Anos Incríveis | Capítulo 4: A Balada

Um conto erótico de Bia T
Categoria: Homossexual
Contém 2408 palavras
Data: 29/10/2018 10:26:20

Voltei S2! Esse é o capítulo 4 de Anos incríveis, espero que gostem! Antes desta continuação, recolocarei as principais características a respeito dos personagens, às vezes até eu mesma me confundo!

Ps: Pessoal, não sei o que aconteceu mas meu último capítulo deste conto deu alguns problemas para postá-lo. Qualquer coisa, cliquem no meu perfil (Bia T) e o capítulo estará lá!

Robson -----

Idade: 15 anos(até este capítulo)

Altura: 1,72 m

Condições físicas: Magro, afeminado, cabelos até os ombros e castanhos.

Condições psicológicas: Introvertido, educado, solitário, simples

Padrão de beleza: Mediano

Signo: Capricorniano

Flávia ----

Idade: 15 anos

Altura: 1,72 m

Condições físicas: Magra, delicada, cabelos até os ombros e castanhos.

Condições psicológicas: Introvertida, educada, amável, simples

Padrão de beleza: Mediano/Alto

Signo: Capricorniana

Monique ----

Idade: 19 anos

Altura: 1,71 m

Condições físicas: Porte médio, cabelos curtos e pretos, coxas grossas

Condições psicológicas: Extrovertida, brincalhona, parceira

Padrão de beleza: Mediano/Alto

Signo: Ariana

Alessandra ----

Idade: 22 anos

Altura: 1,76 m

Condições físicas: Magra, delicada, cabelos longos e loiros, até no meio das costas, olhos azuis

Condições psicológicas: Equilibrada, responsável, boazinha

Padrão de beleza: Altíssimo/Modelo

Signo: Leonina

Heloísa ----

Idade: 16 anos

Altura: 1,74 m

Condições físicas: Porte médio, corpo atlético, cabelos longos e pretos, até no meio das costas

Condições psicológicas: Extrovertida, responsável, corajosa, líder

Padrão de beleza: Alto

Signo: Ariana

;-) E vamos para o conto!

Anos Incríveis | Capítulo 4: A Balada

Robson: O quê? Unhas? Tá louca é!?!? Do quê é que você está falando Helô??

Heloísa: Há, mas não se faça de desentendido... Você Fez ou não fez seu cabelo e suas unhas?

Robson: E-eu não!!! juro!!

Heloísa: Então você jura, pela nossa amizade??

Heloísa estava jogando duro, ela queria que eu falasse a verdade para ela de qualquer jeito!

Robson: J-juro... – Falei sem muita convicção.

Heloísa demorou alguns segundos para responder, respirou profundamente e disse

Heloísa: Nossa! Sério Robson... achei que fossemos mais amigos que isso... esperava coisa melhor de você – Heloísa começou a falar em tom de choro.

Robson: H-helô, calma aí, eu não sei do quê... – Antes de terminar a fala, Heloísa me interrompeu.

Heloísa: Pára! Se for pra contar mais mentiras pra mim, é melhor nem falar nada... você me magoou, Robson! – Disse, já começando a chorar.

Heloísa: Nos vemos na segunda-feira...

Robson: Peraí, eu...

Heloísa desligou o celular. Fiquei arrasada por tê-la magoado, mas não poderia admitir tudo o que se passava na minha vida naquele momento. Por mais que gostasse da Heloísa, contar tudo o que aconteceu comigo no dia anterior poderia fazer com que eu a perdesse para sempre. Sempre dividi com ela tudo o que acontecia na minha vida e ela fazia o mesmo comigo mas desta vez não podia ser assim.

Cheguei na república, meio triste, e já fui me transformar na Flávia. Era um alívio poder vestir as roupas que eu queria de novo. Eu me sentia como um pássaro preso numa gaiola que após o meio dia podia sair livre e voar pelo céu mas nas primeiras horas da manhã tinha de voltar a ficar enclausurado.

Vesti uma calcinha preta com rendinhas, um soutien clarinho, pus o shortinho jeans azul-escuro e o topzinho branco. Penteei meu cabelo, peguei meu chinelo havaiano rosa e fui almoçar. Após comer, estudei um pouco e depois fui dormir.

Acordei às 17:30, meio assustada com o horário, tinha dormido demais! Olhei para meu celular e não tinha nenhuma ligação perdida nem mensagem recebida. Fui para a sala para ver se tinha algo interessante na TV e vi Alessandra, sentada no sofá, entediada.

Alessandra: Oi Flavinha! Tudo bem? Como foi seu dia? – Alessandra sorriu levemente

Flávia: Não foi nada muito bom... – falei desanimada

Alessandra percebeu que eu não estava bem e fez um gesto com as mãos, indicando para que eu me sentasse no tapete, de costas para ela. Fiz o que ela pediu, me encostei no sofá e começamos a assistir um filme sem graça. Enquanto eu começava a contar sobre minha briga com a Heloísa, Alessandra afagava meus cabelos, escutando toda a história. Conforme ela ia mexendo na minha cabeça, com movimentos suaves e macios, ia me deixando mais à vontade. Tomei coragem e falei que gostava da Heloísa.

Alessandra: Nossa! Eu pensei que você gostasse de meninos...

Flávia: Não! Eu gosto de meninas mesmo... pra falar a verdade, eu gosto da Heloísa! Nunca gostei de mais ninguém...

Alessandra: Ué, e se você gosta tanto dela, por que não diz logo a verdade?

Flávia: Qual verdade? Que eu gosto dela ou que... eu gosto de ser mulher?

Alessandra: Olha Flávia, ser mulher ou homem não tem nada a ver com a orientação sexual. Você pode querer ser mulher e, mesmo assim, gostar de outra mulher. Há até casos em que o casal está junto há muito tempo e mesmo assim alguém resolve mudar de sexo. É só você procurar no google, verá que tem muita gente assim!

Flávia: É, eu sei... mas e se ela me achar uma pervertida ou algo assim?

Alessandra: Se ela não te entender, fazer o quê? Se você tivesse que escolher, qual das duas opções você escolheria? Você escolheria ser mulher e não ter a Heloísa ou.... você escolheria ser o Robson e ficar com ela?

A Alessandra tinha razão. O que eu mais queria na vida era ser mulher. Eu amava a Heloísa mas, primeiro, eu tinha que amar a mim mesma.

Flávia: É... eu acho que eu iria preferir ser eu mesma.

Alessandra: Bingo! É só você contar tudo pra ela, ser sincera. Se ela não te entender, bola pra frente, pelo menos você tentou! E eu acho que ela não é desses tipos de pessoas preconceituosas, que perderia sua amizade só por causa de uma coisas dessas! – Alessandra falou, terminando de mexer nos meus cabelos.

Quando terminamos a conversa, me senti aliviada. A Alessandra já era praticamente uma mãe pra mim, tirou toda a minha angústia só com uma conversa. Decidi que na segunda-feira contaria tudo para a Heloísa. Ficamos mais um pouco assistindo o filme quando Monique chega na república, toda empolgada.

Monique: Oi gente!!! Se preparem! Hoje vocês dançar muuuuito, beber muuuuito e beijar muuuuito!!!

Alessandra e Flávia: Como assim?? Aonde vamos???

Monique: Hoje vamos na balada, meus amores! Vamos na balada “Pode vir que tô no clima”, uma balada no clube de regatas! É uma balada LGBT que também aceita heteros numa boa! Tem de tudo nessa festa!

Alessandra: Balada LGBT? Ai meu Deus Monique, você me vem com cada uma...

Monique: Qual o problema? Umas amigas minhas me chamaram para ir, vocês não querem? Já fui uma vez, não tem nada de mais! É bebida geral tudo incluso no preço da entrada, tem dois ambientes, é muito bom! Vamos!?!?

Flávia: Até que eu gostaria de ir, mas não tenho roupas...

Monique: Isso não é desculpa, minha filha! Eu te empresto um vestido chiquééérrimo que tenho aí!!! Se quiser calçado também tenho, temos o mesmo número de pés!

A conversa com a Alessandra me deixara mais confiante: resolvi aceitar o convite.

Flávia: Hum! Beleza então!!! Vamos sim! E vai ser a primeira vez que vou a uma balada!

Monique: Beleeeeeza moleca!! E você Barbie-girl??? Vai ou não vai???

Alessandra: Há, quer saber! Vamos sim! Hoje temos que nos divertir, não é Flavinha? – disse Alessandra, sem perceber que acabara de me dar a 'permissão especial' para sair da república vestida de mulher.

Flávia: Sim! Vamos arrasar naquele lugar!!! – Falei empolgada

Monique: Issssooooo!!! Assim que eu gosto!! Let's go girls! Bora nos arrumar!

Antes de me vestir, Monique ajeitou meu cabelo e fez de novo minhas sobrancelhas, a pedido meu, deixando-as arqueadas e arredondadas (eu não queria saber de mais nada, só queria ir para a balada e bonita).

Usei um soutien de silicone sem alça, com papel higiênico dentro dele para parecer os seios.

Ela também me maquiou, me passou sombras, usou rimel e passou um batom que amei, vermelho-escuro. Pintei minhas unhas na mesma cor e também usei uma correntinha dourada que havia comprado uma semana antes, com um pequeno coração e um “F” cravado nele.

Já eram dez horas da noite quando terminamos de nos arrumar. Eu usava um vestido nuvem lindo, curto, com rendas e comportado na frente mas com um decote generoso nas costas. Monique trajava um vestido curto e preto, rodado, com detalhes de rendas nas costas e com decote mediano na frente. Alessandra usava um vestido tubinho vermelho, ombro a ombro, com pequenos detalhes dourados nas mangas. Nos pés, eu usava uma sandália salto médio com cetim preto que treinei andar por horas para não passar vergonha na balada. Monique calçava sandálias salto alto, de plataforma, brancos e Alessandra usava um salto médio, grosso, scarpin.

Ficamos absolutamente deslumbrantes e eu já me sentia bem mais à vontade com as roupas femininas que eu usava. Desta vez não me emocionei e tiramos uma foto de recordação antes de irmos para a balada. É uma foto que tenho até hoje e está bem guardada na minha casa, exposta na estante da minha sala.

Como a primeira balada sempre é muito especial na nossa vida, eu jamais esquecerei daquele dia. Minhas amigas verdadeiras, a quem eu agradeço por tudo que fizeram por mim, as levarei para sempre no coração.

Chegando perto do Clube de Regatas, já havia muita gente e resolvemos parar o carro em um estacionamento particular que ficava a uns três quarteirões do local. Conforme íamos andando para a balada, muitos homens e mulheres mexiam conosco. Era até normal, visto que estávamos muito lindas, principalmente a Alessandra.

Monique: Nossa Alessandra, ir pra balada com você deixa a gente até mais animada. Estamos parecendo esses famosos chegando pra festa e todo mundo atrás da gente!

Flávia: Verdade Lê, você é muito bonita!

Alessandra: Há, que isso, estamos todos gatonas!

Monique: O bom é que você é humilde, ainda por cima!

Chegamos na porta do Clube, apresentamos os nossos bilhetes e entramos sem cerimônia. O Clube de Regatas era muito famoso na região e atraia pessoas de toda a parte, especialmente para essa balada LGBT, que acontecia só duas vezes por ano. Lá dentro, havia dois ambientes, um que tocava somente música eletrônica e outro que tocava vários outros estilos, mas o samba e o pagode eram os principais.

O lugar estava todo decorado, com muito estilo e esmero: havia várias árvores espalhadas pelo clube, a maioria iluminada com luz verde mas também outras com luzes vermelha e azul. Também havia um lago grande, que tinha uma fonte iluminada com luz cor branca.

Eu estava encantada com tudo aquilo, era a primeira vez que ia para um lugar daqueles. Todos pareciam felizes e havia muitas tribos por lá. Tinha o grupos dos gays, que estavam vestidos de todo jeito, tinha os grupinhos de lésbicas e tinha também a turma dos heterossexuais. Também havia muitos casais.

Éramos sempre o grupo que mais recebia cantada, principalmente das lésbicas.

Lésbica 1: Ó Deusa de cabelos dourados, o que faço para ganhar seu coração?? – Falou uma lésbica já meio bêbada para Alessandra, que nem se deu o trabalho de responder a cantada, fazendo eu e Monique rirmos muito.

Lésbica 2: E vocês, gatinhas, estão sozinhas ou já têm parceiros ou parceiras? – Falou uma segunda lésbica, se achando esperta em chegar em nós ao invés de tentar Alessandra.

Monique: Não amor, gostamos de macho mesmo, mas valeu a tentativa!

Lésbica 2: Há, mas eu posso fazer vocês esquecerem dos homens rapidinho...

Monique: Sem chance, meu bem! Né Flávia!?

Flávia: Claro, claro!

Apesar de recusar a cantada da lésbica, me senti bem por ter conseguido enganá-la. Afinal, se eu conseguia tapear até mesmo uma lésbica, isso significava que eu realmente parecia mulher!

Após algumas batidas, que por sinal Alessandra estranhamente me permitiu beber, fomos para o ambiente com música eletrônica. Era muito bom e dançamos por muito tempo. A primeira música também não esquecerei: Time of my life.

Após umas dez ou onze músicas, decidimos descansar um pouco perto do lago, onde havia vários bancos de madeira que cabiam até três pessoas sentadas. Ficamos conversando e rindo por ali, até que Monique avistou algumas amigas e foi correndo cumprimentá-las. Não demorou muito e já voltou rindo, me falando:

Monique: Flávinha, minha miguxa, tem uma amiga nossa que quer te conhecer!! Você disse que não gosta de homens então que tal!??!

Flávia: Hahaha! Não sei não Monique, não sei se sou lésbica mesmo. Aliás não sei o que sou...

Alessandra: Vai lá... Qual o problema de se conhecer alguém? É só uma conversa...

Monique: Já sei! Você está com vergonha do grupinho das minhas amigas né?!?! Então vou falar pra ela vir aqui! – Monique falou e já saiu correndo de volta para as amigas.

Flávia: Droga Lê, ela nem me esperou decidir!

Alessandra: Vai se acostumando...

Quando a garota que queria me conhecer veio chegando, percebi quem era e entrei em choque: Era a Heloísa! De todas as pessoas que existem nesse mundo, tinha que ser ela!

Heloísa: Oi, tudo bem, meu nome é... – Heloísa parou de falar.

Nesse instante, Heloísa travou e arregalou os olhos, fazendo cara de espanto. Monique e Alessandra estranharam e quando ameaçaram falar alguma coisa, Heloísa continuou:

Heloísa: É você, não é Robson? Eu sabia... – Falou tremendo, apesar de sorrir.

Flávia: E-eu, eu... – Eu não sabia o que falar.

Olhei para as minhas amigas e disse, com lágrimas nos olhos:

Flávia: Lê, Monique, vocês poderiam nos deixar a sós?

Monique e Alessandra: Claro Flá... qualquer coisa você nos chama! – Monique fez cara de 'Desculpa amiga'.

Fiquei sozinha com a Heloísa. Desta vez, não tinha desculpas e eu ia falar tudo para ela! Mas acabei me lembrando que foi ela quem quis falar comigo, achando que eu era uma menina. Achei estranho e, quando fui começar a falar algo, Heloísa começou.

Heloísa: Não acredito!!! I-isso, isso.... é um milagre!! – Disse, com voz trêmula e com lágrimas nos olhos, olhando para mim.

Ela chorava e sorria, o que me fazia ficar perdida: eu não estava entendendo nada!

Heloísa: É sim! É um milagre! – Disse chorando muito.

De repente, Heloísa se aproximou e me beijou. E não foi um beijo comum, foi destes beijos que só acontecem uma vez na vida, quando pessoas verdadeiramente apaixonadas matam a vontade de ter a pessoa que ama nos braços.

x-)

Fim deste capítulo amigos, até o próximo! S2 S2 S2 S2

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Comentários

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Genteeeeee me identifiquei muitoooo kkkkkkkk, a única diferença é que graças a deus não perdi minha mãe, mas também sou trans, quase a mesma idade, as amigas doidinhas, e não sei direito minha orientação sexual, amei!!!

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Nossaa!!! Meninaaaaa eu to amandoooo!!! Uaaua!!

Continueeeee!!! Tá maravilhoso!

Porém assim não consegui abrir o conto 3

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Obrigada pelos comentários, amigas!

Fernandinha Canedo: Clique no meu perfil e o capítulo 3 estará lá! É só ir lá no título do conto e logo baixo está escrito: Um conto erótico de Bia T. Aí é só clicar em Bia T. Qualquer problema, pessoal, deixem o email aqui nos comentários que eu mando o capítulo 3 para vocês!

Beijinhos!

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Estou amando e já estou ansiosa para as partes mais picantes da história

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Migaaaaaaa ta arrasando lacradoramente amo muito mesmo jeito de contar. Continua por favor bjs porpurinados da celly

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Amiga não consegui abrir o conto 3 o beco... 😭😢teria como me mandar por email ou Whatsapp???

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