Aprendendo a me aceitar - 3

Um conto erótico de Larissa cdzinha
Categoria: Homossexual
Contém 3678 palavras
Data: 24/09/2018 18:53:21
Última revisão: 24/09/2018 20:10:34

O dia correu normalmente, tomamos sorvete juntos, assistimos televisão e conversamos até não ter mais assunto. Por volta das 16h, decidimos que os pais deles, que estavam em um spa, poderiam chegar a qualquer momento e que seria bom eu me trocar. Triste, tomei um banho rápido e vesti minhas roupas masculinas. Ficamos mais um pouco a toa e então eu decidi ir embora. Cumprimentei a Nath com um beijo no rosto e seu irmão com um aperto de mão. Foi difícil disfarçar minha vontade de pular no colo dele, mas eu estava como homem e na frente da sua irmã.

- Amanhã a gente se vê na escola Nath!

- Pode deixar amor, beijos.

Cheguei a minha casa sem falar com ninguém e me tranquei no quarto. Ninguém ligou, pois eu fazia isso sempre. Nem tirei minha roupa e já deitei na cama. Coloquei meu fone de ouvido, minhas músicas e desabei. Chorei sozinho, quietinho, sem deixar ninguém perceber o que se passava. Me entreguei a dois homens em menos de vinte e quatro horas, dei a bunda a dois caras e um deles já poderia ter contado a todos da escola. Isso me desesperava. Chegou ao ponto de eu quase ter sido preso usando vestido. À noite, comi pouco e voltei ao quarto, onde fiquei jogando até tarde e decidi me deitar, pois no outro dia tinha aula. Pela manhã, vesti meu uniforme, me olhei no espelho desesperado imaginando mil e uma situações horríveis nas quais as pessoas sabiam que eu havia transado com o Samuel. Engoli o desespero, tomei um café rápido e saí.

Pelo whats, pedi à Nath que me esperasse no portão e assim ela fez. Nos cumprimentamos e entramos comigo tentando masculinizar ao máximo minha postura. Aparentemente, tudo estava normal. Apenas alguns garotos da minha sala me olhavam e davam risadinhas e diziam coisas como “cadê o vestido?”, mas nada que demonstrasse que eles sabiam sobre o que ocorreu fora da escola.

- Nath, está vendo o Samuel em algum lugar?

- Não, só se ele estiver em outro lugar.

- Estranho...

Os três que me atacaram passaram por nós e nem olharam na minha cara. Um deles estava visivelmente machucado, os outros dois apenas com hematomas leves. Ri internamente e falei pra Natasha que eles eram os três que apanharam do Samuel no banheiro.

- Nossa, o Samu bateu neles sozinho?

- Também só acredito porque vi acontecer.

Entramos na nossa sala e o dia correu normalmente. Como estava aparentemente tudo bem, me tranquilizei. Samuel realmente faltou, mas pra minha surpresa eu me peguei pensando diversas vezes não nele, mas em quem eu não deveria pensar. Minha mente viajava enquanto o professor explicava a matéria, sentia um ardidinho no ânus e um calor no coração quando me lembrava de tudo o que rolou com Rodrigo. Isso me rendeu uma bronca por não estar prestando atenção e risadas da turma. A risada da Natasha era diferente, imaginando que eu estava pensando em Samuel.

Quando deu o horário de ir embora, morri de vontade de ir a casa dela e pra minha sorte fui convidado.

- David, quer ir em casa hoje?

- Claro!

- Que felicidade é essa?

- Nenhuma, só estou me sentindo estranho depois de tudo e quero sua companhia.

- Ok então, vamos!

Seu irmão sempre a buscava no carro dele, e meu coração acelerou só de lembrar isso. Quando entramos no carro, pra minha surpresa ele foi totalmente frio, como se nem me conhecesse, como era antes do que aconteceu. Fiquei triste, mas segurei pra disfarçar durante todo o trajeto silencioso. Na casa dela, percebi que seus pais não estavam. Como eram empresários, passavam muito tempo fora resolvendo problemas das empresas e a casa era cuidada por empregados que iam embora durante a tarde. Nath aproveitava essa facilidade para lavar minhas roupas femininas na máquina com secadora e guardá-las quando sabia que seus pais ficariam fora. Almoçamos e seu irmão foi direto pro quarto dele sem praticamente olhar para mim, isso partiu meu coração. Fui para o quarto da Nath e lá começamos a conversar até os empregados irem embora às 16h, quando pedi para me vestir de menina.

- Nossa, não consegue mais ficar sem se vestir amiga?

- Besta, é que é muito bom!

- Relaxa, meus pais só vem tarde da noite hoje e você é como uma irmã pra mim.

- Eu te amo Nath.

- Eu também te amo meu Best!

Fui tomar banho. Me raspei e, como o banheiro ficava no quarto dela, saí de cueca e bermuda para escolher minhas roupas. Pra minha surpresa ela estava apenas de calcinha e sutiã, um conjunto simples branco que destacava seu corpo com tudo durinho em formato de violão.

- O que é isso Nath? De lingerie na minha frente?

- Uai, qual o problema? Você é tão menina quanto eu David.

- Mas eu sou bi, não gay.

Ela riu sarcasticamente.

- Você quer insistir mesmo que é bi? Relaxa amiga, qual o problema de ser gay? Depois do que você fez depois da festa, não consigo mais te ver como bissexual. Me desculpa.

- Tudo bem, se você não liga de ficar assim...

- Escolhe sua roupa aí e chama a Larissa. Pode se trocar na minha frente sem precisar ir ao banheiro.

- Ok então.

Escolhi um conjunto de calcinha e sutiã rosa pink, de rendas, com a calcinha estilo asa delta e o sutiã com bojo, um short jeans curtinho azul e uma blusinha básica preta. Pros pés me deu vontade de usar um par de sandálias rasteiras pretas, com tiras por todo o pé. Após prender minhas bolas para cima, vesti a calcinha (isso eu fiz no banheiro) o sutiã e as outras roupas. Maquiei-me levemente com pó e base apenas pra afeminar um pouco mais minha aparência, que já era afeminada pelo meu cabelo emo e estava pronta.

- Uaaau, você fica diferente assim, gostosa! – brincou Nath.

Dei uma risadinha e mandei um beijinho com as mãos na cintura.

- Vamos dançar miga? – continuou ela.

- Não sei dançar, mas tenho vontade de aprender.

Nath foi até o seu notebook e colocou uma playlist de funk. Calcei as sandálias e começamos a dançar. Ela sabia muito bem requebrar os quadris, já eu tentava isso pela primeira vez, mas ela disse que eu levava jeito. Quando estávamos nos divertindo, rindo e dançando, seu irmão abriu a porta do quarto sem bater já falando algo, mas olhou pra mim e ficou mudo.

- Nath telefone pra vo...

Ela abaixou o som enquanto eu e ele nos encarávamos. Ele me olhou dos pés a cabeça sem conseguir evitar que Nath percebesse. Então continuou falando sem tirar os olhos das minhas coxas.

- A mãe quer falar com você.

- Ninguém te ensinou a bater na porta não moleque?

- Tranca se não quiser que alguém entre, vê se não enche o saco.

Sem conseguir me dar uma última olhada, Rodrigo entregou o telefone para minha amiga e saiu do quarto um tanto irritado. Enquanto ela falava com a mãe, gesticulei que iria tomar água e ela fez sinal pra que eu fosse. Na verdade eu iria para o quarto dele, mas ouvi barulho na cozinha e fui até lá. Dessa vez eu que tomei a iniciativa.

- Hoje você foi seco comigo no carro e no almoço, por quê?

- Eu precisava disfarçar.

- Nossa, mas precisava de tanto?

- Desculpa, pensei que você iria perceber.

- Não percebi não Rodrigo, fiquei triste.

- Triste? Como assim triste?

Me toquei que falei demais, mas prossegui.

- Sei lá, só não queria ver você me tratar mal.

- Não te tratei mal, eu só não sei o que fazer Larissa.

- Como assim?

- O que fizemos não é certo. Você é amiga da minha irmã e eu sou hétero.

- Alguém disse que você deixará de ser? Você gostou da minha aparência feminina. Além disso, por mim isso ficará entre nós.

- Então você quer continuar?

- Pensei em você hoje o dia inteiro Rodrigo.

- Porra, eu também pensei em você o dia inteiro.

Enquanto conversávamos, eu enchia um copo de água e me encostava no balcão ao lado do fogão. Rodrigo estava em pé a um metro na minha frente e nossa linguagem corporal denunciava a qualquer um o que estava rolando ali.

- Atrapalho algo? – Nath entrou na cozinha nos interrompendo.

- Não Nath. – Respondi.

- O que há entre vocês dois?

Rodrigo se adiantou e respondeu de forma ríspida.

- Nada Natasha, por quê?

- Vocês devem achar que sou alguma idiota né? Quem vai falar primeiro, meu irmão ou minha melhor amiga?

Fiquei surpreso por ela se referir a mim no feminino mesmo estando brava.

- Nath, do que você está falando? – Insisti em perguntar.

Me ignorando, ela se voltou ao irmão.

- Olha Rodrigo, se o problema é alguém ficar sabendo, eu jamais contaria aos nossos pais. Até porque eles provavelmente a proibiriam de vir aqui.

Rodrigo permaneceu em silêncio.

- Anda Rodrigo, você só vai falar o que eu já percebi. Olha a tensão entre vocês, qualquer um percebe.

Ele hesitou por alguns segundos enquanto ela o encarava visivelmente irritada. A cabeça dele devia estar a mil tendo que tomar uma decisão em tão pouco tempo.

- Olha Natasha, eu e ela ficamos quando você dormiu. Mas por favor, não conta nada aos nossos pais.

Arregalei os olhos e olhei pra ele em total desespero. Quase ao mesmo tempo senti uma vontade enorme de chorar, pois havia mentido para minha melhor amiga e provavelmente ela não me perdoaria. Vendo meus olhos contendo as lágrimas, Rodrigo me encarou e depois olhou pra ela, continuando a falar.

- Depois que você dormiu, eu fui até a cozinha e foi quando aconteceu. Depois forcei pra ela não te contar até eu decidir que seria a hora.

- Isso é verdade Larissa? – Indagou minha amiga, me encarando.

Sem falar e já deixando escorrer uma lágrima solitária, apenas afirmei com a cabeça olhando para o chão.

- Assim que vocês dois terminarem essa conversa, te espero no meu quarto. – Encerrou ela, dirigindo a voz a mim.

Uma vez sozinhos, olhei para Rodrigo esperando alguma atitude da parte dele. Ele se aproximou e nossos corpos se encostaram.

- Acho que isso facilitou tudo né Lari?

- Também acho, me beija?

Nossas bocas se encostaram e as línguas se entrelaçaram. Rodrigo me abraçou enquanto me beijava lentamente. Meus braços se cruzaram em sua nuca e assim permanecemos por alguns segundos que para mim pareceram uma eternidade. Entre selinhos e mordidinhas nos beijávamos apaixonadamente. Paramos de nos beijar e eu ria sozinha de felicidade enquanto olhava em seus olhos, estava vivendo meu sonho de garota com um rapaz lindo.

- Eu preciso ir lá, ela quer falar comigo.

- Tá bom, agora eu sei que sempre vou ter você aqui.

Nos beijamos mais uma vez rapidamente. Insegura, eu precisava de mais uma confirmação.

- Você tem certeza disso Rô?

- Tenho sim, ela vai guardar segredo e nós também. Estou gostando de ficar com você.

- Meu gato!

- Mas eu quero ficar com a Larissa ok? O David será apenas meu colega.

- Tudo bem, é justo.

Feliz e sorridente dei um último selinho nele e fui para o quarto da minha Best, torcendo para ela ainda desejar ser minha best. Ao entrar no quarto, vi que ela estava sentada na cama mexendo no celular, mas ao notar minha presença parou e jogou o aparelho na cama.

- Senta aqui, vamos conversar.

- Olha amiga, eu sei que você ficou bra...

- Cala a boca, agora eu vou falar.

Assustada, sentei na cama com as pernas de lado de forma que as rasteiras ficavam pra fora do colchão, olhando para minha amiga e esperando a bronca.

- Você sempre foi meu melhor amigo como David, nunca te escondi nada e sempre confiei totalmente em você. Então conheci a Larissa e meu sentimento por você aumentou demais, só que eu fiquei muito brava com você por ter escondido isso de mim. Agora me pergunto se ainda posso confiar em você.

Eu apenas ouvia, olhando para o colchão sem ter coragem de encará-la.

- Olha para você, está de shortinho, blusinha e rasteirinha na minha casa. Por mim você pode ser mulher comigo aqui e fora daqui quando quiser, desde que eu possa confiar em você. Eu percebi que você e meu irmão estavam se olhando diferente depois daquela noite, mas não disse nada pra estragar o fim de semana. Te chamei aqui hoje porque queria a confirmação do que no fundo eu já sabia. A pressa com que você saiu quando minha mãe ligou só ajudou a confirmar minhas suspeitas.

Como sempre, eu já estava emocionada, triste e sentindo que perdera minha amiga.

- Dessa vez vou perdoar porque conheço meu irmão e sei que ele pode ter sido persuasivo. Mas se você voltar a esconder algo de mim, qualquer coisa, nossa amizade acaba. Eu jamais vou contar a alguém sobre você, mas se nossa amizade terminar, você pega suas coisas femininas e leva embora. Fui clara Larissa?

Eu comecei a chorar, me inclinei para a frente e abracei-a.

- Me desculpa Nath, me desculpa por favor!

- Ta tudo bem agora Lari, só não repita isso.

Recebi um abraço cheio de calor que me acalmou.

- Agora vai lavar esse rosto e retocar essa maquiagem. Vamos assistir a um filme? Eu, você e o Rodrigo.

Me surpreendi.

- Certeza Nath?

- Sim, fica tranquila que vou te ver como minha cunhada agora. Entre nós você é a namoradinha do meu irmão.

Extremamente feliz, dei um salto saindo da cama e fui ao banheiro, onde lavei meu rosto, retoquei a maquiagem, passei um perfume feminino leve e voltei ao quarto já indagando.

- Qual filme você quer ver?

- Não sei Lari, pensou em algum?

- Você sabe que por mim pode ser desde Smurfs até Transformers. Tenho gostos masculinos e femininos amiga.

- Duas pessoas em uma só, que inveja!

- Hahaha, é a vantagem de ser como eu sou, gosto de tudo.

- Tudo bem, eu gosto de ação também, vamos assistir a um dos Vingadores.

Realmente, minha amiga gostava de todos os tipos de músicas, quase todos os tipos de filmes e seriados e inclusive videogames. Fomos à cozinha pra ela fazer pipoca e eu disse que chamaria Rodrigo.

- Tudo bem, mas vê se não demora no quarto dele, biscate.

Dei risada e disse que só chamaria.

Cheguei ao quarto dele e chamei pela porta. Ele disse que poderia entrar e entrei, encontrando-o apenas de cueca. Fiquei excitada instantaneamente.

- Por que você faz isso comigo?

- Isso o que? – Disse ele levantando-se da cadeira do computador exibindo seu corpo quase nu.

- Isso. – Respondi apontando para sua mala.

- Por que? Você gosta?

Minha respiração já havia se alterado.

- Você sabe que eu amo.

- E você quer?

- Agora não dá, vim te chamar pra assistirmos um filme.

- Filme? Eu e você?

- Sim, a Natasha deu a ideia e está lá na cozinha fazendo pipoca.

- Perae, eu você e minha irmã? – Disse ele parando de andar em minha direção.

- Sim, ela disse que não se importa.

- Nossa, quem diria...

- E então? Está afim? Será os Vingadores.

- Nossa, adoro esse filme. Sorte que você gosta desses filmes também.

- Eu amo haha.

- Ok, mas antes... – Disse ele se aproximando rápido.

Seu corpo se colou ao meu e fui empurrada contra a parede. Suas mãos seguravam minha cintura enquanto nossas línguas se encontraram e serpenteavam em um beijo deliciosamente excitante. Suas mãos foram à minha bunda e senti meu anel ser pressionado sob o shortinho, me tirando gemidos de tesão. Nos beijávamos como namorados e eu me sentia a menina mais feliz do mundo. Senti suas mãos levantando minha bunda para cima e entendi o que ele queria. Dei um pulinho e cruzei minhas pernas em seu corpo enquanto meus braços seguravam sua nuca. Fui conduzida até a cama e jogada de barriga para cima, onde vi meu gato vindo em minha direção com o seu pau quase rasgando a cueca. Eu nem pensava mais, por mim daria para ele ali mesmo. Voltamos a nos beijar com minhas pernas cruzando seu corpo, quando fomos interrompidos.

- A-HAM.

Olhamos assustados para a porta e Natasha estava parada olhando pra nós e rindo. Morri de vergonha.

- A pipoca vai esfriar. – Disse ela.

- Porra Nath, vá se foder. – Disse o irmão.

- Larga um pouco minha amiga e vêm logo vocês dois.

- Tá bom, já estamos indo.

Quando a porta se fechou, nos olhamos e rimos da situação. Ele se levantou e senti uma leve tristeza por não ter aquele homem dentro de mim naquele momento, mas logo me lembrei de tudo e fiquei feliz, pois o teria por muito tempo. Meu pênis tentava ficar duro sob o shortinho, mas estava bem colado com fita e não evidenciava nada. Já ele precisou esperar pra se vestir sem evidenciar nada.

- Difícil aí Rô? – Disse ainda deitada na cama.

- Não sei como você consegue esconder, agora preciso esperar pra colocar a bermuda.

Me sentindo poderosa, resolvi fazer uma traquinagem quando vi que seu pau estava amolecendo. Me virei ainda deitada e fiquei de quatro com as pernas abertas, de shortinho, com a bunda empinada.

- Porra Larissa, vá se foder.

Olhei para trás e vi que seu pau estava totalmente duro novamente. Ri muito e cruzei as pernas ainda de quatro, falando de forma afetada.

- Por que Rô? Está difícil amolecer aí?

- Para com isso Lari, você é gostosa demais. E depois quero fazer com você usando esses chinelos.

- Isso não é chinelo bobo, se chama sandália rasteira. – Respondi já me virando para sentar na cama.

- A é? Então, quero você usando isso. Te deixou gostosa.

- Que bom que gostou, porque apesar de eu usar, fico encanada porque mostram muito meus pés e eu os acho masculinos.

- Relaxa, eu curti.

Após um tempo seu pau amoleceu, ele vestiu uma camiseta e fomos à sala como um casal, conversando e rindo. Ao chegarmos à sala, vimos Natasha já sentada na ponta do sofá com o filme pausado no início. Havia em cima da mesinha três copos com refrigerantes e uma bacia grande com pipocas. O sofá tinha espaço para três pessoas, Rodrigo sentou no meio e eu ao lado direito, ainda com vergonha da situação inusitada.

- Vocês podem ficar a vontade viu gente? Vi coisa até demais já.

- Ninguém mandou entrar lá no quarto.

- Você entrou no meu, eu entrei no seu. Estamos quites agora. Se serve de consolo, eu preferia não ter entrado e visto aquela cena.

Não pude evitar uma risadinha. Enquanto eles conversavam, permaneci quietinha no meu canto dando pequenas goladas no refrigerante e comendo pipoca. Natasha colocou o filme pra rodar e todos ficaram em silêncio, evidenciando apenas o som das pipocas sendo devoradas. Minha amiga precisou ir ao banheiro no meio do filme, pausamos e quando ela saiu eu disse pro Rodrigo ir pro canto dela (o esquerdo de frente à TV). Tirei as sandálias e deitei de lado apoiando a cabeça no colo dele e com as pernas no sofá. Natasha voltou e brincou quando viu a cena, “mas é uma menina mesmo, e ainda toma meu lugar”. Rimos e ela se deitou no outro sofá. Ao longo do filme, Rodrigo fazia carinhos no meu cabelo enquanto eu me sentia nas nuvens com aquela situação. Natasha nos olhava de vez em quando com cara de felicidade, como se nossa felicidade a deixasse bem. Quando o filme terminou, já havia anoitecido e nos demos conta que a qualquer momento os pais deles poderiam chegar. Me sentei no sofá e Rodrigo me beijou ali mesmo, na frente da sua irmã. Mas com vergonha não dei um beijo muito profundo.

- É melhor você se trocar Lari. – Disse minha amiga.

- É, eu sei...

Calcei as sandálias e me levantei. Chamei Rodrigo e ele me acompanhou até seu quarto. Ao entrarmos, nos beijamos novamente de forma romântica, sem avançarmos para algo sexual. Ambos sabiam que seria arriscado demais. Com um último selinho, me despedi dele e fui até o quarto de Natasha tomar um banho e trocar de roupas. Quando saí do chuveiro, encontrei minha amiga deitada na cama novamente mexendo no celular.

- Vai ficar sem dar hoje né Lari?

- Aff, sim.

- Fica tranquila, você sempre vai poder vir aqui.

- Eu sei, mas é que desde sábado a noite eu não consigo parar de pensar em sexo.

Ela riu alto.

- Calma, é assim mesmo. Quando dei a primeira vez também queria sair dando pra todo mundo. Leva um tempo até se acostumar.

- Espero que isso passe, porque é ruim demais. E seu irmão é muito bom de ca...

- Cala a boca. Que nojo Lari, ele é meu irmão! – Disse ela interrompendo, mas dando risada.

Conversamos mais um pouco e me despedi. Enquanto íamos até a porta, passamos por Rodrigo que assistia TV na sala. Nos olhamos e demos um “falou” masculino que me cortou o coração. Lá fora, me despedi da minha amiga novamente e fui caminhando pela calçada.

- David!! – Gritou ela, me chamando.

Voltei pensando ter esquecido algo, mas ela queria me dizer uma coisa.

- Só vou te falar porque não sei o que você vai querer daqui pra frente. Mas se quer manter uma aparência masculina fora daqui, rebola menos quando andar. Você está andando como uma garota.

- Nossa Nath, não percebi. Valeu mesmo!

- Eu não ligo se você assumir. Mas como sou sua amiga, é bom te alertar.

- Obrigado.

Demos mais um beijo no rosto e voltei a caminhar para minha casa, tomando cuidado para não agir de forma feminina. Ao chegar em casa, novamente me tranquei no quarto. Estava excitado por ter beijado tanto Rodrigo sem ter transado. Não aguentei e fui para o banheiro tomar outro banho. Me masturbei imaginando mil e uma coisas com ele, mas não fiquei totalmente satisfeito quando gozei. De alguma forma eu sentia falta do orgasmo anal, e ele era diferente do comum. Além do orgasmo ser diferente, nada substituía as mãos do Rodrigo segurando minha cintura e cravando sua rola em mim com força.

Uma mensagem no whats interrompeu meus devaneios, era Natasha dizendo "sua calcinha estava toda melada, sua puta!". Respondi com risada e tentei parar de pensar em sexo para passar o resto da noite normalmente. Jantei e dormi cedo, pois no outro dia tinha aula e provavelmente eu teria que encarar o Samuel.

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Comentários

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Muito boa história, mistura cross com amor , continue está muito bom!!!

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Oi sou passivo de 52 anose gostaria de conhecer homens ativos com a rola cabeçuda acima de 45 anos que residem em SP zs não curto flex.Procuro um um parceiro fixo.lembrando homens com rola cabeçuda....droid1565@gmail.com

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