugada. Uma simples questão de poder do macho sobre a fêmea. Eu também gosto de me sentir poderosa. Por isso, prefiro dominar o coito o tempo todo.

- Não faria isso por mim?

Ela demorou a responder. Depois, disse:

- Sinto muito. Não me sentiria confortável fazendo esse tipo de sexo. Jane, também. Sempre conversávamos sobre isso.

- Você está enganada. Jane tinha curiosidade em saber como seria dar o cu. Havíamos marcado na casa de vocês para eu lhe inaugurar o "caneco". Por isso, ela pediu para sair do hospital. Lá, não poderíamos fazer sexo à vontade.

- Você só pode estar mentindo. Não acredito que ela pensasse nisso nas condições em que estava...

- Estou dizendo a verdade. Confesso que fiquei frustrado por não ter fodido o seu buraquinho.

- Você está querendo muito me foder o rabo, por isso está inventando essas histórias. Você é igual ao coroa safado. Sinto muito mas permanecer contigo me faz correr o risco de me apaixonar mais ainda e não conseguir te deixar. Não quero passar de novo pelo mesmo que passei com o coroa. Chega. Vou-me embora. Precisa de dinheiro para ir pra casa?

- Não, obrigado. Mesmo se estivesse precisando, não te diria. Pode ir embora. Mas não me procure mais. Chega desse nosso vai e volta.

- Pensei que ia ao menos me pedir para que eu permanecesse aqui contigo. Fica claro que você não me ama.

- Você é cheia de gostos. Dominava tua irmã e quer fazer o mesmo comigo. Não daríamos certo pois eu não me deixo dominar pela parceira. Também tenho personalidade forte, como já deve ter percebido. Então, é melhor mesmo nos separarmos.

Ela o olhava com ódio. Levantou-se e saiu da mesa. Rumou em direção ao carro sem nem olhar para trás. O negro não lhe deu atenção. Continuou bebericando a sua cerveja. Antes dela entrar no carro, ele levantou-se e foi ao sanitário. Se tivesse demorado mais um pouco a fazer isso, teria visto a mulher ser abordada por dois caras. Um deles estava armado de pistola. Disse para ela:

- Entre no carro, vadia, e dirija. Vamos te levar pra um lugar onde te faremos feliz.

- Quem são vocês?

- Não se lembra mais de nós, sua puta?

- Nunca os vi em minha vida.

Janice levou um murro na nuca, do cara que se sentara no banco de trás. Bateu com o rosto no volante. Desmaiou imediatamente. O sujeito que estava ao seu lado a puxou para o banco do carona e assumiu seu lugar ao volante. Deu partida no carro, deixando o que vieram dirigindo estacionado do outro lado da rua. Após uns vinte minutos, chegaram a um terreno baldio que havia em Olinda, logo depois da divisa entre as duas cidades vizinhas. Entraram de carro por uma abertura no muro que deveria proteger de invasão o terreno cheio de mato e lixo, e pararam adiante. Os dois saltaram do carro e carregaram a mulher desmaiada, depositando seu corpo no chão. Um deles deu uns tapas no rosto dela. Janice despertou assustada.

- O que querem de mim? Isso é um assalto? Se for, podem levar o carro.

- Vai continuar fingindo que não nos conhece?

- EU NÃO CONHEÇO VOCÊS! Devem estar me confundindo com minha irmã.

- Mesmo? E cadê ela? - Perguntou um deles, sem acreditar na bancária.

- Ela morreu anteontem. Se vocês a conheciam, deveriam saber disso.

Os dois se entreolharam. Um deles falou:

- Eu ouvi dizer que Jane teve um chilique e foi internada. Será...?

- Agora, sei. Vocês estão me confundindo com a minha irmã Jane. Eu me lembro de ter visto fotos de vocês nus, gravadas no telefone dela.

- Cadê teu celular? - Perguntou o mais velho dos dois.

- Está no carro. - Ela respondeu.

Quando o outro foi ao veículo e voltou com o aparelho na mão, o mais velho o examinou. Concluiu:

- Esse não é mesmo o telefone daquela catraia.

- O que faremos agora?

- Faremos o que viemos fazer aqui: foder e mandar as fotos praquele filho da puta.

- Não. Por favor... - implorou ela.

Levou outro murro, dessa vez no rosto. Perdeu novamente os sentidos.

Os dois caras a despiram e, enquanto um a sodomizava, o outro filmava. Havia tirado toda a roupa e ficou se masturbando com uma mão, enquanto a outra apoiava a câmera no ombro. Aproximou a lente e filmou o detalhe da pica do outro enfiada na boceta de Janice. O close o deixou mais excitado ainda. Depois, trocaram de lugar. O mais novo foi duplamente afoito: fodeu-lhe o cu e depois a boceta. O parceiro também passou a filmar o estupro. Principalmente quando o pau do outro esteve metido entre as pregas dela. O sujeito ficou arreganhando o ânus da mulher, que estava vermelho e dilatado. Voltava a enfiar seu pênis de tamanho médio ali, e este entrava macio. Retirava-o totalmente e depois voltava a introduzi-lo de novo. Não satisfeito, o que fodia buscou um pedaço de pau e preparou-se para enfia-lo no ânus da morena. Levou um tiro no meio do peito.

*****************************

Marcelo saiu do banheiro e voltou para a mesa. Não viu mais Janice e demorou-se bebendo sua cerveja. Recebeu uma ligação. Viu que o número pertencia à negra Aninha, a rabuda. Desistira de estar com ela. Preferiu curtir sozinho a sua fossa de ter perdido a morena. Ou, talvez, beber com alguém que ele não conhecesse. Por isso não atendeu a ligação. Deixou o celular tocar. Aí, ouviu uma voz feminina atrás de si:

- Teu celular está tocando. Não vai atender?

Voltou-se e olhou em direção a voz. Viu uma mulata bonitona que também bebia uma cerveja. Ele disse:

- Não vou, não. Mas muito obrigado por me alertar.

- É a morena que saiu daqui quase ainda agora? Por que não atende? Vocês formam um casal tão belo...

- As aparências enganam, moça. Descobri que somos incompatíveis. Portanto, ela não me interessa mais. - Retrucou ele, sem querer dizer que o telefonema era de outra pessoa.

- Não quer vir para a minha mesa? Aí, conversaremos sobre isso.

- Não, obrigado. O assunto para mim está encerrado.

- Pois, então, falemos de outras coisas.

Ele a olhou com mais atenção. A mulata era bonita, estava bem vestida e não tinha jeito de puta. O seios eram empinados e usava um decote generoso, mas nada vulgar. Ele perguntou-lhe:

- Qual o teu interesse de que eu vá para a tua mesa?

- Achei que você gostaria de ter companhia. Também estou solitária.

Ele levantou-se e se acomodou à mesa dela, levando sua garrafa. Ela lhe esticou a mão:

- Samide. Prazer. Como é teu nome?

- Marcelo, Samide. Teu nome é muito diferente. O quê significa?

- Nunca me interessei em saber. Pra mim, significa solidão.

- Você é uma mulata bonita. Não deve ter dificuldades em arranhar um namorado.

- Eu sou muito exigente. Devo assustar os homens.

- Qual a tua primeira exigência quando está com algum deles?

- Ver sinais de inteligência no cara. Detesto machos burros. Depois, bom humor é fundamental. Por último, que me sejam submissos.

- Então não daríamos certo. Acabei de brigar com a morena por causa disso: ela queria ser superiora a mim.

- Eu ouvi a conversa de vocês. Quando digo que gosto de homem submisso, me refiro ao fato de que ele não pode ser um fraco. Gosto de domá-lo. Molda-lo ao meu gosto. E teve um dos trechos da tua fala que eu achei muito interessante...

- Qual?

- A parte em que você confessou adorar a sodomia.

- Ouviu tudo isso?

- Sim. Também gosto de ser sodomizada. Mas só quando consigo submeter o macho à minha vontade. É o prêmio dele, eu oferecer a minha bunda ao seu prazer. Quanto mais vingativo, quanto mais violento ele for, melhor pra mim.

- Interessante. Nunca conheci alguém assim.

- Ainda tem chance. Se fizer meus desejos, faço os teus.

O celular do rapaz tocou novamente. Era a negra de novo. Insistia em ligar para ele. Marcelo esperou parar de tocar e desligou o aparelho. Voltou-se para a mulata:

- Onde estávamos?

- Aqui no bar. Mas poderíamos estar em algum lugar mais reservado. Um motel, por exemplo.

Ele parou para analisá-la de novo. Ela tinha os braços fortes, como se malhasse diariamente. Isso a deixava com o corpo um pouco masculinizado, mas na medida certa. Um garçom que lhe tinha atendido fez um sinal discreto, movendo de forma negativa o polegar, voltando-o para baixo. Ele pediu licença à mulata. Disse:

- Vou ao sanitário. Quando voltar, conversamos mais sobre o teu convite.

- Você acabou de ir ao banheiro, amore.

- Tenho a bexiga viciada. Volto já.

Ele passou perto do garçom e acenou para que ele o seguisse. Quando estavam fora das vistas da mulata, Marcelo perguntou:

- O que quis me dizer com aquele gesto?

- Que saia dali. Conheço a figura. Você não iria gostar.

- Por quê?

- Aprecia travestis?

- Não me diga que...

- Digo, sim. Já houve brigas aqui por causa do puto. Ele começa apalpando o caralho do cara. Quando o sujeito mete as mãos entre suas pernas, retira-as com raiva.

- Entendi. Obrigado pela informação.

- De nada, cavalheiro. Vai querer a conta? Imagino que pretenda ir-se embora...

- Me diz quanto devo...

- Existe uma saída pelos fundos. Pode escapulir por ela. - Disse o cara, após receber o dinheiro.

Pouco depois, ele religava o celular. Descobriu ter recebido mais de cinco ligações da negra. Resolveu-se a lhe telefonar de volta. Ela atendeu aflita:

- Onde você está? Porra, já te liguei uma caralhada de vezes...

- Não ouvi a tua ligação. Estava tomando umas.

- Sei disso. Te vi no bar. Sabe onde fica um terreno baldio, perto da orla de Olinda, nas proximidades do Varadouro?

- Sei. Não é onde fica aquela favela?

- Isso. Vai pra lá. Terá uma surpresa.

- Qual? Pra mim, chega de surpresas por hoje...

Mas Aninha já tinha desligado e não ouviu a sua pergunta. Ele chamou um táxi e, quando ia entrar nele, foi abordado pela mulata que o garçom afirmara ser travesti. Achou que ela disfarçava a voz e os gestos muito bem. Ela estava com um vestido muito elegante, com uma abertura do lado. Perguntou para ele:

- Ei, pra onde vai? Ia me deixar sem nem se despedir de mim?

- Não aprecio travestis.

- Não aprecia...? O quê? De que porra está falando?

- Não gosto de quem tem uma bilola entre as pernas, caralho. Agora, deixe-me em paz, antes que eu me enfeze.

Ela espalmou a mão em seu peito, encostando-o no carro. Rosnou:

- Quem te disse isso? O merda do garçom?

- Talvez.

De repente, ela pegou sua mão e a puxou para si. Tocou com ela entre as suas pernas, antes que o negro pudesse se esquivar. Rosnou de novo:

- Vê se encontra um caralho aí, seu puto.

Primeiro, Marcelo quis retirar a mão depressa. Ela a segurou com firmeza. O negro cedeu. Estava curioso e queria tirar a dúvida. Tocou numa vulva cabeluda, pois ela estava sem calcinha sob o vestido. Não satisfeito, roçou o dedo na racha. Esta estava molhada.

- Viu que caralho enorme tenho entre as pernas? - Perguntou com ironia a mulata.

- Ei, se vão namorar, entrem no carro... - disse o taxista.

- Só um momento, Hamilton. Deixa eu provar uma coisa para esse idiota.

- Conhece a mulata? - Perguntou o negro, se voltando para o motorista.

- Sim. Já faz algum tempo que a levo daqui do bar pra sua casa...

Marcelo deu um rápido beijo na mulata. Prometeu para ela:

- Vou ali e já volto. Me espere no bar.

- Espero se eu quiser. Se demorar, vou-me embora.

Ele não respondeu. Entrou no táxi e pediu que o cara rumasse para Olinda. Cerca de vinte minutos depois, chegaram ao terreno indicado pela preta. Ele olhou em volta e o lugar estava deserto. Pegou o celular e ligou para Aninha. Informou:

- Estou defronte ao terreno. O que queria me mostrar?

- Entre pela abertura do muro. Saberá logo. Está de táxi?

- Sim.

- Dispense-o. Se precisar, chame outro.

Depois de fazer o que a negra sugeriu, ele esperou o taxista desaparecer de vistas e entrou pela abertura do muro. Viu imediatamente o que Aninha queria que ele visse: três pessoas estendidas no chão. Correu para Janice. Percebeu logo que ela estava apenas desacordada. Respirava. Ele a sacudiu. Ela despertou assustada. Gritou:

- Deixem-me. E vou gritar por...

Aí, reconheceu o negro. Abraçou-se com ele, chorando. Ele perguntou:

- O que houve?

- Dois caras me obrigaram a vir para cá. Me estupraram, Depois, queriam... Ai, meu Deus...

- Eles te ameaçaram? - Perguntou o jovem, vendo uma pistola na mão de um deles, prostrado no chão. Havia poças de sangue debaixo dos dois corpos. Marcelo já os havia identificado como sendo os dois caras que estudavam com ele na faculdade.

- Sim. Sim. Botaram uma pistola na minha cabeça. Senhor Jesus Cristo. Que medo. Que dor. Eles... eles me confundiram com a minha irmã. Estavam com muita raiva. O que será que ela fez a eles...?

- Agora, já não importa. Precisamos sair daqui. Deixe-me ajuda-la a se levantar.

Quando conseguiu ficar de pé, a morena gemeu de dor. Só então, viu os dois caras caídos. Deu um grito, quando percebeu o sangue.

- Ahhhhhhhhhhhh, o que você fez? Você matou os caras?

- Não. Não fui eu. Mas precisamos sair daqui depressa. Alguém pode ter ouvido os tiros, ou ter me visto entrar aqui.

Inesperadamente, ela deu-lhe um beijo na boca. Ele perguntou:

- Por que isso agora?

- Você veio me salvar. Não se preocupe, eu jamais direi que matou esses caras. Eles estão mortos, não?

- Acho que sim. Não vou querer saber.

- Então vamos, amor. Vamos lá pra casa.

- Não. Vou te deixar na tua residência e vou pra minha. Devemos estar distantes um do outro por uns dias, pra ver no que isso vai dar.

- Eu não quero ficar sozinha. Tenho medo.

- Agora, não corre mais perigo.

- Mas eu quero ficar contigo. Por favor.

- Melhor, não arriscarmos. Vamos sair daqui. Depois, pegamos um táxi, quando estivermos longe deste local.

Ela andava mancando, sentindo dores atrozes. Ele perguntou:

- Qual é o problema?

- Já te disse. Fui estuprada. Me sodomizaram. Estou muto dolorida... - Ela disse quase chorando.

- Acha que consegue andar algumas centenas de metros? Não podemos ser vistos nas imediações do crime.

Nem bem ele disse isso, viu uma viatura da Polícia se aproximar deles. Marcelo ficou nervoso. Pararam perto do casal. Mas o negro relaxou quando viu Aninha dentro da viatura. Ela botou a cabeça para fora da janela para dizer:

- Entra, depressa. Vamos sair daqui.

O rapaz pediu que Janice entrasse na viatura. Quando sentou-se ao lado da negra, a morena a reconheceu como sua vizinha. Perguntou o que ela estava fazendo ali. A preta disse:

- É uma longa história, mas que você vai ficar sem ouvi-la.

Quando Marcelo se sentou na frente, ao lado do motorista vestido de policial, Aninha apresentou:

- Este aí é o meu irmão, aquele que te falei.

- De nada - disse o sujeito, apertando a mão do rapaz.

Marcelo entendeu tudo. Janice ficou sem saber o que estava acontecendo. Porém, permaneceu calada. Aninha disse para o rapaz:

- Nós vamos levar vocês dois em casa e depois vou querer falar contigo.

Pouco depois, o trio estava num bar. O casal bebia cervejas e o militar um refrigerante. Ainda estava de serviço e fardado, por isso não aceitou o copo de cerveja oferecido por Marcelo. Este perguntou, depois de beber alguns goles:

- Querem me dizer o que está acontecendo?

- Estivemos te seguindo desde a faculdade. Vimos você e Janice conversando no bar, depois ela sair zangada. Aí, percebemos que foi abordada pelos dois calhordas que estudavam conosco. Pedi a meu irmão que os seguisse. Vimos quando arrastaram a morena para o terreno baldio. Meu irmão quis agir, mas eu o impedi. Estou arrependida. Acho que eu quis me vingar de Jane. Depois, percebi que a irmã dela não tinha culpa de eu lhe detestar a irmã. Perdemos tempo. Quando meu irmão agiu, os dois já tinham estuprado a pobre. Um deles estava armado e meu irmão atirou para matar. Ficamos nas redondezas, esperando que a Polícia passasse alguma chamada para ele, pedindo que investigasse o crime, já que a viatura estava nas imdediações. Se alguém tivesse nos visto, e tivesse ligado pra Polícia, seríamos os primeiros a chegar, entende?

- Entendo. E agradeço por você ter me ligado.

- De nada. Ou quase nada. Porém, vai ficar me devendo umas comidas de rabo.

O policial, que também era negro, deu uma gargalhada. Disse:

- Se é assim, vou querer te comer o rabo, também - disse ele, se referindo a Marcelo.

- Com a devida permissão para me expressar em palavras: vai te foder! Mas continuo agradecido. No entanto, o máximo que posso fazer por você é a gente trocar: tu come meu rabo e eu como o teu.

- Não aceite o acordo, mano. Você sairia perdendo. O preto aí tem um caralho do caralho!

Todos riram. Marcelo perguntou:

- E agora?

- Agora, fique na sua. Depois, minha irmã te dá informações de como anda o caso. Por enquanto, sugiro não se aproximar da morena, vizinha de Aninha. Te viram com ela no bar. Isso pode chegar ao conhecimento da Polícia.

- Eu e ele podemos ficar juntos, mano?

- Não aconselho. Podem te ligar a ele e, por conseguinte, ele a mim.

- Ahhhhhhhhhhh, que pena. Queria tanto estar com ele, pra dormirmos juntinhos...

- Descanse o rabo, Ana. Depois, vocês tiram o atraso. O ideal seria que ele tivesse uma testemunha que jurasse estar com ele na hora do crime.

- Acho que sei quem pode fazer isso.

Depois de tomar uma única cerveja com os irmãos, Marcelo agradeceu novamente o favor e se despediu deles. Chamou um táxi e voltou para o bar onde estivera com Janice e conhecera a mulata. Ela ainda bebia sentada à mesma mesa. Ficou feliz em vê-lo. Ele sentou-se e ela agradeceu:

- Obrigada por voltar, amore. Não acreditei que faria isso. O que te fez sair apressado daqui?

- Eu havia deixado uma torneira aberta em casa. Uma vizinha me ligou dizendo que o apartamento estava inundado e já vazava para outros apês - mentiu ele.

- Já me aconteceu parecido. Pensei que tivesse ido se encontrar com a morena que estava contigo.

- Confesso que ela me ligou arrependida. Quer voltar. Prometi pensar no assunto, mas não estou muito afim - Mentiu novamente ele.

- Volte a namorar com ela.

- E você?

- Podemos continuar nos vendo, se quiser. Não ligo que tenha namorada. Quem for melhor das duas, fica com você.

- Aceitaria, numa boa, perder para ela?

- Eu nunca perco, amore. Mas você é quem está perdendo tempo. Já devíamos estar fodendo.

FIM DA DÉCIMA PARTE

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Comentários

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Meu está muito bom...

Mais tá muito curto.. poderia colocar dois episódios de uma vez

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Muito bom tanto que desejo que o fim não esteja próximo e que muitas fodas deliciosas sejam relatadas além das reviravoltas constumeiras que apresio muito.

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