Rei do tráfico - cap 12 - Passado

Um conto erótico de Michel Ress
Categoria: Homossexual
Contém 2359 palavras
Data: 05/11/2018 16:41:27
Última revisão: 05/11/2018 20:04:52

A relação com minha mãe sempre foi a mais saudável possível. Como eu era o filho mais novo sempre recebi mais atenção que meu irmão é mais mimos.

Quando tinha 9 anos voltei para casa com um olho roxo, ela ficou uma fera, me colocou no carro e me matriculou na aula de karatê, me dizendo que eu tinha que aprender à me defender.

E foi bom, conseguia já me defender, eu sabia que poderia acabar com eles, um dia um menino me chamou de viadinho, quebrei o nariz dele, mesmo indo para direção e tomando uma suspensão, eles nunca mais se atreveram a me encher o saco.

Quando eu contei a minha mãe que eu era gay, ela chorou sim, só que mais tarde foi até meu quarto e falou o quanto que me amava e tinha orgulho de mim e não ia ser esse fato que ia mudar seu sentimento.

Ela era minha amada, fazia de tudo para ver ela feliz, mesmo com as traições do meu pai, eu sempre arrumava um jeito de distraí-la.

***

Vendo a situação do Gabriel não sabia o que fazer, não tinha passado por aquilo.

Eu fui atrás dele, ele estava sentado na cama do meu quarto com as mãos no rosto, me deu muita pena.

-Gabriel, desculpa...-Eu estava de joelho na frente dele, tinha medo de tocá-lo.

Ele não respondia, me preocupei com isso.

-Olha para mim? -Eu tirei as mãos do rosto dele, ele estava com os olhos vermelhos e estava chorando.

Foi difícil ver essa cena e eu era o motivo disso tudo.

-Eu não sei o que te dizer. -Eu não conseguia achar as palavras certas.

-Não precisa falar nada cara. -Ele olhava para baixo, sentia a dor que ele estava passando.

-Preciso sim, eu provoquei isso, eu que quis saber demais.

-O que você esperava? -Nesse momento ele me olhava, sua tristeza era palpável.

-Só queria saber mais de você. -Falei triste também.

-Eu tinha 5 anos quando ele foi embora, ela estava grávida de um menino, meu irmão.

Ele estava olhando para suas mãos no seu colo, falava entre as lágrimas.

-Ela e meu pai começaram a brigar dês que descobriram que estava grávida, ela não queria mais uma criança envolvida no mundo do meu pai. Um dia eles brigaram muito feio, ele quase bateu nela, me mandaram para o quarto e eu chorei de preocupação pela minha mãe, de noite ela veio até minha cama, estava com uma mala, ela se abaixou e me deu um beijo no rosto, falou que me amava e que um dia iria me buscar.

Cada palavra dele doía meu peito, achei que iria chorar junto.

-Por que Michel? Por que ela nunca veio me buscar? -Nessa hora ele chorou mais ainda, chegava a soluça, eu não aguentei e o abracei, sentir lágrimas escorrer pelos meus olhos em ver meu príncipe naquela situação.

-Ela me deixou com aquele carrasco, ele me batia, me colocava de castigo por qualquer merda que fazia. Teve uma vez, eu tinha uma cadela, chamava Julie, um dia ela fugiu e eu fui desesperado atrás dela. Não à encontrava, no outro dia ela apareceu morta no quintal de casa. Chorei tanto e o meu pai me deu um tapa na cara, falou que era para eu ser homem, que essa cachorra teve o que merecia por ter fugido. Ele à matou Michel, matou por ter feito o que minha mãe fez. Agora me pergunto, será que ele não matou minha mãe também?

Sentir medo, medo de tudo aquilo, o pai do Gabriel era um monstro, não era ser humano e sim o próprio diabo.

Eu não tinha o que falar, só o coloquei no meu colo e tentei consolar ele. Ele soluçava e em meu rosto e caia muitas lágrimas.

-E então Michel, tem mais alguma coisa que você queira saber do meu passado? -Ele tinha se sentando e olhava para mim, estava vermelho e com os olhos inchados, fui no banheiro e peguei uma toalha de rosto para ele se limpa e um copo de água que fui buscar na cozinha, ele tremia.

Gente, vocês podem me julgar como sádico, mas eu precisava saber de mais uma coisa.

-Sim, tem uma uma coisa que preciso saber. -Eu olhei para baixo tentando buscar as palavras certas, mas resolvi ser direto.

-Você já matou alguém?

Ele soou o nariz e deu risada.

-Sério que é isso que você quer saber? -A risada dele era sombria, sarcástica.

Ele balançou a cabeça e se levantou e me olhou nos meus olhos, sua cara estava me dando medo da resposta.

-Sim Michel, já matei. -Um tremor passou pelo meu corpo, sei que isso era lógico, matar pessoas para eles eram normal, tinha até um ossário.

Eu não sabia o que fazer, só olhei para baixo não conseguia o encarar, ele pegou meu rosto com as duas mãos e me obrigou a olhar para ele.

-Já matei sim, vários até, pensei que com o tempo iria achar isso normal, mas não. Sabe como é difícil todo dia você acordar e antes de abrir os olhos você ver a cara de todas as pessoas que você já assassinou?

Sua feição era de dor, repúdio por ter feito essas coisas.

-Mas por que você teve que matá-las? -Ele já tinha me soltado e agora andava pelo quarto.

-Essas pessoas eram ruim, alguns era do Norte, outros por que queriam nos enganar e alguns por que meu pai achava que tinha que morrer.

-Então você somente é um capanga do seu pai? Faz o que ele manda e mata pessoas por que ele quer? -Eu estava indignado, aquilo era demais para mim.

-Eu não tenho escolhas, não tenho outra forma de viver, ele achava que eu tinha que provar que eu era capaz e ele me mandava fazer essas coisas.

-E agora? Ainda mata? -Eu o olhava fixo, sério e sem nenhum sentimento no rosto.

-Se precisar e for para proteger os nossos, sim.

-Então você acha mesmo que não tem escolha? Que você tem que fazer essas barbaridades só por seu pai quer que você faça?

Ele ficou quieto e eu continuei.

-Você é mais imbecil do que eu pensava, a vida é sua meu querido, você pode fazer o que quiser dela. Se seu pai é um psicopata, não é problema teu, mas se você tem medo dele, isso só mostra que é um covarde.

Isso gente, ataquei o ponto fraco dele, seus olhos ferviam de raiva, seus punhos estavam serrados e seus músculos contraído. Sabia que ia levar um soco, mas ele somente abaixou a guarda e me olhou triste.

-Eu sei disso e entendo que você não vai querer nada comigo.

-Eu também abaixei a minha bola, estava em um impasse, não sabia de novo o que fazer.

-Mas eu fui covarde com o seu pai também, aceitei o acordo que ele fez comigo e por um momento tive medo dele. Só que isso acabou, não jogarei mais esse jogo, vou tomar minha vida de volta.

-Ele não vai ter fazer mal, eu nunca vou deixar isso acontecer. -Ele chegou perto de mim, passou a mão no meu rosto, o carinho fez eu fechar os olhos.

Algum dia você já sonhou em ter nascido em outro tipo de família, outros pais? -Minha voz tinha acalmado, ele me olhava com carinho agora.

-Todo dia. -Ele tinha chegado mais perto, seu nariz estava perto de mim e sua boca fazia cócegas na minha.

-Como seria essa vida? O que você iria fazer?

-Eu queria ser arquiteto. -Aquilo me surpreendeu.

-Sério?

-Sim, amo desenhar e sou bom em cálculos. Mas sabe, a única coisa antiga que eu queria ter nessa nova vida?

-O que? -Agora sua boca estava muito mais perto da minha, sentia seu hálito delicioso.

-Eu queria ter conhecido você de novo.

Aí gente, claro que beijei muito ele, me julguem, eu estava sendo um inconsequente, um bobo apaixonado, mas isso era mais forte que eu.

Meu coração e meu cérebro já não estavam em paz devido minhas relações anteriores e nesse momento os dois eram inimigos mortais.

Bom, se passaram os dias, minha relação com Gabriel só aumentava, junto com meus sentimentos por ele.

Faziam muito amor, muitos beijos e carinho, era quase um conto de fadas, resolvemos fazer nesse tempo que tínhamos junto inesquecível, por que sabíamos que iria acabar, que o vilão iria aparecer e finalizar com a felicidade do casal.

Faltava só uma semana para o fim do acordo "um que não fazia mais sentido, só que eu aproveitei para fazer desse acordo uma chance de ficar com o Gabriel" e já estávamos preocupado com que iria acontecer.

Ele estava fazendo comida, eu comprei um avental para ele, estava de cueca boxer e com a avental, nossa me dava muito tesão aquela cena.

Fui devagar atrás dele e o encouchei, meu pau estava duro igual pedra, ele deu um pulo e suspirou.

-Você sabe que essa área tá proibida. -Sua voz era grave e gostosa, eu passava minha barba no seu pescoço e dava beijinho atrás da sua orelha.

-Um dia você vai me dar, tenho certeza disso. -Passei a mão por baixo no avental até seu pênis, que estava duro igual o meu.

Ele desligou o fogo e virou, me pegou pela cintura e me levantou, ele realmente ele era muito forte. Me colocou em cima da bancada, entrou no meio das minha pernas e me beijou furiosamente, eu gemia quando ele soltava minha boca e ia para meu pescoço. Tirou minha roupa me deixando nu, tirou o seu avental e abaixou sua cueca.

Me tirou da bancada e me colocou de costa, ele correu para o quarto e pegou camisinha e lubrificante e depois ele molhou um dedo e enfiou com força no meu cu, doeu um pouco mais ele mordia de leve minhas costas. Colocou a camisinha e o lubrificante, tirou o dedo e colocou a cabeça do seu pau, logo ele não teve pena e enfiou com tudo. Dei um grito de dor e ele não se importou e começou a bombar com força, depois de um tempo ele me colocou de quatro no chão da cozinha e ficou com cima de mim e voltou com a vai e vem, eu estava em êxtase, meu pau iria explodi.

-Meu Doutorzinho putinho, amo esse cuzinho gostoso. -Ele falava entre as respirada forte.

-Aiii, meu macho... isso me come gostoso. -Eu realmente parecia uma putinha.

-Vou gozar na sua boca. -Fiquei de joelho ele se levantou e encheu de porra minha boca. Bebi tudo e ele bateu uma para mim que em segundos gozei litros na minha barriga.

Caímos deitado no chão mesmo, estava geladinho.

-Nossa amor, foi incrível. -Ele me olhou de lado, ainda respirada querendo fôlego e eu também.

-Vamos tomar banho e terminar o almoço. -Falei me levantando e ajudando ele a ficar em pé.

Ele ficou atrás de mim e me acompanhou para irmos para o banheiro.

O dia foi ótimo, fizemos muito carinhos, carícias e beijos, assistíamos filmes e séries e comiam muitos, eu estava começando a engordar.

Antes de dormir fizemos sexo de novo, mas dessa vez ele me chupou e gozei na boca dele, ele não gostava muito, mas acredito que já estava acostumando.

Quando acordei, ele estava no meu lado, dormia pelado, acordar vendo aquela cena era sobrenatural, meu Deus que perfeito era meu loirinho lindo.

Fiquei o observado e me deu tristeza, aquele conto de fada um dia iria acabar, já sentia isso.

-Oi meu anjo. -Ele tinha acordado, seus olhos estavam meio fechados ainda e bocejou.

-Bom dia meu amor. -A minha tristeza tinha indo embora quando ele sorriu.

-Acordou mais cedo hoje por que? -Eu sempre acordava mas tarde e ele sempre me trazia o café na cama, às vezes ele comprava flores e me trazia junto com a bandeja de café, ele era muito romântico e eu amava isso nele.

-Eu acordei para ficar te admirando, ainda não acredito nisso tudo. -Eu sorria também, ele parecia uma criança feliz quando disse isso.

-Que lindo meu anjo, só não vou te beijar amor, por que eu ainda não escovei os dentes. -Ele ia se levantar, então o puxei e o beijei, que se foda o gosto dos nossos hálitos, eu precisava dele, sentir ele é isso gerou de novo sexo, mas a gente fazia amor e era incrível.

Terminamos de consumar o nosso ato de amor e ficamos na cama, já devia ser umas 10 horas.

Evitávamos de sair do apartamento, mas ficar em casa por tempo demais era um pouco tedioso, mesmo estando no lado dele.

-Amor, queria sair, dar uma volta, o dia tá tão lindo.

Ele fez careta, não gostava da ideia, mas sentia que ele queria o mesmo.

-A onde vamos meu anjo? -Ele me deu um selinho.

Pensei um minuto e resolvi, acho que ele já adivinhava a onde, tomamos banho, café e saímos.

-Só hoje vendo esse lago que posso ver a beleza dele. -Ele estava sentado do meu lado, evitamos demonstrar muito carinho em público, mesmo sendo um local mais isolado.

-E eu aprecio mais ainda por que você está aqui comigo. -Ele deu um sorrisinho de apaixonado.

Eu sorri também e ele me beijou, por muito tempo e mandei a discrição para o inferno.

Nosso beijo foi parando aos poucos e dando espaço a selinhos.

-Michel eu te...

Nessa hora ouvimos um tiro, alguém gritou e olhei assustado para o Gabriel, ele estava bem, não tinha levado o tiro, Graça a Deus, mas segundo depois alguém saiu de trás dos arbustos e o Gabriel rapidamente pegou sua arma que ele sempre levada consigo e mirou.

De novo era o Wallace, mas ele estava com uma mão na barriga, sua mão tinha sangue, muito sangue. Ele caiu no chão, merda ele levou um tiro.

Gente mais um capítulo novo, se você quer ler os próximos também já está disponível no wattpad

https://my.w.tt/U9EZ52quBR

Comentários

Grilo falante: sempre adoro suas teorias, Obrigado por está sempre lendo meu conto

Nayara, arrow, Nery, lebrumm , adoro vocês.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive Hess a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Essa trama está cada vez mais empolgante... O amor de Gabriel e Michel está cada vez mais intenso e muito gostoso de acompanhar... Aparentemente Gabriel ia admitir seu amor por Michel quando Walace apareceu baleado. Isso é estranho... O tiro foi no exato momento da declaração então quem será que baleou Walace, se nada estava acontecendo ao redor que motivasse o disparo? Será que não foi ele mesmo para evitar que Gabriel concluísse a frase por ciúme? Se foi isso, ciúme de quem, Gabriel ou Michel? Walace tem uma história que ainda não conhecemos e fica difícil confiar plenamente nele . Vamos aguardar os próximos acontecimentos.... Obrigado por sua citaão a mim... Realmente minha cabeça cria muitas teorias, mas só porque a sua trama é muito boa e nos dá margem de viajarmos nela... Abraço.

0 0
Foto de perfil genérica

Espero que o casal fique juntos. O Wallace tenho um certo pé atrás com ele.

0 0